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Tangará da Serra – MT
2023
JULIANA PEREIRA ESTEVES
KARINE BENFICA DE CARVALHO
KAROLAINE BEM FICA PIPI
KELREM JORANNA ALMEIDA VIDAL
MAYARA BONFIM DA COSTA
Tangará da Serra – MT
2023
INTRODUÇÃO
Neste trabalho o dimensionamento técnico da fundação superficial de acordo
com as cargas atuantes na edificação, inicialmente foi necessário verificar a
capacidade de carga que o solo é capaz de resistir, desta forma, foi possível realizar
o dimensionamento das sapatas
INFORMAÇÕES DO PROJETO
A residência utilizada como base deste dimensionamento tem Área = 62,6𝑚2
de acordo com a Figura 01, e a implantação no terreno de acordo com a Figura 02.
Figura 01: Planta Baixa.
DADOS
TENSÃO ADMISSÍVEL NA FUNDAÇÃO
É a tensão máxima na fundação que pode ser transmitida ao solo pela sapata,
levando em conta:
1. A capacidade de carga de segurança do solo e a adequação do fator de
segurança escolhido (Fs).
2. A magnitude e velocidade de recalque estimado de várias partes da estrutura.
3. A capacidade da estrutura para acomodar recalques diferenciais.
4. O efeito da tensão da fundação nas estruturas e obras adjacentes.
O cálculo pode ser feito por diferentes métodos e processos, os métodos a serem
adotados serão para o Método Teórico: Teoria de Terzaghi e para o Método Semi
Empírico: Wilson Costa.
Tabela 1: Dados dos pilares.
SAPATA DE DIVISA
Bp (m) Lp (m) P (tf) P (Kn)
P8 0,15 0,3 3 30
P9 0,15 0,3 4,7 47
P12 0,15 0,3 2,7 27
P13 0,15 0,3 4,3 43
P18 0,15 0,3 1,8 18
P19 0,15 0,3 2,7 27
SAPATAS
ASSOCIADAS
Bp (m) Lp (m) P (tf) P (Kn)
SAPATAS ISOLADAS
Bp (m) Lp (m) P (tf) P (Kn)
P1 0,15 0,3 3,3 33
P2 0,15 0,3 4,5 45
P3 0,15 0,3 1,9 19
P4 0,15 0,3 3,8 38
P5 0,15 0,25 3,3 33
P6 0,15 0,3 2,3 23
P7 0,15 0,3 1,2 12
P10 0,15 0,3 2,5 25
P11 0,15 0,3 1,1 11
P14 0,15 0,3 4,1 41
P15 0,15 0,3 3,2 32
P16 0,15 0,25 3,3 33
P17 0,15 0,3 2,5 25
METODO DE TERZAGHI
Para σu será considerado a equação de ruptura geral, pois o solo é composto
de camada de consistências duras e rigas, sendo apenas a camada abaixo da
profundidade de assentamento da sapata com consistência média.
O tipo de solo é argila dura, com essa informação é possível saber os valores
do Correlação dos fatores com ensaio de SPT (Figura 05), Fatores de forma (Figura
06), Fatores de capacidade de carga (Figura 07).
Com isso, é possível obter todos os dados para o cálculo das contas pelo
método de Terzaghi de acordo com a Tabela 02.
Tabela 02: Dados iniciais.
DADOS
NSPT 6
C 150 (kN/m²)
Df ≤ B 1,5 m
ɣ 20 kN/m³
δ'0 30 (kN/m²)
ϕ 0 º
FS 3
𝜎0′ 30
Nc 5,7
Nq 1
Nɣ 0
Sc 1,1
Sq 1
Sɣ 0,9
Fonte: Autores (2023).
