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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA I

DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE TRANSFERÊNCIA DE


CALOR EM CORPOS
SUBMERSOS

Acadêmicos: RA:

Fernando Ehlert Medeiros 117540

Gabrielle Donato Marcatto 128580

Luanna Steindorff Guandalini Soares 119779

Matheus Souza de Paulo 119765

Ricardo Vicente de Paula Rezende


Maringá, 2023
1. INTRODUÇÃO
A calorimetria é parte do estudo da Física destinada à busca de
conhecimento relacionado à transferência de energia entre corpos. Essa troca de
calor ou energia acontece do corpo de maior temperatura para de menor. A
transferência ocorre até que a temperatura de ambos sejam as mesmas, ou seja,
encontram-se em equilíbrio térmico conforme a Lei Zero da Termodinâmica.
No final do século XVIII o calorímetro surgiu e tornou-se extremamente
utilizado nos procedimentos científicos da época. Em 1784, Lavoisier e Laplace
publicaram a descrição de um calorímetro de gelo, no qual gelo era colocado na
parte externa do recipiente e na interna um objeto com alta temperatura. Este
calorímetro foi utilizado para vários estudos visando a determinação da capacidade
calorífica específica de metais, calores de dissolução e de reação.[1]
Atualmente encontra-se a transferência de calor em ações cotidianas como
aquecimento de comidas num microondas ou fervura de água para preparar um
café. Em larga escala estuda-se esse assunto nas engenharias como nos projetos
de caldeiras, condensadores e turbinas relacionadas à condução, convecção e
radiação de calor. Ademais, há necessidade de avaliar o aumento de troca de
energia para manter a integridade dos materiais dos equipamentos em altas
temperaturas e também no descarte de fluidos com alta temperatura no meio
ambiente, o qual pode causar poluição térmica.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A transferência de calor por convecção tem, por definição, atuação em meios


fluidos e está diretamente ligada ao movimento das partículas. Existem dois tipos de
convecção: a natural, onde o fenômeno é causado pela ação de um gradiente de
temperatura, e a forçada onde um agente externo, como bombas e ventiladores,
modifica as condições do ambiente, influenciando na velocidade do fluido
analisado.[1]
Para analisar tal fenômeno, é necessário escrever equações diferenciais de
transporte de energia, quantidade de movimento, juntamente com as condições de
contorno do problema. Devido à dificuldade e complexidade da solução matemática,
faz-se uso de algumas simplificações adequadas.[1]
Para o balanço de energia no sólido, utiliza-se a Lei de Newton para o
Resfriamento, conforme a Equação 1:

𝑞 =± ℎ𝐴(𝑇𝑠 − 𝑇∞), (Equação 1)

onde o sinal da expressão é escolhido de modo a tornar positivo o fluxo de


transferência de calor; A é a área de contato de transferência de calor e h é o
coeficiente de transferência de calor por convecção.
O problema fundamental da transferência de calor por convecção é a
determinação do valor de h para o problema em análise, uma vez que, em geral,
esse valor é função de um grande número de variáveis. Variáveis estas que
dependem de propriedades de transporte do fluido (viscosidade, densidade,
condutividade térmica), velocidade do fluido, geometria de contato, entre outras.[2]

Na literatura, pode-se determinar este valor de diferentes formas a partir do


estado em que se analisa o fenômeno, tal como:

● Placa plana

𝜌𝜗𝐿
𝑅𝑒 = μ
(Equação 2)

Sendo que, em escoamento laminar:

ℎ𝐿 0,8 1/3
𝑁𝑢 = 𝑘
= 0, 664𝑅𝑒𝐿 𝑃𝑟

5
𝑅𝑒𝐿 < 5𝑒

e, em escoamento turbulento:

ℎ𝐿 0,8 1/3
𝑁𝑢 = 𝑘
= 0, 037𝑅𝑒𝐿 𝑃𝑟

0, 6 ≤ 𝑃𝑟 ≤ 60

5
5𝑒 ≤ 𝑅𝑒𝐿 ≤ 107
e assim, combinando ambos:

ℎ𝐿 0,8 1/3
𝑁𝑢 = 𝑘
= (0, 037𝑅𝑒𝐿 − 871)𝑃𝑟

0, 6 ≤ 𝑃𝑟 ≤ 60

5 7
5. 10 ≤ 𝑅𝑒𝐿 ≤ 10

● Esfera

1/4
ℎ𝐷 1/2 2/3 0,4 μ
𝑁𝑢 = 𝑘
= 2 + (0, 4𝑅𝑒 + 0, 06𝑅𝑒 )𝑃𝑟 ( μ∞ )
𝑠

𝑅𝑒𝑃𝑟 > 0, 2

● Cilindro

ℎ𝐷 0,62𝑅𝑒
1/2
𝑃𝑟
1/3
𝑅𝑒 5/8 4/5
𝑁𝑢 = 𝑘
= 0, 3 + 1/4 * (1 + ( 282000
) )
0,4 2/3
(1+( 𝑃𝑟
) )

3, 5 ≤ 𝑅𝑒 ≤ 80000

0, 7 ≤ 𝑃𝑟 ≤ 380

2.1. Definição do problema

Será realizada a análise do aquecimento ou resfriamento de um sólido, em


regime transiente, admitindo-se que a resistência à condução no interior do sólido é
desprezível diante da resistência ao transporte no fluido adjacente, em convecção
natural.[2]
A hipótese acima estabelecida é razoável sempre que o número de Biot for
menor que 0,1. O número de Biot é uma medida da importância relativa dos
processos de transferência de calor e pode ser calculado da seguinte forma.[2]

ℎ𝐿𝑐
𝐵𝑖 = 𝑘
, (Equação 3)
em que ℎ é o coeficiente convectivo médio, 𝑘 é o coeficiente de condução e 𝐿𝑐 é o

comprimento característico do sólido, que é calculado pela razão do volume do


sólido pela sua área. No entanto, a dimensão característica de comprimento de
acordo com os sólidos será: diâmetro para as esferas e cilindros horizontais e altura
para cilindros e placas verticais.[2]

2.2. Modelagem matemática

Considerando um corpo sólido inicialmente a uma temperatura uniforme T


colocado subitamente no interior de um fluido em estagnação, a uma temperatura
uniforme 𝑇∞. Admitamos as seguintes hipóteses:

● A temperatura é uniforme no interior do sólido (incluindo a superfície),


durante todo o tempo de experimentação (Bi < 0,1);
● Na superfície do sólido o fluido assume a temperatura do sólido;
● As propriedades físicas do sólido são constantes.

Tomando o sólido como volume de controle e escrevendo a primeira lei da


termodinâmica em termos de fluxos, tem-se a Equação 4:

𝑑𝑈
𝑑𝑡
= 𝑄, (Equação 4)

isto é, a taxa de variação da energia interna no interior do sólido é igual à taxa


líquida de transferência de calor.
Por outro lado, tem-se:
𝑑𝑈 𝑑𝑇𝑠
𝑑𝑡
= ρ𝐶𝑝𝑉 𝑑𝑡
(Equação 5)

𝑄 = ∫ 𝑞𝑑𝐴 (Equação 6)
𝐴

Tomando como temperatura de referência a temperatura do fluido no infinito e


lembrando que na superfìcie sólida a temperatura do fluido é a mesma do sólido:

𝑄 =± ∫ ℎ𝐴(𝑇𝑠 − 𝑇∞) (Equação 7)


𝐴

Considerando ℎ como constante e igual ao coeficiente médio de temperatura


de calor ℎ, a Equação 7 se torna:
𝑄 =± ℎ𝐴(𝑇𝑠 − 𝑇∞) (Equação 8)

Relacionando as Equações 5, 8 e 4, obtém-se:

𝑑𝑇𝑠
ρ𝐶𝑝𝑉 𝑑𝑡
= ℎ𝐴(𝑇𝑠 − 𝑇∞)𝑑𝑡 (Equação 9)

Separando as variáveis e tomando as seguintes condições de contorno:

𝑡 = 0 → 𝑇𝑠 = 𝑇𝑠
0

𝑡 = 𝑡 →𝑇𝑠 =𝑇𝑠,

tem-se a seguinte equação:

𝑇 −𝑇 ℎ
𝑙𝑛( 𝑇 𝑠 −𝑇∞ ) =− 𝐶𝑝𝐿𝑐ρ
𝑡 (Equação 10)
𝑠0 ∞

Definindo alguns parâmetros para a Equação 10, e reescrevendo-a:

𝑇 −𝑇
ψ = 𝑇 𝑠 −𝑇∞ (Equação 11)
𝑠0 ∞


α= 𝐶𝑝𝐿𝑐ρ
(Equação 12)

𝑙𝑛ψ =− α𝑡 (Equação 13)

Desta forma, pode-se obter o valor do coeficiente de transferência térmica


através de uma regressão linear a partir de simples dados experimentais de
temperatura e tempo.[2]

3. OBJETIVOS
Determinar o coeficiente de transferência de calor para corpos sólidos
(esfera, cilindro e placa plana) de diferentes materiais (alumínio e cobre) e comparar
estes valores com as previsões de correlações da literatura
4. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
Para realizar o experimento foi utilizado o equipamento como mostra a Figura
1. Além disso, utilizaram-se corpos de prova de alumínio e cobre com formatos
cilíndricos, esféricos e em placas. Ainda, um cronômetro e um paquímetro.

Figura 1: Módulo didático de corpos submersos.

Fonte: Apostila de Laboratório de Engenharia Química I - UEM. [1]


Onde,
(1) - Indicador de Temperatura;
(2) - Fonte de tensão;
(3) - Banho termostático;
(4) - Corpo de prova;
Colocou-se o corpo de prova no interior de um banho termostatizado na
temperatura 𝑇 ∞ e registrou-se simultaneamente a temperatura do sólido (𝑇𝑠) de 5
em 5 segundos, no primeiro minuto, de 10 em 10 segundos do segundo ao quarto
minuto e de um em um minuto do quinto minuto em diante até que a condição de
regime permanente fosse alcançada.
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
As medidas de largura, comprimento, diâmetro e espessura dos corpos de
prova foram anotados nas Tabelas 1, 2 e 3.

Tabela 1. Medida das esferas.

Material Diâmetro (m) Massa (Kg) Densidade Lc (m)


3
(𝐾𝑔/𝑚 )

Alumínio 0,04825 0,1883 3202,9 0,00804

Cobre 0,04630 0,4962 9553,3 0,00772

2
𝐴𝑎𝑙𝑢𝑚í𝑛𝑖𝑜 = 0, 00731 𝑚
3
𝑉𝑎𝑙𝑢𝑚í𝑛𝑖𝑜 = 0, 00005879 𝑚
2
𝐴𝑐𝑜𝑏𝑟𝑒 = 0, 006731 𝑚
3
𝑉𝑐𝑜𝑏𝑟𝑒 = 0, 00005194 𝑚

Tabela 2. Medida dos cilindros.

Material Diâmetro Altura (m) Massa (Kg) Densidade Lc (m)


(m) 3
(𝐾𝑔/𝑚 )

Alumínio 0,04800 0,15000 0,8110 2989,3 0,01034

Cobre 0,04850 0,13500 0,01028

2
𝐴𝑎𝑙𝑢𝑚í𝑛𝑖𝑜 = 0, 02623 𝑚
3
𝑉𝑎𝑙𝑢𝑚í𝑛𝑖𝑜 = 0, 0002713 𝑚
2
𝐴𝑐𝑜𝑏𝑟𝑒 = 0, 02425 𝑚
3
𝑉𝑐𝑜𝑏𝑟𝑒 = 0, 0002493 𝑚
Tabela 3. Medidas das placas.

Material Largura Altura Espessura Massa Densidade Lc (m)


(m) (m) (m) (Kg) (𝐾𝑔/𝑚 )
3

Alumínio 0,10000 0,15000 0,01130 0,5297 3125,1 0,00475

Cobre 0,07500 0,14600 0,01100 1,2544 10414,3 0,00448

2
𝐴𝑎𝑙𝑢𝑚í𝑛𝑖𝑜 = 0, 03565 𝑚
3
𝑉𝑎𝑙𝑢𝑚í𝑛𝑖𝑜 = 0, 0001695 𝑚
2
𝐴𝑐𝑜𝑏𝑟𝑒 = 0, 02690 𝑚
3
𝑉𝑐𝑜𝑏𝑟𝑒 = 0, 00012045 𝑚

Além das medidas foram anotadas as temperaturas iniciais dos corpos e do


banho termostizador.

