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PQI3402 / OP – III

Operações flash
Parte a

Marcelo Seckler
Introdução
• Flash isotérmico • Flash adiabático
◦ (T,P) são especificados ◦ Q=0, P são especificados

Liquid feed Liquid feed

◦ Tipo de separação: criação de fase


Condensação parcial: Vapor
◦ Alimentação líquida alimentado vapor, feed
calor removido

2
Introdução
• Operação flash admite poucas simplificações
Variável Caso simplificado Operação flash
Concentrações Baixas Elevadas
Equilíbrio termodinâmico Gás perfeito, Desvios da idealidade
Solução ideal em ambas as fases
K constante? K=K(T) K=K(x,T)
Número de componentes 1 2 ou +
transportados entre
fases
Estágio de equilíbrio Sim Sim

3
Sistemas binários L-V:
leitura do diagrama de fases
◦ Regiões de 1 fase (F=3*): estado C
é vapor, estado D é líquido; sólido Diagrama T-x-y
não mostrado
P=cte
◦ Regiões de 2 fases (F=2): A C
• Mistura de composição z no estado F vapor
tem duas fases: vapor de composição

Temperatura →
y e líquido de composição x. x F z y

Cu de o
• Se z = x, vapor saturado (orvalho) E

r va r va
Se z = y, líquido saturado (bolha)

de lho
C

po
◦ A fração de vapor na mistura fv pon urva

nto
(mol L / mol L+V) é dada pela to d de
eb
regra da alavanca olh
D a B
𝑧−𝑥 líquido
𝑓 𝑉=
𝑦 −𝑥 x,y,z (fração molar do
4
* F=nr graus de liberdade componente mais volátil) →
Volatilidade relativa a
• Diagrama de fases fornece a: • ai,j também pode ser obtido
𝑦 𝑖 / 𝑥𝑖 com modelo termodinâmico:
𝛼 𝑖, 𝑗 ≝
𝑦 𝑗/𝑥𝑗 𝐾𝑖
𝛼 𝑖, 𝑗 =𝛼𝑖, 𝑗 ( 𝑇 , 𝑃 , 𝑥𝑖 )=
◦ para sistema binário 𝐾𝑗
𝑦𝑖/ 𝑥𝑖 𝑦 𝐴/ 𝑥 𝐴 • Para gás perfeito e líquido
𝛼 𝐴, 𝐵 ≝ =
𝑦 𝑗 / 𝑥 𝑗 (1− 𝑦 𝐴 )/(1− 𝑥 𝐴 ) ideal os modelos
termodinâmicos são simples:
• Se a não varia muito na faixa
𝑠𝑎𝑡 𝑠𝑎𝑡
de concentrações de 𝐾 𝑖 𝑃 𝑖 / 𝑃 𝑃 𝑖
𝛼 𝑖, 𝑗 = = 𝑠𝑎𝑡 = 𝑠𝑎𝑡
interesse: 𝐾 𝑗 𝑃𝑗 /𝑃 𝑃𝑗
𝛼 𝐴, 𝐵 𝑥 𝐴 ◦ a depende apenas de
𝑦 𝐴= propriedades de substâncias puras
1+ 𝑥 𝐴 (𝛼 𝐴 , 𝐵 −1)
 uma vez conhecido a, podemos
fazer cálculos de separadores 5
Construção de diagramas de fases
• Para vapor e líquido ideais, • Para líquido não-ideal e V gás
sistema binário, F=2: perfeito
Py A  PAsat x A Py A   A PAsat x A
Lei de Raoult
PyB  PB xB
sat
PyB   B PBsat xB
Soma das
y A  yB  1 frações ◦ coeficientes de atividade dos
x A  xB  1 molares componentes devem ser
conhecidos, além das pressões de
◦ Rearranjando vapor
P  PBsat Com pressão
x A  sat
PA  PBsat de vapor e P
𝑠𝑎𝑡
determinam-se
𝑃𝐴 as
𝑦 𝐴= 𝑥𝐴
𝑃 composições
= (T) x,y,T
6
Alguns sistemas L-V
Diagrama T-x-y
• Sistema 100
P=101 kPa
◦ metanol (A) - água 90
vapor
◦ P=101.3 kPa

T (oC )
80
yA
◦ xA, yA - frações molares nas fases 70
xA
liquido
l[iquida e vapor, respec.
60
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
T (C ) yA xA aA,B
xA, yA
64,5 1 1
66 0,958 0,9 2,53 1.2
69,3 0,87 0,7 2,87
73,1 0,779 0,5 3,52 1 Diagrama x-y
78 0,665 0,3 4,63 0.8
84,4 0,517 0,15 6,07
89,3 0,365 0,08 6,61
yA 0.6
93,5 0,23 0,04 7,17 0.4 P = 101 kPa
100 0 0
0.2 T variável
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
7
xA
Alguns sistemas L-V
• Água (A) Glicerol,P=101.3 kPa • P-xileno (A) e M-xileno
300 139.50
250 139.00
138.50

