Fenômenos de Transporte

Estática dos Fluidos

 Estática dos Fluidos

• A estática dos fluidos é a ramificação da

mecânica dos fluidos que estuda o compor-
tamento de um fluido em uma condição de
equilíbrio estático.

• Não existem tensões cisalhantes, apenas

tensões normais às superfícies devidas à
pressão.
 Equilíbrio Estático
Lei de Pascal
• Representa uma das mais significativas contribuições
práticas para a mecânica dos fluidos no que tange a
problemas que envolvem a transmissão e a
ampliação de forças através da pressão aplicada a
um fluido.
• O seu enunciado diz que: “quando um ponto de um
líquido em equilíbrio sofre uma variação de pressão,
todos os outros pontos também sofrem a mesma
variação”.
P
P P
P P
P P
P
 Equilíbrio Estático
Variação de Pressão
No centro do elemento a pressão é p (x,y,z) e a massa específica é  (x,y,z).


W

y    Fx  0

x
 F  0   Fy  0
 F 0
 z
z
 Equilíbrio Estático
Equação fundamental da Estática dos Fluidos
 p
 x  0
 p 

    g  p   gy
 y
 p  0
 z

Se  é constante (ou pode ser assim considerado), obtém-se: p0

y0 h=0
p = p0 - g(y - y0) 
ou g
y
h
p = p0 + gh
x
z
 Hidrostática
• Avaliando-se a figura, é
possível determinar a
pressão atuante em
qualquer ponto de um
fluido em repouso e que
a diferença de cotas ∆h é
dada pela diferença entre
a cota do ponto B e a
cota do ponto A medidas
a partir da superfície livre
do líquido, assim, pode-
se escrever que:
 Medição da Pressão Atmosférica
• Sabe-se que o ar atmosférico exerce uma pressão sobre tudo que existe na
superfície da Terra. A medida dessa pressão foi realizada por um discípulo de
Galileu chamado Evangelista Torricelli, em 1643.

• Para executar a medição, Torricelli tomou um tubo longo de vidro, fechado em

uma das pontas, e encheu-o até a borda com mercúrio. Depois tampou a ponta
aberta e, invertendo o tubo, mergulhou essa ponta em uma bacia com mercúrio.
Soltando a ponta aberta notou que a coluna de mercúrio descia até um
determinado nível e estacionava quando alcançava uma altura de cerca de 760
milímetros.

• Acima do mercúrio, Torricelli logo percebeu que havia vácuo e que o peso do
mercúrio dentro do tubo estava em equilíbrio estático com a força que a pressão
do ar exercia sobre a superfície livre de mercúrio na bacia, assim, definiu que a
pressão atmosférica local era capaz de elevar uma coluna de mercúrio em 760mm,
definindo desse modo a pressão atmosférica padrão.

• O mercúrio foi utilizado na experiência devido a sua elevada densidade, se o

líquido fosse água, a coluna deveria ter mais de 10 metros de altura para haver
equilíbrio, pois a água é cerca de 14 vezes mais leve que o mercúrio.
 Medição da Pressão Atmosférica
Barômetro de Torricelli
• Evangelista Torricelli, em 1643, concluiu que a pressão atmosférica podia
variar e suas flutuações eram medidas pela variação na altura da coluna de
mercúrio. Torricelli não apenas demonstrou a existência da pressão do ar,
mas inventou o aparelho capaz de realizar sua medida, o barômetro como
pode se observar na figura.
 Manometria
• O manômetro é o instrumento utilizado na
mecânica dos fluidos para se efetuar a
medição da pressão, no setor industrial
existem diversos tipos e aplicações para os
manômetros.
 Manometria
a) Manômetros Simples

1º: Escolher os meniscos

2º: Escolher o sentido
3º: Montar o sistema de equações
 Manometria
p2 – p3 = ρ2gh2
p1 – p2 = -ρ1gh1

p1 – p3 = g(ρ2h2 - ρ1h1)

p3 = patm

p1 = patm + g(ρ2h2 - ρ1h1)

pman = g(ρ2h2 - ρ1h1)

 Manometria
a) Manômetros Diferenciais

1º: Escolher os meniscos

2º: Escolher o sentido
3º: Montar o sistema de equações
 Manometria
p2 – pB = ρóleogh3
p1 – p2 = -ρHggh2
pA – p1 = -ρH2Ogh1

pA – pB = g(ρóleoh3 - ρHgh2 - ρH2Ogh1)

Exercícios
Exercícios
Exercícios
Exercícios
Exercícios
Tabela
Forças sobre superfícies submersas
Forças sobre superfícies submersas
• Como estamos estudando a Hidrostática, logo não haverá tensões de
cisalhamento, já que o fluido encontra-se em repouso.

