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Materiais de

Construção Mecânica

PROFs. Daniele Maria Bruno Falcone Oian


Marcos César Ruy

IFSP – Campus Piracicaba


Cerâmicas
Classificação quanto à aplicação

 Materiais Cerâmicos Tradicionais: cerâmicas


estruturais, louças, refratários (provenientes
principalmente de matérias-primas argilosas e de
outros tipos de silicatos);

 Vidros e Vitro-Cerâmicas;

 Abrasivos;

 Cimentos;

 Cerâmicas “Avançadas”: aplicações eletro-eletrônicas,


térmicas, mecânicas, ópticas, químicas, biomédicas.
Classificação quanto à aplicação
Cerâmicas tradicionais

 Cerâmicas vermelhas:
ainda são produzidas
com matéria-prima não
beneficiada.

 Ex.: tijolos, blocos,


telhas, ladrilhos de
barro, vasos, filtros,
tubos, manilhas.
Cerâmicas tradicionais

 Cerâmica branca, produtos


refratários e vidrados.

 São produzidos com matérias-


primas beneficiadas por diversas
etapas de moagem.

 Ex.: louças, porcelanas, azulejos, louça sanitária, porcelana


refratária, doméstica, elétrica ou artística.
Cerâmicas avançadas
 Utilizam matérias-primas que sofreram uma série de
processos químicos e mecânicos
 que permitem obter produtos de pureza elevada ( >
99,5%) e pequeno tamanho de partícula (< 1µm).

 Óxidos, nitretos e carbetos


podem ser obtidos.

 A matéria-prima para as
cerâmicas avançadas pode
também ser sintética,
 ou seja, obtida por processos
de síntese química (alumina
com pureza> 99,99%).
Cerâmicas avançadas
 Cerâmica eletrônica: circuitos integrados, instrumentos e
sensores de laboratório.

 Cerâmica estrutural: ferramentas de corte, mancais,


pistões, bicos de queimadores.

 Alta dureza à quente (1600oC);


 Não reage quimicamente com o
aço;
 Longa vida da ferramenta;
 Usado com alta velocidade de
corte;
 Não forma gume postiço.
Cerâmicas avançadas

 Pó finíssimo de Al2O3 (partículas compreendidas entre 1 e


10 mícrons) mais ZrO2 (confere tenacidade a ferramenta de
corte) é prensado, porém apresenta-se muito poroso. Para
eliminar os poros, o material é sinterizado a uma
temperatura de 1700oC ou mais. Durante a sinterização as
peças experimentam uma contração progressiva, fechando
os canais e diminuindo a porosidade.
Cerâmicas avançadas

 Outras Aplicações

 Material de polimento.

 Bicos pulverizadores, ferramentas de corte, implantes


ósseos.

 Matrizes de extrusão e fundição, tesouras, facas


(ZrO2).

 Revestimento de câmaras de combustão de foguetes,


cadinhos para fusão de Ni e Pt, elemento protetor de
resistências de aquecimento (BeO)
Cerâmicas tradicionais e avançadas

 Custo muito maior das avançadas; a matéria-prima das


cerâmicas avançadas é muito mais pura (> 99,5%) e os
grãos são muito menores (< 1µm).

 Processos de fabricação são mais sofisticados:


torneamento, prensagem de pós, prensagem isostática
à quente, colagem sob pressão.
Tipos de matérias-primas
Aplicações e processamento das cerâmicas

 Características Metais x Cerâmicos  muito


diferentes  aplicações totalmente diferentes
 materiais cerâmicos, metálicos e poliméricos
se completam nas suas utilizações.

 Processamento (em comparação aos metais)


 Fundição de cerâmicos  normalmente
impraticável (Tfusão muito alta);

 Deformação  impraticável (fragilidade).


Aplicações e processamento das cerâmicas
Processamento dos Cerâmicos

 Algumas peças cerâmicas são conformadas a partir de


pós (ou aglomerados particulados) que devem ao final
ser secados e levados a ignição (cozidos).

 Vidros  formas conformadas a altas temperaturas a


partir de uma massa fluida que se torna viscosa com o
resfriamento.

 Cimentos  são conformados pela colocação de uma


pasta fluida no interior dos moldes, que endurece e
assume uma pega permanente em virtude de reações
químicas.
Aplicações e processamento das cerâmicas
Processamento dos
materiais cerâmicos
Processamento e fabricação
dos vidros e das
vitrocerâmicas
Vidros

• Vidros  grupo familiar de cerâmicas como recipientes,


lentes e fibra de vidro;

• Vidros  consistem em silicatos não cristalinos que contém


outros óxidos  CaO, Na2O, K2O e Al2O3;

• Vidro soda-cal 70% em peso de SiO2 e o restante Na2O


(soda) e CaO (cal ou cálcia);