T (C )
200
138.00 yA
T (C )

150 yA
137.50 xA
xA
100
50
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 xA, yA
xA, yA
1.0
1

0.5 0.5
ya
ya

P = 101 kPa P = 101 kPa


T variável T variável
0 0.0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0
xA xA
8
Alguns sistemas L-V
• Metanol (A) – água a T const. • No ponto crítico a =1
Diagrama P-x-y
1000
líquido
xA_50C 1 T = 50 C, P variável
vapor yA_50C
p (bar)

100 0.8
xA_250C
líquido 0.6
yA_250C

ya
vapor 0.4
10
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 0.2
100 0.6 T = 250 C,P variável
líquido
xA, yA 0
80 0.5 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
0.4
60 xA_250C xA
p (bar)

0.3
40 yA_250C
0.2 xA_50C
20 vapor 0.1 yA_50C
0 0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
9
xA, yA
Facilidade de separação
• a em diferentes sistemas • a é baixo nas proximidades do
varia muito ponto crítico. Para metanol-
água: 8.0
• a varia com a composição,
6.0
com T (em geral diminui) e
4.0

alpha
com P (em geral diminui).
2.0 T=50C
0.0
2 3 4 5 6 7 8 9
p (psia)
1000
3.0
100 !!!
2.0
alpha

agua-glicerol
alpha
10 metanol-h2o 1.0
p- e o-xileno 0.0 250C
1 0 0 0 0 0
50 100 150 200 250 300 60 80 100 120 140
T (C ) p (psia) 10
Azeótropos
◦ Isopropil-eter (1) /
isopropil-álcool
◦ a 101 kPa

◦ Acetona (1) – clorofórmio


◦ a 101 kPa

11
Resumo
• Flash usualmente envolve
◦ Correntes concentradas
◦ K = K(T,x)
◦ Transporte de mais de um componente
◦ ESTÁGIO DE EQUILÍBRIO

• Sistemas binários, ideais e não ideais: diagramas de fase


◦ Ler um diagrama de fases
◦ Construir um diagrama de fases
◦ Obter volatilidades relativas a partir do diagrama de fases

• Volatilidade relativa
◦ Depende do sistema, em alguns casos há azeótropos
◦ Varia com T, P
12
Exercício 4.1 - leitura de diagramas T-x-y
98

◦ Seja uma mistura de 60% molar de 96


benzeno em tolueno a 86 oC e 1 94
atm. Observando o diagrama T-x-y
dessa mistura, pede-se: 92

90
1. Qual o estado desta mistura?
115 88
2. Aquecendo a mistura, em qual
temperatura forma-se a 1ª bolha de 110 86
0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9
vapor? Qual a sua composição?
105
3. Continuando o aquecimento até
100
94oC, qual fração da mistura se
T (C)

transforma em vapor? 95

4. Aquecendo mais ainda, em qual T 90


se vaporiza a última gota de líquido 85
P=1atm
e qual a sua composição?
80
5. Calcule a a 86 C e a 94 C. Os
o o 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0
13
xb, yb
valores são próximos?
Exercício 4.2 - Construção de diagrama de
fases
1. Construa os diagramas x-y e T-x- 2. calcule os valores de a a P=101
y para o sistema metanol (m) kPa para toda a faixa de
etanol a P=1atm, admitindo composições
líquido e vapor ideais 3. Compare com dados
As pressões de vapor dos experimentais: P=101 kPa
componentes puros são: T [K] Xmet Ymet a
[mol/mol] [mol/mol]
Temperatura metanol etanol
(K) (kPa) (kPa) 337,8 1 1
338,8 0,91 0,937 1,47
337,7 101.386 57.426
340,1 0,79 0,858
340,0 110.911 63.382 1,61
342,3 121.164 69.847 341,8 0,652 0,759 1,68
344,6 132.187 76.855 343,2 0,542 0,676 1,76
346,9 144.025 84.439 344,9 0,435 0,566 1,69
349,1 156.151 92.266 346,8 0,32 0,428 1,59
351,4 169.713 101.085 349,8 0,134 0,183 1,45
351,5 0 0

