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Laboratório TRANSAMINASE OXALACÉTICA POPBIO xxx/xx

TRANSAMINASE OXALACÉTICA (AST/GOT)


INDICAÇÃO MÉDICA DO EXAME
A determinação da aspartato aminotransferase ou transaminase glutâmico oxalacética (AST/GOT) em
amostras de sangue é útil na avaliação da função hepática.
PRINCÍPIO
A transaminase oxalacética promove a transferência de grupamentos amina de alfa aminoácidos para
alfacetoácidos.

TGO
L-Aspartato + Alfacetoglutarato - Glutamato + Oxalacetato

O oxalacetato formado é medido através da formação de hidrazona, que tem intensa cor em meio
alcalino.
AMOSTRA
Preparo do paciente
Recomenda-se jejum mínimo de 8 horas.
Tipos de amostra
Usar soro ou plasma (EDTA, heparina) ou líquido cefalorraquidiano.
Armazenamento e estabilidade da amostra
A atividade enzimática é estável por 4 dias entre 2 – 8 ºC e 2 semanas a 10 ºC negativos.
Volume mínimo
(Definir o volume mínimo a ser encaminhado para análise)
Volume ideal
(Definir o volume ideal a ser encaminhado para análise)
Critérios para rejeição da amostra
Presença de hemólise ou sinais de contaminação bacteriana.
Fazer referência ao manual ou POP de colheita, separação e distribuição de material.
PRODUTO UTILIZADO
Transaminase Oxalacética, Catálogo 52 ANVISA - 10009010031
Labtest Diagnóstica
Av. Paulo Ferreira da Costa, 600
Lagoa Santa, MG, 33400-000
Substrato: Armazenar entre 2 – 8 ºC.
Contém tampão 67 mmol/L pH 7,4, ácido alfacetoglutárico 2 mmol/L, ácido L-aspártico 99 mmol/L,
estabilizadores e azida sódica 15,4 mmol/L.
Reagente de Cor: Armazenar entre 2 – 8 ºC. Não congelar.
Contém 2,4 dinitrofenilhidrazina 1,0 mmol/L e ácido clorídrico 1,0 mol/L.
NaOH – Estoque: Armazenar entre 2 – 8 ºC. Reagente cáustico.
Contém hidróxido de sódio 10 mol/L.
Padrão - Piruvato de Sódio 22 mg/dL: Armazenar entre 2 – 8 ºC. Armazenar bem vedado para evitar
evaporação.
Contém Piruvato de Sódio 2 mmol/L.
NaOH de Uso:
Transferir quantitativamente o conteúdo do frasco nº 3 (20 mL) para um balão volumétrico de 500 mL,
completar até a marca com água destilada ou deionizada livre de CO 2 e homogeneizar. Estável 12
meses em recipiente de plástico, entre 15 – 25 ºC.
Precauções e cuidados especiais
1. Os cuidados habituais de segurança devem ser aplicados na manipulação do reagente. Fazer
referência ao manual ou POP de segurança.
2. Os reagentes não abertos, quando armazenados nas condições indicadas são estáveis até a
data de expiração impressa no rótulo. Durante o manuseio, os reagentes estão sujeitos à
contaminação de natureza química e microbiana que podem provocar redução da
estabilidade. O laboratório deve estabelecer a estabilidade em suas condições operacionais.
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3. O substrato contém azida sódica, que é tóxica. Deve-se tomar cuidado para evitar a ingestão
e, no caso de contato com os olhos, lavá-los imediatamente com grande quantidade de água
e procurar auxílio médico. A azida pode formar compostos altamente explosivos com
tubulações de chumbo e cobre. Utilizar grandes volumes de água para descartar o reagente.
Fazer referência ao manual ou POP de segurança.
EQUIPAMENTOS
Procedimento manual
1. Fotômetro capaz de medir com exatidão a absorbância em 505 nm ou filtro verde (490 a 540 nm).
2. Pipetas para medir amostras e reagentes.
3. Banho-maria mantido à temperatura constante (37 ºC).
4. Cronômetro.
Procedimento alternativo
Indicar o equipamento alternativo e os procedimentos para medição dos ensaios. Enumerar as
diferenças esperadas quando procedimentos manuais substituem procedimentos automatizados.
CONTROLE DA QUALIDADE
Materiais
Identificar os materiais para controle interno e externo da qualidade (fabricante, número de catálogo),
instruções de preparo e frequência da utilização dos mesmos.
Limites de tolerância
Descrever o procedimento para definição dos limites de tolerância, o sistema adotado para utilização do
mapa de Levey-Jennings e das regras de controle e as providências a serem tomadas diante de valores
que ultrapassem tais limites. Fazer referência ao manual ou POP para utilização dos materiais de
controle.
Verificação de novo lote de controles e/ou reagentes
Descrever o procedimento de verificação de novos lotes de controles e de reagentes.
Gerenciamento dos dados
Definir como os dados relativos ao controle da qualidade são arquivados e gerenciados.
Fazer referência ao manual ou POP de garantia da qualidade.
CURVA DE CALIBRAÇÃO
Como o sistema de medida (Reitman-Frankel-U/mL) não é proporcional à atividade enzimática, é
impossível utilizar o método do fator para cálculo, sendo necessário a preparação de Curva de
Calibração.
Tomar 5 tubos de ensaio e proceder como a seguir:
Tubo nº 1 2 3 4 5
mL mL mL mL mL
Padrão (nº 4) ----- 0,1 0,2 0,3 0,4
TGO substrato (nº 1) 1,0 0,9 0,8 0,7 0,6
Água destilada ou deionizada 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2
Reagente de Cor (nº 2) 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0
Misturar e deixar na temperatura ambiente 20 minutos.
NaOH de uso 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0
Misturar e deixar na temperatura ambiente 5 minutos. Determinar as absorbâncias ou T% em 505 nm ou
filtro verde (490 a 540), acertando o zero com água destilada. A cor é estável 60 minutos.