• Duas características principais  transparência óptica e a


facilidade com que podem ser fabricados.
Vidros: composições e características de
alguns vidros comerciais comuns
Composição (% Peso)
Tipo de Vidro SiO2 Na2O CaO Al2O3 B2O3 Outros Característica e Aplicações
Alta temperatura de fusão,
muito baixo coeficiente de
Silica fundida >99,5
expansão (termicamente
resistente ao choque)
Choque térmico e
quimicamente resistente uso
96% Silica (Vycor MR) 96 4
em laboratórios (vidrarias de
laboratório)
Choque térmico e
Borosilicato (Pyrex MR) 81 3,5 2,5 13 quimicamente resistente uso
doméstico (vidros para fornos)
Baixa temperatura de fusão,
Recipientes (Soda -
74 16 5 1 4MgO facilmente trabalhado,
Cal)
materiais duráveis
Facilmente executado em
Fibra de Vidro 55 16 15 10 4MgO
compósito de vidro e resina.
Lentes ópticas de Alta
Silex Ótico 54 1 37PbO, 8K2O densidade e alto índice de
refração.
Facilmente fabricado; forte;
Vidro Cerâmica 6,5TiO2,
43,5 14 30 5,5 resiste a choque térmico –
( Pyroceram MR) 0,5As2O3
louça, vidros para fornos
Propriedade dos vidros

PROPRIEDADES DOS MATERIAIS VÍTREOS SENSÍVEIS A


ALTERAÇÕES DE TEMPERATURA

• Materiais vítreos (ou não cristalinos)  não se


solidificam da mesma maneira que fazem os materiais
cristalinos;
 No resfriamento, um vidro se torna continuamente
mais viscoso.
 Não existe nenhuma temperatura definida na qual o
líquido se transforma em um sólido, como corre com
materiais cristalinos.
Propriedade dos vidros

• Diferença entre
Cristalinos x Não-
cristalinos:
Dependência do
volume específico em
relação a temperatura.

• Cristalinos  redução
descontínua do volume
na temperatura de
fusão Tf;
Propriedade dos vidros

• Materiais vítreos  o volume diminui


continuamente com a redução na
temperatura;

• Materiais vítreos  ligeira diminuição


na inclinação da curva ocorre no ponto
em que é chamado de temperatura de
transição vítrea, Tv;

• Abaixo de Tv  material é
considerado um vidro; acima dessa
temperatura, o material é primeiro um
líquido superresfriado e, finalmente,
um líquido.
Propriedade dos vidros

• Contraste do comportamento
volume específico-temperatura
apresentado por materiais
cristalinos e não-cristalinos.

• Materiais cristalinos solidificam-


se na temperatura de fusão: Tm.

• O característico do estado não-


cristalino é a temperatura de
transição vítrea, Tg .
Propriedade dos vidros

• As características
viscosidade-temperatura do
vidro  são importantes
para as operações de
conformação.

• Sobre a escala da
viscosidade  identificação
de vários pontos específicos
importantes na fabricação e
no processamento dos
vidros:

Logaritmo da viscosidade em função da


temperatura para vidros de sílica fundida, com alto
teor de sílica, borossilicato e de cal de soda;
Propriedade dos vidros
(1) O ponto de fusão (melting
point) corresponde à
temperatura na qual a
viscosidade é 10 Pa-s (100P);
o vidro é fluido suficiente
para ser considerado como
um líquido;

(2) O ponto de trabalho (working


point) representa a
temperatura na qual a
viscosidade é 103 Pa-s (104
P); o vidro é facilmente
deformado nesta viscosidade;
Propriedade dos vidros
(3) O ponto de amolecimento
(softening point) é a
temperatura na qual a
viscosidade é 4 x 106 Pa-s ( 4 x
107 P), é a temperatura máxima
na qual uma peça de vidro pode
ser manuseada sem causar
significativas alterações
dimensionais.

(4) O ponto de recozimento


(annealing point) é a
temperatura na qual a
viscosidade é 1012 Pa-s ( 1013 P);
nesta temperatura a difusão
atômica é suficientemente
rápida de tal maneira que
quaisquer tensões residuais
podem ser removidas dentro de
cerca de 15 minutos.
Propriedade dos vidros
(5) O ponto de deformação
(strain point) corresponde
à temperatura na qual a
viscosidade se torna 3 x
1013 Pa-s (3 x 1014P); para
temperaturas menores do
que o ponto de
deformação, haverá
fratura antes do início da
deformação plástica. A
temperatura de transição
vítrea estará acima do
ponto deformação.
Propriedade dos vidros

A maioria das operações de


conformação dos vidros é
conduzida na faixa de trabalho –
entre as temperaturas de
trabalho e de amolecimento.

