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GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E


TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO
GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO PROFESSOR
EUGÊNIO CARLOS STIELER
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

JULIANA PEREIRA ESTEVES


KARINE BENFICA DE CARVALHO
KAROLAINE BEM FICA PIPI
KELREM JORANNA ALMEIDA VIDAL
MAYARA BONFIM DA COSTA

DIMENSIONAMENTO TÉCNICO DE FUNDAÇÃO


SUPERFICIAL DE ACORDO COM AS CARGAS ATUANTES NA EDIFICAÇÃO.

Tangará da Serra – MT
2023
JULIANA PEREIRA ESTEVES
KARINE BENFICA DE CARVALHO
KAROLAINE BEM FICA PIPI
KELREM JORANNA ALMEIDA VIDAL
MAYARA BONFIM DA COSTA

DIMENSIONAMENTO TÉCNICO DE FUNDAÇÃO


SUPERFICIAL DE ACORDO COM AS CARGAS ATUANTES NA EDIFICAÇÃO.

Relatório apresentado para cumprir


atividade avaliativa programada da
disciplina de Fundações do curso de
Engenharia Civil da Universidade do
Estado de Mato Grosso – Campus
Professor Eugênio Carlos Stieler.
Profº: Evellynn Sato Sirqueira

Tangará da Serra – MT
2023
INTRODUÇÃO
Neste trabalho o dimensionamento técnico da fundação superficial de acordo
com as cargas atuantes na edificação, inicialmente foi necessário verificar a
capacidade de carga que o solo é capaz de resistir, desta forma, foi possível realizar
o dimensionamento das sapatas
INFORMAÇÕES DO PROJETO
A residência utilizada como base deste dimensionamento tem Área = 62,6𝑚2
de acordo com a Figura 01, e a implantação no terreno de acordo com a Figura 02.
Figura 01: Planta Baixa.

Fonte: Cedida pelo professor, 2023.


Figura 02: Implantação.

Fonte: Cedida pelo professor, 2023.


Os pilares e a planta da forma baldrame mostram onde serão executados as
sapatas de acordo com a Figura 03.
Figura 03: Forma Baldrame.

Fonte: Cedida pelo professor, 2023.


A Figura 04 mostra os valores do SPT realizado no terreno onde serão
executadas as sapatas.
Figura 04: Ensaio SPT.

Fonte: Cedida pelo professor, 2023.

DADOS
TENSÃO ADMISSÍVEL NA FUNDAÇÃO
É a tensão máxima na fundação que pode ser transmitida ao solo pela sapata,
levando em conta:
1. A capacidade de carga de segurança do solo e a adequação do fator de
segurança escolhido (Fs).
2. A magnitude e velocidade de recalque estimado de várias partes da estrutura.
3. A capacidade da estrutura para acomodar recalques diferenciais.
4. O efeito da tensão da fundação nas estruturas e obras adjacentes.
O cálculo pode ser feito por diferentes métodos e processos, os métodos a serem
adotados serão para o Método Teórico: Teoria de Terzaghi e para o Método Semi
Empírico: Wilson Costa.
Tabela 1: Dados dos pilares.
SAPATA DE DIVISA
Bp (m) Lp (m) P (tf) P (Kn)
P8 0,15 0,3 3 30
P9 0,15 0,3 4,7 47
P12 0,15 0,3 2,7 27
P13 0,15 0,3 4,3 43
P18 0,15 0,3 1,8 18
P19 0,15 0,3 2,7 27

SAPATAS
ASSOCIADAS
Bp (m) Lp (m) P (tf) P (Kn)

P9 0,15 0,3 4,7 47


P13 0,15 0,3 4,3 43

SAPATAS ISOLADAS
Bp (m) Lp (m) P (tf) P (Kn)
P1 0,15 0,3 3,3 33
P2 0,15 0,3 4,5 45
P3 0,15 0,3 1,9 19
P4 0,15 0,3 3,8 38
P5 0,15 0,25 3,3 33
P6 0,15 0,3 2,3 23
P7 0,15 0,3 1,2 12
P10 0,15 0,3 2,5 25
P11 0,15 0,3 1,1 11
P14 0,15 0,3 4,1 41
P15 0,15 0,3 3,2 32
P16 0,15 0,25 3,3 33
P17 0,15 0,3 2,5 25

Fonte: Slides aula 03, 2023.