• A força de pressão atuando sobre um elemento dA=dx.dy da face superior é

dada por: dF = p dA

• A força resultante agindo sobre a superfície é encontrada somando-se as

contribuições das forças infinitesimais sobre a área inteira.

• Logo a magnitude é dada por: FR   pdA

• Como p pode variar com a profundidade, podemos escrever que :

p  p o  gh
• Deve-se lembrar que p0 é a pressão quando h=0, ou seja, na superfície do
líquido.
Forças sobre superfícies submersas
• A partir da geometria do sistema, temos que: h = y senθ
• Substituindo estas expressões na equação da força resultante, obtemos:

FR   pdA   ( p o  gh)dA
FR   ( p o  gysen )dA
FR  p o A  gsen  ydA  ydA  y c A  1º Momento de Área

FR  p o A  gseny c A
FR  ( p o  ghc ) A
FR  p c A
Onde PC é a pressão no centróide!!!
Forças sobre superfícies submersas
• O próximo passo é determinar a posição (x’, y’), a localização do ponto de
aplicação da força resultante.
• Inicialmente iremos obter y’, sabendo que o momento da força resultante em
torno do eixo x deve ser igual ao momento devido à força distribuída de pressão.
• Calculando a soma dos momentos das forças infinitesimais dF em torno do eixo x
resulta que
y ' FR   ypdA

• Devemos agora integrar, expressando p em função de y’.

y ' FR   y ( p o  gh)dA OBS:

Podemos desconsiderar Po

y ' FR   ( p o y  gy 2 sen )dA

pois ela atua dos dois lados da
superfície submersa,
anulando-se.

y ' FR  gsen  y 2 dA
 Forças sobre superfícies submersas
 dA  I xx
2
y  2º Momento de Área ou Momento de Inércia

• Substituindo na expressão:

y ' gsenyc A  gsenI XX

I XX
y' 
yc A
• Pelo teorema do eixo paralelo (translação de eixo):
2
I XX  I   yc A

I 
y '  yc 
yc A
• Para x´, fazemos uma análise similar:
I 
x'  xc 
yc A
 Empuxo
• Quando se mergulha um corpo em um líquido, seu peso
aparente diminui, chegando às vezes a parecer totalmente
anulado (quando o corpo flutua). Esse fato se deve à
existência de uma força vertical de baixo para cima, exercida
no corpo pelo líquido, a qual recebe o nome de empuxo.

• O empuxo se deve à diferença das pressões exercidas pelo

fluido nas superfícies inferior e superior do corpo. Sendo as
forças aplicadas pelo fluido na parte inferior maiores que as
exercidas na parte superior, a resultante dessas forças
fornece uma força vertical de baixo para cima, que é o
empuxo.
 Empuxo
Princípio de Arquimedes
• “Todo corpo imerso, total ou parcialmente, num fluido em
equilíbrio, dentro de um campo gravitacional, fica sob a ação
de uma força vertical, com sentido ascendente, aplicada pelo
fluido. Esta força é denominada empuxo (E), cuja intensidade
é igual ao peso do líquido deslocado pelo corpo.”
 Empuxo
• Três importantes considerações podem ser feitas com relação
ao empuxo:

a) se ρL < ρc, tem-se E < P e, neste caso, o corpo afundará no

líquido.
b) se ρL = ρc, tem-se E = P e, neste caso, o corpo ficará em
equilíbrio quando estiver totalmente mergulhado no líquido.
c) se ρL > ρc, tem-se E > P e, neste caso, o corpo permanecerá
boiando na superfície do líquido.

• Dessa forma, é possível se determinar quando um sólido

flutuará ou afundará em um líquido, simplesmente
conhecendo o valor de sua massa específica.