A capacidade de um vidro em
ser conformado pode ser em
grande parte modificada pela
alteração de sua composição
(T amolecimento, Cal de soda
x 96% sílica)  operações de
conformação   T para cal
de soda.
Conformação dos vidros

• O vidro é produzido pelo aquecimento das matérias-primas


até uma temperatura elevada, acima da qual ocorre a fusão;

• A maioria dos vidros comerciais é da variedade sílica-soda-


cal;

• Para a maioria das aplicações, especialmente quando a


transparência óptica é importante  é essencial que o vidro
produzido seja homogêneo e livre de poros;
Conformação dos vidros

• A homogeneidade é obtida pela fusão e mistura completa


das matérias-primas (ingredientes brutos);

• A porosidade resulta de pequenas bolhas de gás que são


produzidas;

- Essas devem ser absorvidas pelo material fundido...

- Ou de outra maneira eliminadas, o que requer um


ajuste apropriado da viscosidade do material fundido.
Conformação dos vidros

São usados 4 diferentes métodos de conformação


para fabricar produtos a base de vidro:

• prensagem,
• sopro (insuflação),
• estiramento e
• conformação de fibras.
Conformação dos vidros
• Prensagem  usada na fabricação de peças com paredes
relativamente grossas, tais como pratos e louças;

- A peça de vidro é conformada pela aplicação de


pressão em um molde de ferro fundido revestido com
grafita que apresenta a forma desejada;

- Molde é normalmente aquecido para assegurar uma


superfície uniforme;
Conformação dos vidros
• Insuflação: embora alguns processos de sopro de vidros
sejam feitos manualmente (especialmente para objetos de
arte) o processo foi completamente automatizado;

• Usado para a produção de jarras, garrafas e bulbos de


lâmpadas de vidro (Figura);

• As várias etapas são mostradas na figura a seguir.


Conformação dos vidros

• A partir de um tarugo de
vidro, um parison ou forma
temporária, é conformado por
prensagem mecânica em
um molde;

• Essa peça é inserida em


um molde de acabamento
ou de sopro e é forçada a
se conformar aos
contornos do molde pela
pressão criada por uma
injeção de ar.
Conformação dos vidros
• Estiramento  usado para conformar longas peças de
vidro, tais como chapas, barras, tubos e fibras, que têm
uma seção transversal constante;

• Nessa técnica, o vidro fundido passa (sobre rolos) de um


forno para um segundo forno onde fica sobre um banho de
estanho líquido;

Estiramento de Vidro
Conformação dos vidros
• Dessa forma, conforme essa tira de vidro contínua “flutua”
sobre a superfície do estanho fundido, as forças gravitacional
e de tensão superficial fazem com que a faces fiquem
perfeitamente planas e paralelas, e a chapa resultante tem
uma espessura uniforme;

• Além disso, as faces da chapa adquirem um acabamento


brilhante, “polido com fogo”, em uma região do forno;

Estiramento de Vidro
Conformação dos vidros
• A chapa passa, a seguir, para o interior de um forno de
recozimento, e é finalmente cortada em seções;

• O sucesso dessa operação requer um rígido controle tanto


da temperatura quanto da composição química da
atmosfera gasosa;
Conformação dos vidros
• Conformação das fibras: fibras de vidro
contínuas são conformadas por meio de
uma operação de estiramento bastante
sofisticada;

- O vidro fundido é colocado em


uma câmara de aquecimento de platina;

- As fibras são conformadas pelo


estiramento do vidro fundido através de
muitos pequenos orifícios na base da
câmara.

• A viscosidade do vidro, que é crítica, é


controlada pelas temperaturas da câmara
e dos orifícios.
Tratamento térmico dos vidros:
recozimento
• Quando um material cerâmico é resfriado desde T elevadas:

- ocorre diferença na taxa de resfriamento e na


contração térmica entre as regiões da superfície e do
interior;
- o que resulta em tensões internas (tensões
térmicas);
- as quais podem enfraquecer o material ou, em casos
extremos, levar à fratura, em um fenômeno denominado
choque térmico;
Tratamento térmico dos vidros:
recozimento
 Para evitar que isso ocorra:

 Resfriamento da peça a uma taxa suficientemente


lenta de forma a evitar tensões térmicas.

 Tensões já introduzidas:

 Consegue-se eliminação ou redução delas através


do tratamento térmico de recozimento.

 Peça de vidro é aquecida até o ponto de


recozimento e então lentamente resfriada até a
temperatura ambiente.
Tratamento térmico dos vidros: têmpera do
vidro (revenimento térmico)
• Resistência de uma peça de vidro pode ser melhorada
pela indução intencional de tensões residuais compressivas
na superfície da peça;

• Isso pode ser conseguido com um tratamento térmico:


têmpera térmica;

- Peça de vidro é aquecida até uma temperatura


acima da região de transição vítrea, porém abaixo do ponto
de amolecimento;

- Ela é então resfriada até a temperatura ambiente


em meio a um jato de ar ou, em alguns casos, em um
banho de óleo.
Tratamento térmico dos vidros : têmpera
(revenimento térmico)
• As tensões residuais surgem das diferenças nas taxas de
resfriamento entre as regiões da superfície e do interior;

 No início a superfície resfria mais rapidamente e


torna-se rígida, quando resfriada a uma T abaixo do
ponto de deformação.