14
PQI3402 / OP – III
Operações flash
Parte b

Marcelo Seckler
Separadores flash
• Definição: flash é uma
separação de 1 estágio em
que uma alimentação líquida
é parcialmente vaporizada T, P

• O flash ocorre por:


◦ Fornecimento de calor
◦ Redução de pressão (válvula)

• Condensação parcial é uma


operação análoga, na qual
vapor é alimentado. T, P

◦ A condensação ocorre por


remoção de calor
16
Balanços de massa e energia, graus de
liberdade
• Regra de fases de Gibbs p/ var.
extensivas, C comp. e 2 fases.
• Equações: E=2C+6
◦ Balanços (E=C+1)
F=V+L

• Variáveis: 3(C+3)+1 V=3C+10


◦ Equilíbrio (C+2)
◦ Correntes de entrada e saída:
F,zi ,TF, Pf V,xi ,TV, PV L,xi ,TL, PV

TL  TV PL  PV ◦ Calor trocado: Q

◦ Frações molares (3): • Graus de liberdade F=C+4


 xi  1  yi  1
i i
z
i
i 1 F = V-E 17
Especificações comuns para operações flash
• Especifiquemos a alimentação:
◦ F, TF, PF, (C-1) componentes
◦ Logo, (C+2) variáveis especificadas

• Pela regra de fases, restam ainda F=C+4 – (C+2) = 2


◦ São dois graus de liberdade. Variáveis comumente especificadas são:

18
Cálculos flash com diagrama de fases
• Úteis para sistemas binários, • Diagrama de fases T-x-y
usamos diagrama T-x-y e regra 100
da alavanca 95 P=P
90
• Flash isotérmico 85
z
80

T (C )
y
(P,T especificados): 75 x
70
◦ P  usamos o diagrama em P=P 65
60
◦ T  linha xy, x, y 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
◦ z  V/F xA, yA

• Flash com % vaporizada:


◦ P  usamos o diagrama em P • Regra da alavanca
◦ V/F e z  T, x, y 𝑧−𝑥
𝑉 / 𝐹=
𝑦 −𝑥
19
Derivação da regra da alavanca

𝐹 =𝑉 + 𝐿 𝐹𝑧=𝑉𝑦 + 𝐿𝑥 100
95
𝑉 𝐿 90
1= + 𝑉 𝐿
𝐹 𝐹 𝑧= 𝑦+ 𝑥 85
𝐹 𝐹 80 z

T (C )
y
75 x
𝑉 𝑉 70
𝑧= 𝑦 +(1− ) 𝑥
𝐹 𝐹 65
60
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
𝑉 𝑉
𝑧 = 𝑦 +(1− ) 𝑥 xA, yA
𝐹 𝐹

𝑉
𝑧= ( 𝑦 − 𝑥 )+ 𝑥
𝐹

𝑉 𝑧−𝑥
=
𝐹 𝑦−𝑥

20
Cálculos flash com modelos termodinâmicos
• Úteis para sistemas com qualquer número de componentes C
◦ Para C>2, em geral esta é a única opção.

• Procedimento de cálculo depende das especificações


• Para flash isotérmico (T e P especificados) usa-se
◦ Procedimento Rachford-Rice.
◦ Se K=K(T,P) converge facilmente.
◦ Se K depende de x, é necessário um loop externo de iteração

21
Flash isotérmico (T,P conhecidos):
Procedimento Rachford-Rice

Ki

22
23
Flash isotérmico (T,P conhecidos):
Procedimento Rachford-Rice
• Resolver a equação f()=0:
◦ Verificar se na T,P escolhidas coexistem duas fases (somente neste caso
haverá uma raiz válida para , com 0 <  < 1):
• Se Ki > 1 para todos os componentes  vapor superaquecido
• Se Ki < 1 para todos os componentes  líquido subresfriado
• Se alguns Ki >1 e outros Ki <1, verificação adicional:
 Se f(=0)>0  líquido subresfriado (mistura abaixo do ponto de bolha)
 Se f(=1)<0  vapor superaquecido (mistura acima do pto de orvalho)
◦ Se mistura entre o ponto de bolha e o de orvalho, achar a raiz de f()=0:
• Usar solver do Excel ou outro solver.
• pelo método de Newton (ver S&H 2011 p.148). Se Ki dependente da
composição, pode ser necessário outro método (alguns simuladores usam
método de Boston and Britt)
24
Método de Newton
• Desejamos encontrar a raiz da seguinte equação:
𝐶
𝑧 𝑖 (1− 𝐾 ¿¿𝑖)
𝑓 { Ψ } =∑ =0 ¿
𝑖=1 1+Ψ (𝐾 𝑖 −1)
)

