Você está na página 1de 4

TECNOLOGIA

AMBIENTAL – MIEQ/MIB 17/18

TRABALHO 1 – ENSAIO LABORATORIAL DE COAGULAÇÃO E FLOCULAÇÃO –


APLICAÇÃO A UM EFLUENTE TÊXTIL.

OBJECTIVOS
Realizar ensaios em Jar Test de coagulação/floculação para remoção de cor
de um efluente têxtil. Determinação do valor óptimo do pH e do efeito da
adição de um floculante.

INTRODUÇÃO
Os processos de coagulação e floculação são muito importantes no tratamento
de águas e efluentes, sendo normalmente o primeiro processo num
tratamento integrado para remover a turvação e a cor. A coagulação ou
destabilização da matéria coloidal consiste na agregação das partículas por
processos físicos ou químicos. Os sais de alumínio ou ferro estão entre os
coagulantes mais vulgarmente utilizados, permitindo a formação de flocos
resultantes da precipitação do hidróxido metálico juntamente com as
impurezas por ele neutralizadas. A Floculação resulta da formação de flocos
maiores por formação de “pontes” entre as partículas já coaguladas e a
cadeia de um polímero entretanto adicionado (floculante). Na figura 1
representa-se esquematicamente o processo de coagulação e floculação.

Coagulação
Floculação

Figura 1 – Representação esquemática do processo de coagulação/floculação.


Adaptado de http://www.kurita.com.br/adm/download/ETA.pdf.
TECNOLOGIA AMBIENTAL – MIEQ/MIB 17/18

Os ensaios laboratoriais de coagulação/floculação, denominados de Jar Test,


são importantes no auxílio ao dimensionamento de estações de tratamento e
à sua operação. Os ensaios de Jar Test podem ainda ser utilizados para avaliar
qualitativamente a velocidade de formação de flocos em função da energia
fornecida (velocidade de agitação), a decantabilidade dos flocos formados e o
aspecto da água sobrenadante.

MATERIAIS E REAGENTES
Equipamento Laboratorial:
- Jar Teste
- gobelés de 800 mL
- Pipetas volumétricas e proveta de 500 mL
- Vareta de vidro
- 2 medidores de pH
- Turbidímetro

Reagentes já preparados e disponíveis no laboratório


- Coagulantes: solução de 50 g/L de Al2(SO4)3.14H2O e solução de 12 g/L
Fe2(SO4)3
- Floculante: solução de 0,5 g/L de Magnafloc 155
- Soluções de H2SO4 com as seguintes concentrações: 1:1, 1,0N e 0,1N
- Soluções de NaOH de 0,1 N e 1,0N
- solução de um efluente têxtil simulado.

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
1. Determinação do pH óptimo
Em 6 gobelés adicionar 500 mL de efluente e a dose mínima de
coagulante (previamente determinada, 2mL). Acertar o pH a 4 para o 1º
gobelé, a 5 para o 2º, e assim sucessivamente até 9 para o 6º gobelé,
adicionando solução de H2SO4 ou NaOH.
Colocar os gobelés no Jar Test. Seleccionar uma agitação rápida (150
rpm) durante 3 min, seguida de uma agitação lenta (20 rpm) durante 15
TECNOLOGIA AMBIENTAL – MIEQ/MIB 17/18

min e, finalmente, 15 min de repouso. (ver Manual de Apoio ao


Utilizador do Jar Test, em anexo)
Registar qualitativamente, para cada gobelé, o aspecto do
sobrenadante, o tamanho dos flocos e a velocidade de sedimentação.
Seleccionar o pH óptimo. Reservar o gobelé correspondente ao pH
óptimo e medir a absorvância do sobrenadante.
2. Avaliação do efeito da adição de um floculante
Num gobelé adicionar 500 mL de efluente, 2 mL de coagulante e
acertar o pH ao valor óptimo.
Repetir o ensaio no Jar Test, tal como nos casos anteriores, mas
adicionando 1 mL de floculante (Magnafloc 155) no início da etapa de
agitação lenta.
Registar qualitativamente, para cada gobelé, o aspecto do
sobrenadante, o tamanho dos flocos e a velocidade de sedimentação.
Retirar uma amostra do sobrenadante do gobelé a que se adicionou o
floculante e medir a cor do efluente no espectrofotómetro (absorvância
a 620 nm).
Medir a cor do efluente inicial e determinar a eficiência do processo
(coagulação/floculação) para a remoção de cor.
TECNOLOGIA AMBIENTAL – MIEQ/MIB 17/18

Você também pode gostar