TRAÇADO DA CURVA DE CALIBRAÇÃO


Traçar a Curva de Calibração correlacionando as leituras obtidas com os valores em Unidades/mL,
expressos na tabela abaixo, utilizando papel linear (para absorbâncias) ou monolog (para T%).

Tubo nº 1 2 3 4 5
TGO (Unidades/mL) zero 24 61 114 190
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PROCEDIMENTO
Procedimento manual
1. Tomar 1 tubo de ensaio e proceder como a seguir:
Teste
TGO Substrato (nº 1) 0,25 mL
2. Colocar em banho-maria a 37 ºC 2 minutos. O nível da água no banho deve ser superior ao nível
dos reagentes nos tubos de ensaio.
Amostra 0,05 mL
3. Misturar e incubar em banho-maria a 37 ºC exatamente 60 minutos.
Reagente de Cor (nº 2) 0,25 mL
4. Misturar e deixar na temperatura ambiente 20 minutos.
NaOH de Uso 2,5 mL
5. Misturar e esperar 5 minutos. Determinar as absorbâncias ou T% em 505 nm ou filtro verde (490 a
540), acertando o zero com água destilada. A cor é estável 60 minutos. Obter o valor de TGO
usando a curva de calibração.
Precauções e cuidados especiais
1. Para manusear e descartar reagentes e material biológico, aplicar as normas estabelecidas
de segurança. Fazer referência ao manual ou POP de segurança.
2. A limpeza e secagem adequadas do material são fatores fundamentais para a estabilidade
dos reagentes e obtenção de resultados corretos. Fazer referência ao manual ou POP de
limpeza e verificação da qualidade da limpeza dos materiais.
3. A água utilizada no laboratório deve ter a qualidade adequada a cada aplicação. Assim, para
preparar reagentes e usar nas medições, deve ter resistividade 1 megaohm ou
condutividade 1 microsiemens e concentração de silicatos 0,1 mg/L (água tipo II). Para o
enxágüe da vidraria a água pode ser do tipo III, com resistividade 0,1 megaohms ou
condutividade 10 microsiemens. No enxágüe final utilizar água tipo II. Quando a coluna
deionizadora está com sua capacidade saturada ocorre a produção de água alcalina com
liberação de vários íons, silicatos e substâncias com grande poder de oxidação ou redução
que deterioram os reagentes em poucos dias ou mesmo horas, alterando os resultados de
modo imprevisível. Assim, é fundamental estabelecer um programa de controle da qualidade
da água. Fazer referência ao manual ou POP de água reagente.
4. Como ocorre com toda reação enzimática, a rigorosa observação do tempo e da temperatura
de incubação é de grande importância para a qualidade dos resultados obtidos. A diferença
de um minuto no tempo de incubação desta dosagem introduz um erro de 3,3% nos
resultados.
RESULTADOS
Unidade de medida
Unidades/mL
Conversão de Unidades/mL para Unidade SI: U/L = U/mL x 0,482
Valores de referência
Soro: 4 a 36 Unidades/mL
Os níveis na infância são duas a três vezes superiores àqueles encontrados nos adultos.
LIMITAÇÕES DO PROCEDIMENTO
Linearidade
Se o resultado obtido for maior que 190 Unidades/mL, diluir a amostra com NaCl 150 mmol/L e
proceder nova determinação. Multiplicar o resultado obtido pelo fator de diluição. Diluir a
amostra de tal modo que o valor encontrado se situe entre 50 e 150 Unidades/mL. Indicar o
procedimento de diluição utilizado no laboratório.
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Interferências
