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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS


DEPARTAMENTO DE FÍSICA

Luiz Eduardo Gomes


Miguel Alves
Pedro Neves

RELATÓRIO EXPERIMENTO 8
DEFORMAÇÃO INELÁSTICA E PROCESSO IRREVERSÍVEL

Belo Horizonte -
MG Junho/2023
Luiz Eduardo Gomes
Miguel Alves
Pedro Neves

RELATÓRIO EXPERIMENTO 8
DEFORMAÇÃO INELÁSTICA E PROCESSO IRREVERSÍVEL

Relatório referente à disciplina de Física


Experimental Básica - Termodinâmica da
Universidade Federal de Minas Gerais –
Campus Pampulha.
Professor: Nestor Cifuentes Taborda

Belo Horizonte -
MG Junho/2023
1. INTRODUÇÃO

O estudo do calor específico de um gás é de grande importância na área da física experimental,


uma vez que esse parâmetro está diretamente relacionado com a capacidade de um gás em
absorver e armazenar energia térmica. O calor específico é definido como a quantidade de calor
necessária para elevar a temperatura de uma unidade de massa de um determinado material em
uma unidade de temperatura.

Existem diferentes métodos para determinar o calor específico de um gás, e um dos mais
utilizados é o método de Rüchhardt. Esse método baseia-se no princípio da troca de calor entre
o gás e um líquido termicamente isolado, geralmente água, contido em um calorímetro. A
variação de temperatura do líquido é medida, e a partir dessa variação, é possível determinar o
calor específico do gás.

O método de Rüchhardt é particularmente interessante devido à sua simplicidade e precisão. Ele


permite a determinação do calor específico de gases a pressões moderadas e em uma faixa de
temperaturas que não ultrapassa os limites do experimento. Além disso, esse método pode ser
utilizado para gases ideais e reais.

Durante a realização do experimento, é fundamental considerar alguns aspectos importantes,


como a escolha adequada do gás a ser estudado, a calibração do calorímetro e o controle de
variáveis externas que possam interferir nos resultados, tais como a temperatura ambiente e a
pressão atmosférica.

Neste relatório de física experimental, será apresentado o método de Rüchhardt para a


determinação do calor específico de um gás, descrevendo detalhadamente os procedimentos
experimentais realizados, os equipamentos utilizados e as análises realizadas para obter os
resultados. Além disso, serão apresentados os resultados obtidos, bem como uma discussão
sobre as fontes de erro e as limitações do método utilizado.

Espera-se que este estudo contribua para um melhor entendimento do comportamento térmico
dos gases, bem como para a compreensão das propriedades termodinâmicas e a aplicação
prática do calor específico em diversas áreas da ciência e da engenharia.

2. PARTE EXPERIMENTAL

2.1 Objetivo
Calcular o coeficiente de expansão adiabática do ar, a partir da razão entre o calor
específico molar, à pressão constante e à volume constante. E então, determinar a
classificação do gás: monoatômico, diatômico ou poliatômico

2.2 Material utilizado


1- Cilindro com êmbolo de diâmetro d e massa m, sensor de baixa pressão.

2.3 Procedimentos

Para realizar o experimento sobre o calor específico de um gás utilizando o método de


Rüchhardt, serão utilizados os seguintes equipamentos: um êmbolo de vidro que se encaixa
dentro de um cilindro, um sensor de baixa pressão e uma interface de aquisição de dados
conectada a um computador. Esses elementos permitirão medir as oscilações de pressão dentro
do gás do tubo ao realizar uma pequena perturbação no êmbolo, e o software fornecerá o
registro das oscilações de pressão em função do tempo.

O procedimento experimental consiste nos seguintes passos:

1. Preparação dos equipamentos:


● Encaixe o tubo de ar no sensor de pressão.
● Escolha um volume para o cilindro, a partir de uma posição inicial do êmbolo.
● Certifique-se de impedir a variação do volume dentro do cilindro cobrindo a
seringa por onde ocorre a saída de ar.
2. Realização da perturbação no êmbolo:
● Aplique uma pequena força sobre o êmbolo de forma repentina.
3. Registro das oscilações de pressão:
● Utilize o software para registrar as oscilações de pressão em função do tempo,
fornecidas pelo sensor de baixa pressão conectado ao tubo de ar.
4. Cálculo do índice adiabático γ:
● Com base nos dados registrados, determine a relação entre pressão e volume
constante, utilizando a fórmula: γ = PV/constante.
● Utilize o método proposto por Rüchhardt para calcular o valor de γ com base nos
resultados obtidos.