Tabela 4. Temperaturas iniciais dos corpos e termostato.

Corpo T∞ (°C)

Termostatizador 46,5

Cilindro de Cobre 28

Cilindro de Alumínio 28

Placa de Cobre 28

Placa de Alumínio 26

Esfera de Cobre 26

Esfera de Alumínio 26

Foram anotados também os dados referentes de cada material, que serão


usados em cálculos posteriores.[3]
Tabela 5. Dados para alumínio e cobre.

Material Densidade K (𝑊/𝑚𝐾) Cp (𝐽/𝐾𝑔. 𝐾)


3
(𝐾𝑔/𝑚 )

Alumínio 2, 725 * 10
3 247 9, 21 * 10
2

Cobre 8, 950 * 10
3 386 3, 93 * 10
2

Calculando para cada material sua capacidade calorífica e condutividade


térmica considerando uma constância ao longo do experimento:

O número de Prandtl da água a 46 ℃ é calculada através da seguinte


equação:
𝐿
𝑃𝑟 = 𝑡𝑔. 𝑒 (14)
3 2
101.𝑥 −630.𝑥 −891.𝑥+44508 𝑇
Sendo 𝐿 = 10000
e𝑥 = 50

Para água a 46 ℃:
𝑃𝑟 = 3, 79
Viscosidade para a água a 26℃ e 46℃, respectivamente:
µ𝑠 = 0, 87

µ∞ = 0, 60

Calculando os valores teóricos, utilizando as equações apresentadas na


fundamentação, temos:

Para placa plana:


ℎ𝐿 0,8 1/3
𝑁𝑢 = 𝑘
= (0, 037𝑅𝑒𝐿 − 871)𝑃𝑟

0, 6 ≤ 𝑃𝑟 ≤ 60

5 7
5. 10 ≤ 𝑅𝑒𝐿 ≤ 10

Para esfera:
1/4
ℎ𝐷 1/2 2/3 0,4 μ
𝑁𝑢 = 𝑘
= 2 + (0, 4𝑅𝑒 + 0, 06𝑅𝑒 )𝑃𝑟 ( μ∞ )
𝑠

𝑅𝑒𝑃𝑟 > 0, 2

Para cilindro:

ℎ𝐷 0,62𝑅𝑒
1/2 1/3
𝑃𝑟 𝑅𝑒 5/8 4/5
𝑁𝑢 = 𝑘
= 0, 3 + 1/4 * (1 + ( 282000
) )
0,4 2/3
(1+( 𝑃𝑟
) )

3, 5 ≤ 𝑅𝑒 ≤ 80000

0, 7 ≤ 𝑃𝑟 ≤ 380

Calculando:

Para placa plana:

ℎ𝐿 5 0,8 1/3
𝑁𝑢 ≤ 𝑘
= (0, 037. (5. 10 ) − 871). 0, 6 = 1452, 31

ℎ𝐿 7 0,8 1/3
𝑁𝑢 ≥ 𝑘
= (0, 037. (10 ) − 871). 60 = 107943, 65

Para esfera:

1/4
ℎ𝐷 1/2 2/3 0,4 0,6
𝑁𝑢 = 𝑘
= 2 + (0, 4. (0, 2) + 0, 06. (0, 2) ). (0, 2) ( 0,87
) = 2, 0037

Para cilindro:

ℎ𝐷 0,62.(3,5)
1/2
.(0,7)
1/3
3,5 5/8 4/5
𝑁𝑢 ≤ 𝑘
= 0, 3 + 1/4 * (1 + ( 282000
) ) = 0, 48266
0,4 2/3
(1+( 0,7 ) )

4/5
80000 5/8
1/2 1/3
ℎ𝐷 0,62.(80000) (380)
𝑁𝑢 ≥ 𝑘
= 0, 3 + 2/3 1/4
* (1 + ( 282000
) ) = 2513066, 03
0,4
(1+( 380 ) )

Agora calculados com dados experimentais.


