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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

ESCOLA DE ENGENHARIA
Departamento de Engenharia de Estruturas

GRADUAÇÃO

PROJETO DE CONCRETO ARMADO

Ney Amorim Silva


(Prof. Titular)

Versão Janeiro 2018


PROJETO DE CONCRETO ARMADO

Departamento de Engenharia de Estruturas – EE-UFMG

Janeiro 2018

1 – Introdução

Esta apostila, que é uma adaptação daquela produzida pelo professor Antônio
Carlos Rabello, vem complementar as duas anteriores de dimensionamento de se-
ções em concreto armado, usadas na graduação (Concreto Armado I) e na especiali-
zação (Concreto Armado II).

Considerando um edifício residencial de 03 pavimentos, o objetivo principal


desta apostila é fazer o lançamento, a análise, o dimensionamento e o detalhamento
da sua estrutura, projetada em concreto armado. Inicialmente todo o cálculo será feito
manualmente e numa segunda etapa estes valores serão comparados com os obtidos
em programas computacionais, amplamente utilizados em escritórios de projetos.

2 - Considerações sobre a arquitetura

O projeto arquitetônico é de um edifício simétrico com 03 pavimentos tipos, com


seis apartamentos. O primeiro pavimento (térreo) é destinado à garagem coberta, com
pelo menos 06 vagas para automóveis. Sobre a quarta laje (forro), se apoia o telhado
com telhas de fibrocimento. Esse edifício será implantado em um lote plano de dimen-
sões (12x30 m2) observando afastamentos de 2,30 m nas laterais e de 3 m na frente
e no fundo. Dessa forma, a projeção do prédio em planta é de (7,40x24,00 m2), con-
forme figuras 2.1 e 2.2.
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Figura 2.1 – Planta do tipo e sua projeção no lote de 12x30 m2

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Figura 2.2 – Planta de um apartamento do pavimento tipo

O pé direito (distância entre o piso e o teto de um pavimento) é de 2,80 m.


Assim, a distância entre dois pisos de pavimentos consecutivos deve ser de (2,80 +
10 + 5 = 2,95 m), adotando-se para as lajes a espessura de 10 cm e para os revesti-
mentos do piso e do teto, de um mesmo pavimento, 5 cm.

A alvenaria usada, de tijolos cerâmicos furados, tem espessura de 20 cm para


as paredes externas e de 15 cm para as internas. Dessa forma o tijolo furado externo

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tem espessura de 15 cm e o interno de 12 cm. O peso específico para esse tipo de


alvenaria é, segundo a NBR 6120:1980, 13 kN/m3.

3 - Lançamento da estrutura

A estrutura de concreto armado do edifício a ser analisado é convencional, isto


é, constituída de lajes vigas e pilares. Uma etapa fundamental da análise estrutural é
o lançamento da estrutura. Uma estrutura mal lançada pode conduzir a uma constru-
ção mais cara e/ou, com pouca rigidez às forças horizontais (por exemplo, a ação do
vento), exigindo resserviços para melhor adequá-la, podendo muitas vezes culminar
no lançamento de uma nova estrutura.

Essa etapa exige uma experiência do projetista, adquirida na prática profissio-


nal, principalmente quando o cálculo do edifício é feito manualmente, devido ao
grande trabalho para testar novas alternativas estruturais. Hoje essa tarefa é bastante
facilitada com o cálculo automatizado, proporcionado por uma variedade de “softwa-
res” de análise estrutural confiáveis, disponíveis no mercado. Com esses “softwares”
as alternativas estruturais podem ser testadas de forma rápida, adotando-se aquela
que atenda aos requisitos exigidos pela obra e pelo projetista.

Inicialmente devem-se lançar os pilares, observando o projeto arquitetônico


tanto na distribuição dos cômodos em planta quanto na distribuição de vagas e circu-
lação dos veículos na garagem. Dessa forma, algumas recomendações são mostra-
das a seguir (ver figura 3.1 - parte simétrica da forma):

 Dispor pilares nos cantos do edifício, pilares P1, P12, e P13;


 Dispor pilares nos cantos da escada/caixa d’água, pilares P8, P9, P16 e P17;
 Dispor pilares nos cruzamentos de vigas, pilares P2, P3, P6 e P7.

Eventualmente em algumas situações essas recomendações podem não ser


seguidas como nos apoios da viga V4 sobre as vigas V7 e V8 e no apoio da viga V9
na viga V3. Em todos esses casos a colocação de pilares nos cruzamentos dessas

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vigas foi evitada, pela existência de outros pilares nas proximidades (P11 no caso da
V4 e P8/P9 no caso da V9).

Figura 3.1 – Forma do pavimento tipo - Planta e Corte

Conforme o item 11.7.1 da NBR 6118:2014 a dimensão mínima de 19 cm para


pilares retangulares evita a majoração adicional das suas cargas pelo coeficiente n
(ver tabela 12.1, Concreto II). Neste projeto estrutural adotou-se o valor de 20 cm,
maior que o mínimo estabelecido de 19 cm. A outra dimensão do pilar é obtida, a
princípio, em função da carga total que o mesmo suporta. Essa carga pode ser avali-
ada aproximadamente, multiplicando-se a sua área de influência, em cada pavimento
(ver figura 3.2), pelo número de pavimentos do edifício e pelo peso médio, por unidade

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de área, do edifício analisado. Na prática considera-se, para edifícios residenciais es-


truturados, um peso médio de 10 kN/m2 = 1 tf/m2.

Figura 3.2 – Áreas de influência dos pilares no pavimento tipo

Assim para os pilares de canto como, por exemplo, o P1, a carga total aproxi-
mada vale (AP1 = 4)x4x10 = 160 kN = 16 tf. Os pilares de fachada (P2, P3, P6) servem
de apoio interno para a viga de fachada e de apoio externo para a outra viga, que
sobre eles apoiam. Devido à continuidade da viga um apoio interno absorve, de forma
aproximada, 10% a mais de carga, em cada vão que nele apoia, quando comparado
com o modelo de duas vigas biapoiadas isoladas. Dessa forma para o pilar P2, a carga
total aproximada vale (1,2xAP2 = 1,2x10)x4x10 = 480 kN = 48 tf. De forma análoga, para
pilares internos, como o P7, os apoios das vigas que se cruzam sobre eles, são ambos
internos. Nesse caso deve-se majorar a área em 2x20% = 40%.

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No caso dos pilares que sustentam também a caixa d’água (P8 e P16) deve ser
acrescentada a sua carga, que também nessa fase de lançamento da estrutura, será
calculada aproximadamente. Para isto, adota-se como carga total da caixa d’água o
peso da água (Págua = Vágua x 10 kN/m3) mais o peso da sua estrutura em concreto
armado. Pode-se adotar aproximadamente como peso da estrutura de concreto ar-
mado da caixa, o mesmo peso da água a ser reservada. Assim, para um volume ado-
tado de 12 m3 de água o peso total estimado da caixa cheia é de 2x12x10 = 240 kN =
24 tf. Nesse caso, esse valor deve ser dividido igualmente para os quatro pilares.

Tabela 3.1 - Áreas de influência, cargas e seções dos pilares

ÁREA / PAV. TIPO CARGA


PILAR m2 TOTAL (kN) SEÇÂO
AP AP AT,P=AP+AP (4xAT,P)x10
P1 4 - 4 160 20/20
P2 10 (20%) = 2 12 480 30/20
P3 13 (20%) = 3 16 640 30/20
P6 8 (20%) = 2 10 400 20/20
P7 17 (40%) = 7 24 960 25/40
P8* 15 - 15 660* 20/35
P12 5 - 5 200 20/20
P13 9 - 9 360 20/20
P16* 8 - 8 380* 20/20
(*) - pilares da caixa d’água (60 kN de acréscimo)

A definição da outra dimensão da seção transversal dos pilares (adotou-se 20


cm para a menor dimensão) se faz com as algumas premissas. Para simplificar, os
pilares são calculados apenas à compressão centrada, situação não permitida pela
NBR 6118:2014. Dessa forma a carga total solicitante de cálculo deve atender à se-
guinte condição:

0,85fck  0,85fck 
Nd  N(γ f  1,4)  Acfc  Asσ's  Ac  (ρs Ac ) σ's  Ac   ρsσ's  (3.1)
γ c  1,4  γ c  1,4 

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Onde:
fc = 0,85 fcd - é a tensão final de cálculo do concreto;
’s = 0,002x21000 = 42 kN/cm2 - tensão no aço CA 50, com s = 2‰;
s = As/Ac - taxa geométrica de armação (≤ 4% no traspasse).

