Você está na página 1de 26

Escoamento

Laminar e
Turbulento
Prof.ª Dra. Marlene Bampi
Acadêmicos: Bruna Passaia
Zanfonato, Guilherme Augusto
Mariane, Lohana Vieira Bataglini
INTRODUÇÃO
Experiência de Reynolds

• Em 1883 o engenheiro irlandês Osborne Reynolds estudou a forma como os


escoamentos se comportavam.
• Variando a velocidade do escoamento no duto, por meio de uma válvula acionada
por uma alavanca, Reynolds descreve dois tipos contrastantes de movimento:
Retilíneo e sinuoso.

“O movimento interno da água assume essencialmente


uma ou outra de duas formas distintas – ou os elementos
do fluido seguem uns aos outros ao longo de linhas de
movimento que os conduzem da maneira mais direta aos
seus destinos, ou eles redemoinham em trajetórias
sinuosas mais indiretamente possível”
INTRODUÇÃO
Número de Reynolds
• Número adimensional, e tem como objetivo mostrar que o tipo de escoamento depende de um
conjunto de grandezas (v, D, υ) e não somente de cada uma delas.
• O estado físico do número de Reynolds pode ser percebido com mais facilidade ao ser
reescrito na forma:
2 2
𝜌 𝑉𝐿 𝜌 𝑉𝐿 𝑉 𝐿 1 𝜌𝑉 𝐿
𝑅𝑒= = =
𝜇 𝜇 𝑉 𝐿 𝐿/ 𝐿 ( 𝜇 𝑉 / 𝐿 ) 𝐿2
Onde:
Tensão viscosa x área = força viscosa
Pressão dinâmica x área = forças de inércia
𝑓 𝑜𝑟 ç 𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑖𝑛 é 𝑟𝑐𝑖𝑎 v 𝐿
𝑅𝑒= 𝑅𝑒 = 𝜌 .
𝑓𝑜𝑟 ç 𝑎 𝑣𝑖𝑠𝑐𝑜𝑠𝑎 µ
INTRODUÇÃO
Número de Reynolds
• A partir de seu experimento Reynolds verificou que a transição laminar-turbulenta ocorria para
um número aproximado de 2300, embora não seja único. Fatores como: rugosidade superficial do
duto, vibrações de bancada, período de repouso da água no tanque, podem retardar a mudança.
• É estabelecido número de Reynods, Re critico/Reinferior, abaixo do qual o escoamento será laminar e
um Resuperior onde o escoamento será turbulento, independente do diâmetro de entrada do tubo.

 FOX E MCDONALD (1981)  BRUNETTI (2008)

Re ≤ 2000 – Escoamento Laminar


Re ≤ 2300 – Escoamento Laminar
2000 < Re < 2400 - Escoamento Transiente
Re ≥ 2300 – Escoamento Turbulento
Re ≥ 2400 – Escoamento Turbulento
INTRODUÇÃO
Escoamento Laminar

• Movimento de laminas escoando em forma de camadas


• Ocorre em velocidades menores, e/ou tubulações de grande diâmetro,
e/ou em altas viscosidades;
• Troca de quantidade de movimento molecular;
• Força viscosa de cisalhamento dificulta o movimento relativo entre as
camadas.
INTRODUÇÃO
Escoamento Turbulento
• Mudança brusca de pressão
• Fluido em movimento caótico
• No movimento, as camadas se misturam dando uma coloração uniforme.
• Viscosidade turbulenta
INTRODUÇÃO
Objetivos:

 Realizar o reconhecimento visual de um escoamento laminar e um turbulento através da


reprodução da experiencia de Reynolds;
 Realizar os cálculos necessários para encontrar o número de Reynolds de cada experimento
e compara-los com a literatura.
 Verificar se os valores obtidos pelos cálculos condizem com a observação visual do
experimento.
Procedimento Experimental
Materiais e Montagem do Sistema :
Experimento I - Escoamento Laminar
Considerações

