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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

GUILHERME SILVA DE MELO


ABNER DAMASO FIGUEIREDO

RELÁTORIO

O presente relatório tem como


objetivo ser uma introdução breve
a cinética química e informar sobre
a parte experimental realizada em
aula.

Professor: Alexsandro Mendes Zimer

CURITIBA
2024
INTRODUÇÃO

Para entender como uma reação química ocorre, precisamos descobrir como sua
velocidade muda com o tempo, o que chamamos de estudo cinético. Para isso,
primeiro determinamos a "lei de velocidade", que nos diz como a velocidade da
reação depende das concentrações dos reagentes.
A lei da velocidade da reação relaciona o tempo que demora para uma
transformação química ocorrer com as concentrações dos reagentes em mol/L,
sendo diretamente proporcional ao produto de uma constante pelas concentrações
dos reagentes elevados aos seus respectivos expoentes.
Ex: aA + bB → cC + dD
Se aumentarmos as concentrações de A e B (reagentes) a quantidade de partículas
aumentara e haverá maior número de colisões entre os dois, aumentando a
velocidade da reação. Portanto, a velocidade da reação é diretamente proporcional
à concentração dos reagentes. Assim: v=k [A]a [B]b
Isso geralmente é feito experimentalmente, e existem diferentes métodos para isso.
Entre eles o método do isolamento, em que são usadas concentrações muito
elevadas de todos os reagentes, exceto um.
Ex: aA + bB + cC → produtos Lei de velocidade: v=k [A]a [B]b [C]c
Se [A] >> [C] e [B] >> [C] → v≈k '[C]o, pois as concentrações de A e B ficam
praticamente constantes ao longo de toda a reação. Então ln v=ln k '+o ln[C].
Desta forma, o valor do expoente “o” é encontrado num gráfico de ln v contra ln [C].
Podemos repetir os experimentos usando concentrações altas de B e C,
encontrando o expoente “m” e, assim por diante.
Um outro método utilizado é o Método das velocidades iniciais, que se baseia na
determinação das velocidades iniciais de uma reação (t = 0) em função das
concentrações iniciais de um dos reagentes (mantendo as concentrações iniciais
dos demais reagentes constantes na série de experimentos).
Ex: aA + bB + cC → produtos v=k [A]a [B]b [C]c
Em termos das velocidades iniciais (v 0): v0=k [ A]0a [B]0b [C]0c
Mantendo [A]0 e [B]0 constantes →v0=k [C]c0 → ln v0=ln k '+o ln[C]0c
Essa equação mostra que ln v0 varia linearmente com ln k '. Que será demonstrado
mais à frente.

A reação estudada em aula foi:

3HSO3-(aq) + IO3 -(aq) → I-(aq) + 3SO4 -(aq) + 3H+(aq)

Visto que a ordem da reação com relação ao íon bissulfito (HSO3-) é de 1a ordem. A
lei da velocidade será:

v= −d[HSO3-] = k [HSO3-]1 + [IO3-]α


dt

Foi utilizado o método da velocidade inicial para encontrar a expressão de


velocidade completa. Sendo necessário determinar a ordem da reação do íon iodato
(IO3-).
MATERIAL E MÉTODOS

MATERIAIS E REAGENTES
- 1 suporte para tubos - 1 escova para tubos - Solução de KIO3 (A)
- 1 bastão de vidro - 3 pipetas graduadas de - Solução de NaHSO3 (B)
- 12 tubos de ensaio 10ml
- Frasco lavador - 1 béquer de 50ml
- Pera química - 1 béquer de 400ml
- Cronômetro

Concentração de KIO3 = 0,023 mol/L


Concentração de NaHSO3 = 0,0075 mol/L

Para a determinação das velocidades de reação, foi testada 1 reação com 6 valores
de concentrações de reagentes diferentes. 6 tubos de ensaio com 5ml de NaHSO3
(0,0075 mol/L) foram misturados com 6 tubos com KIO3 (0,023 mol/L)+ H2O.