 Nesse momento, o interior se resfriou mais


lentamente encontra-se a uma T mais elevada
(acima do ponto de deformação) e portanto ainda é
plástico.

 Com a continuação do resfriamento, o interior tenta


se contrair em maior grau do que o agora rígido
exterior irá permitir.
Tratamento térmico dos vidros: têmpera
(revenimento térmico)
• Dessa forma, o interior
tende a contrair o exterior ou
impor tensões radiais
voltadas para dentro;

• Como consequência, com o


resfriamento completo até a T
ambiente, a peça mantém
tensões compressivas sobre
a superfície, com tensões de
tração nas regiões interiores
(figura);
Distribuição de tensões residuais à
temperatura ambiente ao longo da
seção transversal de uma chapa de
vidro temperado.
Tratamento térmico dos vidros: têmpera
(revenimento térmico)
• Falha de materiais cerâmicos 
quase sempre resulta de uma
trinca iniciada na superfície pela
aplicação de uma tensão de
tração.

• A distribuição de tensões à
temperatura ambiente ao longo
de uma seção transversal de uma
placa de vidro está representada
esquematicamente na Figura ao
lado.
Distribuição de tensões residuais à
temperatura ambiente ao longo da
seção transversal de uma chapa de
vidro temperado.
Tratamento térmico dos vidros: têmpera
(revenimento térmico)

• Para causar a fratura de uma peça de


vidro temperado, a magnitude de uma
tensão de tração aplicada externamente
deve ser grande o suficiente para:

 em primeiro lugar, superar a


tensão residual de compressão na
superfície e,

 além disso, para tensionar a


superfície em tração o suficiente
para dar início a uma trinca, a qual
poderá então se propagar. Distribuição de tensões
residuais à temperatura
ambiente ao longo da seção
transversal de uma chapa de
vidro temperado.
Tratamento térmico dos vidros: têmpera
(revenimento térmico)
• Em um vidro que não tenha sido
temperado, uma trinca será introduzida
sob um nível de tensão externa mais
baixo e, consequentemente, a
resistência à fratura será menor;

• Aplicações dos vidros temperados:

- onde é importante alta


resistência;

- essas aplicações incluem


portas com grandes dimensões, para-
brisas de automóveis e as lentes de Distribuição de tensões
óculos. residuais à temperatura
ambiente ao longo da seção
transversal de uma chapa de
vidro temperado.
Propriedades e aplicações das
vitrocerâmicas
• Maioria dos vidros inorgânicos  pode ser transformada
de um estado não cristalino em um estado cristalino  um
tratamento térmico apropriado em altas temperaturas;

• Esse processo é denominado cristalização (ou


devitrificação) e o produto final é um material policristalino
com grãos finos  chamado de vitrocerâmica;

• A formação desses pequenos grãos vitrocerâmicos é uma


transformação de fases  estágios de nucleação e
crescimento;

• Um agente de nucleação (frequentemente o dióxido de


titânio) deve ser adicionado para induzir o processo de
cristalização ou devitrificação.
Propriedades e aplicações das
vitrocerâmicas
• Resistências mecânicas relativamente elevadas;

• Baixos coeficientes de expansão térmica (para evitar choques


térmicos);

• Propriedades para utilização em temperaturas relativamente


elevadas;

• Boas propriedades dielétricas (para aplicações em


encapsulamento de componentes eletrônicos);

• Boa compatibilidade biológica;

• Algumas vitrocerâmicas podem ser fabricadas opticamente


transparentes, enquanto outras são opacas.
Propriedades e aplicações das
vitrocerâmicas
• Ponto atrativo: fabricabilidade;

• Vitrocerâmicas são fabricadas comercialmente sob os nomes


comerciais de Pyroceram, CorningWare, Cercor e Vision;

• Aplicações mais comuns: peças para irem ao forno, à mesa,


janelas de fornos e tampas de fogões de cozinha  devido à sua
resistência mecânica e excelente resistência a choques térmicos;

• Eles também servem como isolantes elétricos e como substratos


para placas de circuitos impressos, e são utilizados como
revestimentos em arquitetura e para trocadores de calor e
regeneradores.
Fabricação e tratamento de vitrocerâmicas

• Primeiro estágio na fabricação de um produto


vitrocerâmico  conformação na forma desejada como é
feito com o vidro;

• As técnicas de conformação empregadas são as mesmas


usadas para as peças de vidro:

- prensagem e estiramento

• A conversão do vidro em uma vitrocerâmica (isto é, a


cristalização)  conseguida por tratamentos térmicos
apropriados;
Produtos à base de argila

• Argila  uma das matérias-primas cerâmicas mais


amplamente utilizadas;

- é muito barata, encontrada naturalmente e em


grande abundância, é usada com freqüência na forma como é
extraída, sem qualquer beneficiamento;

