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Energia potencial
Forças conservativas
Princípio da conservação de energia
Objetivos
• Definir e equacionar energia potencial
Energia potencial
Conforme já definido, considerando a figura, tem-se que o trabalho
da força da gravidade durante o deslocamento é:
𝑈1→2 = − 𝑊𝑦2 − 𝑊𝑦1 = −𝑊∆𝑦
Energia potencial
A definição é válida apenas se W for constante. Para veículos
espaciais, porém, deve-se levar em conta a variação da força da
gravidade:
𝐺𝑀𝑚 𝐺𝑀𝑚
𝑈1→2 = −
𝑟2 𝑟1
E, assim:
𝐺𝑀𝑚
𝑉𝑔 = −
𝑟
𝑊𝑅2
𝑉𝑔 = −
𝑟
Energia potencial
Considerando novamente o corpo que se move e está preso a uma
mola conforme mostra a figura.
1 2 1 2 1 2
𝑈1→2 = − 𝑘𝑥2 − 𝑘𝑥1 = − 𝑘∆ 𝑥
2 2 2
De forma similar, o trabalho da força elástica é obtido pela subtração
dos valores da função 1/2𝑘𝑥 2 correspondente a cada posição. Ela é
denominada energia potencial elástica (Ve) do corpo em relação à
força elástica:
𝑈1→2 = 𝑉𝑒 1 − 𝑉𝑒 2
Energia potencial
A definição é válida apenas se x for medido em relação à posição
indeformada da mola, mas pode ser utilizada mesmo quando a mola
gira em torno de sua extremidade fixa.
Forças conservativas
Seja uma força que age sobre uma partícula A, dita conservativa, ou
seja, que seu trabalho é independente da trajetória percorrida pela
partícula à medida que se desloca de A1 até A2, pode-se escrever:
𝑈1→2 = 𝑉 𝑥1 , 𝑦1 , 𝑧1 − 𝑉 𝑥2 , 𝑦2 , 𝑧2 = 𝑉1 − 𝑉2
A função 𝑉 𝑥, 𝑦, 𝑧 é denominada
energia potencial ou função potencial
de 𝐹Ԧ
Forças conservativas
Se A2 for escolhido coincidente com A1 (trajetória fechada) conforme
mostra a figura, V1=V2 e o trabalho é nulo. Deduz-se, então, que,
para qualquer força conservativa:
Ԧ 𝑑 𝑟Ԧ = 0
ර 𝐹.
𝑑𝑈 = 𝑉 𝑥, 𝑦, 𝑧 − 𝑉 𝑥 + 𝑑𝑥, 𝑦 + 𝑑𝑦, 𝑧 + 𝑑𝑧
𝑜𝑢
𝑑𝑈 = −𝑑𝑉ሺ𝑥, 𝑦, 𝑧ሻ
Profº Angelo Reami Filho Forças conservativas
Bacharelado em Engenharia Mecânica
Mecânica Aplicada– MCE E3
Forças conservativas
Logo, o trabalho elementar de uma força conservativa é um
diferencial exato.
Forças conservativas
Isto mostra que uma condição necessária para que uma força seja
conservativa é que ela dependa do seu ponto de aplicação. Pode-se
escrever a função anterior também como:
𝜕𝑉 𝜕𝑉 𝜕𝑉
𝐹Ԧ = 𝐹𝑥 𝑖Ԧ + 𝐹𝑦 𝑗Ԧ + 𝐹𝑧 𝑘 = − 𝑖Ԧ + 𝑗Ԧ + 𝑘
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
𝐹Ԧ = −𝑔𝑟𝑎𝑑𝑉
Conservação de energia
Quando uma partícula se desloca sob a ação de forças conservativas,
pode-se escrever:
𝑉1 − 𝑉2 = 𝑇2 − 𝑇1
𝑇1 + 𝑉1 = 𝑇2 + 𝑉2
Conservação de energia
A figura mostra um pêndulo que é liberado com velocidade nula em
A1 para oscilar em um plano vertical. Considerando o nível de
referência em A2, pode-se calcular a anergia mecânica em A1:
𝐸 =𝑉+𝑇
𝑇1 = 0 𝑒 𝑉1 = 𝑊𝑙 → 𝐸1 = 𝑇1 + 𝑉1 = 𝑊𝑙
Conservação de energia
Pode-se determinar que a velocidade em A2 é 𝑣2 = 2𝑔𝑙 aplicando-
se o princípio do trabalho e energia, então a anergia mecânica em
A2:
1 2
1𝑊
𝑇2 = 𝑚𝑣 = 2𝑔𝑙 = 𝑊𝑙 𝑒 𝑉2 = 0 → 𝐸2 = 𝑇2 + 𝑉2 = 𝑊𝑙
2 2𝑔
Conservação de energia
Se a análise for feita em A3 será evidenciado que a energia cinética
em A2 se transformará em energia inteiramente potencial
novamente.