Para o pré-dimensionamento da seção transversal dos pilares considerou-se


uma taxa geométrica (s = 1%), bem menor que o máximo permitido, tendo em vista
o acréscimo de armadura na situação real de dimensionamento (flexo-compressão e
efeitos de 2a ordem). Foi considerado também concreto com resistência fck = 20 MPa
(menor classe possível de concretos da NBR 6118:2014). Com isso, a área de con-
creto Ac pode ser estimada pela equação aproximada (3.1), com fc = 0,85x2 / 1,4 =
1,214 kN/cm2, resultando:

1,4N N
Ac    0,86 N  N (N em kN e Ac em cm2 ) (3.2)
1,214  0,01x42 1,17

Com a equação (3.2) e a dimensão mínima de 20 cm foram determinadas as


seções transversais dos pilares da última coluna da tabela 3.1. Para o pilar central P7,
com carga aproximada de 960 kN, a dimensão maior deveria ser de 50 cm. No en-
tanto, no caso específico deste pilar, adotou-se a seção de 25/40 cm entre os níveis
da fundação e o da primeira laje, fazendo-se a partir daí uma redução de 5 cm con-
forme indicado no desenho de fôrma 3.1.

Para todas as lajes adotou-se espessura constante de 10 cm. A situação ideal


é apoiar as alvenarias de vedação diretamente sobre as vigas, o que delimitaria as
lajes do pavimento tipo. Visando uma fôrma mais lisa, sem muitos recortes para as
vigas, adotou-se apenas quatro lajes, conforme desenho 3.1. Dessa forma apenas a
laje L4 não suporta diretamente carga proveniente do peso das alvenarias. Salienta-
se, no entanto, que este procedimento que simplifica e economiza a execução das
lajes, deve ser cuidadosamente verificado quanto ao estado limite de utilização cor-
respondente à deformação plástica excessiva. Flechas grandes nas lajes podem pro-
duzir fissuras indesejáveis nas alvenarias nelas apoiadas.

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As espessuras das vigas foram obtidas a partir das espessuras das alvenarias.
Assim, para as alvenarias externas de 20 cm, as vigas têm a largura de 15 cm e para
as internas, com 15 cm, a largura é de 12 cm. Para as alvenarias da caixa da escada
com espessura de 25 cm as vigas têm largura de 20 cm. As alturas h das vigas estão
indicadas na figura 3.1.

4 - Materiais e normas utilizadas

O concreto a ser utilizado em ambiente urbano deve ser no mínimo da classe


C25, com resistência característica fck = 25 MPa. Esse é o concreto utilizado no pro-
jeto, produzido, para efeito de verificação de flechas, com brita calcário. Para esse
concreto a resistência final a compressão deve ser:

fc = 0,85 fcd = 0,85x2,5 / 1,4 = 1,518 kN/cm2

Os aços utilizados no projeto são os de categoria CA 50 e CA 60, sendo este


último apenas para lajes e estribos das vigas. As resistências e as deformações de
cálculo ao escoamento para esses aços são dadas por:

CA 50 - fyd = fyk / 1,15 = 50 / 1,15 = 43,48 kN/cm2 ≈ 43,5 kN/cm2


- yd = fyd / Es = 43,48 / 21000 = 2,07 ‰

CA 60 - fyd = fyk / 1,15 = 60 / 1,15 = 52,17 kN/cm2 ≈ 52,2 kN/cm2


- yd = fyd / Es = 52,17 / 21000 = 2,48 ‰

As normas utilizadas para o desenvolvimento completo do projeto estrutural


são:

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS –ABNT NBR 6118:2014 –


Projeto de estruturas de concreto - Procedimento

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS –ABNT NBR 6120:1980 –


Versão corrigida de 2000 - Cargas para cálculo de estruturas de edificações – Pro-
cedimento

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT NBR 7480:1996 –


Barras e fios de aço destinados a armadura para concreto armado – Especificação

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT NBR 12655:2006 –


Concreto – Preparo, controle e recebimento – Procedimento

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT NBR 8681:2003 –


Ações e segurança nas estruturas – Procedimento

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT NBR 6123:1988 –


Versão corrigida 2:2013 - Forças devidas ao vento em edificações – Procedimento

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT NBR ISO 6892:2002


– Materiais metálicos – Ensaio de tração à temperatura ambiente

5 - Cálculo das lajes

Para o cálculo das reações e momentos fletores (regime elástico) nas lajes são
utilizadas as tabelas para lajes retangulares da apostila de Concreto I, transcritas nos
anexos dessa apostila.

5.1 - Cargas permanentes (g)

As cargas permanentes que atuam nas lajes são o seu peso próprio, o revesti-
mento e eventualmente o peso das alvenarias.

g = pp + rev. + galv = 1x1x0,10x25 + 1,0 + galv = (3,5 + galv) kN/m2

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A carga galv, devido às alvenarias (alv = 13 kN/m3), é considerada uniforme-


mente distribuída na área da laje considerada, mesmo no caso de lajes armadas em
uma direção. O peso da alvenaria de espessura 15 cm e altura 2,80 m, por metro
linear, é dado por:

galv/m = 1x0,15x2,80x13 = 5,46 kN/m

5.2 - Cargas variáveis (q)

As ações variáveis diretas (verticais) consideradas no projeto são constituídas


pelas cargas acidentais previstas para o uso da construção, conforme a NBR
6120:1980.

Edifícios residenciais
Dormitório, sala, copa, cozinha e banheiro q = 1,5 kN/m2
Despensa, área de serviço e lavanderia q = 2,0 kN/m2
Escadas
Com acesso ao público q = 3,0 kN/m2
Sem acesso ao público q = 2,5 kN/m2

LAJE L1

Figura 5.1 – Reações e momentos da laje L1

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Momento de serviço
Ma,serv = Mg + 2 Mq = (g + 2q) a2 / ma = (5,24 + 0,3x1,50)x(3,125)2 / 22,6
= 5,69x(3,125)2 / 22,6 = 2,46 kNm = 246 kNcm

Momento de fissuração

150fctmh2
Mr   0,75h2 fck 2/3  0,75x102 x252 / 3  641 kNcm
6x10
Como Mserv < Mr a flecha é calculada no Estádio I (concreto não fissurado) com
o auxílio da tabela 3.10 do anexo. Para laje tipo C com relação (b/a) = 1,4 o valor
tabelado de f1 = 0,041.

p = (1 + f) pi = (1 + αf) (g + 2 q) = 2,46 (g + 0,3 q) = 2,46 g + 0,738 q


p = 2,46x5,24 + 0,738x1,50 = 14,00 kN/m2 = 14x10-4 kN/cm2

Para fck = 25 MPa (Grupo I) e concreto produzido com brita calcário (e = 0,9)
o módulo elasticidade secante do concreto é dado por:

 25 
Ecs  αiαE 5600 fck   0,8  0,2  x0,9x5600 25  0,8625x0,9x28000  21735 MPa
 80 

Ecs = 2173,5 kN/cm2

A flecha é dada por:

pa 4 14x10-4 x312,54 312,5


f  f1 3
 0,041 3
 0,25 cm  fadm   1,25 cm  OK!
Ecsh 2173,5x10 250

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LAJE L2

Figura 5.2 – Reações e momentos da laje L2 (alv. uniformemente distrib.)

