O documento resume 4 aulas de uma disciplina de ética e legislação sobre o que é certo ou errado em diferentes cenários. A primeira aula debate se é certo matar uma pessoa para salvar outras cinco. A segunda discute um caso histórico de canibalismo. A terceira coloca preços em vidas humanas. E a quarta questiona como medir o prazer e qual é o mais elevado.
O documento resume 4 aulas de uma disciplina de ética e legislação sobre o que é certo ou errado em diferentes cenários. A primeira aula debate se é certo matar uma pessoa para salvar outras cinco. A segunda discute um caso histórico de canibalismo. A terceira coloca preços em vidas humanas. E a quarta questiona como medir o prazer e qual é o mais elevado.
O documento resume 4 aulas de uma disciplina de ética e legislação sobre o que é certo ou errado em diferentes cenários. A primeira aula debate se é certo matar uma pessoa para salvar outras cinco. A segunda discute um caso histórico de canibalismo. A terceira coloca preços em vidas humanas. E a quarta questiona como medir o prazer e qual é o mais elevado.
Um dos pontos principais da primeira aula do professor Michael Sandel,
se seria certo matar uma pessoa para poder salvar outras cinco, no cenário apresentado pelo professor na qual um maquinista teria que escolher entre matar cinco operários que estão trabalhando no trilho ou apenas um operário que trabalha em outro trilho, no momento da hipótese apresentada a grande maioria dos alunos relata que escolheria sacrificar o único operário e poupar os cinco trabalhadores, porem o professor muda um pouco os cenários hipotéticos tornando as questões morais mais complexas, pois cada questão apresenta muda o ponto de vista, fazendo assim os alunos duvidarem a moralidade apresentada no primeiro cenário, já que, matar uma pessoa para salvar outra cinco só depende do ponto de vista e o cenário, foi visto na indagação do professor no relato do hospital a brusca mudança de opinião, em que salvar o maior número de pessoas é o importante, pois o relato apresentado, se diz respeito de cinco pacientes que necessitam de transplante de órgãos e não há doador para eles, mas tem um paciente que está apenas fazendo um check-up, então o professor Michel pergunta se seria certo sacrificar a vida daquele inocente para salvar os cinco pacientes que precisavam de transplante, nesse caso todos os alunos indagam que não seria certo sacrificar a vida de um inocente. Logo o professor confronta os alunos mostrando que o certo ou errado é muito complexa, e não deve ser compreendia como preto no branco. Esses casos podem ser muito bem analisados dentro dos setores da engenharia, pois em alguns casos as decisões ali debatidas sobre moralidade profissional deverão ser bem analisada, já que essa área de atuação ha de uma alta responsabilidade, principalmente na segurança daqueles que ali trabalham e dos que utilizarão os serviços ou matérias por eles construídos ou projetados.
02. O processo sobre canibalismo
Nessa segunda aula o professor Michael Sandel relata um acontecimento
que aconteceu na Inglaterra no século XIX, onde 4 marinheiros naufragaram, e passando dezenove dias em alto mar os tripulantes do navio decidiram sacrificar um deles para poderem se alimentar, o escolhido foi o camareiro Richard Parker, um jovem de 17 anos de idade, após serem resgatados os homens foram levados ao julgamento pelo homicídio do jovem. O professor utiliza esse acontecimento para indagar o conceito filosófico utilitarista de Jeremy Bentham, onde pode ser resumido em uma única frase, “O bem maior para o maior número”, empregando esse ideal filosófico, assim como, relato do século XIX o professor realiza um debate entre os estudantes, em forma de júri, para que eles argumentem seus conceitos morais, uma parte era a favor da condenação dos marinheiros por assassinato, enquanto outra parte era adeptos pela absolvição dos mesmos. O primeiro grupo de ideia partia do pressuposto de que a falta de consentimento do Richard Parker é motivo de condenação para com os marinheiros, assim como alguns estudantes indagam que homicídio é homicídio, portanto é um crime e os envolvidos devem ser condenados, o outro grupo, os que defendem os tripulantes, utilizam o argumento que eles usaram o corpo do seu companheiro por necessidade, ou seja, o canibalismo deveria ser minimizado por causa do instinto de sobrevivência. No final da aula uma colocação vinda de um estudante remete aos conceitos da primeira aula, onde a discussão de quantidade de vidas salvas por sacrifício de outras, voltando assim para a conduta moral, onde alguns estudantes falam que não importa o motivo o canibalismo é algo imoral, confrontando o conceito filosófico de Jeremy Bentham, onde os meios na qual a ação será realizada deverá ser analisada. De um modo geral, essas indagações de ambos os lados, não muda o fato de que o assassinato de um jovem não deve ser lidado como de necessidade da maioria, pois não é só porque ele era o mais fraco e não tinha família que sua vida não importava. Em um ambiente profissional a aula não pode ser diretamente aplicada, pelo discurso do canibalismo, porem os ensinamentos e discursões do que é certo ou não é muito válido. Nessa aula, um dos pontos principais seria, o sacrifício de uma pessoa pelo bem de todas, em um meio trabalhista os recurso e competência não deve de modo algum ser minimizado por causa hierarquia ou posição social, o bem coletivo é de alta importância no meio científico, mas a moralidade e as consequências dos atos para que isso seja alcançada deve ser levada em conta, principalmente se tiver uma pessoa que irá se prejudicar com essas ações.
