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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO

PAULO - CAMPUS SÃO PAULO

DISCIPLINA
HHD14 - HIDRÁULICA 1

Davi Grandi Monteiro, nº. SP3072886


Luan Augusto da Silva Faria, nº. SP3069265
Victor Boccoli Nicolini, nº SP3071634

RELATÓRIO - LABORATÓRIO EXPERIMENTAL 01


PROF.ª DRA. ADRIANA MARQUES

São Paulo - SP
2022
1. Introdução
Os escoamentos, de acordo com o artigo “Experimento didático de
Reynolds e conceitos básicos em mecânica dos fluidos", se caracterizam como
o processo de movimentação de moléculas em um fluido.
Esses escoamentos podem ser classificados como laminares,
transientes, turbulentos etc. Classificações essas que dependem da
velocidade, viscosidade, diâmetro do tubo e várias outras variáveis. Porém, se
foi encontrada uma forma de classificar esses escoamentos com base em
somente uma variável, o número de Reynolds.
Ademais, a função desse relatório é encontrar esse número e classificar
os regimes observados durante o experimento semelhantemente ao feito no
artigo citado.

2. Objetivo
Verificar e evidenciar as características de escoamentos de fluidos e
seus regimes de acordo com os estudos prévios de Osborne Reynolds sobre
esta área da hidráulica, devidamente explanada em Hidráulica Básica, Porto.
E, consequentemente, calcular a velocidade em função das vazões e
diâmetros fornecidos, descobrir em seguida o valor adimensional que
determina em qual regime ele se encontra: turbulento, laminar ou transiente de
acordo com a ABNT 5167-1 de 2008. Valor esse conhecido como número de
Reynolds. A partir disso, tendo esse dado em mãos, calcular o fator de atrito
dos regimes classificados como laminares.

3. Equipamentos Utilizados

Lista de materiais utilizados na prática ilustrados na Figura 1:


- Becker 250 ml;
- Erlenmeyer 250 ml;
- Trena 3m graduada em mm;
- Paquímetro 150 mm/ 6 polegadas;
- Tinta de Carbono;
- Bancada de Reynolds;
- Reservatórios de acrílico capacidades de 32,27 l e 3,45 l;
- Bomba de água.
Figura 1: Equipamentos utilizados no experimento anteriormente descrito.

Reservatório 1 - Água
- Dimensões internas (32,0cm x 18,1 cm x 54,0 cm)
- Capacidade de 31,27l
- Altura do nível da água do experimento: 40,9 cm

Reservatório 2A - Corante
- Dimensões internas (11,15 cm x 14,55 cm x 21,30 cm)
- Capacidade de 3,45 l
- Altura do nível da água do experimento: 4 cm

Reservatório 2B - Corante
Diâmetro Massa específica Temper Vazão - Velocidade Rugosidade
tubulação - fluído de estudo - atura - Q (l/min) V - (m/s)
D(cm) p (kg/m3) (ºC)

2,07 0,9956 32 2,1 0,104 -

2,07 0,9956 32 4,1 0,203 -

2,07 0,9956 32 1,0 0,049 -


Tabela 3: Tabela contendo os valores do diâmetro da tubulação, massa específica de
acordo com o valor da temperatura, temperatura em ºC, velocidade e rugosidade.
Inicialmente, encheu-se de água o reservatório 1 de água. Após isso, o
reservatório 2A foi enchido com corante, na concentração de 8 gotas contendo
0,03 ml, a cada 200 ml de água.
Por conseguinte, o reservatório 2A foi conectado ao reservatório 1 e iniciou-se
uma sucção da mistura água corante.
Dessa forma, iniciou-se o experimento, com a água pura junto da
contendo corante percorrendo a tubulação, percorrendo a bancada de
Reynolds como mostrado na Figura 2.
Assim, fazendo com que fosse possível analisar visualmente o tipo de regime
de escoamento que ocorria em determinadas velocidades e temperaturas.

Figura 2: Equipamentos utilizados no experimento.