Momento de serviço

Ma,serv = Mg + 2 Mq = (g + 2q) a2 / 14,22 = (6,80 + 0,3x1,81)x(3,125)2 / 14,22


= 7,34x(3,125)2 / 14,22 = 5,04 kNm = 504 kNcm < Mr = 641 kNcm (Est. I)
p = 2,46 g + 0,738 q = 2,46x6,80 + 0,738x1,81 = 18,06 kN/m2
(Para faixa de 1m p = 18,06 kN/m = 0,181 kN/cm)

A flecha no tempo infinito para uma viga apoiada-engastada é dada por:

2pa4 2x0,181x312,54 312,5


f    0,50 cm  fadm   1,25 cm  OK!
384EcsI 384x2173,5x100x103 /12 250

Obs.:
1 - Como essa laje é armada em uma direção não interessa, para efeito do cálculo
das reações e momentos, as condições de contorno dos lados menores (neste caso
ambos engastados). Dessa forma os valores dos momentos calculados ficam maiores,
positivo e negativo, a favor da segurança.
2 - Adotou-se carga de alvenaria uniformemente distribuída em toda a área da laje.
Existem alternativas para o cálculo das reações, como por exemplo, dividir a área da
laje em triângulos e trapézios, conforme a NBR 6118 e mostrado na figura 5.3.

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Figura 5.3 – Reações da laje L2 conforme NBR 6118

As dimensões dos triângulos e trapézios da figura 5.3 foram obtidas, adotando-


se conforme NBR 6118, ângulos de 45o, para vértices com os dois lados com mesmo
tipo de apoio e de 60o, a partir do lado engastado, em vértices que tenham o outro
lado simplesmente apoiado.

Área A1 A1 = (3,125x1,98) / 2 = 3,10 m2


q = (1,5x0,7 + 2,0x2,4) / 3,10 = 1,89 kN/m2
galv = (1,69 + 0,41)x5,46 / 3,10 = 3,69 kN/m2
p = (3,50 + 3,69) + 1,89 = 9,08 kN/m2
Ra,A1 = (9,08x3,10) / 3,125 = 9,01 kN/m

Área A2 A2 = A1 = 3,10 m2
q = (1,5x1,7 + 2,0x1,4) / 3,10 = 1,73 kN/m2
galv = (1,35 + 1,08)x5,46 / 3,10 = 4,28 kN/m2
p = (3,50 + 4,28) + 1,73 = 9,51 kN/m2
Ra,A2 = (9,51x3,10) / 3,125 = 9,43 kN/m

Área A3 A3 = [(7,57 + 3,61) / 2] x 1,15 = 6,39 m2


q = [1,5x0,44 + 2,0x(6,39 - 0,44)] / 6,39 = 1,97 kN/m2

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galv = (3,05 + 2x0,17 + 0,57 + 0,695)x5,46 / 6,39 = 3,98 kN/m2


p = (3,50 + 3,98) + 1,97 = 9,45 kN/m2
Rb,A3 = (9,45x6,39) / 7,565 = 7,98 kN/m

Área A4 A4 = [(7,57 + 3,61) / 2] x 1,98 = 11,06 m2


q = [1,5x5,16 + 2,0x(11,06 - 5,16)] / 11,06 = 1,77 kN/m2
galv = (1,475 + 2x1,98)x5,46 / 11,06 = 2,68 kN/m2
p = (3,50 + 2,68) + 1,77 = 7,95 kN/m2
Rb,A3 = (7,95x11,06) / 7,565 = 11,62 kN/m

Observando as figuras 5.2 e 5.3 da laje L2 nota-se que, embora as reações nos
lados sejam diferentes, isto não refletirá significativamente no cálculo futuro das rea-
ções nos pilares. O mesmo não acontecerá com a flexão das vigas em que essa laje
se apoia.

LAJE L3

Figura 5.4 – Reações e momentos da laje L3

O trecho de continuidade da laje L3 com a laje L4 é de 302,5 cm, que é maior


que dois terços do lado “a” da laje L4 (0,67x407,5 = 272 cm). Nesse caso, pode-se
considerar na prática, a laje L3 engastada em L4, sendo portanto uma laje retangular
do tipo C.

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Momento de serviço
Ma,serv = Mg + 2 Mq = (g + 2q) a2 / ma = (4,37 + 0,3x1,50)x(4,075)2 / 34,2
= 4,82x(4,075)2 / 34,2 = 2,34 kNm = 234 kNcm < Mr = 641 kNcm (Est. I)

p = 2,46 g + 0,738 q = 2,46x4,37 + 0,738x1,50 = 11,86 kN/m2 = 11,86x10-4 kN/cm2

Para laje tipo C com relação (b/a) = 1,05 o valor tabelado de f1 = 0,027, ver
tabela 3.10.

11,86x10-4 x407,54 407,5


f  0,027 3
 0,41cm  fadm   1,63 cm  OK!
2173,5x10 250

LAJE L4

Figura 5.5 – Reações e momentos da laje L5

Momento de serviço
Ma,serv = Mg + 2 Mq = (g + 2q) a2 / ma = (3,50 + 0,3x1,50)x(3,025)2 / 17,5
= 3,95x(3,025)2 / 17,5 = 2,07 kNm = 207 kNcm < Mr = 553 kNcm (Est. I)

p = 2,46 g + 0,738 q = 2,46x3,50 + 0,738x1,50 = 9,72 kN/m2 = 9,72x10-4 kN/cm2

Para laje tipo C com relação (b/a) = 2,0 o valor tabelado de f1 = 0,055, ver tabela
3.10.

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9,72x10-4 x302,54 302,5


f  0,055 3
 0,21cm  fadm   1,21cm  OK!
2173,5x10 250

COMPENSAÇÃO DOS MOMENTOS

Na figura 5.1 estão indicados todas as reações e momentos das quatro lajes
acima calculadas, sem nenhuma compensação. Como as lajes retangulares foram
calculadas isoladamente, os momentos negativos nos lados contíguos de duas lajes
são normalmente diferentes. O momento negativo final compensado é o maior entre
os dois valores: a média aritmética dos dois momentos negativos das lajes isoladas
ou 80% do valor máximo. Já a compensação do momento positivo de uma determi-
nada laje só será considerada, caso haja uma diminuição do momento negativo com-
pensado, naquela direção. O acréscimo no positivo é dado por 30% da diferença entre
o negativo da laje isolada e o valor final compensado.

Figura 5.6 – Representação na fôrma das reações e momentos (não com-


pensados)

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Figura 5.7 – Representação na fôrma dos momentos finais compensados

DIMENSIONAMENTO

Para os momentos finais compensados, com seção transversal de 100/10 e d


= 7,5 cm os valores dos parâmetro K e da armadura simples (normalmente não se usa
armadura dupla em lajes) estão fornecidos abaixo, tanto para aço CA 50 (f yd = 43,48
kN/cm2) quanto para o aço CA 60 (fyd = 52,17 kN/cm2).

Md M(kNcm)x1, 4 M(kNcm)
K    K L  0,295  K'  K
fc bd2 1,518x100x7,5 2 6099

CA 50

A s  A s1  
fc bd
f yd

1  1  2K' 
1,518x100x7,5
43,48
  
1  1  2K '  26,18 1  1  2K ' 
CA 60

A s  A s1  
fc bd
f yd

1  1  2K' 
1,518x100x7,5
52,17
  
1  1  2K '  21,82 1  1  2K ' 

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A armadura mínima para lajes deve ser As,min = s Ac. A taxa geométrica s =

min é a mesma para as vigas (tabela 2.7, apostila Concreto I), quando se tratar de
momentos negativos em geral, e apenas para momentos positivos de lajes armadas
em uma direção. Para momentos positivos em lajes armadas em duas direções As,min
= 0,67s Ac. Para uma relação (d/h) = (7,5 / 10) = 0,75 a tabela 2.7 indica tanto para

aço CA 50 quanto para CA 60 uma taxa mínima min = 0,15%. Assim:

As,min = 0,15%x100x10 = 1,5 cm2/m Para X e M (armada em uma direção)


As,min = 0,67x0,15%x100x10 = 1,0 cm2/m Para M (armada em duas direções)

O espaçamento máximo da armadura é o menor entre os dois valores: 2h e 20


cm, portanto smax = 20 cm.