- além disso, produtos á base de argila podem ser


conformados com facilidade  quando misturados nas
proporções corretas  argila e água formam uma massa
plástica  muito susceptível à modelagem;

• A peça modelada é seca (remover parte da umidade), e


depois é cozida em uma temperatura elevada para melhorar
sua resistência mecânica;
Produtos à base de argila
• Maioria dos produtos à base de argila enquadra-se em duas
classificações abrangentes:

- os produtos estruturais à base de argila (tijolos de


construção, os azulejos e as tubulações de esgoto) 
aplicações nas quais a integridade estrutural é importante;

- louças brancas  tornam-se brancas após


cozimento em temperatura elevada (porcelanas, as louças de
barro, as louças para mesa, as louças vitrificadas e as louças
sanitárias);
Características da argila
• Minerais argilosos  2 papéis muito importantes nos
corpos cerâmicos;

1) Quando é adicionado água, eles se tornam muito


plásticos  hidroplasticidade (propriedade muito
importante durante as operações de conformação);

2) Além disso, a argila se funde em uma faixa de


temperaturas;

- Dessa forma, uma peça cerâmica densa e


resistente pode ser produzida durante o cozimento
sem que ocorra fusão completa, tal que a forma
desejada é mantida;

- Essa faixa de temperaturas de fusão, obviamente,


depende da composição da argila.
Características da argila
• Argilas são aluminossilicatos, compostas de
alumina (Al2O3) e sílica (SiO2), que contém água
quimicamente combinada;

• Possuem ampla faixa de características físicas,


composições químicas e estruturas;

• Impurezas presentes mais comuns:


 Compostos (geralmente óxidos) de bário,
cálcio, sódio, potássio e ferro, e também
alguma matéria orgânica.
Características da argila

• Minerais argilosos de interesse


mais comuns apresentam a
estrutura da caolinita
[Al2(Si2O5)(OH)4];

• Na argila caolinita, mediante a


adição de água, as moléculas de
água posicionam-se entre as
lâminas em camadas e formam
uma película fina ao redor das
partículas de argila;

As partículas ficam, dessa forma, livres para se moverem umas


sobre as outras, o que é responsável pela plasticidade resultante
da mistura água-argila
Produtos à base de argila

• Além da argila, muitos desses produtos (em particular as


louças brancas) contêm também ingredientes não
plásticos, que influenciam:

- tanto as mudanças que ocorrem durante os processos


de secagem e o cozimento;

- assim como as características da peça acabada;


Composição de produtos de argila
• Entre esses ingredientes pode-se citar os minerais não
argilosos que incluem o sílex ou quartzo finamente
moído, e um fundente, tal como o feldspato;

• O quartzo  usado principalmente como material de


enchimento ou carga;

- é barato, relativamente duro e quimicamente não


reativo;

- apresenta pouca alteração durante tratamento térmico


à temperatura elevada  possui temperatura de fusão
bem mais alta que a temperatura normal de cozimento;

- quando fundido, tem a habilidade de formar um vidro;


Composição de produtos de argila

• O fundente, quando misturado com a argila, forma um


vidro com ponto de fusão relativamente baixo.

• Os feldspatos - agentes fundentes mais comuns;

• As proporções de argila, quartzo e fundente influenciam


as alterações durante a secagem e o cozimento, e
também as características da peça acabada;

• Porcelana típica: 50% de argila, 25% de quartzo e 25%


de feldspato.
Argila – Técnicas de fabricação
PROCESSAMENTO

• Preparação da matéria-prima em pó.


• Mistura do pó com um líquido (geralmente água) para
formar um material conformável.
• Conformação da mistura (existem diferentes processos):
suspensão de alta fluidez (“barbotina”) ou massa
plástica.
• Secagem das peças conformadas.
• Queima das peças após secagem.
• Acabamento final (quando necessário).
Argila – Técnicas de fabricação
• A peça conformada deve ter suficiente resistência mecânica
 permanecer intacta durante as operações de transporte,
secagem e cozimento;

• Técnicas comuns de conformação:

 Conformação hidroplástica e;

 Fundição em suspensão/moldagem em barbotina.


Argila – Técnicas de fabricação
Conformação Hidroplástica

• Minerais à base de argila, quando misturados com água 


altamente plásticos e deformáveis  podem ser moldados
sem a formação de trincas;

• No entanto, possuem limites de escoamento extremamente


baixos.
- A consistência (razão água-argila) da massa hidroplástica
deve produzir um limite de escoamento suficiente para
permitir que uma peça conformada mantenha sua forma
durante o manuseio e a secagem.
Argila – Técnicas de fabricação
Conformação Hidroplástica
• Técnica de conformação hidroplástica mais comum 
extrusão;

- Extrusão  massa cerâmica plástica rígida é forçada


através de um orifício de uma matriz tendo a geometria de
seção transversal desejada;