03.Colocando um preço na vida
Na terceira aula do Professor Michael Sandel é abordada os conflitos da
aplicação do utilitarismo de Jeremy Bentham, pois nesse pensamento filosófico indaga que o bem maior para a maioria, é de fato o melhor a se fazer, na qual é debatido alguns casos onde o bem maior era prejudicial para uma parte da sociedade, mas o custo benefício na realidade abordada é de interesse econômico, pois era mais lucrativo o sacrifício de uma pequena parte da população do que as medidas certas de prevenção. Então, o professor propõe um debate entre os estudantes que tem o pensamento utilitarista e aqueles que tem panorama diferente, nesse conflito alguns relatos são mostrados para que os alunos pudessem definir o valor da vida, o primeiro foi sobre um carro da Ford, onde o modelo Pinto teria um problema no seu projeto, onde, se acontecesse uma batida na traseira do veículo haveria uma grade chance de explodir, todavia, um cálculo apresentado pela Ford mostrava que era bem mais lucrativo para ela deixar o carro com esse erro. Um outro exemplo apresentado foi da República Tcheca no qual uma estimativa de quanto beneficiava o governo e uma empresa tabagista, e até um cálculo de quanto era lucrativo para o governo, segundo a empresa, a morte prematura de uma pessoa, ao ser confrontado, a empresa recuou em seu empenho para que houvesse uma diminuição nos impostos na indústria tabagista. Em um âmbito geral, esses exemplos eram mensuráveis o valor monetário de vidas, porem em seu último exemplo o professor comenta sobre a perseguição cristã na Roma Antiga para apenas diversão dos cidadãos romanos, nesse relato a vida não era comparada com questões financeiras, mas com diferenças culturais e religiosas, mas por entretenimento. Trazendo esses conceitos para área de atuação da engenharia, uma pergunta pode ser feita, é melhor focar na segurança, custos ou benefícios próprios, é nítido que os projetos e construção estão sujeitos a falhas e acidentes, mas que valores para atingir a segurança necessária, qual seria o valor da vida, e uma vida vale mais que outra. Logo essas questões de aplicabilidades de um preço para uma vida são de criticidade na área das engenharias, pois os projetos devem levar em conta os custos, o lucro e os materiais a serem utilizados, mas a vida é o bem que mais deve ser preservado.