𝑇3 = 0 𝑒 𝑉3 = 𝑊𝑙 → 𝐸3 = 𝑇3 + 𝑉3 = 𝑊𝑙
Conservação de energia
Esse mesmo entendimento pode ser considerado para uma partícula
que se move em trajetória qualquer desde que apenas seu peso e a
normal à trajetória sejam as forças atuantes.
Conservação de energia
Quando a força de atrito for considerada, como ela não é uma força
conservativa porque seu trabalho depende da trajetória, não pode-
se calcular a variação de energia potencial como seu trabalho.
Conservação de energia
Outras formas de energia podem estar envolvidas em um sistema:
𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑟0
𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑣0
â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝜙0 𝑐𝑜𝑚 𝑜 𝑟𝑎𝑖𝑜 𝑂𝑃0
𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑟
𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑣
â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝜙 𝑐𝑜𝑚 𝑜 𝑟𝑎𝑖𝑜 𝑂𝑃
𝑇0 + 𝑉0 = 𝑇 + 𝑉
1 2
𝐺𝑀𝑚 1 2
𝐺𝑀𝑚
𝑚𝑣0 − = 𝑚𝑣 −
2 𝑟0 2 𝑟
Exercício
Exemplo 1(13.6 – Beer): Um colar de 1,5 kg está preso a uma mola e
desliza sem atrito ao longo de uma haste circular em um plano
horizontal. A mola tem um comprimento indeformado de 150 mm e
uma constante k=400 N/m. Sabendo que o colar está em equilíbrio
em A e recebe um leve impulso para mover-se, determine a
velocidade do colar:
a) quando passa por B,
b) quando passa por C
Exercício
Solução
a) Velocidade em B:
𝑣𝐴 = 0 → 𝑇𝐴 = 0
1 2
1 2
𝑉𝐴 = 𝑘 ∆𝐿𝐴𝐷 = 400. 0,275 = 15,125 𝐽
2 2
1 2
1 2 2
𝑇𝐵 = 𝑚 𝑣𝐵 = 1,5 𝑣𝐵 = 0,75 𝑣𝐵
2 2
1 2
1 2
𝑉𝐵 = 𝑘 ∆𝐿𝐵𝐷 = 400. 0,175 = 6,125 𝐽
2 2
Profº Angelo Reami Filho Princípio da conservação de energia
Bacharelado em Engenharia Mecânica
Mecânica Aplicada– MCE E3
Exercício
Solução
a) Velocidade em B:
𝑇𝐴 + 𝑉𝐴 = 𝑇𝐵 + 𝑉𝐵
2
0 + 15,125 = 0,75 𝑣𝐵 + 6,125
2
15,125 − 6,125
𝑣𝐵 =
0,75
𝑣𝐵 = 12 = 3,46 𝑚/𝑠
Exercício
Solução
b) Velocidade em C:
𝑇𝐴 = 0
𝑉𝐴 = 15,125 𝐽
1 2
1 2 2
𝑇𝐶 = 𝑚 𝑣𝐶 = 1,5 𝑣𝐶 = 0,75 𝑣𝐶
2 2
1 2
1 2
𝑉𝐶 = 𝑘 ∆𝐿𝑂𝐶 = 400. −0,025 = 0,125 𝐽
2 2
Exercício
Solução
b) Velocidade em C:
𝑇𝐴 + 𝑉𝐴 = 𝑇𝐶 + 𝑉𝐶
2
0 + 15,125 = 0,75 𝑣𝐶 + 0,125
2
15,125 − 0,125
𝑣𝐶 =
0,75
𝑣𝐶 = 20 = 4,47 𝑚/𝑠
Exercício
Exemplo 2(13.7 – Beer): Um bloco de 250 g é empurrado contra a
mola em A e liberado do repouso. Desprezando o atrito, determine a
menor deflexão da mola para que o bloco dê a volta em torno do
laço ABCDE e permaneça o tempo todo em contato com ele.