• Partindo da estimativa k, a estimativa k+1 é dada por:

• Onde f’ é a derivada da função, que no caso é dada por:

Fonte: Seader & Henley 2011 , p.148 25


Especificações comuns para operações flash
• Especifiquemos a alimentação:
◦ F, TF, PF, (C-1) componentes
◦ Logo, (C+2) variáveis especificadas

• Pela regra de fases, restam ainda F=C+4 – (C+2) = 2


◦ São dois graus de liberdade. Variáveis comumente especificadas são:

26
Outras especificações para Flash
• Flash com P e V/F
especificados
◦  = V/F é conhecido, mas Ki(T) Liquid feed
não.
◦ Como Ki(T) são funções
conhecidas de T, basta iterar T
para achar a raiz da equação.
𝐶
𝑧 𝑖 (1− 𝐾 ¿¿𝑖)
𝑓 { Ψ } =∑ =0 ¿
𝑖=1 1+Ψ (𝐾 𝑖 −1)

27
Outras especificações para Flash
• Flash adiabático (Q=0, P
conhecido)
◦ Alimentação tem sua pressão
diminuída ao passar por uma
válvula. Liquid feed

◦ Logo a pressão no tambor é


especificada, mas a temperatura é
desconhecida.
• Solução
◦ Estima-se T e calcula-se flash
isotérmico
◦ Aplica-se BE para verificar se Q=0:

28
Resumo
• Vimos que uma operação flash é descrita por
◦ Balanços de massa e energia, relações de equilíbrio para cada componente
no sistema multifásico
◦ Conhecida a alimentação, restam 2 variáveis a especificar
• T, P  flash isotérmico
• V/F, P  flash com % vaporizada
• Q=0, P  flash adiabático

• Resolução das equações


◦ Depende das variáveis a especificar; Rachford-Rice é útil para os três casos
acima com K=K(T,P)
◦ Para sistemas binários basta leitura dos diagramas de fase

29
Exercício 4.3a- flash com diagrama de fases
98
Seja uma corrente de 10 mol/s de
uma mistura 60%molar de benzeno 96
em tolueno a 101.3 kPa (diagrama 94
Txy conhecido).
92
Deseja-se evaporar 71% da corrente 90
líquida num flash a 101.3 kPa.
88
Especificar a temperatura de 115
operação do flash e a volatilidade 110 86
0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9
relativa. Determinar as composições
105
e vazões na saída do separador.
T (C) 100

95

90

85
P=1atm
80
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 30
xb, yb
Exercício 4.5: flash isotérmico com modelo
termodinâmico
◦ A seguinte corrente é alimentada ◦ (a) Indique se o problema está
a um tambor flash especificado corretamente.
F_ 100 kmol/h Explique
Propano z3_ 0.1 mol/mol
N-butano z4_ 0.2 mol/mol ◦ (b) o estado no tambor é
N-pentano z5_ 0.3 mol/mol
N-hexano z6_ 0.4 mol/mol
realmente L-V?
P 689500 Pa
T 300 K
◦ (c) qual a fração da alimentação
vaporizada no tambor?
◦ No tambor, a corrente é aquecida ◦ (d) qual a composição do vapor e
isobaricamente até 366.5K. Nas do líquido deixando o tambor?
condições do tambor, o equilíbrio
◦ (e) indique como calcular o calor a
é dado por
ser fornecido ao sistema
K3_ 4.2
K4_ 1.75
K5_ 0.74
K6_ 0.34

31
PQI3402 / OP – III
Operações flash
Parte c

Marcelo Seckler
Especificações comuns para operações flash
• Especifiquemos a alimentação:
◦ F, TF, PF, (C-1) componentes
◦ Logo, (C+2) variáveis especificadas

• Pela regra de fases, restam ainda F=C+4 – (C+2) = 2


◦ São dois graus de liberdade. Variáveis comumente especificadas são:

33
Pontos de orvalho e de bolha
◦ Cálculos flash são usados para Diagrama T-x-y
verificar o estado de uma corrente
P=cte
(V, V/L ou L) A
• Importante para sistemas vapor
multicomponente, quando não se
visualiza a coexistência de fases T x z y

◦ Ponto de bolha (V/F =0)

Cu de o
r va r va
• estados termodinâmicos sobre a

de lho
C

po
curva de ponto de bolha
Temperatura →
pon urva

nto
to d de
◦ Ponto de orvalho (V/F=1) eb
olh
a B
• estados termodinâmicos sobre a
curva de ponto de bolha líquido