Tubo de ensaio Prévia 1 2 3 4 5


ml de solução KIO3 (A) 4,0 3,5 3,0 2,5 2,0 1,5
Volume de água (ml) 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5

No experimento, utilizando uma pipeta graduada foram colocados água e KIO3. O


produto entre esses dois foi despejado no tubo contendo o bissulfito. Logo após
todo o conteúdo ser depositado no tubo, o mesmo foi tampado com o dedo, agitado
3 vezes e o cronômetro ativado. Os resultados foram anotados em folha e utilizados
para a realização dos cálculos.
RESULTADOS E DISCUSSÕES

*Logo após realizarmos os 5 testes verificamos o tempo necessário que cada um


levou para reagir de acordo com a sua concentração e anotamos.

*Após isso, definimos a molaridade do [IO3] utilizando a fórmula M1.V1=M2.V2,


onde:

Exemplo: M2= 0,0023mol/L . 40mL/ 10mL


Efetuando o cálculo, temos 0,0092mol/L.

*Depois, com esses dados definimos a velocidade inicia utilizando a variação da


molaridade do [HSO3] dividido pela variação do tempo (calculado e anotado na
primeira parte).

Exemplo: Velocidade inicial= 0,00375/16,93 = 0,00022

*Em seguida, devemos utilizar o logaritmo neperiano para achar os pontos que irão
gerar uma reta em um gráfico.

Exemplos: Ln([HSO3] /t), os valores irão corresponder ao eixo Y.


Ln([IO3]), os valores irão corresponder ao eixo X.

Com isso, chegamos aos resultados necessários para completar a tabela fornecida
pelo professor e criar o gráfico de acordo com os resultados achados.

Segue a tabela completa:

Exp. [HSO3 ] [IO3.] Δt (s) V0=Δ[HSO3]/ Ln(Δ[HSO3]/ Ln([IO3])


(mol/L) (Mol/L) Δt Δt)
1 0,00375 0,00805 18,24 0,00019 8,48 4,82
2 0,00375 0,0069 19,87 0,00018 8,57 4,97
3 0,00375 0,00575 25,88 0,00014 8,83 5,15
4 0,00375 0,0046 32,67 0,00011 9,07 5,38
5 0,00375 0,00345 44,30 0,000084 9,37 5,66
Gráfico com os valores encontrados:

1) Temos que a ordem da reação em relação ao íon iodato é 3,26.


2) A lei de velocidade completa para a reação bissulfito iodato é
v=k{HSO3]¹.[IO3]³
CONCLUSÃO

Com base nos experimentos realizados, que foram super tranquilos, e na análise
dos dados obtidos, concluímos que a cinética química é fundamental para
compreender a velocidade das reações químicas e os fatores que a influenciam. Os
resultados obtidos corroboram os princípios teóricos estudados, destacando a
importância da concentração dos reagentes e presença de catalisadores na
velocidade das reações. Além disso, a aplicação de técnicas experimentais, como a
determinação de ordens de reação e a construção de gráficos a partir de
experimentos em laboratório de concentração em função do tempo, proporcionou
uma compreensão mais aprofundada dos processos cinéticos envolvidos. Essas
descobertas têm relevância não apenas acadêmica, mas também prática,
contribuindo para o desenvolvimento de novos materiais, processos industriais mais
eficientes e avanços na síntese de produtos químicos.

O ponto 2 da reta se deslocou um pouco mais que os demais, tal resultado pode ter
acontecido devido a possíveis erros na execução do experimento. Como agitar
demais o tubo, deixar sobra no tubo de ensaio no momento da mistura, atraso no
acionamento ou desligamento do cronômetro.
REFERÊNCIAS

https://brasilescola.uol.com.br/quimica/ordem-reacao.htm
https://brasilescola.uol.com.br/quimica/lei-velocidade-das-reacoes-quimicas.htm
Prática 06
https://pt.khanacademy.org/science/biology/energy-and-enzymes/introduction-to-
enzymes/v/introduction-to-kinetics
https://brasilescola.uol.com.br/videos/cinetica-quimica.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/cinetica-quimica-.htm

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