Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
3.1 – Introdução
3.2 – Variáveis
3.2.1 – Densidades
massa substância
ρ = densidade verdadeira =
volume da substância
massa sólido no leito
d bulk = densidade bulk =
volume total ocupado pelo leito
1
3.2.2 – Porosidade (εε)
Vsólido
ε = 1− (1)
Vt
Exemplo 01:
Para a determinação da porosidade de um leito utilizou-se o seguinte
experimento: Numa proveta de diâmetro interno di = 3,1 cm foram adicionados 50 ml
de água. A seguir, as partículas sólidas foram adicionadas até que a altura da água fosse
idêntica a altura do sólido, medindo-se esta altura como h = 12,5 cm. Calcule a
porosidade deste leito.
Vsólido
destas duas: At = ⋅ Ap
Vp
Vsólido
⋅ Ap
Vp Vsólido A p Vsólido A p Ap
= (1 − ε ) ⋅
At
então: a = = = ⋅ = ⋅
Vt Vt Vp Vt Vt Vp Vp
finalmente: a = (1 − ε ) ⋅ a s (2)
Ap
sendo: a s = (superfície específica da partícula) (3)
Vp
Exemplo 02:
2
Um leito é composto de cilindros com D = 0,02 m e altura h = 2D. A densidade
bulk do leito é 962 kg/m3 e a densidade do cilindro maciço é 1600 kg/m3. Calcular a
superfície específica do leito.
⇒ Duto circular:
Q
fluido
R
D = 2R
Deq = ??
Q
fluido
Exemplo 03:
Determinar o raio hidráulico de um duto tubular completamente desobstruído
com diâmetro interno “D”.
Vvazios
Vt
⋅ =
A escoamento L V Vvazios Vt
RH = ⋅ = vazios ⇒ RH =
Pmolhado L A molhada A molhada Vt A molhada
Vt
ε
⇒ RH = (4)
a
3
3.2.6 – Velocidade superficial (q) e intersticial (u)
vazão volumétrica Q
q = velocidade superficial = =
área da seção transversal A
Q q ⋅ A L q ⋅ Vt q q
No leito poroso: u = = ⋅ = = =
A vazios A vazios L Vvazios Vvazios ε
Vt
q
u= (5)
ε
ε
Com as definições: a = (1 − ε ) ⋅ a s (2) e RH = (4)
a
ε
RH =
Obtém-se:
(1 − ε) ⋅ a s (6)
ρ⋅q⋅D
Reynolds, duto desobstruído: Re =
µ
ρ ⋅ u ⋅ D eq ρ ⋅ q ⋅ 4 ⋅ R H
por analogia, para leito: Re = = , utilizando-se a equação (6):
µ µ⋅ε
ρ⋅q⋅4 ε 4⋅ρ⋅q
Re = ⋅ ⇒ Re mp =
µ ⋅ ε (1 − ε ) ⋅ a s µ ⋅ (1 − ε ) ⋅ a s
(7)
S 6 4 ρ ⋅ q ⋅ φ ⋅ Dp ( )
Substituindo a definição a s = p = , obtém-se: Re mp = ⋅
V
p partícula φs ⋅ D p 6 µ ⋅ (1 − ε )
6 4 ρ ⋅ q ⋅ Dp
Se as partículas forem esféricas: a s = ⇒ Re mp = ⋅
6 µ ⋅ (1 − ε )
(8)
Dp
ρ ⋅ q ⋅ (φ ⋅ D p )
⇒ Re mp =
µ ⋅ (1 − ε )
(7.1)
4
ρ ⋅ q ⋅ Dp
⇒ Re mp =
µ ⋅ (1 − ε )
(8.1)
∆P µ
Equação de Darcy: = ⋅q (9)
L k
Exemplo 04:
Os dados experimentais mostrados a seguir foram obtidos para o escoamento de
água em um leito de comprimento 2,3 m e diâmetro 20 cm, preenchido por esferas de
diâmetro 0,794 mm. Determinar a permeabilidade do leito. Dados: µ água = 0,898cP e
ρágua = 1 g cm3 .
(
Q cm3 s ) (
∆P dina cm 2 )
1000 1,06 ⋅10
6
5
∆P 32µ
Equação de Hagen-Poisewille para tubos cilíndricos: = 2 ⋅q
L D
q
Mas: u = e L' α L ⇒ L' = k ' '⋅L , aplicando estas duas definições na
ε
equação anterior:
ε
RH =
Utilizando a equação 6:
(1 − ε) ⋅ a s (6)
2
ε
⋅ε
(1 − ε ) ⋅ a s ε3
Obtemos: k = ⇒ k= (10)
β β ⋅ (1 − ε ) ⋅ (a s )
2 2
S 6
Substituindo a definição a s = p = , obtém-se:
V
p partícula φs ⋅ D p
ε 3 ⋅ (φs ⋅ D p )
2
ε3 ε3
k= ⇒k = ⇒k = (11)
β ⋅ (1 − ε ) ⋅ (a s ) β ⋅ (1 − ε ) ⋅ 36
2 2 2 2
6
β ⋅ (1 − ε ) ⋅
2
φ ⋅D
s p
6
ε3 ⋅ (φs ⋅ D p )
2
6 ε3 ⋅ D 2p
Obs: Para partículas esféricas: a s = ⇒ k= (13)
180 ⋅ (1 − ε )
2
Dp
∆P µ ∆P 180 ⋅ (1 − ε ) ⋅ µ
2
= ⋅q ⇒ = 3 ⋅q
ε ⋅ (φs ⋅ D p )
2 (14)
L k L
Exemplo 05:
O leito do exercício anterior é preenchido por partículas esféricas de diâmetro
0,794 mm e apresenta porosidade igual a 0,393. Estime a permeabilidade do meio por
Carman-Kozeny.