• Tijolos, tubos, blocos cerâmicos e azulejos  todos


geralmente fabricados usando conformação hidroplástica;
Argila – Técnicas de fabricação
Conformação Hidroplástica
Extrusão
Argila – Técnicas de fabricação
Conformação Hidroplástica
Extrusão
Argila – Técnicas de fabricação
Conformação Hidroplástica
Telhas: Extrusão + Compressão
Prensa para telhas
Argila – Técnicas de fabricação
Moldagem em Barbotina
• Utiliza-se uma suspensão de argila e/ou outros materiais
não plastificáveis em água;

• Suspensão  vazada dentro de um molde poroso


(comumente feito de gesso);

• Quando derramada dentro do molde, a água da


suspensão é absorvida para dentro do molde  deixando
uma camada sólida sobre a parede do molde, cuja
espessura dependerá do tempo;
Argila – Técnicas de fabricação
Moldagem em Barbotina
Argila – Técnicas de fabricação
Moldagem em Barbotina
Fabricação de Louças
Argila – Secagem e cozimento
Secagem e cozimento
• Peça cerâmica  conformada hidroplasticamente ou através
de fundição por suspensão:

- Retém uma porosidade significativa e apresenta


resistência insuficiente para a maioria das aplicações práticas;

- Pode conter ainda algum líquido (por exemplo, água),


que foi adicionado para auxiliar na operação de conformação;

- Esse líquido pode ser removido por secagem;

- A massa específica e a resistência são aumentadas


 resultado de um tratamento térmico à alta temperatura, ou
procedimento de cozimento;
Argila – Secagem e cozimento
Secagem
• Um corpo que tenha sido conformado e seco, mas não
cozido, é denominado cru;

• As técnicas de secagem e de cozimento são críticas:

- Durante essa operação podem ser introduzidos


defeitos que normalmente tornam a peça imprestável (por
exemplo, empenamento, distorção e trincas);

- Esses defeitos resultam geralmente de tensões que


são geradas a partir de uma contração de volume não
uniforme;

• Veremos então a contração de volume que ocorre no


processo de SECAGEM!
Argila – Secagem e cozimento
Secagem
• Conforme um corpo cerâmico à base de argila seca, ocorre
alguma contração de volume;

- Nos estágios iniciais da secagem, as partículas de argila


estão virtualmente envolvidas e separadas umas das outras
por uma fina película de água;

- Na medida em que a secagem progride e a água é removida,


a separação entre as partículas diminui  contração (Figura);

Úmido Parcialmente Seco


Úmido
Argila – Secagem e cozimento
Secagem

• Durante a secagem, é crítico controlar a taxa de remoção da


água; a secagem das regiões internas de um corpo é
realizada pela difusão das moléculas de água para a
superfície, onde ocorre sua evaporação;

• Se a taxa de evaporação > que a taxa de difusão, a


superfície secará (e consequentemente irá se contrair) mais
rapidamente que o interior;

- Existe então grande probabilidade de formação dos


defeitos mencionados anteriormente;
Argila – Secagem e cozimento
Secagem

• O que fazer?

• A taxa de evaporação na superfície deve ser diminuída


para, no máximo, ser igual à taxa de difusão da água;

• A taxa de evaporação pode ser controlada pela


temperatura, pela umidade e pela taxa de escoamento do
ar.
Argila – Secagem e cozimento
Secagem
• O que mais influencia na contração?

• Espessura do corpo também influencia na contração 


peças mais espessas apresentarão contração de volume
não uniforme e a formação de defeitos será mais
pronunciada;

• Teor de água no corpo conformado também é crítico:


quanto maior o teor de água, mais intensa será a contração.
Portanto, normalmente o teor de água é mantido tão baixo
quanto possível;
Argila – Secagem e cozimento
Queima ou cozimento

• Após a secagem  corpo é cozido a uma temperatura


entre 900 e 1400ºC;

• A temperatura de cozimento depende da composição e


das propriedades desejadas para a peça acabada;

• O que ocorre durante o cozimento?


Argila – Secagem e cozimento
Queima ou cozimento
• Durante a operação de cozimento:
- Resistência mecânica é acentuada;

- Densidade é aumentada (com uma consequente


diminuição na porosidade) ; Como acontece essa
diminuição da porosidade?

- Formação gradual de um vidro líquido;

- Fase fundida forma uma matriz vítrea que resulta num


corpo denso e forte.
Argila – Secagem e cozimento
Queima ou cozimento
• Quando materiais à base de argila são aquecidos até
temperaturas elevadas, ocorrem algumas reações
consideravelmente complexas;

• Uma delas é a vitrificação.