04. Como medir o prazer
Na aula em questão o professor Michael Sandel faz mais uma vez
algumas objeções em relação ao Utilitarismo de Jeremy Bentham, onde o filosofo aponta que o bem maior para a maioria, é o bem mais moral e o melhor a ser seguido, com as discordâncias e as argumentações contra esse pensamento filosófico, o professor aponta outro ponto de vista do utilitarismo, agora de autoria de John Stuart Mill, onde seu pensamento diverge um pouco ao de Jeremy Bentham, nesse pensamento mais moderno o pensador defende que o indivíduo deve ser livre para fazer o que bem entender como certo e moral, sem nenhuma interferência estatal, entretanto essa liberdade só será revogada somente se prejudicar de algum modo as outras pessoas, esse pensamento foi publicado no livro “On Liberty (1859)”. Em relação a segunda critica acerca do posicionamento de Bentham seria respondida no livro Utilitarianism (1861), na qual o posicionamento de diferenciação através da qualidade do prazer, em contrapartida expõe um pensamento, e pergunta qual prazer é mais valioso que o outro, para ser considerado mais elevado, na suas palavras, “algumas pessoas gostam de Mozart e outros de Madona, alguns gostam de Balé e outros de boliche e quem pode dizer o mais elevado e valioso”, e esse pensamento que John Stuart Mill tentou responder, e com esse pensamento de que uns prazeres são melhores que outros, o professor Sandel questiona que seria certo a violação do direitos dos cristãos pelo prazer sangrento dos romanos e se esse prazer deveria ser levado em conta para um bem comum, a resposta de John foi para saber qual é o mais valioso seria a experimentação dos prazeres em questão e decidir qual o mais elevado, então o professor apresenta três vídeos, o primeiro uma cena de um filme sobre uma das obras de Shakespeare, outra um trecho de um programa norte-americano Fear Factor (hipertensão) e por último uma cena dos Simpson, e pergunta para os alunos qual dessas cenas tem o prazer mais elevado, já que, todos ali presentes experimentaram, há um divergência de opiniões em relação ao alunos, pois cada um tem o seu modo de deduzir o melhor prazer para si, enquanto uma grade parte preferiram os Simpson, outros gostaram mais de Shakespeare, e apenas um escolheu Fear Factor (hipertensão), até aqueles que preferiram os Simpson por ser mais divertido disseram que o prazer de Shakespeare era mais elevado, e enfatizando ao fim da aula é mostrado um conceito de John Stuart Mill, onde ele diz que para atingir os prazeres mais elevados é preciso de instrução, em sua famosa frase ele diz “É melhor ser Sócrates insatisfeito do que um tolo satisfeito, e se o tolo e o porco tiverem opiniões diferentes é porque só conhece seu lado da questão”, e que é momentaneamente mais prazeroso ficar em casa no sofá, do que ir ao museu e admirar um Rembrandt, porém, se for experimentado ambos, será nítido que ir o museu é mais prazeroso, mas é mais escolhido a primeira opção por preguiça. Uma indagação para afirmar seu pensamento foi que, os direitos judiciais são prazeres mais elevados na utilidade pública, logo são de obrigação mais prioritária, e a longo prazo a humanidade se for justa e respeitosas com os direitos a sociedade ficará melhor. Com as palavras de Mill o professor Sandel analisa que esse pensamento foge dos pensamentos utilitaristas, nessa concepção Mill está inclinado aos prazeres qualitativos e mais elevados. Levando esses conceitos e pensamentos para a área das engenharias pode ser aplicada do modo que, para atingir determinados prazeres é preciso instrução, ou seja, o ensino e a preparação para a área profissional é de extrema importância, além de ter que se arriscar, como no exemplo do sofá e Rembrandt, as vezes é melhor permanecer no estado de conforto, porém, é preciso arriscar para conseguir coisas melhores, entender que o melhor para a maioria será o melhor para outros. Além da compreensão que cada pessoa tem seu ponto de vista em relação ao sentir bem, ou seja, algumas coisas serão prazerosas para um e para outros não, o entendimento sobre esse fato é uma vantagem para a relação entre pessoas, ajudando assim no convívio trabalhista. 05. Liberdade de escolha
Na quinta aula o professor Michel Sandel questiona os posicionamentos