REGIME TURBULENTO
(∆P/L)
a r
line
não
2
ar
line
1
∆P µ
1 – Região Darcyniana – comportamento linear: = ⋅q
L k
∆P
2 – Região não Darcyniana – comportamento não linear: = α1 ⋅ q + α 2 ⋅ q n
L
7
Carman (1937) propôs uma expressão escrita em termos de um número de
Reynolds modificado para leitos porosos (Remp):
ε3
⋅ ∆P = 5 ⋅ (Remp ) −1 + 0,4 ⋅ (Remp ) − 0,1 (15)
a s ⋅ (1 − ε) ⋅ L ⋅ ρ ⋅ q 2
ρ⋅q
com Reynolds modificado: Re mp =
µ ⋅ (1 − ε) ⋅ a s
8
ε3
⋅ ∆P = 5 ⋅ (Remp )−1 + (Re mp ) − 0,1 (15)
a s ⋅ (1 − ε) ⋅ L ⋅ ρ ⋅ q 2
∆P (1 − ε) 2 ⋅ µ ⋅ q (1 − ε) ⋅ ρ ⋅ q 2
= 150 ⋅ 3 + 1,75 ⋅ 3
ε ⋅ (φ ⋅ D p )
(16)
L 2
ε ⋅ φ ⋅ Dp
ε3 ⋅ (φ ⋅ Dp )
2
k Ergun = (17)
150 ⋅ (1 − ε) 2
∆P
= α1 ⋅ q + α 2 ⋅ q n (18)
L
Exemplo 06:
∆P
Determine as constantes “α1” e “α2” da equação geral = α1 ⋅ q + α 2 ⋅ q 2 para
L
escoamento de água em leito de areia com os seguintes dados:
9
3.3.5 – Equação de Ergun para fluidos compressíveis
G '⋅(φ ⋅ D p )
Re mp = , com velocidade mássica: G ' = q ⋅ ρ
µ ⋅ (1 − ε )
Reynolds do meio poroso:
∆P ⋅ ρ ⋅ (φ ⋅ Dp ) ε3 150
⋅ = + 1,75
L ⋅ (G ')
(17)
2
(1 − ε) Re mp
Exemplo:
Ar a 311K entra em um leito poroso a 1,1 atm (pressão absoluta) com vazão de
0,358 kg/s. Calcule a queda de pressão no leito. Dados: R = 8,314 kPa ⋅ m3 kmol ⋅ K
Fluido:
• massa molar média = 28,97 g/mol
−5
• µ = 1,9 ⋅ 10 Pa ⋅ s
Leito:
Dp = 12,7 mm, φ = 1
Comprimento = 2,44 m, diâmetro = 0,61 m, ε = 0,38
10
2
S
Utiliza-se fator de correção experimental: f w = 1 + c
2S
Sc superfície do recipiente
S volume do leito
∆P (1 − ε) 2 ⋅ µ ⋅ q (1 − ε) ⋅ ρ ⋅ q 2
fw ⋅ = 150 ⋅ 3 + 1,75 ⋅ 3
ε ⋅ (φ ⋅ D p ) ε ⋅ φ ⋅ Dp
2
L
11
Fonte: Geankoplis, p.658
G L ρG
Eixo horizontal (parâmetro de escoamento): ⋅
G G ρL
(
Com: GL velocidade mássica do líquido lb s ⋅ ft 2 )
(
GG velocidade mássica do gás lb s ⋅ ft 2 )
(
ρG densidade do gás lb ft 3
)
(
ρL densidade do líquido lb ft 3 )
12
0,5
ρG
Eixo vertical (parâmetro de capacidade): v G ⋅ Fp0,5 ⋅ ν 0,05
(ρL − ρG )
Exemplo:
Amônia é absorvida de uma corrente de ar que entra numa torre de recheio a 25
o
C e 1,0 atm (pressão absoluta) por uma corrente de água pura. A vazão de ar é 1440
lb/h. As condições de projeto são especificadas a seguir. Determine a queda de pressão
no leito. Dados: R = 8,314 kPa ⋅ m3 kmol ⋅ K
Recheio/correntes:
• Anéis de Pall com 1in de tamanho nominal
GL
• = 2
GG
gás:
• massa molar média do ar = 28,97 g/mol
água:
• µ = 0,8937cP
• ρ = 0,99708 g cm3
Referências:
Coulson, J., M.; Richardson, J., F.; “Chemical Engineering - Particle Technology and
Separation Processes”, Vol. 2, 5a Ed., Editora Butterworth-Heinemann, 2002
McCabe, W., L.; Smith, J., C.; Harriot, P.; “Unit Operations of Chemical Engineering”,
5a Ed., Editora McGraw-Hill, 1993
Geankoplis, C., J.; “Transport Processes and Separation Process Principles”, 4a Ed.,
Editora Prentice-Hall, 2003
13
Tabela para Fp: Fonte Geankoplis p. 659
14