METODO DE TERZAGHI
Para σu será considerado a equação de ruptura geral, pois o solo é composto
de camada de consistências duras e rigas, sendo apenas a camada abaixo da
profundidade de assentamento da sapata com consistência média.
O tipo de solo é argila dura, com essa informação é possível saber os valores
do Correlação dos fatores com ensaio de SPT (Figura 05), Fatores de forma (Figura
06), Fatores de capacidade de carga (Figura 07).

Figura 05: Correlação dos fatores com ensaio de SPT.

Fonte: Slides aula 03, 2023.

Figura 6: Fatores de forma.

Fonte: Slides aula 03, 2023.

Figura 7: Fatores de capacidade de carga.

Fonte: Slides aula 03, 2023.


Profundidade de assentamento é inferior à largura (Df≤B), e a camada de solo
acima da cota de apoio da base provoca uma sobrecarga, então temos o valor da
tensão efetiva inicial em que o solo apresenta:
Equação 1:
𝜎0′ = 𝛾 ∗ 𝐷𝑓
𝜎0′ = 20 ∗ 1,5
𝜎0′ = 30𝑘𝑁/𝑚²

Com isso, é possível obter todos os dados para o cálculo das contas pelo
método de Terzaghi de acordo com a Tabela 02.
Tabela 02: Dados iniciais.
DADOS
NSPT 6
C 150 (kN/m²)
Df ≤ B 1,5 m
ɣ 20 kN/m³
δ'0 30 (kN/m²)
ϕ 0 º
FS 3
𝜎0′ 30
Nc 5,7
Nq 1
Nɣ 0
Sc 1,1
Sq 1
Sɣ 0,9
Fonte: Autores (2023).

Tabela 03: Dados iniciais.


AÇO CA-50
CONCRETO C-25
Fonte: Autores (2023).
Então a tensão admissível do solo pelo método teórico Terzaghi se dá pela ruptura
geral, por se tratar de uma argila dura, para isso é utilizada a equação a seguir:
Equação 2:
𝜎𝑢 = 𝑐 ∗ 𝑁𝑐 ∗ 𝑆𝑐 + 𝜎 ′ 0 ∗ (𝑁𝑞 − 1) ∗ 𝑆𝑞 + 0,5 ∗ 𝛾 ∗ 𝐵 ∗ 𝑁𝛾 ∗ 𝑆𝛾
𝜎𝑢 = 940,5 𝑘𝑁/𝑚²
Considerado FS = 3,0. Logo, a tensão admissível se dá por:
Equação 3:
𝜎𝑢
𝜎𝑎𝑑𝑚 =
𝐹𝑆

MÉTODO WILSON COSTA


Para o dimensionamento das sapatas foi considerado NSPT = 6. Logo, a tensão
admissível se dá por:
Equação 4:
𝑁𝑆𝑃𝑇
𝜎𝑎𝑑𝑚 = → 0,12 Mpa ≅ 120𝑘𝑁/𝑚²
50

DIMENSIONAMENTO DAS SAPATAS


MÉTODO WILSON COSTA
O dimensionamento das sapatas se deu início através das sapatas de divisa.
SAPATA DE DIVISA
Quando se tem um pilar de divisa, deve-se dimensionar também uma sapata de divisa.
Não é possível usar uma sapata quadrada que ultrapassa para o terreno vizinho.
Desta maneira, o centro de gravidade da sapata não coincide com centro de carga do
pilar. A primeira solução é criar-se uma viga de equilíbrio (V.E.) ou viga alavancada ligada a
outro pilar e assim obter um esquema estrutural cuja função é a de absorver o momento
resultante da excentricidade decorrente do fato de o pilar ficar excêntrico com a sapata.
Tensão admissível para encontrar a área da sapata da divisa:
Equação 5:
𝐵 − 𝑏𝑝
𝑒=
2
Equação 6:

𝑑 = ℓ𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜, 𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟𝑒𝑠 − 𝑒
Equação 7:

𝑒
∆𝑃 = 𝑃9 ∗
𝑑
Equação 8:
𝐹 = (𝑃9 + ∆𝑝) ∗ 1,1
Equação 9:

𝐹
𝐴1 =
𝜎𝑎𝑑𝑚
Equação 10:
∆𝑃
𝑃2𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜 = 𝑃2 −
2
Equação 11:
(𝑃2𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜) ∗ 1,1
𝐴2 =
𝜎𝑎𝑑𝑚

Tabela 04 – Cálculos das forças e áreas.