𝑑 = ℓ𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜, 𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟𝑒𝑠 − 𝑒
Equação 7:
𝑒
∆𝑃 = 𝑃9 ∗
𝑑
Equação 8:
𝐹 = (𝑃9 + ∆𝑝) ∗ 1,1
Equação 9:
𝐹
𝐴1 =
𝜎𝑎𝑑𝑚
Equação 10:
∆𝑃
𝑃2𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜 = 𝑃2 −
2
Equação 11:
(𝑃2𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜) ∗ 1,1
𝐴2 =
𝜎𝑎𝑑𝑚
Como o (b) inicial foi suposto como 1,5 para a realização dos cálculos, com o
valor de A1 foi possível calcular o (b) real, porém o valor obtido não atende,
continuasse utilizando 1,5. Adota-se uma relação de L/B de 1,5 a 3 para as
verificações das áreas mínimas não serem atendidas.
Para o P9, se tem:
Equação 12:
𝐵 ∗ 2𝐵 = 0,2218
B = 1,5
L = 2*B = 3,0
Desta forma para P8, foi utilizado o valor de A2, se tem:
Equação 13:
𝐵 ∗ 2𝐵 = 0,077 → 𝐵 = 0,19 ≤ 0,6
Equação 14:
𝐿 ∗ 2𝐵 = 0,6 ∗ 2
Equação 17:
𝑏𝑝 − 𝑙𝑝 𝑏𝑝 − 𝑙𝑝
𝐵= +√ + 𝐴𝑠𝑎𝑝
2 4
Equação 21:
𝐿 − 𝐵 = 𝑙𝑝 − 𝑏𝑝
Adota-se uma relação de L/B de 1,5 a 3 para as verificações das áreas mínimas
não serem atendidas. Na Tabela abaixo encontram-se os resultados do
dimensionamento das sapatas.
METODO DE TERZAGHI
O dimensionamento das sapatas se deu início através das sapatas de divisa.
SAPATA DE DIVISA
Quando se tem um pilar de divisa, deve-se dimensionar também uma sapata de divisa.
Não é possível usar uma sapata quadrada que ultrapassa para o terreno vizinho.
Desta maneira, o centro de gravidade da sapata não coincide com centro de carga do
pilar. A primeira solução é criar-se uma viga de equilíbrio (V.E.) ou viga alavancada ligada a
outro pilar e assim obter um esquema estrutural cuja função é a de absorver o momento
resultante da excentricidade decorrente do fato de o pilar ficar excêntrico com a sapata.
Tensão admissível para encontrar a área da sapata da divisa:
Equação 22:
𝐵 − 𝑏𝑝
𝑒=
2
Equação 23:
𝑑 = ℓ𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜, 𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟𝑒𝑠 − 𝑒
Equação 24:
𝑒
∆𝑃 = 𝑃9 ∗
𝑑
Equação 25:
𝐹
𝐴1 =
𝜎𝑎𝑑𝑚
Equação 27:
∆𝑃
𝑃2𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜 = 𝑃2 −
2
Equação 28:
(𝑃2𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜) ∗ 1,1
𝐴2 =
𝜎𝑎𝑑𝑚
Como o (b) inicial foi suposto como 1,5 para a realização dos cálculos, com o
valor de A1 foi possível calcular o (b) real, porém o valor obtido não atende,
continuasse utilizando 1,5. Adota-se uma relação de L/B de 1,5 a 3 para as
verificações das áreas mínimas não serem atendidas.
Para o P9, se tem:
Equação 29:
𝐵 ∗ 2𝐵 = 0,2218 → 𝐵 = 0,33 ≤ 1,5
B = 1,5
L = 2*B = 3,0
Desta forma para P8, foi utilizado o valor de A2, se tem:
Equação 30:
𝐵 ∗ 2𝐵 = 0,077 → 𝐵 = 0,19 ≤ 0,6
Equação 31:
𝐿 ∗ 2𝐵 = 0,6 ∗ 2 → 𝐵 = 1,2
Equação 34:
SAPATA ISOLADA
A primeira coisa a ser realizada é majorar a carga (que será passada dos
pilares para a sapata) através de um coeficiente de segurança de 1,1, ou seja,
consideramos 10% a mais de carga:
Essa carga extra de 10% é considerada como sendo o peso próprio da sapata.