5.1. Cilindro de Cobre

Os dados foram coletados e colocados na Tabela 6, juntamente com o


cálculo de ψ e 𝑙𝑛 ψ, utilizando as equações (11) e (13).

Tabela 6. Tempos coletados do cilindro de cobre.

Tempo (s) 𝑇𝐶𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑏𝑟𝑒(℃) ψ 𝑙𝑛 ψ

0 28 1 0

5 33 0,7297297297 -0,3150810466

10 38 0,4594594595 -0,7777045686

15 41 0,2972972973 -1,21302264

20 43 0,1891891892 -1,665007764

25 45 0,08108108108 -2,512305624

30 46 0,02702702703 -3,610917913

35 46 0,02702702703 -3,610917913

40 46 0,02702702703 -3,610917913

45 46 0,02702702703 -3,610917913

50 46 0,02702702703 -3,610917913

Foram registrados tempos de até 50 segundos, portanto confeccionamos o gráfico


1.
Gráfico 1: Ln psi verso tempo do Cilindro de Cobre.

Fonte: Autor.

5.2. Cilindro de Alumínio

Tabela 7. Tempos coletados do cilindro de alumínio.

Tempo (s) 𝑇𝐶𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝐴𝑙𝑢𝑚í𝑛𝑖𝑜 ψ 𝑙𝑛 ψ


(℃)

0 28 1 0

5 32 0,7837837838 -0,2436220827

10 39 0,4054054054 -0,9028677115

15 43 0,1891891892 -1,665007764

20 44 0,1351351351 -2,00148

25 45 0,08108108108 -2,512305624

30 46 0,02702702703 -3,610917913

35 46 0,02702702703 -3,610917913
40 46 0,02702702703 -3,610917913

45 46 0,02702702703 -3,610917913

50 46 0,02702702703 -3,610917913

Foram registrados tempos de até 50 segundos, portanto confeccionamos o gráfico


2.

Gráfico 2: Ln psi versus tempo do cilindro de alumínio.

Fonte: Autor.
5.3. Placa de Cobre

Tabela 8. Tempos coletados da placa de cobre.

Tempo (s) 𝑇𝑃𝑙𝑎𝑐𝑎 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑏𝑟𝑒(℃) ψ 𝑙𝑛 ψ

0 28 1 0

5 31 3 1,098612289

10 37 9 2,197224577

15 41 13 2,564949357

20 43 15 2,708050201

25 44 16 2,772588722

30 45 17 2,833213344

35 46 18 2,890371758

40 46 18 2,890371758

45 46 18 2,890371758

50 46 18 2,890371758

Foram registrados tempos de até 50 segundos, portanto confeccionamos o gráfico


3.
Gráfico 3: Ln psi versus tempo da placa de cobre.

Fonte: Autor.

5.4. Placa de Alumínio

Tabela 9. Tempos coletados da placa de alumínio.

Tempo (s) 𝑇𝑃𝑙𝑎𝑐𝑎 𝑑𝑒 𝐴𝑙𝑢𝑚í𝑛𝑖𝑜(℃) ψ 𝑙𝑛 ψ

0 26 1 0

5 33 0,65854 -0,41774

10 39 0,36585 -1,00552

15 42 0,21951 -1,51635

20 43 0,17073 -1,76766

25 44 0,12195 -2,10413

30 44 0,12195 -2,10413
35 44 0,12195 -2,10413

40 44 0,12195 -2,10413

45 44 0,12195 -2,10413

50 45 0,07317 -2,61496

Gráfico 4. Ln psi vs tempo para placa de alumínio.

5.4. Esfera de Cobre

Tabela 10. Tempos coletados da esfera de cobre.