Bp Lp P (tf) P e d ∆P P2 F A2 A1
(m) (m) (Kn) (ajustado) (10%) (m²) (m²)
P8 0,15 0,3 3 30 21,89 24,07 0,18 0,20
P9 0,15 0,3 4,7 47 0,675 1,955 16,2276 69,55 0,58
P12 0,15 0,3 2,7 27 19,26 21,19 0,16 0,18
P13 0,15 0,3 4,3 43 0,675 1,875 15,48 64,33 0,54
P18 0,15 0,3 1,8 18 14,99 16,49 0,12 0,14
P19 0,15 0,3 2,7 27 0,675 3,025 6,02479 36,33 0,30

Fonte: Autores (2023).

Como o (b) inicial foi suposto como 1,5 para a realização dos cálculos, com o
valor de A1 foi possível calcular o (b) real, porém o valor obtido não atende,
continuasse utilizando 1,5. Adota-se uma relação de L/B de 1,5 a 3 para as
verificações das áreas mínimas não serem atendidas.
Para o P9, se tem:
Equação 12:
𝐵 ∗ 2𝐵 = 0,2218
B = 1,5
L = 2*B = 3,0
Desta forma para P8, foi utilizado o valor de A2, se tem:
Equação 13:
𝐵 ∗ 2𝐵 = 0,077 → 𝐵 = 0,19 ≤ 0,6
Equação 14:
𝐿 ∗ 2𝐵 = 0,6 ∗ 2

Tabela 05 – Dimensões das sapatas.


Bpre B B (corrigido) L L (corrigido)
0,32 0,60 1,20 1,20
0,54 0,54 1,50 3,00 3,00
0,30 0,60 1,20 1,20
0,52 0,52 1,50 3,00 3,00
0,26 0,60 1,20 1,20
0,39 0,39 1,50 3,00 3,00

Fonte: Autores (2023).


SAPATA ASSOCIADA
Para o dimensionamento da sapata associada, começa-se com a soma das
cagas aplicadas pelos pilares e majora a carga, com as fórmulas a seguir:
Equação 15:
𝐹 = (𝑃1 + 𝑃2) ∗ 1,1
Equação 16:

Equação 17:

Para o cálculo de L1 e L2 o valor foi colocado em modulo para fins de cálculo.


Tabela 06 – Cálculos das forças e áreas.
Bp (m) Lp (m) P (tf) P (Kn) F A (m²)
(10%)
P9 0,15 0,3 4,7 47
P13 0,15 0,3 4,3 43 99 0,83
Fonte: Autores (2023).

Tabela 07 – Dimensões das sapatas.


A B B corrigido L2 L1 L L
(m²) (m) corrigido

0,83 0,74 1,50 -0,30 -0,24 2,01 2,01

Fonte: Autores (2023).


SAPATA ISOLADA
A primeira coisa a ser realizada é majorar a carga (que será passada dos
pilares para a sapata) através de um coeficiente de segurança de 1,1, ou seja,
consideramos 10% a mais de carga:
Essa carga extra de 10% é considerada como sendo o peso próprio da sapata.
Equação 18:
𝐹 = 1,1 ∗ 𝑃

Tabela 08: Resultados dos cálculos das sapatas isoladas.


Bp (m) Lp (m) P (tf) P (Kn) F (10%) A1 (m²)
P1 0,15 0,3 3,3 33 36,3 0,30
P2 0,15 0,3 4,5 45 49,5 0,41
P3 0,15 0,3 1,9 19 20,9 0,17
P4 0,15 0,3 3,8 38 41,8 0,35
P5 0,15 0,25 3,3 33 36,3 0,30
P6 0,15 0,3 2,3 23 25,3 0,21
P7 0,15 0,3 1,2 12 13,2 0,11
P10 0,15 0,3 2,5 25 27,5 0,23
P11 0,15 0,3 1,1 11 12,1 0,10
P14 0,15 0,3 4,1 41 45,1 0,38
P15 0,15 0,3 3,2 32 35,2 0,29
P16 0,15 0,25 3,3 33 36,3 0,30
P17 0,15 0,3 2,5 25 27,5 0,23

Fonte: Autores (2023).