A armadura de distribuição da laje L2 deve ser maior que (1/5) As,princ.= 0,2x2,98
= 0,60 cm2, não menor que As,dist. = 0,9 cm2/m e ter espaçamento máximo de 33 cm.
Dessa forma resulta em 5 c/21 cm, posição N3 da figura 5.8.

Tabela 5.1 - Dimensionamento das armaduras das lajes

bitola a cada


Momento (kNcm) K As (cm2/m)
(c/)
841 (X) 0,138 3,90 (CA 50) 8 c/12
687 (X) 0,113 3,14 (CA 50) 8 c/16
654 (M) 0,107 2,98 (CA 50) 8 c/16
561 (X) 0,092 2,53 (CA 50) 6,3 c/12
418 (X) 0,069 1,86 (CA 50) 6,3 c/16
306 (M) 0,050 1,12 (CA 60) 5 c/17
303 (M) 0,050 1,11 (CA 60) 5 c/17
291 (M) 0,048 1,07 (CA 60) 5 c/18
261 (M) 0,043 1,00* (CA 60) 5 c/19
188 (M) 0,031 1,00* (CA 60) 5 c/19
73 (M) 0,012 1,00* (CA 60) 5 c/19

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Figura 5.8 – Lajes do pavimento tipo - Armação positiva

Figura 5.9 – Lajes do pavimento tipo - Armação negativa

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Tabelas 5.2 - Listas de ferros das lajes e resumo das armaduras

LISTA DE FERROS
(LAJES DO PAVIMENTO TIPO)
Com-
Quanti- pri-
N 
dade mento
(cm)
1 5 39x2=78 445
2 5 24x2=48 320
3 5 2x15=30 765
4 8 38x2=76 320
5 8 2x9=18 345
6 5 25x2=50 415
7 5 16x2=32 620
8 5 32x2=64 310
9 6,3 19x2=38 170
10 8 90x2=180 220
11 6,3 27x2=54 220
12 6,3 16x1=16 115

RESUMO
AÇO CA 50
 Comprimento Peso
(m) (kg)
6,3 202 50
8 702 277
TOTAL 327

RESUMO
AÇO CA 60
 Comprimento Peso
(m) (kg)
5 1335 206

TOTAL 206

O consumo total de aço é de 533 kg, para um volume de concreto de 15,3 m 3,


dando um consumo médio de Caço /m3 = 34,8 kg / m3, valor normal para lajes deste
porte, com estrutura convencional.

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6 - Cálculo das vigas

De acordo o item 14.6.6 da NBR 6118, sobre as aproximações permitidas no


cálculo de vigas, pode ser usado o modelo clássico de viga contínua, simplesmente
apoiada nos pilares, para o estudo das cargas verticais, desde que se observem al-
gumas correções. Dentre elas o item ‘c’, descrito abaixo:

“c) quando não for realizado o cálculo exato da influência da solidariedade dos pilares
com a viga, deve ser considerado, nos apoios extremos, momento fletor igual ao mo-
mento de engastamento perfeito multiplicado pelos coeficientes estabelecidos nas se-
guintes relações:
rsup  rinf
- na viga
rsup  rinf  rvig

rsup
- no tramo superior do pilar
rsup  rinf  rvig

rinf
- no tramo inferior do pilar
rsup  rinf  rvig

sendo: ri = (Ii / i)


onde ri é a rigidez do elemento i considerado, avaliada conforme indicado na figura
14.8” (figura 6.1).

Figura 6.1 – Aproximação em apoios extremos (Figura 14.8 da NBR 6118:2014)

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VIGA V1 - 15/50

A viga V1 é uma viga contínua com quatro vãos, que devido a sua simetria,
será calculada apenas com dois vãos com o apoio em P3 engastado, conforme figura
6.2. De acordo com as aproximações descritas acima, essa viga pode ser calculada
como viga contínua (ver figura 6.2), desprezando-se a solidariedade com os apoios
intermediários, desde que no apoio extremo (P1) sejam considerados os momentos
parciais de engaste na viga e nos pilares (superior e inferior).

CARGAS E DIAGRAMAS DE ESFORÇOS

peso próprio pp = 0,15x0,50x25 ≈ 1,88 kN/m


reações da alvenaria Ralv1 = 0,20x(2,95 - 0,5)x13 = 6,37 kN/m
Ralv2 = 0,15x1,20x13 = 2,34 kN/m
reações das lajes RL1 = 4,95 kN/m
RL2 = 10,09 kN/m

p1 = pp + Ralv1 + RL1 = 1,88 + 6,37 + 4,95 = 13,20 kN/m


p2 = pp + Ralv1 + RL2 = 1,88 + 6,37 + 10,09 = 18,34 kN/m
p3 = pp + Ralv2 + RL2 = 1,88 + 2,34 + 10,09 = 14,31 kN/m

O momento de engaste no apoio P1 da viga é Meng = (p2/12) = 13,20x4,402 /

12 = 21,3 kNm. As rigidezes das vigas e dos pilares são dadas por rvig = (vig /vig) =

(15x503/12) / 440 = 355,1 cm3 e rsup = rinf = (sup,inf /sup,inf) = (20x203/12) / 295 = 45,2
cm3. Dessa forma os momentos parciais são dados por:

rsup  rinf 45,2x2


Mvig  Meng  21,3  4,3 kNm
rsup  rinf  rvig 45,2x2  355,1

rsup,inf 45,2 4,3


Msup  Minf  Meng  21,3   2,2 kNm
rsup  rinf  rvig 45,2x2  355,1 2

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Na figura 6.2 indicou-se, em destaque, apenas o momento na viga (Mvig = 4,3


kNm). Como os pilares, superior e inferior, têm a mesma rigidez os momentos nos
mesmos são iguais e dados por: Msup = Minf = (4,3 / 2) = 2,2 kNm.

A viga V1 foi também calculada, segundo o modelo de pórtico plano da figura


6.3, onde apenas se colocou as barras verticais correspondentes às barras superior e
inferior do pilar P1.

Na figura 6.4 repetiu-se o modelo de pórtico plano da figura 6.3 acrescentando


também as barras verticais do pilar P2.

Figura 6.2 – Viga V1 contínua

Pelos modelos representados nas figuras 6.2, 6.3 e 6.4 nota-se que os valores
dos momentos na viga, são bem próximos. Nos modelos das figuras 6.2 e 6.3 como

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não foi considerada a influência dos pilares internos, pela NBR 6118, não se deve
admitir momento positivo menor que o correspondente à condição de engaste perfeito
dos apoios. Dessa forma no primeiro vão da viga da figura 6.2 o momento positivo
deve ser no mínimo M = (13,20x4,402) / 14,22 = 18,0 kNm, maior que o obtido M =
11,1 kNm. Já considerando o modelo da figura 6.3, o momento no mesmo vão deve
ser M = (13,20x4,402) / 24 = 10,6 kNm, também maior que o encontrado M = 8,0 kNm.
Os valores dos momentos finais positivos, no primeiro vão, dessas duas figuras estão
indicados entre parênteses com asterisco (*).

No segundo vão o valor do momento, pelo mesmo critério da NBR 6118, deve
ser M = 32,9 kN, menor que os valores encontrados nos três modelos. No segundo
vão portanto, o valor do momento positivo adotado é o mesmo obtido em cada modelo
analisado.

Salienta-se que se o modelo adotado fosse o de um pórtico plano, com todos


os pilares, os momentos encontrados na análise seriam os adotados no dimensiona-
mento, mesmo sendo menores que aqueles correspondentes aos momentos positivos
da condição de engaste perfeito, como o apresentado na figura 6.4.