Tempo (s) 𝑇𝐸𝑠𝑓𝑒𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑏𝑟𝑒(℃) ψ 𝑙𝑛 ψ

0 26 1 0

5 29 0,85366 -0,15822
10 36 0,51220 -0,66905

15 39 0,36585 -1,00552

20 42 0,21951 -1,51635

25 43 0,17073 -1,76766

30 44 0,12195 -2,10413

35 44 0,12195 -2,10413

40 44 0,12195 -2,10413

45 45 0,07317 -2,61496

50 45 0,07317 -2,61496

Gráfico 5. Ln psi vs tempo esfera de cobre.


5.5. Esfera de Alumínio

Tabela 11. Tempos coletados da esfera de alumínio.

Tempo (s) 𝑇𝐸𝑠𝑓𝑒𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝐴𝑙𝑢𝑚í𝑛𝑖𝑜 ψ 𝑙𝑛 ψ


(℃)

0 26 1 0

5 29 0,85366 -0,15822

10 35 0,56098 -0,57808

15 39 0,36585 -1,00552

20 42 0,21951 -1,51635

25 43 0,17073 -1,76766

30 44 0,12195 -2,10413

35 44 0,12195 -2,10413

40 45 0,07317 -2,61496

45 45 0,07317 -2,61496

50 45 0,07317 -2,61496

Gráfico 6. Ln psi vs tempo para esfera de alumínio.


A equação matemática do gráfico é dada por:
𝑙𝑛 ψ = − α𝑡 (13)
onde “α” é o coeficiente angular da reta e é expresso por:

α= 𝐶𝑝𝐿𝑐ρ
(12)

dessa forma é possível descobrir ℎ, isolando na equação:


ℎ = 𝐶𝑝. 𝐿𝑐. ρ. (− α) (15)

Assim, foi calculado o coeficiente para cada sólido, usando as equações dos
gráficos e suas respectivas densidades, capacidades caloríficas e comprimento
característico, apresentadas anteriormente:

Cilindro de cobre:
y= -0,0829.x – 0,173
ℎ𝐶𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜. 𝐶𝑜𝑏𝑟𝑒 = 𝐶𝑝. 𝐿𝑐. ρ. (− α)
2
ℎ𝐶𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜.𝐶𝑜𝑏𝑟𝑒 =0,29975 𝑊/𝑚 𝐾

Cilindro de alumínio:
Y=-0,0787.x –0,374
ℎ𝐶𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜.𝐴𝑙𝑢𝑚í𝑛𝑖𝑜 = 𝐶𝑝. 𝐿𝑐. ρ. (− α)

2
ℎ𝐶𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜.𝐴𝑙𝑢𝑚í𝑛𝑖𝑜 =2240,39 𝑊/𝑚 𝐾

Placa de cobre:
y= 0,0461.x+1,85
ℎ𝑝𝑙𝑎𝑐𝑎.𝑐𝑜𝑏𝑟𝑒 = 𝐶𝑝. 𝐿𝑐. ρ. (− α)

2
ℎ𝑝𝑙𝑎𝑐𝑎.𝑐𝑜𝑏𝑟𝑒 = –845,28 𝑊/𝑚 𝐾

Placa de alumínio:
y= - 0,0434.x - 0,791
ℎ𝑝𝑙𝑎𝑐𝑎.𝑎𝑙𝑢𝑚í𝑛𝑖𝑜 = 𝐶𝑝. 𝐿𝑐. ρ. (− α)

2
ℎ𝑝𝑙𝑎𝑐𝑎.𝑎𝑙𝑢𝑚í𝑛𝑖𝑜 = 593, 35 𝑊/𝑚 𝐾

Esfera de cobre:
y= - 0,0613.x - 0,149
ℎ𝑒𝑠𝑓𝑒𝑟𝑎.𝑐𝑜𝑏𝑟𝑒 = 𝐶𝑝. 𝐿𝑐. ρ. (− α)

2
ℎ𝑒𝑠𝑓𝑒𝑟𝑎.𝑐𝑜𝑏𝑟𝑒 = 1776, 74 𝑊/𝑚 𝐾

Esfera de alumínio:
y= - 0,0639.x - 0,0755
ℎ𝑒𝑠𝑓.𝑎𝑙𝑢𝑚í𝑛𝑖𝑜 = 𝐶𝑝. 𝐿𝑐. ρ. (− α)