As dimensões de uma sapata isolada podem ser obtidas da seguinte forma:
Para a (Asap) é utilizado Equação:
Equação 19:
𝐹
𝜎𝑎𝑑𝑚 =
𝐴
Equação 20:

𝑏𝑝 − 𝑙𝑝 𝑏𝑝 − 𝑙𝑝
𝐵= +√ + 𝐴𝑠𝑎𝑝
2 4

Equação 21:
𝐿 − 𝐵 = 𝑙𝑝 − 𝑏𝑝
Adota-se uma relação de L/B de 1,5 a 3 para as verificações das áreas mínimas
não serem atendidas. Na Tabela abaixo encontram-se os resultados do
dimensionamento das sapatas.

Tabela 09: Resultados dos cálculos das sapatas isoladas.


A1 (m²) B B (corrigido) L L
(corrigido)
0,30 0,44 0,60 0,45 0,90
0,41 0,54 0,60 0,45 0,90
0,17 0,29 0,60 0,45 0,90
0,35 0,48 0,60 0,45 0,90
0,30 0,48 0,60 0,50 0,90
0,21 0,34 0,60 0,45 0,90
0,11 0,19 0,60 0,45 0,90
0,23 0,36 0,60 0,45 0,90
0,10 0,18 0,60 0,45 0,90
0,38 0,51 0,60 0,45 0,90
0,29 0,43 0,60 0,45 0,90
0,30 0,48 0,60 0,50 0,90
0,23 0,36 0,60 0,45 0,90

Fonte: Autores (2023).

METODO DE TERZAGHI
O dimensionamento das sapatas se deu início através das sapatas de divisa.
SAPATA DE DIVISA
Quando se tem um pilar de divisa, deve-se dimensionar também uma sapata de divisa.
Não é possível usar uma sapata quadrada que ultrapassa para o terreno vizinho.
Desta maneira, o centro de gravidade da sapata não coincide com centro de carga do
pilar. A primeira solução é criar-se uma viga de equilíbrio (V.E.) ou viga alavancada ligada a
outro pilar e assim obter um esquema estrutural cuja função é a de absorver o momento
resultante da excentricidade decorrente do fato de o pilar ficar excêntrico com a sapata.
Tensão admissível para encontrar a área da sapata da divisa:
Equação 22:
𝐵 − 𝑏𝑝
𝑒=
2
Equação 23:
𝑑 = ℓ𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜, 𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟𝑒𝑠 − 𝑒
Equação 24:

𝑒
∆𝑃 = 𝑃9 ∗
𝑑
Equação 25:

𝐹 = (𝑃9 + ∆𝑝) ∗ 1,1


Equação 26:

𝐹
𝐴1 =
𝜎𝑎𝑑𝑚
Equação 27:
∆𝑃
𝑃2𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜 = 𝑃2 −
2
Equação 28:
(𝑃2𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜) ∗ 1,1
𝐴2 =
𝜎𝑎𝑑𝑚

Tabela 10 – Cálculos das forças e áreas.


Bp (m) Lp P P e d ∆P P2 F A2 A1
(m) (tf) (Kn) (ajustado) (10%) (m²) (m²)
P8 0,15 0,3 3 30 21,89 24,07 0,07 0,08
P9 0,15 0,3 4,7 47 0,675 1,955 16,228 69,55 0,22
P12 0,15 0,3 2,7 27 19,26 21,19 0,06 0,07
P13 0,15 0,3 4,3 43 0,675 1,875 15,480 64,33 0,21
P18 0,15 0,3 1,8 18 14,99 16,49 0,05 0,05
P19 0,15 0,3 2,7 27 0,675 3,025 6,025 36,33 0,12
Fonte: Autores (2023).

Como o (b) inicial foi suposto como 1,5 para a realização dos cálculos, com o
valor de A1 foi possível calcular o (b) real, porém o valor obtido não atende,
continuasse utilizando 1,5. Adota-se uma relação de L/B de 1,5 a 3 para as
verificações das áreas mínimas não serem atendidas.
Para o P9, se tem:
Equação 29:
𝐵 ∗ 2𝐵 = 0,2218 → 𝐵 = 0,33 ≤ 1,5
B = 1,5
L = 2*B = 3,0
Desta forma para P8, foi utilizado o valor de A2, se tem:
Equação 30:
𝐵 ∗ 2𝐵 = 0,077 → 𝐵 = 0,19 ≤ 0,6
Equação 31:
𝐿 ∗ 2𝐵 = 0,6 ∗ 2 → 𝐵 = 1,2

Tabela 11 – Dimensões das sapatas.