 Viscosidade é a resistência do líquido para o escoamento


 A viscosidade cinemática () é a relação entre a viscosidade dinâmica (µ) pela
densidade do fluido (ρ).
 Foi utilizada a viscosidade cinemática da água () =

𝜇
υ=
𝜌
Considerações
• Resultados obtidos e fórmulas do cálculos

A mangueira possui um diâmetro de 0,008m


Foi calculado que:

−5 2
𝐴=5,026 𝑥 10 𝑚
Onde:
A= área
D= diâmetro
Experimento I - Escoamento Laminar
• Resultados obtidos e formulas do cálculos

Formula da vazão: Formula da área: Fórmula da velocidade:


𝑄
v=
𝐴
Número de Reynolds:

Experimento Volume ( L) Tempo (s)


A 0,1 104
B 0,1 93
C 0,1 99
Experimento I - Escoamento Laminar
Cálculos para: Volume - 100mL e tempo - 104s

 Cálculo da Vazão:  Cálculo da Velocidade:


𝑄
𝑄=v 𝐴 v=
𝐴
¿
−4 3 9,615 𝑥 10− 4 𝑚3 / 𝑠
1 𝑥 10 𝑚 v=
𝑄= 5,026 𝑥 10 −5 𝑚2
104 𝑠
−4 3
𝑄=9,615 𝑥 10 𝑚 /𝑠 v=0,0191𝑚/ 𝑠
Experimento I - Escoamento Laminar
 Cálculo do Número de Reynolds :

𝑉𝐿
𝑅𝑒 =
υ

𝑅𝑒=152 , 19

Lembrando: para o cálculo de Re com a viscosidade


cinemática da água, utiliza-se essa equação
Experimento I - Escoamento Laminar

Realizou-se os mesmos cálculos para os demais testes e os resultados são apresentados na


tabela abaixo:

Teste Tempo (s) Vazão (m3/s) Velocidade (m/s) Nº de Reynolds


A 104 9,615x10-7 0,0191 152,19
B 93 1,075x10-6 0,0214 170,52
C 99 1,010x10-6 0,0200 159,36

* Dados obtidos utilizando um volume de 100mL (0,1L)


Experimento II - Escoamento Turbulento
Experimento do Escoamento Turbulento
• Resultados obtidos e formulas do cálculos
Fórmula da vazão: Fórmula da velocidade: Fórmula da área: Número de Reynolds
𝑄
v=
𝐴

Experimento Volume ( L) Tempo (s)


A 0,1 4,97
B 0,1 4,07
C 0,1 3,8
Experimento II - Escoamento Turbulento
Cálculos para: Volume - 100mL e tempo – 4,97s

 Cálculo da Vazão:  Cálculo da Velocidade:


𝑄
𝑄 = 𝐴 .v=𝑉 𝐴
Experimento II - Escoamento Turbulento
 Cálculo do Número de Reynolds :

𝑅𝑒=3187 , 25

Lembrando: para o cálculo de Re com a viscosidade


cinemática da água, utiliza-se essa equação
Experimento II - Escoamento Turbulento
Realizou-se os mesmos cálculos para os demais testes e os resultados são apresentados na
tabela abaixo:

Teste Tempo (s) Vazão (m3/s) Velocidade (m/s) Nº de Reynolds


A 4,97 2,01x10-5 0,400 3187,25
B 4,07 2,46x10-5 0,490 3904,38
C 3,80 2,63x10-5 0,523 4167,33
* Dados obtidos utilizando um volume de 100mL (0,1L)
Laminar x Turbulento
Para parâmetros de comparação de resultados

Aspectos visíveis
 BRUNETTI (2008)

Número de Reynolds
Re ≤ 2000 – Escoamento Laminar
2000 < Re < 2400 - Escoamento Transiente
Re ≥ 2400 – Escoamento Turbulento
Resultados e Discussões
Apresentação dos resultados:

Amostra Volume Tempo Vazão Velocidade média Reynolds Natureza do


(L) (s) (m3/s) (m/s) escoamento
IA 0,1 104 9,615x10-7 0,0191 152,19 Laminar
IB 0,1 93 1,075x10-6 0,0214 170,52 Laminar
IC 0,1 99 1,010x10-6 0,0200 159,36 Laminar
IIA 0,1 4,97 2,01x10-5 0,400 3187,25 Turbulento
IIB 0,1 4,07 2,46x10-5 0,490 3904,38 Turbulento
IIC 0,1 3,80 2,63x10-5 0,523 4167,33 Turbulento
Resultados e Discussões
De acordo com os experimentos acima podemos observar que nos testes IA , IB, IC, onde
tínhamos um escoamento de água menor, ao adicionar-se o corante, o mesmo apresentou um
visual filetado característico do escoamento laminar.
Já nos experimentos IIA, IIB e IIC onde o volume de água em escoamento foi aumentado, o
corante que era adicionado rapidamente misturava-se com a água de forma agitada,
característica visível de um escoamento turbulento.
Através dos cálculos do número de Reynolds, comprovou-se as hipóteses visíveis. Sendo, Re
152,19, 170,52 e 159,36 para os testes IA , IB e IC respectivamente, valores <2000,
caracterizados pela literatura como pertencentes ao escoamento laminar.
Nos experimentos IIA , IIB e IIC os valores calculados de Re foram de 3187,25, 3904,38 e
4167,33 respectivamente, todos valores >2400, segundo a literatura também, confirmando um
escoamento Turbulento.
Conclusão
A partir dos resultados obtidos acima, conclui-se que as observações visuais dos experimentos
foram validadas e comprovados matematicamente, através do numero de Reynolds, de acordo
com a sua natureza, laminar ou turbulento. E considerando que ambos os experimentos e suas
réplicas foram realizados sob as mesmas condições de sistema e fluído, a principal grandeza de
influência para o número de Reynolds foi a vazão de água.
Pode-se concluir também, que para o âmbito acadêmico o experimento é muito proveitoso, tanto
pela abordagem quanto pela facilidade de execução e entendimento.
Referências
 ESCOAMENTO Laminar, turbulência e número de Reynolds. 2011. Física II-A; Instituto de
Física da UFRJ. Disponível em:
https://www.if.ufrj.br/~ginette/cursos/fit122/2011_02/programa/fluidos/escoamento.html.
Acesso em: 07 nov. 2021.
 ESCOAMENTOS. TESLA - Concurso Público para Engenharia. Disponível em:
https://teslaconcursos.com.br/wp-content/uploads/2016/05/Escoamentos.pdf. Acesso em: 07
nov. 2021.
 VICTOR, João. Tipos de regime de escoamento: Introdução. 2019. Disponível em:
https://www.guiadaengenharia.com/tipos-regime-escoamento/. Acesso em: 07 nov. 2021.
 KESSLER, Martin. Escoamento turbulento: fluídodinâmica. Fluídodinâmica. 2016. Blog
ESSS. Disponível em: https://www.esss.co/blog/escoamento-turbulento/. Acesso em: 07 nov.
2021.
Referências
 FOX, Robert W.; MCDONALD, Alan T; MEZZOMO, Roberto Francisco. Introdução à
mecânica dos fluidos. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1981. 562 p. ISBN (Broch.).
 BISTAFA, Sylvio Reynaldo. Mecânica dos fluidos: noções e aplicações. São Paulo: Blucher,
2010. 278 p. ISBN 9788521204978 (broch.).
 BRUNETTI, Franco. Mecânica dos fluidos. 2. ed. rev. São Paulo: Pearson/Prentice Hall,
2008. 431 p. ISBN 9788576051824 (broch.).
 ESCOAMENTO Laminar e Escoamento Turbulento: Experimento de Reynolds (1883).
Experimento de Reynolds (1883). Disponível em:
http://meusite.mackenzie.com.br/eangelo/Exp_Reynolds.pdf. Acesso em: 07 nov. 2021.

Você também pode gostar