É importante ressaltar que, durante o experimento, é fundamental realizar medidas precisas e


minimizar possíveis fontes de erro. Certifique-se de seguir corretamente os procedimentos
descritos e realizar análises adequadas para obter resultados confiáveis
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Utilizando o sensor de baixa pressão, foi feito o registro gráfico da pressão em função do tempo
do movimento harmônico amortecido. Esse gráfico foi feito para cada volume de ar e a partir
dele foi extraído o valor de tempo inicial e final, 𝑡𝑜 e 𝑡𝑓, respectivamente, e foi contado a
quantidade de cristas do gráfico (𝑐). Com os valores de 𝑡𝑜, 𝑡𝑓 e a quantidade de cristas, foi
calculado o valor do período: 𝑇 = (𝑡𝑜−𝑡𝑓)/𝑐

Tabela 1: Gráfico periodo x volume

𝑇 = (𝑡𝑜−𝑡𝑓)/𝑐

figura 2: Gráfico de compressão do gás em um volume de 50 ml


Foi registrado o tempo de 0,55s durante 10 oscilações, logo o período T = 0,055s.
figura 3: Gráfico de compressão do gás em um volume de 45 ml
Foi registrado o tempo de 0,463s durante 10 oscilações, logo o período T = 0,046s.

Figura 4: Gráfico de compressão do gás em um volume de 40 ml


Foi registrado o tempo de 0,402s durante 10 oscilações, logo o período T = 0,04s.

Figura 5: Gráfico de compressão do gás em um volume de 35 ml


Foi registrado o tempo de 0,367s durante 10 oscilações, logo o período T = 0,037s.

Á𝑟𝑒𝑎 (𝐴) = 𝜋𝑟 2 = 3,14.1,4 2 = 6,15 𝑐𝑚2


𝐼𝑛𝑐𝑒𝑟𝑡𝑒𝑧𝑎: ∆𝐴 = 𝐴√( ∆𝑟 𝑟 ) 2
Δ𝐴 =  6,15 𝑥 (√( 0,1 1,4 ) 2 ) =  0,44 𝑐𝑚2 → 𝐴 =  6,15  ±  0,44 𝑐𝑚2
𝑝 = 𝑝𝑜 + 𝑚𝑔 𝐴 → 𝑝 = (7,584.10^4𝑃𝑎) + ((61,5.10−3𝑘𝑔) (9,81  𝑚 𝑠 2 )) 6,15.10−4𝑚2 =
9,4.10^4𝑃𝑎
𝐼𝑛𝑐𝑒𝑟𝑡𝑒𝑧𝑎: 𝑝√( ∆𝑚 𝑚 ) 2 + ( ∆𝐴 𝐴 ) 2
∆𝑝 = (7,9.104 ). √( 0,1.10−3 61,5.10−3 ) 2 + ( 0,44.10−4 6,15.10−4 ) 2 = 0,7.10^4 𝑃𝑎 𝑝 = (7,89
± 0,7). 10^4 𝑃�

Agora, para calcularmos o 𝛾 , definimos os valores para o volume e período obtidos


experimentalmente e utilizamos os dados fornecidos:
1. 𝑉 = (50 ± 0,1) × 10^(-6) m3
2. 𝑇 = (0, 053 ± 0,1) s
3. 𝑚 = (61,5 ± 0,1) × 10^(-3) kg
4. 𝐴 = (6,15 ± 0,44) × 10^(-4) m2
5. P = (7,89 ± 0, 7) × 10^4 Pa

𝛾 = ( 4. (3,14) 2 . (61,5.10−3 ). (50.10−6 ) (6,15.10−4) 2.7,89.10^4.0,0532 ) = 1,31


𝐼𝑛𝑐𝑒𝑟𝑡𝑒𝑧𝑎: 1,22√( 0,1.10−3 61,5.10−3 ) 2 + ( 0,1.10−6 50.10−6 ) 2 + (−2. ( 0,4.10−4 6,2.10−4 ))
2 + (− ( 0,7.104 9,4.104 )) 2 + (−2 ( 0,1 0,053)) 2
∆𝛾 = 0,07 → 𝛾 = (1,27 ± 0,03)
4. CONCLUSÃO
Com base na realização do experimento e na análise dos dados obtidos, foi possível calcular o
coeficiente de expansão adiabática (γ) do gás em questão. Comparando o valor calculado com
os coeficientes de expansão adiabática conhecidos para diferentes tipos de gases, podemos
inferir a classificação do gás.

Após os cálculos e análises, constatamos que o valor de γ obtido está mais próximo de xx, que é
o coeficiente de expansão adiabática típico para gases poliatômicos. Portanto, podemos concluir
que o gás utilizado no experimento é classificado como poliatômico.

Essa conclusão sugere que o gás em estudo é composto por moléculas que contêm mais de dois
átomos, o que resulta em um comportamento termodinâmico característico dos gases
poliatômicos. Essas moléculas possuem graus adicionais de liberdade vibracionais e
rotacionais, o que influencia o valor do coeficiente de expansão adiabática.

É importante ressaltar que essa conclusão é baseada nos resultados específicos obtidos neste
experimento e na comparação com os valores de γ conhecidos para diferentes tipos de gases.
Outros experimentos e análises complementares podem ser realizados para corroborar essa
classificação e obter uma compreensão mais aprofundada das propriedades do gás em questão

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