Bp (m) Lp Bpre B B(corrigido) L L(corrigido)
(m)
P8 0,15 0,3 0,20 0,60 1,2 1,2
P9 0,15 0,3 0,33 0,33 1,5 3,0 3,0
P12 0,15 0,3 0,18 0,60 1,2 1,2
P13 0,15 0,3 0,32 0,32 1,5 3,0 3,0
P18 0,15 0,3 0,16 0,6 1,2 1,2
P19 0,15 0,3 0,24 0,24 1,5 3,0 3,0
Fonte: Autores (2023).
SAPATA ASSOCIADA
Para o dimensionamento da sapata associada, começa-se com a soma das
cagas aplicadas pelos pilares e majora a carga, com as formulas a seguir:
Equação 32:
𝐹 = (𝑃1 + 𝑃2) ∗ 1,1
Equação 33:

Equação 34:

Para o cálculo de L1 e L2 o valor foi colocado em modulo para fins de cálculo.


Tabela 12 – Cálculos das forças e áreas.
Bp (m) Lp (m) P (tf) P (Kn) F A (m²)
(10%)
P9 0,15 0,3 4,7 47
P13 0,15 0,3 4,3 43 99 0,32
Fonte: Autores (2023).
Tabela 13 – Dimensões das sapatas.
A B (m) B corrigido L2 L1 L L
(m²) corrigido

0,32 0,46 1,50 -0,55 -0,49 2,51 2,51


Fonte: Autores (2023).

SAPATA ISOLADA
A primeira coisa a ser realizada é majorar a carga (que será passada dos
pilares para a sapata) através de um coeficiente de segurança de 1,1, ou seja,
consideramos 10% a mais de carga:
Essa carga extra de 10% é considerada como sendo o peso próprio da sapata.
Equação 35:
𝐹 = 1,1 ∗ 𝑃

Tabela 14: Resultados dos cálculos das sapatas isoladas.


Bp (m) Lp (m) P (tf) P (Kn) F A1 (m²)
(10%)
P1 0,15 0,3 3,3 33 36,3 0,12
P2 0,15 0,3 4,5 45 49,5 0,16
P3 0,15 0,3 1,9 19 20,9 0,07
P4 0,15 0,3 3,8 38 41,8 0,13
P5 0,15 0,25 3,3 33 36,3 0,12
P6 0,15 0,3 2,3 23 25,3 0,08
P7 0,15 0,3 1,2 12 13,2 0,04
P10 0,15 0,3 2,5 25 27,5 0,09
P11 0,15 0,3 1,1 11 12,1 0,04
P14 0,15 0,3 4,1 41 45,1 0,14
P15 0,15 0,3 3,2 32 35,2 0,11
P16 0,15 0,25 3,3 33 36,3 0,12
P17 0,15 0,3 2,5 25 27,5 0,09

Fonte: Autores (2023).


As dimensões de uma sapata isolada podem ser obtidas da seguinte forma:
Para a (Asap) é utilizado Equação:
Equação 36:
𝐹
𝜎𝑎𝑑𝑚 =
𝐴
Equação 37:
𝑏𝑝 − 𝑙𝑝 𝑏𝑝 − 𝑙𝑝
𝐵= +√ + 𝐴𝑠𝑎𝑝
2 4

Equação 38:
𝐿 − 𝐵 = 𝑙𝑝 − 𝑏𝑝

Adota-se uma relação de L/B de 1,5 a 3 para as verificações das áreas mínimas
não serem atendidas. Na Tabela abaixo encontram-se os resultados do
dimensionamento das sapatas.

Tabela 15: Resultados dos cálculos das sapatas isoladas.


A1 (m²) B B (corrigido) L L/B L (corrigido)
0,12 0,20 0,60 0,45 0,75 0,9
0,16 0,27 0,60 0,45 0,75 0,9
0,07 0,10 0,60 0,45 0,75 0,9
0,13 0,23 0,60 0,45 0,75 0,9
0,12 0,25 0,60 0,50 0,833333 0,9
0,08 0,13 0,60 0,45 0,75 0,9
0,04 -0,01 0,60 0,45 0,75 0,9
0,09 0,15 0,60 0,45 0,75 0,9
0,04 -0,04 0,60 0,45 0,75 0,9
0,14 0,25 0,60 0,45 0,75 0,9
0,11 0,20 0,60 0,45 0,75 0,9
0,12 0,25 0,60 0,50 0,833333 0,9
0,09 0,15 0,60 0,45 0,75 0,9
Fonte: Autores (2023).

DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS


Para o dimensionamento estrutural (área de aço) de 4 sapatas com dimensões
diferentes do seu projeto, serão adotados os seguintes pilares:
• P6 – (0,6x0,9);
• P10 – (0,6x0,9);
• P18 – (0,6x1,2);
• P19 – (1,5x3,0).
Com a definição das sapatas que serão utilizadas, foi realizado o cálculo das
alturas totais utilizando as equações a seguir:
Equação 39:
𝐿 − 𝑙𝑝
ℎ≥
3
Equação 40:
15𝑐𝑚
ℎ𝑜 ≥ { ℎ
3

Com base nas informações calculadas para as dimensões das sapatas, é


necessário determinar as forças de tração aplicadas em cada direção.
Equação 41:
𝐹 ∗ 𝐿 − 𝑙𝑝
𝑇𝑥 =
8∗𝑑
Equação 42:
𝐹 ∗ 𝐵 − 𝑏𝑝
𝑇𝑦 =
8∗𝑑
Para a realização dos cálculos acima foi necessário encontrar o valor de (d)
através da fórmula, de acordo com a norma NBR 6118, o valor de c = 0,03 m
Equação 43:
𝑑 = h−c
Para determinar as áreas de aço de cada sapata, utiliza-se da Equação:
Equação 44:
1,61 ∗ 𝑇𝑥
𝐴𝑠𝑥 =
𝐹𝑦𝑘
Para as armaduras na direção de y, teremos:
Equação 45:
1,61 ∗ 𝑇𝑦
𝐴𝑠𝑦 =
𝐹𝑦𝑘
Os resultados encontrados para as alturas são apresentados na Tabela.

Tabela 16: Resultados dos cálculos dos dimensionamentos das armaduras.


h (cm) h0 (cm) d Tx (KN) Ty (KN) Asx (cm²) Asy (cm²)
P6 20 6,66667 17 16,522 8,371 0,612 0,310
P10 20 6,66667 17 12,132 9,099 0,449 0,337
P18 30 10 27 6,869 3,435 0,254 0,127
P19 40 13,3333 37 33,136 16,568 1,227 0,614

Fonte: Autores (2023).

Após calcular as áreas de aço, encontramos a área de aço mínima (As,Mín.):


Equação 46:
𝐴𝑠, 𝑚í𝑛 = 𝜌𝑚í𝑛 ∗ 𝐵 ∗ ℎ
Os valores porcentuais para ρmin seguiram as indicações presentes Figura
abaixo.

Figura 8 - Valores mínimos conforme o fck do concreto

Fonte: Slides aula 03, 2023.


Os valores mínimos determinados com base nos dados acima são:
Tabela 17: Resultados dos cálculos dos dimensionamentos das armaduras.
As, minB (cm²) As, minL
(cm²)
P6 1,8 2,7
P10 1,8 2,7
P18 2,7 5,4
P19 9 18

Fonte: Autores (2023).


Escolha da Bitola, adotou-se para as armaduras em x e em y um diâmetro de
12,5 mm. A partir disso então, determina-se o número de barras necessário.
Equação 47:
𝐴𝑠 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑎
𝑛º =
𝐴𝑠 𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎

O valor denominado como as tabela é encontrado analisando a área de aço de


uma armadura, no caso a área de uma armadura com o diâmetro de 12,5 mm.
Figura 09 – Área da seção do aço.
Fonte: Slides aula 03, 2023.
A quantidade de barras adotas para cada sapata são.
Tabela 18: Resultados dos cálculos dos dimensionamentos das armaduras.
∅adot. ∅adot. Á. De 1 barra Nº Nº Barras B Nº Barras Nº Barras L
B (mm) L (mm) (cm²) Barras (Adotado) L (Adotado)
B
12,50 12,5 1,25 1,44 4 2,16 7
12,50 12,5 1,25 1,44 4 2,16 7
12,50 12,5 1,25 2,16 4 4,32 7
12,50 12,5 1,25 7,2 8 14,4 15

Fonte: Autores (2023).