1- A hemólise prejudica o teste devido a elevada concentração de AST nas hemácias, fornecendo
valores falsamente elevados.
2- Valores de Triglicérides entre 170 e 900 mg/dL produzem interferência positiva que pode ser
minimizada utilizando o branco de amostra: Misturar 3,0 mL de NaCl 150 mmol/L com 0,05 mL da
amostra e medir a absorbância em 505 nm ou filtro verde (490 a 540), acertando o zero com água
destilada ou deionizada. Subtrair a absorbância assim obtida, da absorbância do teste e obter a
atividade da transaminase oxalacética utilizando a curva de calibração.
3- Para revisão das formas fisiopatológicas e medicamentosas de interferência nos resultados e na
metodologia, sugere-se consultar Clin Chem 1975; 21:1D-432D.
SIGNIFICADO CLÍNICO
Elevações das transaminases ocorrem nas hepatites (viral e tóxica), na mononucleose, cirrose,
colestase, carcinoma hepático primário ou metastático, pancreatite, traumatismo extenso e no choque
prolongado. Nas hepatopatias agudas geralmente o valor da transaminase pirúvica (ALT) excede o da
oxalacética (AST).
A AST está quase sempre elevada após o infarto agudo do miocárdio. Esta começa a se elevar 6 a 12
horas após a dor precordial, alcançando o pico máximo entre 24 a 48 horas, retornando aos valores de
referência após o 5º ou 6º dia. Deve-se ressaltar que a sensibilidade e especificidade da dosagem de
AST no diagnóstico do infarto agudo do miocárdio são baixas, tornando a determinação desta enzima a
menos indicada para este diagnóstico.
A uremia encontra-se associada à queda da AST.
Elevações significativas da atividade da AST no líquor têm sido observadas em pacientes com acidentes
cerebrovasculares. Se o nível sérico da enzima encontra-se também elevado, trata-se, provavelmente,
de dano maciço ao parênquima cerebral. Neoplasias envolvendo o cérebro e a medula espinhal são
acompanhadas de vários graus de elevação na atividade da AST no líquor. Nos indivíduos com
meningite bacteriana têm-se, usualmente, valores dentro da faixa de referência.
Várias drogas comumente usadas encontram-se relacionadas ao aumento da AST: izaniazida,
fenotiazinas, eritromicina, progesterona, esteróides, opiácidos, indometacina, halotano, metildopa,
aspirina em crianças, dentre outras.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Karmen A. J Clin Invest 1955;34:131.
2. Reitman S, Frankel S. Am J Clin Path 1957;28:56.
3. Tietz NW. Fundamentals of Clinical Chemistry, W.B. Saunders Co, 1970.
4. Varley H. Practical Clinical Biochemistry, Willian Heinemann Medical Book Ltd. 1967.
5. Wroblewski F, Cabaud P. Am J Clin Path 1957;27:235.
6. Westgard JO, Barry PL, Hunt MR, Groth T. Clin Chem 1981;27:493-501.
7. Tonks DB. Quality Control in Clinical Laboratories, Warner-Chilcott Laboratories, Diagnostic
Reagentes Division, Scarborough, Canada, 1972
8. Transaminase Oxalacética, Instruções de Uso, Labtest Diagnóstica.Labtest.

Nome Assinatura Data


Elaborado por: ___/___/___
Aprovado por: ___/___/___
Implantado por: ___/___/___
Substitui POP:
Revisado por: ___/___/___
Revisado por: ___/___/___
Revisado por: ___/___/___
Desativado por: ___/___/___
Razão:

Número Destino
Cópias

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