de Mill sobre, ”a justiça ser a parte principal e mais comprometedora de toda a moralidade e a longo prazo se a justiça for feita, e os direitos respeitados, a sociedade ficará melhor como um todo”, o questionamento principal sobre esse pensamento utilitário moderno é sobre possibilidade de ter que abrir uma exceção para poder violar os direitos e assim melhorando as pessoas a longo prazo, e se seria moral fazer isso, e usar essas pessoas seria de alguma forma um bom motivo ou o único para poder respeita-las. No contexto de questionamento, o professor mais uma vez aborda o exemplo dos pacientes que necessitavam de doação de órgãos e o outro que estava apenas fazendo um check-up, se seria certo usar o paciente inocente para salvar a vida de cinco, ele aborda que, a longo prazo as pessoas poderiam ficar sabendo do ocorrido e parariam de se apresentar para os exames periódicos, fazendo que mais pessoas cheguem a falecer, então esse motivo importaria ou não, esse é o questionamento de Michael Sandel, ele diz que para essas perguntas serem respondidas a defesa de Mill precisa ir além do ele escreveu, e questionar os prazeres mais e menos elevados. Para poder responder essas questões o professor diz que isso vai além da utilidade a longo prazo, então ele apresenta o libertarismo, onde os direitos individuais são levados mais a sério, teorizando que o direito individual mais importante é o direito à liberdade. Na aula o filosofo na qual ele mostra os conceitos é Robert Nozick, o pensador diz que os indivíduos têm direito fortes, fazendo ele pensar no que o Governo poderia fazer, se é que ele pode fazer algo. O filosofo aborda que há três pilares que as grandes democracias praticam, e pela teoria dos direitos libetaristas são injustas, a primeira seria a legislação paternalista, ou seja, leis que protegem a população dela mesma, um exemplo apresentado foi a do cinto de segurança e o capacete, onde por lei é obrigatório o seu uso, para esse pensamento a decisão de usar é cada indivíduo, e não do Estado, ou seja, esse pilar define que o Governo não deve coagir a população por meio de leis, já a segunda seria sobre a legislação moralista, onde o Estado tenta promover a virtude individual, no libertarismo é dito que isso também é uma violação da liberdade individual e se não prejudica ninguém e nem revoga direitos, o Estado não poderia interferir e nem tão pouco legislar sobre isso, e por fim o terceiro tipo de política que é combatida pelos libertários é, que qualquer tributação ou política que tenha por proposito a redistribuição der renda ou riqueza dos ricos para os pobres, onde para os libertaristas isso seria um roubo e um tipo de coesão, que seria perpetuado pelo Estado, nessa filosofia, as vítimas seriam as pessoas que conseguiram ganhar muito dinheiro. No pensamento de Nozick e dos outros libertários o Estado deveria ser mínimo na tributação para a providencia das necessidades básicas da sociedade, e é esse terceiro pilar que o professor Michael Sande inicia o debate entre os alunos, perguntado se seria justo ou não a distribuição de renda, enquanto alguns defendem esse pensamento, com a base do libertarismo, que diz se alguém conseguiu riqueza de forma honesta desde da sua base, esse dinheiro é dela e o Estado não poderia obrigar a ninguém a doar seu dinheiro e isso deveria vir de cada um, enquanto outra parte dos alunos combate esse argumento, dizendo que algumas pessoas trabalham mais que as outra e mesmo assim recebem bem menos, então as pessoas mais ricas deveriam distribuir sua renda com essas pessoas mais necessitadas, a alegação dessa parte dos alunos seria a injustiça da conceituação que o esforço é o único fator resultante, em contrapartida, alguns relatos da outra parte dos alunos, libertaristas, alega que isso seria roubo, pois sem o total consentimento e a ação apenas por obrigação seria de uma forma um roubo, e esse pensamento é abordado por Nozick, onde o filosofo leva esse conceito a outro nível, ele não só concorda que é roubo, mas defende que isso nos torna escravos do Governo, pois se é de obrigação dar parte do seu bem que foi conquistado por trabalho, esse esforço e tempo também seria dado ao Estado, ou seja, os frutos do trabalho, e se o Governo tem o direito de toma-lo, e é moralmente diferente de doar por vontade própria, ele estar tomando o tempo, esforço e até o lazer, então a distribuição de renda, seria para os libertaristas, não apenas roubo, mas também escravidão, já que de determinado modo seria um trabalho forçado, em razão de não usufruir do próprio trabalho. Usando esses ensinamentos para a área trabalhista, podemos definir que os pilares combatidos por esse pensamento filosófico ainda são presentes na sociedade, e alguns deles nas áreas de trabalhista, mas em vez de atribuídas pelo Estado, seria pela direção ou chefia da empresa, onde a legislação paternalista é um exemplo, é de fato obrigação dos funcionários a utilização de equipamentos de segurança, já a legislação moralista pode ser apresentada na vestimenta dos profissionais, onde a ordem e decência é obrigatória em alguns casos, porém, o terceiro pilar não poder diretamente aplicada, já que, não há distribuição de renda obrigatória entre funcionário das empresas, os que estão na parte superior da hierarquia não dividem seus bens para com os das classes inferiores.