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UNIDADE III

CAPÍTULO 9

Equivalente em água num calorímetro


9.1 Objetivos
Analisar a troca de calor ocorrida num calorímetro. Medir sua capacidade de
isolamento com base na equivalência em água.

9.2 Introdução
O conceito físico de calor se refere a transferência de energia de um sistema para
outro ou de partes diferentes de um mesmo sistema. Tal transferência se dá unicamente em
virtude da diferença de energia interna entre os corpos. Essa energia é proporcional à
temperatura, um parâmetro que possibilita quantificá-la. Quando um objeto recebe ou cede
calor ocorre uma variação de temperatura ou mudança de estado físico. No primeiro caso,
o calor responsável para essa variação é chamado de calor sensível, ao passo que no
segundo é chamado de calor latente. O calor sensível “Q” é matematicamente formalizado
como:
𝑄 = 𝑚𝑐∆T
em que “m” é a massa do corpo que recebeu ou cedeu calor, “c” é uma constante que
representa o calor específico do material e “ΔT” é a variação de temperatura ocasionada
pelo calor. Sendo o calor energia, então sua unidade no sistema internacional de unidades –
SI é “J” (Joules). Em um processo que reúne substâncias dentro de um calorímetro, o
próprio artefato experimenta todas as trocas de calor necessárias até atingir o equilíbrio
térmico, sendo, portanto, uma variável no sistema. Nesse caso, é possível determinar
quanto calor é necessário para aumentar em 1 °C a temperatura do calorímetro.
Uma forma de estabelecer uma medida do quão isolante térmico é o calorímetro foi
através de um conceito denominado de massa equivalente em água “meq”. Supondo duas
massas diferentes de água com temperaturas iniciais diferentes, onde o índice “q” denota a
amostra mais quente e “f” a amostra mais fria, misturadas em um calorímetro hipotético
perfeito, os calores das respectivas massas de água são calculados como:

𝑄𝑞 = 𝑚𝑞 𝑐𝑞 (𝑇𝑞 − 𝑇) e 𝑄𝑓 = 𝑚𝑓 𝑐𝑓 (𝑇𝑓 − 𝑇)
No entanto, se o calorímetro é real e, portanto, imperfeito (que não exibe total isolamento
térmico), o calor referente à porção de água mais fria se torna:

𝑄𝑓 = (𝑚𝑓 + 𝑚𝑒1 )𝑐𝑓 (𝑇 − 𝑇𝑓 )

levando em consideração que “T” representa a temperatura de equilíbrio quando as massas


de água são misturadas dentro do calorímetro. Como a energia se conserva (primeira lei da
termodinâmica), e a transferência de calor ocorre da fonte mais quente para a fonte mais
fria (segunda lei da termodinâmica), é possível afirmar que o calor cedido pela fonte
quente “Qq” é o mesmo calor recebido pela fonte fria “Qf”. Com isso, pode-se concluir
que:

𝑄𝑞 = 𝑄𝑟

𝑚𝑞 𝐶𝑞 (𝑇𝑞 − 𝑇) = (𝑚𝑓 + 𝑚𝑒𝑞 )𝐶𝑓 (𝑇 − 𝑇𝑓 )

𝑚𝑓 𝐶𝑓 (𝑇 − 𝑇𝑓 ) + 𝑚𝑒𝑞 𝐶𝑓 (𝑇−𝑇𝑓 ) = 𝑚𝑞 𝐶𝑞 (𝑇𝑞 − 𝑇)

𝑚𝑒𝑞 𝐶𝑓 (𝑇−𝑇𝑓 ) = 𝑚𝑞 𝐶𝑞 (𝑇𝑞 − 𝑇) − 𝑚𝑓 𝐶𝑓 (𝑇 − 𝑇𝑓 )

𝑚𝑞 𝐶𝑞 (𝑇𝑞 − 𝑇) − 𝑚𝑓 𝐶𝑓 (𝑇 − 𝑇𝑓 )
𝑚𝑒𝑞 =
𝐶𝑓 (𝑇 − 𝑇𝑓 )

Neste caso em particular, as duas fontes de calor são a mesma substância, então, suas
capacidades caloríficas são as mesmas.

𝐶𝑞 = 𝐶𝑓

𝑚𝑞 (𝑇𝑞 − 𝑇) − 𝑚𝑓 (𝑇 − 𝑇𝑓 )
𝑚𝑒𝑞 =
(𝑇 − 𝑇𝑓 )

A equação final representa o poder de isolamento térmico do calorímetro. Se ele fosse um


isolante térmico perfeito, a massa equivalente em água “meq” seria igual a zero.
Experimento IX – Equivalente em água num
calorímetro
Turma: 03

Aluno (a): Ana Cláudia Lima Frazão

Aluno (a): David Mateus Fonseca da Silva

Aluno (a):Eleny Silva Rocha

Aluno (a): Igor Marques Da Silva

Aluno (a): Italo John Costa E Silva

Aluno (a): Jorge Ivan Augusto De Oliveira Filho

Aluno (a): Layla Camile de Souza Brito

Aluno (a): Vinicios Dos Santos Barbosa

Aluno (a): Vinicius Nogueira Araujo

9.1 Procedimentos experimentais

1- A massa de 0,05 kg de água fria foi colocada num calorímetro e tampado.