Para efeito desta apostila, tanto nesta quanto nas demais vigas, o modelo ado-
tado será o correspondente ao da figura 6.2. Os dimensionamentos e detalhamentos
para força cortante e momentos fletores são para os valores dos diagramas do modelo
de viga contínua dessa figura.

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Figura 6.3 – Viga V1 contínua, com os pilares no apoio extremo

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Figura 6.4 – Viga V1 inserida no modelo de pórtico plano

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DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS PARA FLEXÃO SIMPLES

Seção 15/50 cm2, d = 46 cm, (d/h) = 0,90  As,min = 0,15%Ac = 1,13 cm2

X = 77,5 kNm = 7750 kNcm

Md 7750x1,4
K 2
  0,225  K L  0,295  K'  K
fc bd 1,518x15x46 2

A s  A s1 
fc bd
fyd

1 1 2K'  
1,518x15x46
43,48
 
1 1 2x0,225  6,23 cm2  1,13 cm2

Adotar 4 16 mm (Ase = 4x2,011 = 8,04 cm2)

Verificação da fissuração

Considerando obra urbana (k = 0,3 mm), valor da tensão em serviço (si) da
fyd A s,cal
armadura tracionada calculada de forma aproximada (Tepedino): σ si  e
 f A se

adotando-se o menor valor para f =1,4 (o valor para edifícios residenciais, com g ≈

70% p e q ≈ 30% p, é de aproximadamente f =1,7) tem-se para aço CA 50:


 16
a w,16  7,361 10 5  7,361 10 5  2,804x103 . Pela primeira das
γ f Wk 1,4x0,3
equações da NBR 6118 para verificação do estado limite de abertura de fissuras ob-
tém-se, com fctm = 0,3 (fck)2/3 = 2,56 MPa = 0,26 kN/cm2:

A se 3aw fyd 3x2,804x103 x43,48


   1,0
A s,cal γ f fctm 1,4x0,26

Como a relação acima deu 1,0 significa que a armadura calculada As,cal = As,e
é igual a armadura necessária ou existente, para garantir abertura estimada máxima
de fissura igual a k = 0,3 mm. Portanto, não será necessário verificar pela segunda

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equação da NBR 6118 (foi considerado, a favor da segurança, f =1,4 em vez de 1,7).
A armadura adotada no cálculo à flexão atende também a fissuração (Ase = 8,04 cm2).

X = 52,5 kNm = 5250 kNcm

K = 0,153 < KL = 0,295 As = As1 = 4,01 cm2 > 1,13 cm2


Adotar 2 16 mm (Ase = 4,02 cm2)

Como no caso anterior (mesma bitola, abertura de fissura e coeficiente f), a


fissuração também está atendida.

M = 38,0 kNm = 3800 kNcm > 32,9 kNm

K = 0,110 < KL = 0,295 As = As1 = 2,82 cm2 > 1,13 cm2


Adotar 3 12,5 mm (Ase = 3,68 cm2)

Como a bitola adotada diminuiu (16 mm para 12,5 mm) e os outros dados per-
maneceram iguais, automaticamente a fissuração está atendida.

M = 18* kNm = 1800* kNcm > 11,1 kNm (*) valor adotado

K = 0,052 < KL = 0,295 As = As1 = 1,29 cm2 > 1,13 cm2


Adotar 2 10 mm (Ase = 1,57 cm2)

X = 4,3 kNm = 430 kNcm Momento na viga sobre o pilar extremo

K = 0,012 < KL = 0,295 As = As1 = 0,30 cm2 < As,min = 1,13 cm2
Adotar 2 10 mm (Ase = 1,57 cm2)

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DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS PARA FORÇA CORTANTE

Para fck = 25 MPa a taxa mínima da armadura de cisalhamento, conforme tabela


5.1 da apostila Concreto I, é w,min = 0,103. O valor da tensão máxima convencional

de cisalhamento é wd2 = 0,434 kN/cm2, conforme tabela 5.2 da mesma apostila. O


valor da tensão convencional produzida pelos mecanismos complementares ao mo-
delo de treliça, utilizando o Modelo I da NBR 6118, é c0 = 0,0769 kN/cm2, conforme
tabela 5.3.

Verificação do esmagamento diagonal do concreto

Vmax = 61,8 kN Vmax,face = 61,8 - 0,15x18,34 = 59,05 kN

Vd,max 59,05x1,4
τ wd,max    0,120 kN/cm2  τ wd,2  0,434 kN/cm2  Concreto OK!
bw d 15x46

Como o concreto foi verificado para o maior valor do cortante, os demais estão

automaticamente verificados. Para esses, basta apenas calcular as armaduras de ci-

salhamento.

Cálculo da armadura de cisalhamento

V = 61,8 kN
 wd   c0 0,120  0,0769
ρ w  100  100  0,111 ρ w, min  0,103
39,15 39,15

Asw = wbw = 0,111x15 = 1,67 cm2/m

Considerando estribo simples (dois ramos)  (Asw/2) = 0,83 cm2/m

Adotando estribo  = 5mm (0,196 cm2)  5 c/23 cm


(wd/wd2) = (0,120 / 0,434) = 0,28 < 0,67  smax = 0,6 d = 27 cm < 30 cm OK!

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V = 54,3 kN
(54,3 - 0,15x18,34)x1,4
τ wd, face   0,105 kN/cm 2
15x46
0,105  0,0769
ρ w  100  0,071 ρ w, min  0,103
39,15

Asw = Asw,min =w,minbw = 0,103x15 = 1,55 cm2/m

Considerando estribo simples (dois ramos)  (Asw/2) = 0,77 cm2/m

Adotando estribo  = 5mm (0,196 cm2)  5 c/25 cm < 27 cm OK!

Para as demais forças cortantes, menores que V = 54,3 kN, deve ser usada a
armadura mínima.

A armadura de cisalhamento em todo o vão “a” da V1 é mínima. No vão “b”


apenas do lado direito a armadura calculada supera a mínima.

Segundo a tabela 5.4, da apostila Concreto I, o valor da tensão convencional


mínima de cisalhamento, abaixo da qual as forças de tração oriundas do cisalhamento
são absorvidas com o estribo mínimo, é dada por wd,min = 0,117 kN/cm2, que resulta
no valor da força cortante mínima:

Vmin x1,4 15x46x0,117


τ wd, min   0,117 kN/cm 2  Vmin   57,7kN
15x46 1,4

Com este valor obtém-se a distância X = 0,22 m, antes do eixo do pilar P3, pela
simples regra de três [(61,8 - 38,4) / (1,275)] = [(61,8 - 57,7) / (X)]. Só nesse trecho de
22 cm o estribo é maior que o mínimo.

Conforme permitido pela NBR 6118, apenas para o cálculo da armadura de


cisalhamento, pode-se reduzir a força cortante no apoio. Para o apoio do pilar P3 o
cortante reduzido vale VRed = Veixo - 0,5(c + d)p = 61,8 - 0,5x(0,30 + 0,46)x18,34 = 54,8

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kN < Vmin = 57,7 kN. Isto implica que, considerando a redução permitida pela norma
NBR 6118, toda a viga será armada com o estribo mínimo.

VERIFICAÇÃO DA FLECHA

A flecha imediata máxima considerando o carregamento mostrado na figura 6.2


e seção plena de concreto (15/50) ocorre no segundo vão e seu valor é de 0,44 cm
(valor obtido no programa FTOOL). Esse valor é bem menor que o valor admissível

pela NBR 6118 que é de fadm = ( / 250) = 747,5 / 250 = 2,99 cm.

A flecha inicial calculada tem seu valor reduzido quando se usa, como no caso
da verificação de flechas, a carga de serviço. Por outro lado, essa flecha é ampliada
quando se leva em conta a seção fissurada (diminuição da rigidez à flexão) e a parcela
diferida no tempo (f fi). Mesmo assim, a flecha de 0,44 cm não deve chegar ao limite
permitido de 2,99 cm.