◦ A fase dominante coexiste em x,y,z (fração molar do


equilíbrio com uma quantidade componente mais volátil) →
infinitesimal da outra fase. 34
Pontos de bolha e de orvalho
◦ Na curva de ponto de bolha: ◦ Se Ki=Ki(T,P,zi) temos duas
𝑧𝑖 = 𝑥 𝑖 (1) situações de interesse

◦ Como • Nossa corrente de interesse tem zi e


𝐶 P conhecidos, encontramos T que
∑ 𝑦 𝑖 =1 satisfaz (3)  T é a temperatura de
bolha do sistema
𝑖 =1
◦ Usamos a definição de Ki • Nossa corrente de interesse tem zi e
𝐶 T conhecidos, encontramos P que
∑ 𝑥 𝑖 𝐾 𝑖 =1 (2) satisfaz (3)  P é a pressão de bolha
do sistema
𝑖=1
◦ Combinando (1) e (2) obtemos a ◦ Uma vez conhecido Ki,
equação para a curva de ponto de encontramos a composição da
bolha fase em equilíbrio com a fase
𝐶
dominante, isto é, encontramos yi:
∑ 𝑧 𝑖 𝐾 𝑖 =1 (3)
𝑦 𝑖= 𝑧 𝑖 𝐾 𝑖(4)
𝑖=1 35
Pontos de bolha e de orvalho
◦ No ponto de orvalho: 𝑧 𝑖 = 𝑦 𝑖 (5) • Se V é ideal e L real
◦ Analogamente, a equação para o 𝑠
𝐾 𝑖= 𝛾 𝑖 𝑃 𝑖 / 𝑃
ponto de orvalho fica
𝐶 ◦ Logo
𝑧𝑖 𝐶

∑ 𝐾𝑖
=1 (6) 𝑃 𝑏𝑢𝑏𝑏𝑙𝑒 =∑ 𝛾 𝑖 𝑧 𝑖 𝑃
𝑖=1
𝑠
𝑖
𝑖=1 ◦e

( )
𝐶 −1
◦ Como Ki=Ki(T,P), encontramos T 𝑧𝑖
ou P que satisfaça (6) e depois 𝑃 𝑑𝑒𝑤 = ∑ 𝑠
encontramos xi: 𝑖=1 𝛾 𝑖 𝑃 𝑖
𝑥𝑖 = 𝑧 𝑖 / 𝐾 𝑖 (7)
◦ Se L também é ideal, gi = 1
◦ Logo, dada a composição da
◦ As pressões de saturação são
alimentação e T (ou P), é possível
funções de T, p.ex. correlação de
obter P (ou T) correspondente ao
Antoine
ponto de bolha/ orvalho
36
Resumo
• Cálculos de ponto de bolha e de orvalho são úteis para verificar o
estado físico de uma corrente, particularmente para sistemas
multicomponente
• O ponto de bolha é um estado termodinâmico particular:
◦ as fases vapor e líquido estão em equilíbrio;
◦ V/F=0
◦ Por ser um estado termodinâmico, o ponto de bolha é definido por sua P, T
e as composições nas duas fases
• O ponto de orvalho é análogo, mas
◦ V/F = 1

37
Exercício 4.3b- flash com diagrama de fases
98
Seja uma corrente de 10 mol/s de
uma mistura 60%molar de benzeno 96
em tolueno a 101.3 kPa (diagrama 94
Txy conhecido).
92
Quais os ponto de orvalho e de 90
bolha desta mistura?
115 88

110 86
0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9
105
T (C) 100

95

90

85
P=1atm
80
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 38
xb, yb
Exercício 4.4: pontos de orvalho e bolha
Seja o sistema metanol – etanol. • Admita que o sistema se comporta
(a) Quantas variáveis devem ser idealmente (solução ideal e gás
especificadas para determinar o ponto perfeito). São dadas as pressões de
de bolha desta mistura? vapor dos componentes puros:
(b) qual o ponto de bolha de uma 350,000
mistura com 50%molar na temperatura 300,000
de 370K? E o ponto de orvalho? Calcule 250,000
também as composições das fases. 200,000

Psat (Pa)
150,000
(c) quais os pontos de bolha e de orvalho metanol
100,000
de uma mistura com 50% molar pressão 50,000 etanol
101,3 kPa? Calcule também as -
composições das fases. 330 340 350 360 370
T (K)

Name C1 C2 C3 C4 C5 Tmin (K) P at Tmin Tmaxv (K) P at Tmax

Methanol 82.718 -6904.5 -8.8622 7.4664E-06 2 175 1.11E-01 513 8.15E+06

Ethanol 73.304 -7122.3 -7.1424 2.8853E-06 2 159 4.96E-04 514 6.11E+06


39

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