Mediu-se a temperatura “Tf” da água e esse valor foi anotado na Tabela 1.
Instantes depois, 0,05 kg de água quente foi acrescentada e antes que se
misturasse no calorímetro, a temperatura quente “Tq” também foi medida e
anotada na tabela supracitada. O resultado dessa mistura foi uma massa de água
morna, cuja temperatura “T” pode ser também consultada na Tabela 1. Todo
esse procedimento foi independentemente repetido dez vezes para 10
calorímetros diferentes e os dados devidamente registrados como é possível
verificar abaixo.
Calorímetro mq (kg) mf (kg) Tq (°C) Tf (°C) T (°C)
A 0,05 0,05 99 1 45
B 0,05 0,05 98 2 44
C 0,05 0,05 95 2 43
D 0,05 0,05 97 1 43
E 0,05 0,05 99 3 45
F 0,05 0,05 96 3 44
G 0,05 0,05 97 1 43
H 0,05 0,05 98 1 46
I 0,05 0,05 99 2 44
J 0,05 0,05 98 1 43
Tabela 1

2- Com os dados mostrados, qual calorímetro é o melhor isolante térmico? Por


quê?

Calorímetro meq (kg)


A 1.14E-02
B 1.43E-02
C 1.34E-02
D 1.43E-02
E 1.43E-02
F 1.34E-02
G 1.43E-02
H 7.78E-03
I 1.55E-02
J 1.55E-02

R: H é o calorímeto que apresenta melhor isolação térmica, já que o seu valor de 𝑚𝑒𝑞 é o
mais próximo de 0.

3- Qual o pior? Qual a porcentagem de piora em relação ao melhor?

R: I e J são os os calorímetos que apresentam à pior isolação térmica.

|𝑚𝑒𝑞 𝑚𝑒𝑙ℎ𝑜𝑟 − 𝑚𝑒𝑞 𝑝𝑖𝑜𝑟 |


× 100%
𝑚𝑒𝑞 𝑚𝑒𝑙ℎ𝑜𝑟
| 0.0078 − 0.0154 |
× 100% ≈ 99%
0.0078

4- Com as mesmas condições apresentadas, qual seria a temperatura fria do melhor


calorímetro que levaria a uma massa equivalente em água de 0,001 kg?
R:

𝑚𝑞 ( 𝑇𝑞 − 𝑇) − 𝑚𝑓 ( 𝑇 − 𝑇𝑓 )
𝑚𝑒𝑞 =
( 𝑇 − 𝑇𝑓 )

𝑚𝑒𝑞 ( 𝑇 − 𝑇𝑓 ) = 𝑚𝑞 ( 𝑇𝑞 − 𝑇) − 𝑚𝑓 ( 𝑇 − 𝑇𝑓 )

− 𝑚𝑓 𝑇 + 𝑚𝑓 𝑇𝑓 = −𝑚𝑞 ( 𝑇𝑞 − 𝑇) + 𝑚𝑒𝑞 ( 𝑇 − 𝑇𝑓 )

𝑚𝑒𝑞 𝑇𝑓 + 𝑚𝑓 𝑇𝑓 = −𝑚𝑞 ( 𝑇𝑞 − 𝑇) + 𝑚𝑒𝑞 ( 𝑇) + 𝑚𝑓 𝑇

( −𝑚𝑞 ( 𝑇𝑞 − 𝑇) + 𝑚𝑒𝑞 ( 𝑇 − 𝑇𝑓 ) + 𝑚𝑓 𝑇)
𝑇𝑓 =
𝑚𝑓 + 𝑚𝑒𝑞

( −(0.05 kg )( 99 C − 46 C ) + (0.001 kg)(46 C ) + (0.05 kg)(46 C))


T𝑓 =
(0.05 𝑘𝑔 + 0.001 𝑘𝑔)

T𝑓 ≈ − 6 C

9.2 Conclusões
Através dos resultados obtidos nos experimento é possível encontrar erros, que podem
relacionados no processo do experimento, esses podem ser associados aos seguintes fatores:
o tempo de transferência da água de um recipiente para outro , isolamento do calorímetro que
não é perfeito, e pelas trocas de calor ocorridas com o ambiente.

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