Apenas para efeito de uma verificação simples será avaliada a flecha final, no
tempo infinito, levando-se em conta o efeito da deformação lenta, f = 2,46 fi =
2,46x0,44 = 1,08 cm. Considerando que a inércia da seção fissurada seja 40% da
inércia da seção bruta de concreto a flecha final pode ser estimada em f = 1,08x2,5
= 2,71 cm < fadm = 2,99 cm. Nota-se que nessa avaliação simples foi considerada a
flecha imediata nominal, obtida com as cargas de projeto.

Na avaliação acima foi considerada uma flecha final obtida pela majoração da
flecha imediata (com as cargas de projeto) pelo valor (2,46x2,5 = 6,15), que em con-
dições normais é exagerado, uma vez que a flecha de serviço é menor que a imediata,
fi = (fg + fq) < fserv = (fg + 2fq). Evitou-se fazer o cálculo considerando-se a rigidez
efetiva (momento de inércia em todas as seções do material composto, aço-concreto)
ou conforme o permitido pela NBR 6118, pela rigidez equivalente de Branson (mo-
mento de inércia ponderada em cada vão), porque ainda não se tem o detalhamento
definitivo da viga.

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DETALHAMENTO

De acordo com a equação (5.34) da apostila Concreto I, para estribos verticais


( = 90o) o valor da decalagem do diagrama de momentos fletores é dado por:

 VSd,max  61,8x1,4
a  d d  1,29d  d
 2VSd,max  Vc  261,8x1,4  0,0769x15x46

Portanto, para todos os outros valores, menores que Vmax = 61,8 kN, o valor da

decalagem deve ser maior que o calculado (1,29d), que implica em a = d = 46 cm.

Valores dos comprimentos de ancoragem

Segundo a equação (6.5) da apostila Concreto I, o comprimento de ancoragem


A s,cal
necessário é dado por  b,nec  α  b   b,min , onde pela tabela 6.3 para fck = 25
A se
MPa, o comprimento de ancoragem básico para região de boa aderência é dado por

b = 37,67 O coeficiente “” vale “1” para barras ancoradas sem gancho e “0,7” para
barras ancoradas com gancho. O comprimento de ancoragem numa região de má

aderência é dado por b,nec,Má = [(b,nec,Boa) / 0,7]. Dessa forma calculam-se os compri-
mentos de ancoragens dos momentos negativos (má aderência) e positivos (boa ade-
rência). O comprimento de ancoragem necessário deve ser maior que o mínimo de

norma, o maior dos três valores, 0,3 b, 10 ou 10 cm.

X = 77,5 kNm (má aderência)


As,cal = 6,23 cm2 As,e = 8,04 cm2 (4  16 mm)

b,nec = 1,0x[(37,67x1,6) / 0,7]x(6,23 / 8,04) = 86x0,77 ≈ 67* cm > b,min = 26 cm

As posições N4 e N5 da figura 6.5 tem os seguintes comprimentos:

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N4 = 2x(166 + a + b,nec) = 2x(166 + 46 + 67) ≈ 2x280 = 560 cm

N5 = 2x(166/2 + a + b,nec) = 2x(83 + 46 + 67) ≈ 2x200 = 400 cm

X = 52,5 kNm (má aderência)


As,cal = 4,01 cm2 As,e = 4,02 cm2 (2  16 mm)

b,nec = 1,0x[(37,67x1,6) / 0,7]x(4,01 / 4,03) ≈ 86* cm > b,min = 26 cm

N2 = 181+ 121 + 2x(a + b,nec) = 302 + 2x(46 + 86) = 566 ≈ 565 cm
(começando a 181 + 46 + 86 ≈ 310 cm do eixo do P2)

M = 38,0 kNm (boa aderência)


As,cal = 2,82 cm2 As,e = 3,68 cm2 (3  12,5 mm)

b,nec = 1,0x(37,67x1,25)x(2,82 / 3,68) = 47x0,77 ≈ 36* cm > b,min = 14 cm

No segundo vão, os pontos de momento nulo do diagrama de momentos, estão


a 121 cm do pilar P2 e a 166 cm do P3. A partir desses pontos, deve-se deslocar no

sentido mais desfavorável (sentido dos pilares) os valores a= 46 cm e b,nec = 36 cm,
resultando (46 + 36) = 82 < 121 cm. Isto significa que se as barras fossem apenas
estendidas de 82 cm para cada lado, atendendo ao diagrama deslocado de momento,
não entrariam nos apoios P2 e P3, o que não é permitido pela NBR 6118.

Em apoios extremos e intermediários, segundo a NBR 6118, deve-se prolongar


uma parte da armadura de tração do vão (As,vão), correspondente ao máximo momento
positivo do tramo de modo que: As,apoio ≥ (1/4) As,vão, para apoios intermediários e
As,apoio ≥ (1/3) As,vão, para apoios extremos, respeitando o mínimo de duas barras.
Além disto, as barras das armaduras devem ser ancoradas a partir da face do apoio,
com comprimentos iguais ou superiores ao maior dos seguintes valores: b,nec con-
forme equação (6.5); (r + 5,5 ), onde r é o raio de curvatura dos ganchos, conforme
tabela 6.2; ou 60 mm. Em apoios intermediários, quando não houver a possibilidade

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de ocorrer momento positivo, o comprimento de ancoragem sobre o apoio pode ser


de 10, que é o caso dos apoios P2 e P3.

Foram adotadas 3 12,5 mm para combater M = 38 kNm do vão 2, portanto


deve-se prolongar no mínimo duas dessas barras até os apoios.

N8 = 717,5 + 2x(10) = 717,5 + 2x(10x1,25) = 742,5 cm, N8,adot = 750 cm

M = 18,0* kNm (boa aderência)


As,cal = 1,29 cm2 As,e = 1,57 cm2 (2  10 mm)

b,nec = 1,0x(37,67x1,0)x(1,29 / 1,57) ≈ 31* cm > b,min = 11 cm

O comprimento de ancoragem acima se refere ao vão. No apoio da esquerda


o comprimento necessário de ancoragem é obtido a partir da armadura de tração cal-
culada no apoio, conforme equação (7.3):

a  VSd,apoio 45 17,1x1,4
s,cal 
A apoio   0,55 cm2
d fyd 45 43,5

b,nec = 1,0x(37,67x1,0)x(0,55 / 1,57) ≈ 13 cm > b,min = 11 cm

Isto implica que a largura de 20 cm do P1 é suficiente para ancorar, sem gan-


cho, as duas bitolas de 10 mm do vão 1.

X = 4,3 kNm (má aderência)


As,cal = 0,30 cm2 As,e = 1,57 cm2 (2  10 mm)

b,nec = 1,0x[(37,67x1,0) / 0,7]x(0,30 / 1,57) ≈ 10 cm < b,min = 11 / 0,7 = 16* cm

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Estribo

Para obra urbana (CAA II) o cobrimento mínimo para vigas e pilares é de 30
mm, quando a tolerância de execução c = 10 mm. Segundo a NBR 6118 “Quando
houver um adequado controle de qualidade e rígidos limites de tolerância da variabili-
dade das medidas durante a execução pode ser adotado o valor Δc = 5 mm, mas a
exigência de controle rigoroso deve ser explicitada nos desenhos de projeto. Permite-
se, então, a redução dos cobrimentos nominais prescritos na tabela 7.2 em 5 mm.”