2
ℎ𝑒𝑠𝑓.𝑎𝑙𝑢𝑚í𝑛𝑖𝑜 = 1515, 51 𝑊/𝑚 𝐾
Com os resultados obtidos é possível calcular o calor trocado pelo objeto e o
número de Biot do experimento, utilizando as equações 1 e 3.
Lei de Newton para resfriamento:
𝑞 =± ℎ𝐴(𝑇𝑠 − 𝑇∞)

Número de Biot:

ℎ𝐿𝑐
𝐵𝑖 = 𝑘

Utilizando os dados já obtidos anteriormente podemos efetuar os cálculos:

Cilindro de cobre:
2
ℎ𝐶𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜.𝐶𝑜𝑏𝑟𝑒 =0,29975 𝑊/𝑚 𝐾

2 2
𝑞 =− (0, 29975𝑊/𝑚 𝐾 ). (0, 02425 𝑚 )(28 − 46, 5) = 0, 1344 𝐽

(0,29975).0,01028
𝐵𝑖 = 386
=7,98.10-6

Cilindro de alumínio:
ℎ𝐶𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜.𝐴𝑙𝑢𝑚í𝑛𝑖𝑜 =2240,39

2 2
𝑞 =− (2240, 39 𝑊/𝑚 𝐾 ). (0, 02623 𝑚 )(28 − 46, 5) = 1087, 16 𝐽

(1087,16).0,01034
𝐵𝑖 = 247
=0,0455

Placa de cobre:
2
ℎ𝑝𝑙𝑎𝑐𝑎.𝐶𝑜𝑏𝑟𝑒 =–845,28 𝑊/𝑚 𝐾

2 2
𝑞 = (− 845, 28 𝑊/𝑚 𝐾 ). (0, 02690 𝑚 )(28 − 46, 5) = 420, 65 𝐽

(−845,28).0,00448
𝐵𝑖 = 386
=− 9, 81. 10-3

Placa de alumínio:
2
ℎ𝑝𝑙𝑎.𝑎𝑙𝑢 = 593, 35 𝑊/𝑚 𝐾

𝑞 =− (593, 35). (0, 03565)(26 − 46, 5) = 433, 64 𝐽


(593,35).0,00475
𝐵𝑖 = 247
= 0, 0114

Esfera de cobre:
2
ℎ𝑒𝑠𝑓.𝑐𝑜𝑏𝑟𝑒 = 1776, 74 𝑊/𝑚 𝐾

𝑞 =± (1776, 74)(0, 006731)(26 − 46, 5) = 245, 16 𝐽

(1776,74).0,00772
𝐵𝑖 = 386
= 0, 036

Esfera de alumínio:
2
ℎ𝑒𝑠𝑓.𝑎𝑙𝑢 = 1515, 51 𝑊/𝑚 𝐾

𝑞 =± (1515, 51)(0, 00731)(26 − 46, 5) = 227, 11 𝐽

(1515,51).0,00804
𝐵𝑖 = 247
= 0, 0493

Analisando os resultados obtidos pode-se observar que os sólidos de cobre


conduzem melhor calor e também foi possível observar que os objetos de maior
área, por ter maior área de contato também são os que melhor transferem calor.

6. CONCLUSÃO
Usando um experimento no qual ocorre a convecção natural, foi possível
determinar o coeficiente de transferência de calor para corpos de diferentes
materiais e geometrias. Fazendo a análise dos resultados, é possível concluir que
tal coeficiente depende do material que o corpo é composto, sendo que corpos de
cobre apresentaram maiores coeficientes de transferência de calor.
Além disso, foi possível concluir que o coeficiente também depende da
geometria do sólido analisado, as esferas tiveram coeficientes de transferência de
calor mais altos que os cilindros e placas.
No entanto, apesar de ter sido possível observar as influências que esses
fatores causam na determinação do coeficiente de transferência de calor, alguns
erros durante a prática e também a condição dos aparelhos interferiram nos
resultados obtidos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] Apostila de Laboratório de Engenharia Química.


[2] Çengel
[3] www.materiais.gelsonluz.com

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