O espaçamento depende do diâmetro adotado e das dimensões da sapata:
Equação 48:

Comprimento da barra de aço:


Equação 49:

Temos:
Tabela 19: Resultados dos cálculos dos dimensionamentos das armaduras.
Espaçamento B (cm) Espaçamento L (cm) Comprimento B (cm) Comprimento L (cm)
16,33 12,54 55,33 85,33
16,33 12,54 55,33 85,33
16,33 17,54 62 122
6,29 19,66 158,67 308,67
Fonte: Autores (2023).

VOLUME DE ESCAVAÇÃO E DE CONCRETO


Para a determinação do volume de solo escavado, foi utilizada a seguinte equação:
Equação 50:
𝑉𝑒 = 𝐵 ∗ 𝐿 ∗ ℎ𝑓

Já para a determinação do volume de concreto que será utilizado, se tem a


equação:
Equação 51:

ℎ − ℎ0
𝑉𝑐 = ( ) ∗ (𝐿 ∗ 𝐵) + (𝐿𝑝 ∗ 𝐵𝑝) + √( 𝐿 ∗ 𝐵 ∗ 𝐿𝑝 ∗ 𝐵𝑝) + (𝐿 ∗ 𝐵 ∗ ℎ0)
3
Os dados calculados pelo Excel, foi obtido os valores totais de escavação e
concreto.
Tabela 20: Volume de solo escavado e concreto utilizado.
h (m) hf (m) h corrigido h0 utilizado volume de volume de
(m) (m) escavação concreto (m³)
(m³)
P1 0,20 1,50 0,20 0,07 0,81 0,14
P2 0,20 1,50 0,20 0,07 0,81 0,14
P3 0,20 1,50 0,20 0,07 0,81 0,14
P4 0,20 1,50 0,20 0,07 0,81 0,14
P5 0,22 1,50 0,25 0,08 0,81 0,17
P6 0,20 1,50 0,20 0,07 0,81 0,14
P7 0,20 1,50 0,20 0,07 0,81 0,14
P8 0,30 1,50 0,30 0,10 1,08 0,28
P9 0,90 1,50 0,90 0,30 6,75 5,05
P10 0,20 1,50 0,20 0,07 0,81 0,14
P11 0,20 1,50 0,20 0,07 0,81 0,14
P12 0,30 1,50 0,30 0,10 1,08 0,28
P13 0,90 1,50 0,90 0,30 6,75 5,05
P14 0,20 1,50 0,20 0,07 0,81 0,14
P15 0,20 1,50 0,20 0,07 0,81 0,19
P16 0,22 1,50 0,25 0,08 0,81 0,53
P17 0,20 1,50 0,20 0,07 0,81 0,14
P18 0,30 1,50 0,30 0,10 1,08 0,28
P19 0,90 1,50 0,90 0,30 6,75 5,05
Fonte: Autores (2023).

Para determinar o volume de concreto das 4 sapatas que foram feitas o


dimensionamento das armaduras, deve-se subtrair o volume de aço no valor total do
volume dessas 4 sapatas de acordo com a seguinte equação:
Equação 52:
𝑉𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜 − 𝑉𝑎ç𝑜 = 𝑉𝑠𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎𝑠

Desta forma foi possível obter os seguintes resultados:


Tabela 21: Volume de aço.
somatória comp. somatória área volume de aço volume de aço
Barras (cm) barras (cm²) (cm³) (m³)

932,67 3,93 3665,50 0,003665496

Fonte: Autores (2023).

CONSIDERAÇÕES DO PROJETO
Com os dados do ensaio SPT, foi possível analisar o solo e verificar sua
composição, assim se tornando possível determinar a capacidade de carga do solo,
e possibilitou a realização dos cálculos da quantidade de aço e concreto de forma que
não ultrapassasse os limites que tornaria o projeto caro ou inseguro e sujeito a
patologias.
Como a edificação faz divisa com o terreno vizinho, foi necessário o
dimensionamento das sapatas de divisa, utilizando as vigas de alavancas, que
correspondem aos pilares: P8 e P9; P12 e P13; P18 e P19.
Quando projetada corretamente, o dimensionamento das sapatas, tornam a
edificação mais segura, econômica, com redução de tempo e mão de obra, sem
patologias como os recalques, que geram trincas, fissuras ou até colapso da obra.
Acesso planilha de cálculos AQUI.

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