Dessa forma, o cobrimento adotado no projeto para vigas e pilares é de 2,5 cm.
Para estribos com ganchos fazendo ângulo de 90 o o valor da parte reta do gancho
vale 10, não menor que 7 cm. Portanto, o comprimento do estribo com  = 5 mm é
dado por:

N9 = 2x[(15 - 2c) + (50 - 2c)] + 2x7 = 2x[(15 - 5) + (50 - 5)] + 14 = 124 ≈ 125 cm

Figura 6.5 – Detalhamento da Viga V1

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VIGA V2 - 12/50

CARGAS E DIAGRAMAS DE ESFORÇOS

peso próprio pp = 0,12x0,50 x 25 = 1,50 kN/m


reações da alvenaria Ralv = 0,15x(2,95 - 0,5)x13 = 4,78 kN/m
reações das lajes RL1 + RL3 = 8,59 + 7,94 = 16,53 kN/m
RL2 + RL4 = 16,82 + 7,18 = 24,00 kN/m

p1 = pp + RL1 + RL3 = 1,50 + 16,53 = 18,03 kN/m


p2 = pp + RL1 + RL3 + Ralv = 1,50 + 16,53 + 4,78 = 22,81 kN/m
p3 = pp + RL2 + RL4 + Ralv = 1,50 + 24,00 + 4,78 = 30,28 kN/m

Momentos de engaste perfeito P6 Meng = 30,0 kNm


P8 Meng = 30,28x6,052 / 12 = 92,4 kNm

Momentos nas extremidades da viga

P6 rsup = rinf = (20x203/12) / 295 = 45,2 cm3 rvig = (12x503) / 437,5 = 295,7 cm3
Mvig = 30,0x[2x45,2 / (2x45,2+295,7)] = 7,0 kNm
Msup = Minf = 7,02 / 2 = 3,5 kNm

P8 rsup = rinf = (35x203/12) / 295 = 79,1 cm3 rvig = (12x503) / 437,5 = 295,7 cm3
Mvig = 92,4x[2x79,1 / (2x79,1+295,7)] = 32,2 kNm
Msup = Minf = 32,2 / 2 = 16,1 kNm

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Figura 6.6 – Viga V2 contínua

DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS PARA FLEXÃO SIMPLES

Seção 12/50 cm2, d = 46 cm, (d/h) = 0,90  As,min = 0,15%Ac = 0,90 cm2

X = 99,6 kNm = 9960 kNcm

K = 0,362 > KL = 0,295  K’ = KL

A s1  
fc bd
f yd

1  1  2K' 
1,518x12x46
43,48
 
1  1  2x0,295  19,3x0,36  6,93 cm2

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fc bd K  K' 1,518x12x46 0,362  0,295


A s2    1,41cm2
f yd 1  d' d 43,48 1  4/46

As = As1 + As2 = 6,93 + 1,41 = 8,34 cm2


(d´/d) = 4 / 46 = 0,087 < 0,184  =1 A’s = As2 /  = 1,41 cm2

Para As = 8,34 cm2, adotar 5 16 mm (2 na 1a, 2 na 2a e 1 na 3a camada)


(Ase = 10,06 cm2)
Para c = 2,5 cm, t = 5 mm o novo d’’ = (2x3,8 + 2x7,4 + 1x11,0) / 5 = 6,68 cm
dreal = 50 - 6,68 ≈ 43 cm < dadot = 46 cm
Kd=43 = 0,414 > KL = 0,295, As1 = 6,48 cm2, As2 = 2,36 cm2
As = 8,84 cm2 (OK!)
A’s = 2,36 cm2, adotar 2 12,5 mm (Ase = 2,45 cm2)

Obs.: Para evitar armadura tracionada em três camadas pode-se ter as seguintes
alternativas:
 Escolher 2 20 mm na 1a camada e 2 16 mm na 2a, resultando As,e = 10,31
cm2 e d” = 5,5 cm, d = 44,5, As = 8,58 cm2 , A’s = 1,87 cm2 (alternativa escolhida,
embora 20 mm não seja uma bitola comum em vigas de edifícios desse porte).
 Aumentar a largura da viga para 15 cm, maior que a espessura dos tijolos das
paredes internas. Para seção 15x50, d = 45 cm resulta As = 8,67 cm2 (3 16

mm na 1a e 2 16 mm na 2a camada), A’s = 0,19 cm2.


 Manter a mesma largura e aumentar a altura para 55 cm. Para seção 12x55, d
= 50 cm resulta As = 7,79 cm2 (2 16 mm na 1a e 2 16 mm na 2a camada), A’s
= 0,25 cm2.

Verificação da fissuração

Φ 20
a w  7,361 105  7,361 105  3,505x103
γ f Wk 1,4x0,3

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1a equação

A se 3aw fyd 3x3,505x103 x43,48


   1,12
A s,cal γ f fctm 1,4x0,26

2a equação 22,5 aw = 0,079, Acr = 12x(2,5+0,5+2+2+0,8+7,5x1,6) = 12x19,8 = 237,6


cm2, ρr,cal = 8,84 / 237,8 = 0,0372

4x3,505x103
A se
 22,5aw  22,5aw 2  4aw  0,079  0,0792   0,70
A s,cal ρr,cal 0,0372

Portanto Ase = As,cal = 8,84 cm2 (2 20 mm na 1a e 2 16 mm na 2a camada).

M = 93,2 kNm = 9320 kNcm

Supondo armadura em duas camadas adotar d = 44 cm

K = 0,370 > KL = 0,295  K’ = KL

As1 = 6,63 cm2 As2 = 1,52 cm2 As = 8,15 cm2 (4 16 mm, Ase = 8,04 cm2)

A’s = 1,52 cm2 (2 10 mm, A’se = 1,57 cm2)

Como a mesa está comprimida pode-se calcular a armadura de flexão consi-


derando viga de seção T. A distância entre pontos de momentos nulos do diagrama

de momentos (M) pode ser obtida de forma simplificada por a = (0,75 )= 0,75x605 =
454 cm, ou alternativamente de forma direta no diagrama (figura 6.6), resultando a
distância a = (605 – 109) = 496 cm, valor a ser adotado.

bw = 12 cm, bf = bw + bm,esq + bm,dir, hf = 10 cm, onde:

0,10 a = 0,10 x 496 ≈ 50* cm 0,10 a = 0,10 x 496 ≈ 50* cm


bm,dir ≤ bm,esq ≤
b2,dir / 2 = 279 / 2 ≈ 140 cm b2,esq / 2 = 289 / 2 ≈ 145 cm
bf = 12 + 2x50 = 112 cm

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MRef = fc bf hf (d - hf / 2) = 1,518x112x10x(46 - 10/2) = 69701 kNcm

Como o momento de referência MRef é maior que o momento solicitante de cál-


culo Md = 9320x1,4 = 13048 kNcm, para efeito do cálculo da armadura de flexão, a
seção pode ser considerada como uma seção retangular bf xh = 112x50.

Md 13048
K112x50    0,040  KL  0,295  K'  K
fcbf d2 1,518x112x442

A s  A s1 
1,518x112x44
43,5
 
1  1  2x0,040  6,96 cm2 , A' s  0

Adotar 4 16 mm (2 camadas, armadura simples) - (Ase = 4x2,011 = 8,04 cm2)

M = 25,2 kNm = 2520 kNcm

K = 0,092 < KL = 0,295  K’ = K


As = As1 = 1,85 cm2 > As,min = 0,90 cm2 A’s = 0
Adotar 2 12,5 mm, armadura simples (Ase = 2x1,227 = 2,45 cm2)

Mvig = 7,0 kNm = 700 kNcm

K = 0,025 < KL = 0,295  K’ = K


As = As1 = 0,50 cm2 < As,min = 0,9* cm2 A’s = 0
Adotar 2 8 mm, armadura simples (Ase = 2x0,503 = 1,01 cm2)

Mvig = 32,2 kNm = 3220 kNcm

K = 0,117 < KL = 0,295  K’ = K


As = As1 = 2,40 cm2 > As,min = 0,90 cm2 A’s = 0
Adotar 2 12,5 mm, armadura simples (Ase = 2x1,227 = 2,45 cm2)

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DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS PARA FORÇA CORTANTE

Vmax = 108,1 kN Vmax,face = 108,1 - 0,125x30,28 = 104,3 kN

Vd,max 104,3x1,4
τ wd,max    0,265 kN/cm2  τ wd,2  0,434 kN/cm2  Concreto OK!
bw d 12x46
0,265  0,0769
ρ w  100  0,479  ρ w, min  0,103 , (wd/wd2) = 0,61  smax = 27 cm
39,15