Exercício
Solução
Velocidade necessária em D: Quando o bloco passar pelo ponto D,
mais alto, sua energia potencial em relação à gravidade será
máxima, e, portanto, sua energia cinética e velocidade serão
mínimas. Como o bloco deve permanecer em contato com o laço, a
força N exercida pelo laço sobre o bloco deve ser igual ou maior que
zero. Fazendo N=0, calcula-se a menor velocidade possível vD.
𝑎𝑛 = 𝑔
𝑣𝐷2
𝑎𝑛 = → 𝑣𝐷2 = 𝑎𝑛 . 𝜌 → 𝑣𝐷 = 𝑔. 𝑟
𝜌
𝑣𝐷 = 9,81.0,5 = 2,21 𝑚/𝑠
Profº Angelo Reami Filho Princípio da conservação de energia
Bacharelado em Engenharia Mecânica
Mecânica Aplicada– MCE E3
Exercício
Solução
Posição 1:
• Energia potencial
1 2 1
𝑉𝑒 = 𝑘𝑥 = 600. 𝑥 2 = 300𝑥 2
2 2
𝑉𝑔 = 0 ሺ𝑒𝑠𝑐𝑜𝑙ℎ𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑜 𝑛í𝑣𝑒𝑙 𝑒𝑚 𝐴ሻ
𝑉1 = 𝑉𝑒 + 𝑉𝑔 = 300𝑥 2 + 0 = 300𝑥 2
• Energia cinética
Exercício
Solução
Posição 2:
• Energia potencial
𝑉𝑒 = 0 ሺ𝑛ã𝑜 ℎá 𝑑𝑒𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎çã𝑜 𝑛𝑎 𝑚𝑜𝑙𝑎ሻ
𝑉𝑔 = 𝑚𝑔𝑦 = 0,25.9,81.1 = 2,45 𝐽
𝑉2 = 𝑉𝑒 + 𝑉𝑔 = 0 + 2,45 = 2,45 𝐽
• Energia cinética
1 2
1 2
𝑇2 = 𝑚𝑣𝐷 = 0,25. 2,21
2 2
𝑇2 = 0,613 𝐽
Exercício
Solução
Conservação da energia:
𝑇1 + 𝑉1 = 𝑇2 + 𝑉2
3,065
𝑥2 = = 0,010
300
Exercício
Exemplo 3(14.7 – Hibbeler): O homem na figura empurra a caixa de
50 kg com uma forma F=150 N. Determine a potência fornecida pelo
homem quanto t=4 s. O coeficiente de atrito cinético entre o solo e a
caixa é μk=0,2. Inicialmente a caixa está em repouso.
Exercício
Solução
A figura representa o diagrama de corpo livre da caixa. Aplicando-se
a equação do movimento, tem-se:
3 3
𝐹𝑦 = 𝑚𝑎𝑦 → 𝑁 − 𝐹 − 𝑊 = 0 → 𝑁 − 150 − 50 9,81 = 0
5 5
𝑁 = 580,5 𝑁
4 4
𝐹𝑥 = 𝑚𝑎𝑥 → 𝐹 − 0,2. 𝑁 = 𝑚𝑎𝑥 → 150 − 0,2 580,5 = 50𝑎𝑥
5 5
𝑎𝑥 = 0,078 𝑚/𝑠 2
Exercício
Solução
A velocidade em t=4 s é:
4
𝑃 = 𝐹. 𝑣 = 150 0,312 = 37,44 𝑊
5
Exercício
Exemplo 4(14.8 – Hibbeler): O motor M do guindaste mostrado na
figura iça a caixa C de 375 N de maneira que a aceleração do ponto P
é 1,2 m/s2. Determine a potência que tem de se fornecida ao motor
no instante em que P tem velocidade de 0,6 m/s. Despreze a massa
da polia e do cabo e suponha o rendimento η=0,85.
Exercício
Solução
Com o diagrama de corpo livre da caixa pode-se determinar a tração
no cabo. Aplicando-se a equação do movimento, tem-se:
375
𝐹𝑦 = 𝑚𝑎𝑦𝐶 → −2𝑇 + 375 = 𝑎𝑦𝐶
9,81
Exercício
Solução
Assim:
375 375 1
−2𝑇 + 375 = 𝑎𝑦𝐶 → 𝑇 = − . −0,6 + 375 = 198,97 𝑁
9,81 9,81 2
𝑃𝑠 = 𝑇. 𝑣 = 198,97.0,6 = 119,38 𝑊
OBRIGADO!