Equação 35:
𝐹 = 1,1 ∗ 𝑃
Equação 38:
𝐿 − 𝐵 = 𝑙𝑝 − 𝑏𝑝
Adota-se uma relação de L/B de 1,5 a 3 para as verificações das áreas mínimas
não serem atendidas. Na Tabela abaixo encontram-se os resultados do
dimensionamento das sapatas.
Temos:
Tabela 19: Resultados dos cálculos dos dimensionamentos das armaduras.
Espaçamento B (cm) Espaçamento L (cm) Comprimento B (cm) Comprimento L (cm)
16,33 12,54 55,33 85,33
16,33 12,54 55,33 85,33
16,33 17,54 62 122
6,29 19,66 158,67 308,67
Fonte: Autores (2023).
ℎ − ℎ0
𝑉𝑐 = ( ) ∗ (𝐿 ∗ 𝐵) + (𝐿𝑝 ∗ 𝐵𝑝) + √( 𝐿 ∗ 𝐵 ∗ 𝐿𝑝 ∗ 𝐵𝑝) + (𝐿 ∗ 𝐵 ∗ ℎ0)
3
Os dados calculados pelo Excel, foi obtido os valores totais de escavação e
concreto.
Tabela 20: Volume de solo escavado e concreto utilizado.
h (m) hf (m) h corrigido h0 utilizado volume de volume de
(m) (m) escavação concreto (m³)
(m³)
P1 0,20 1,50 0,20 0,07 0,81 0,14
P2 0,20 1,50 0,20 0,07 0,81 0,14
P3 0,20 1,50 0,20 0,07 0,81 0,14
P4 0,20 1,50 0,20 0,07 0,81 0,14
P5 0,22 1,50 0,25 0,08 0,81 0,17
P6 0,20 1,50 0,20 0,07 0,81 0,14
P7 0,20 1,50 0,20 0,07 0,81 0,14
P8 0,30 1,50 0,30 0,10 1,08 0,28
P9 0,90 1,50 0,90 0,30 6,75 5,05
P10 0,20 1,50 0,20 0,07 0,81 0,14
P11 0,20 1,50 0,20 0,07 0,81 0,14
P12 0,30 1,50 0,30 0,10 1,08 0,28
P13 0,90 1,50 0,90 0,30 6,75 5,05
P14 0,20 1,50 0,20 0,07 0,81 0,14
P15 0,20 1,50 0,20 0,07 0,81 0,19
P16 0,22 1,50 0,25 0,08 0,81 0,53
P17 0,20 1,50 0,20 0,07 0,81 0,14
P18 0,30 1,50 0,30 0,10 1,08 0,28
P19 0,90 1,50 0,90 0,30 6,75 5,05
Fonte: Autores (2023).
CONSIDERAÇÕES DO PROJETO
Com os dados do ensaio SPT, foi possível analisar o solo e verificar sua
composição, assim se tornando possível determinar a capacidade de carga do solo,
e possibilitou a realização dos cálculos da quantidade de aço e concreto de forma que
não ultrapassasse os limites que tornaria o projeto caro ou inseguro e sujeito a
patologias.
Como a edificação faz divisa com o terreno vizinho, foi necessário o
dimensionamento das sapatas de divisa, utilizando as vigas de alavancas, que
correspondem aos pilares: P8 e P9; P12 e P13; P18 e P19.
Quando projetada corretamente, o dimensionamento das sapatas, tornam a
edificação mais segura, econômica, com redução de tempo e mão de obra, sem
patologias como os recalques, que geram trincas, fissuras ou até colapso da obra.
Acesso planilha de cálculos AQUI.