• Vitrificação  formação gradual de um vidro líquido que


flui para o interior e preenche parte do volume dos poros;

• Grau de vitrificação depende da temperatura e do tempo


de cozimento, assim como da composição do corpo;
Argila – Secagem e cozimento
Queima ou cozimento

• A temperatura na qual a fase líquida se forma é reduzida


pela adição de agentes fundentes (como o feldspato);

• Uma contração também acompanha esse processo;

• Com o resfriamento  essa fase fundida forma uma matriz


vítrea que resulta num corpo denso e forte;
Argila – Secagem e cozimento
Queima ou cozimento

• Portanto  microestrutura final  consiste em uma fase


vitrificada, de quaisquer partículas de quartzo que não
tenham reagido e em alguma porosidade;

• O grau de vitrificação  controla as propriedades da peça


cerâmica à temperatura ambiente;

• Resistência, durabilidade e a massa específica são


melhoradas conforme a vitrificação aumenta;
Argila – Secagem e cozimento
Queima ou cozimento

• A temperatura de cozimento determina a extensão em que a


vitrificação ocorre; ao se aumentar a temperatura de
cozimento a vitrificação aumenta;

• Os tijolos de construção são cozidos normalmente em torno


de 900°C e são relativamente porosos;

• Por outro lado, o cozimento de uma porcelana altamente


vitrificada, que está no limiar de ser opticamente translúcida,
ocorre em temperaturas muito mais elevadas;

• A vitrificação completa é evitada durante o cozimento, uma


vez que o corpo se torna muito mole e irá colapsar.
Argila – Secagem e cozimento
Queima ou cozimento

Foto micrografia de uma amostra de porcelana sinterizada (atacada 10s, a 0ºC, 4%HF)
mostrando grãos de quartzo (partículas grandes claras), grãos de feldspato parcialmente
dissolvidos (partículas pequenas indistintas), uma matriz vítrea (argila) e poros escuros.
400x.
Resumindo: queima das peças após
a secagem
As peças são queimadas geralmente entre 800ºC e 1400ºC.
A temperatura depende da composição da peça e das
propriedades desejadas para o produto final. Durante a
queima ocorre um aumento da densidade e da resistência
mecânica devido à combinação de diversos fatores:

• Eliminação do material orgânico (dispersantes, ligantes,


material orgânico residual presente nas argilas): T < 600ºC;

• Decomposição e/ou formação de novas fases (T > 950ºC),


de acordo com o diagrama de fases: formação de alumina,
mulita e líquido (a partir das argilas, por exemplo). A fase
líquida torna-se um vidro no resfriamento;

• Ocorre o fenômeno de sinterização (eliminação da


porosidade e densificação).
Vídeo: Como é feita um filtro de barro
Outros métodos de processamento:
Prensagem de Pó
• Prensagem de pós  análogo à metalurgia do pó;

• É usada para fabricar composições de argila como não


argilosas, incluindo cerâmicas eletrônicas e magnéticas
bem como produtos de tijolos refratários;

• Essencialmente, uma massa pulverizada contendo


geralmente uma pequena quantidade de água (ou de
outro aglutinante) é compactada na forma desejada 
aplicação de pressão;
Outros métodos de processamento:
Prensagem de Pó
• Grau de compactação  maximizado e a fração de
espaços vazios é minimizada com o emprego de
partículas maiores misturadas com partículas mais finas
em proporções apropriadas;

• Não existe deformação plástica das partículas durante a


compactação, como pode ocorrer com os pós metálicos;

• Uma das funções do aglutinante é a de lubrificar as


partículas pulverizadas conforme elas se movem umas
em relação às outras durante o processo de
compactação.
Outros métodos de processamento:
Prensagem de Pó

• Na prensagem uniaxial, o pó é compactado em uma matriz


metálica mediante pressão aplicada em uma única direção;

• A peça conformada assume a configuração da matriz e do


punção pelo qual a pressão é aplicada;

• Método restrito a formas relativamente simples;

• Entretanto, a produtividade é alta e o processo é barato


(Figura);
Outros métodos de processamento:
Prensagem uniaxial de Pó
(a) A cavidade da matriz é
preenchida com o pó.

(b) O pó é compactado por meio


de pressão aplicada ao topo
da matriz.

(c) A peça compactada é ejetada


por ação de elevação do punção
da base.

(d) A sapata de enchimento


empurra para fora da matriz a
peça compactada e a etapa de
enchimento é repetida.
Outros métodos de processamento:
Prensagem de Pó

Prensagem do pó: cozimento

• A operação de cozimento é necessária após a operação de


prensagem;

• Durante o cozimento, a peça conformada contrai-se e


apresenta uma redução em sua porosidade, juntamente com
uma melhora em sua integridade mecânica;

• Essas alterações  coalescência das partículas de pó em uma


massa mais densa  processo denominado SINTERIZAÇÃO
(Figura)
Outros métodos de processamento:
Prensagem de Pó
Sinterização no estado sólido
Mudanças microestruturais que
ocorrem durante o cozimento
para pós compactados.

a. Partículas do pó após a
prensagem.

b. Coalescência de partícula e
formação de poro à medida
em que a sinterização
começa.

c. À medida em que a
sinterização se processa, os
poros mudam de tamanho e
forma.
Cerâmicas refratárias
Apresentam como características:

• capacidade de resistir a temperaturas elevadas sem


fundir ou se decompor;

• capacidade em permanecer não reativas e inertes quando


expostas a ambientes severos;

• proporcionam isolamento térmico  podem ser usados


como isolantes térmicos;
Cerâmicas refratárias

• São comercializadas em diversas formas sendo os tijolos


a forma mais comum;

• Aplicações típicas: tijolos refratários (mais comum),


revestimentos de fornos para o beneficiamento de metais,
a fabricação de vidros e os tratamentos térmicos
metalúrgicos;

• O desempenho de uma cerâmica refratária depende em


grande parte da sua composição; Existem várias
classificações:

- argila refratária,
- de sílica,
- básica,
- refratários especiais;
Cerâmicas refratárias

• Matérias-primas: consistem tanto em partículas grandes (ou


chamotes) quanto em partículas finas;

• No cozimento, as partículas finas estão normalmente


envolvidas na formação de uma fase de ligação (responsável
pela maior resistência do tijolo);

• Essa fase pode ser tanto predominantemente vítrea ou


cristalina;

• Temperatura de serviço é normalmente inferior àquela na


qual a peça refratária foi cozida;
Cerâmicas refratárias
• A porosidade é uma variável microestrutural. Deve ser
controlada para que se produza um tijolo refratário
adequado.

• Quanto menor a porosidade:

- maior a resistência tanto para suportar carga como


também o ataque por materiais corrosivos;

- menor isolamento térmico;

- obviamente, a porosidade ótima depende das


condições de serviço.
Refratários de argila
• Principais matérias-primas dos refratários de argila:

- argilas refratárias de alta pureza (misturas de


alumina e sílica contendo geralmente entre 25%p e 45%p de
alumina);

De acordo com o diagrama


de fases SiO2–Al2O3, nessa
faixa de composições a
maior temperatura possível
sem a formação de uma fase
líquida é de 1587°C;
Refratários de argila
• Abaixo de 1587ºC  as fases presentes em equilíbrio são
a mulita e a sílica (cristobalita);
- Durante o uso em serviço do refratário, a presença
de pequena quantidade de fase líquida pode ser permitida
sem comprometimento da integridade mecânica;

• Acima de 1587°C, a
fração de fase líquida
presente dependerá
da composição do
refratário;
Refratários de argila
• O aumento no teor de alumina  aumentará a temperatura
máxima de serviço  permitindo a formação de uma pequena
quantidade de líquido;
Refratários à base de sílica
• Concentrações de alumina,
mesmo pequenas  influência
negativa sobre o desempenho
desses refratários (ver diagrama
de fases sílica-alumina).

• Uma vez que a composição


eutética (7,7%p Al2O3)  muito
próxima da extremidade da
sílica no diagrama de fases,
mesmo pequenas adições de
Al2O3 reduzem a temperatura
liquidus de maneira significativa
 quantidades substanciais de
líquido podem estar presentes
em temperaturas acima de
1600°C;
Refratários à base de sílica

• Portanto, o teor de alumina deve ser mantido em um


mínimo, normalmente até entre 0,2%p e 1,0%p;

• Esses materiais refratários também são resistentes a


escórias ricas em sílica e são usados com frequência como
vasos de contenção para elas;

• Por outro lado, eles são facilmente atacados por escórias


com alta proporção de CaO e/ou MgO, e o contato com
esses óxidos deve ser evitado.
Abrasivos
• Usados para desgastar, polir ou cortar outros materiais 
a exigência principal para esses é a dureza ou a resistência
ao desgaste;

• Também é essencial  alto grau de tenacidade 


assegurar que as partículas abrasivas não fraturem com
facilidade;

• Como podem ser produzidas temperaturas elevadas a


partir das forças abrasivas de atrito, também é desejável
alguma característica refratária;

• Os diamantes (naturais e sintéticos)  empregados como


abrasivos; entretanto, eles são relativamente caros;

• Materiais cerâmicos abrasivos mais comuns: carbeto de


silício, o carbeto de tungstênio (WC), o óxido de alumínio
(ou coríndon) e a areia de sílica.
Cimentos
•Vários materiais cerâmicos familiares  classificados como
cimentos inorgânicos: cimento, gesso de paris e cal;

• A característica especial desses materiais  quando são


misturados com água, formam uma pasta que,
subsequentemente, pega e endurece  estruturas sólidas e
rígidas com praticamente qualquer forma podem ser moldadas
com rapidez;

• Além disso, alguns desses materiais atuam como uma fase


de união, que aglutina quimicamente agregados particulados
para formar uma única estrutura coesa;

• O papel do cimento é semelhante ao da fase vítrea de união


que se forma quando produtos à base de argila e alguns tijolos
refratários são cozidos. Uma diferença importante é o fato de
que no cimento a ligação se desenvolve à temperatura
ambiente.

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