4. Descrição dos Cálculos (quando se aplicar)

Fórmulas Utilizadas:
● Fórmula da vazão
𝑸=𝑽×𝑨
𝑸
𝑽=
𝑨

𝑸 → 𝑽𝒂𝒛ã𝒐 [𝒎³/𝒔]
𝑽 → 𝑽𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 [𝒎/𝒔]
𝑨 → Á𝒓𝒆𝒂 [𝒎²]
● Fórmula número de Reynolds
𝑉×𝐷
𝑅𝑒 =
𝑣

𝑅𝑒 → 𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑅𝑒𝑦𝑛𝑜𝑙𝑑𝑠 [𝐴𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙]


𝑉 → 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 [𝑚/𝑠]
𝐷 → 𝐷𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 [𝑚]
𝑣 → 𝑉𝑖𝑠𝑐𝑜𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑛𝑒𝑚á𝑡𝑖𝑐𝑎 [𝑚²/𝑠]

● Fórmula do fator de atrito (para regimes laminares)


𝟔𝟒
𝒇=
𝑹𝒆

𝒇 → 𝑭𝒂𝒕𝒐𝒓 𝒅𝒆 𝒂𝒕𝒓𝒊𝒕𝒐 [𝐴𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙]


𝑹𝒆 → 𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑅𝑒𝑦𝑛𝑜𝑙𝑑𝑠 [𝐴𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙]

Cálculos referentes à Situação 3


● Vazão:
𝑄 = 1,00 𝐿/𝑚𝑖𝑛
−5
𝑄 = 1,67 × 10 𝑚³/𝑠

● Cálculo da área do tubo:


𝐷²
𝐴 =𝜋×
4
(0,0207)²
𝐴 =𝜋×
4
−4
𝐴 = 3,36 × 10 𝑚²

● Cálculo da velocidade:
𝑄
𝑉=
𝐴
1,67 × 10 −5
𝑉=
3,36 × 10 −4
𝑉 = 0,049 𝑚/𝑠

● Cálculo do Número de Reynolds:


𝑉×𝐷
𝑅𝑒 =
𝑣
0,049×0,0207
𝑅𝑒 =
8×10 −7
𝑅𝑒 = 1267,88
● Cálculo do fator de atrito:
64
𝑓=
𝑅𝑒
64
𝑓=
1267,88
𝑓 = 0,0504

Observação:
O mesmo raciocínio foi aplicado nas outras duas situações, porém a primeira
e segunda análise resultaram, respectivamente, em regimes transiente e turbulento.

5. Resultados Experimentais e Discussão

Situação Velocidade Reynolds Regime Fator de


(m/s) atrito

1 0,104 2691,00 Transiente -


2 0,203 5252,63 Turbulento -

3 0,049 1267,88 Laminar 0,0504


Tabela 1: Tabela contendo as identificações de cada situação de escoamento, vazão,
temperatura, velocidade, número de Reynolds, tipo de regime e o fator de atrito.

Na tabela 4 encontram-se registrados as identificações de cada situação


de regime observada, sua vazão e temperatura fornecidas (descritas na tabela
3). Também aí estão os valores das velocidades encontrados com base na
área da tubulação (calculada com os valores também da tabela 3) e a vazão.
Por fim, calculamos os valores do número de Reynolds de cada escoamento,
classificamos seu regime de acordo com a ABNT 5167-1 de 2008 e calculamos
o fator de atrito daqueles regimes classificados como laminares.

6. Conclusões
Diante dos resultados mostrados e dos ensaios realizados foi possível
chegar à conclusão de que todas as situações colocadas devido a vazão e a
velocidade encontrada, o regime se alterou, entre o turbulento, o transiente e
o laminar, onde estas constatações se apoiam nos cálculos previamente
demonstrados.
Ao analisarmos a princípio o comportamento do líquido visivelmente, o
entendimento era de que os regimes eram turbulentos e transientes, porém
devido a vazão calculada por instrumentos de medição, foi aferido a
velocidade, número de Reynolds e fator de atrito e chegou-se à conclusão que
lidamos com regimes das três classificações, transiente, turbulento e laminar,
respectivamente.
Processo esse que também foi feito, mesmo que com o uso de
diferentes equipamentos, em “Experimento didático de Reynolds e conceitos
básicos em mecânica dos fluidos”. No artigo os autores anotaram as
características de certos escoamentos e com base neles calcularam o número
de Reynolds e, com base nele, classificaram esses movimentos de molécula
do fluido usado.

7. Referências Bibliográficas
Porto, Rodrigo de Melo. Hidráulico Básica. 4ª edição, 1999.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT 5167-1/ 2008:


Medição de vazão de fluidos por dispositivos de pressão diferencial, inserido
em condutos forçados de seção transversal circular. Parte 1: Princípios e
requisitos gerais.

F.M.C.SILVA;M.F.APOLINÁRIO;A.M.O.SIQUEIRA;A.L.M.CANDIAN,L.A.F.MO
REIRA,M.R.SARTI. Experimento didático de Reynolds e conceitos básicos em
mecânica dos fluidos. UFV, Departamento de Química, 2017.

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