Asw = wbw = 0,479x12 = 5,75 cm2/m

Considerando estribo simples (dois ramos)  (Asw/2) = 2,88 cm2/m

Adotando estribo  = 6,3mm (0,312 cm2)  6,3 c/10 cm

V = 75,1 kN Vface = 75,1 - 0,10x30,28 = 72,1 kN


wd = 0,183 kN/cm2 w = 0,270 > w,min = 0,103

Asw = wbw = 0,270x12 = 3,25 cm2/m (wd/wd2) = 0,42  smax = 27 cm

Considerando estribo simples (dois ramos)  (Asw/2) = 1,62 cm2/m

Adotando estribo  = 5 mm (0,196 cm2)  5 c/12 cm

V = 64,2 kN Vface = 64,2 - 0,125x18,03 = 61,9 kN

wd = 0,157 kN/cm2 w = 0,205 > w,min = 0,103

Asw = wbw = 0,205x12 = 2,46 cm2/m (wd/wd2) = 0,36  smax = 27 cm

Considerando estribo simples (dois ramos)  (Asw/2) = 1,23 cm2/m

Adotando estribo  = 5 mm (0,196 cm2)  5 c/15 cm

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V = 17,9 kN Vface = 17,9 - 0,10x18,03 = 16,1 kN

wd = 0,041 kN/cm2 < wd,min = 0,117 kN/cm2  w = w,min = 0,103

Asw = Asw,min = 0,103x12 = 1,24 cm2/m (wd/wd2) < 0,67  smax = 27 cm

Considerando estribo simples (dois ramos)  (Asw/2) = 0,62 cm2/m

Adotando estribo  = 5 mm (0,196 cm2)  5 c/27* cm

A partir do valor do wd,min determina-se o valor da força cortante mínima abaixo


12x46x0,117
da qual se usa estribo mínimo: Vmin   46,1kN . Marcando-se esse
1,4
valor no diagrama de V (figura 6.6), divide-se o mesmo em trechos onde se usa o
estribo mínimo e nos demais trechos para os estribos já calculados. Dessa forma a
distribuição dos estribos em toda a viga fica:

Vão “a” 1o trecho (de P6 a 1,00 m antes de P7)  5 c/25 cm


2o trecho (1,00 m à esquerda de P7)  5 c/15 cm

Vão “b” 1o trecho (2,05 m à direita de P7)  6,3 c/10 cm


2o trecho (do 1o trecho a 0,96m de P8)  5 c/25 cm
3o trecho (0,96 m à esquerda de P7)  5 c/10 cm

VERIFICAÇÃO DA FLECHA

A flecha máxima considerando o carregamento (nominal) mostrado na figura


6.6 e seção plena de concreto (12/50) ocorre no segundo vão e seu valor é de 1,11
cm (valor obtido no programa FTOOL). Esse valor será corrigido para levar em conta
cargas de serviço, seção fissurada e a parcela diferida no tempo devida a deformação
lenta.

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Como a viga foi analisada apenas com a hipótese de carga total, sem separá-
la em parcela permanente (g) e acidental (q), considerou-se que a parcela permanente
da carga seja 80% da carga total e que a parcela acidental seja 20%. Assim a flecha
inicial e o momento em serviço devem ser:

fi,serv = fg,serv + 2 fq,serv = 08x1,11 + 0,3x(0,2x1,11) = 0,95 cm

Mserv = Mg,serv + 2 Mq,serv = 08x93,2 + 0,3x(0,2x93,2) = 80,2 kNm

Para seção retangular e concreto do grupo I, o momento de fissuração é dado,


em kNcm, por: Mr = 0,0075 b h2 (fck)2/3 = 0,0075x12x502x(25)2/3 = 1924 kNcm = 19,2
kNm. Como esse valor é menor que o momento de serviço Mserv = 80,2 kNm, a flecha
da viga no segundo vão deve ser avaliada considerando-se a seção fissurada, ou seja,
Estádio II.

No trecho de momento positivo, onde ocorre a flecha máxima do segundo vão,


a armadura de flexão calculada é de (4 16 mm = As = 8,04 cm2, tração), com d = 44
cm. A armadura de compressão A’s = 0. Como no detalhamento deve ser prolongado
os 2 12,5 mm, calculados para Mvig = 32,2 kNm, a armadura de compressão existente
será A’s = 2,45 cm2, com d’≈ 4 cm. Com esses dados calcula-se o momento de inércia
da seção fissurada III.

n = Es / Ec = 21000 / 2173,5 = 9,66 n’ = n - 1 = 8,66


Ic = 12x503 / 12 = 125000 cm4
A = (nAs + n’A’s) / b = (9,66x8,04 + 8,66x2,45) / 12 = 8,24
B = 2(dnAs + d’n’A’s) / b = 2x(44x9,66x8,04 + 4x8,66x2,45) / 12 = 583,70

xII = - A + (A2 + B)1/2 = - 8,24 + (8,242 + 583,70)1/2 = 17,29 cm

III = bx3/3 + nAs(d-xII)2 + n’A’s(xII-d’)2 = 79831 cm4

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A rigidez equivalente de Branson leva em conta trechos com rigidez da seção


bruta (Estádio I) e trechos com rigidez da seção fissurada (Estádio II). O valor da rigi-
dez equivalente de Branson, com (Mr / Mserv) = (19,2 / 80,2) = 0,239, é dado por:

EIeq  Ecs 0,2393Ic  1 0,2393 III   Ecs 0,0137x125000  0,986x79831  Ecsx80448

Quando a relação (Mr / Mserv) ≤ 0,5, o momento de inércia da rigidez equivalente


de Branson fica praticamente igual ao da seção fissurada, como visto na equação
acima.

A flecha final corrigida, no tempo infinito, pode ser dada por:

f = 2,46 fi (Ic/Ieq) = 2,46x0,95x(125000/79831) = 3,66 cm > fadm = 605/250 = 2,42 cm

Aplicando-se uma contra-flecha cf = (3,66 – 2,42) = 1,24 cm < cfmax = (605 /


350) = 1,73 cm, a flecha passa a ser verificada.

A solução para dispensar a contra-flecha seria aumentar a altura da seção


transversal da viga, mesmo que apenas no segundo vão. No entanto, na região que
ocorre a flecha máxima a viga funciona como viga de seção T, e assim foi calculada,
aumentando substancialmente a rigidez à flexão, quando comparado com a seção
retangular, como foi avaliada até então a flecha.

A verificação da flecha considerando-se viga de seção T, com bw = 12 cm, bf =


112 cm, hf = 10 cm, h = 50 cm e d = 44 cm, deve ser precedida do cálculo do momento
αfctIc
de fissuração, Mr  , com  = 1,2 para seção T, onde Ic é o momento de inércia
yt

da seção bruta (T) de concreto, yt é a distância do centro de gravidade da seção à


fibra mais tracionada e fct = fctm = 0,26 kN/cm2 é a resistência à tração direta do con-
creto, no estado limite de deformação excessiva.

Para os dados acima:

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ycg = yt = (112x10x45+12x40x20) / (112x10+12x40) = 37,5 cm (do fundo da nervura)

Ic = [112x103/12+112x10x(12,5-5)2] + [12x403/12+12x40x(37,5-20)2] = 283333 cm4

αfctIc 1,2x0,26x283333
Mr    2357 kNcm  23,6 kNm
yt 37,5

Como Mserv = 80,2 kNm > Mr = 23,6 kNm  Estádio II (Mr / Mserv)3 = 0,0255

Para seção T, xII   A  A 2  B , com:

A
1
nA s  n' A's bf  b w hf   1 9,66x8,04  8,66x2,45  112  12x10  91,57
bw 12

2  bf  bw 2  2  112  12 
B dnA s  d' n' A's  2 hf   12 44x9,66x8,04  4x8,66x2,45  x102 
bw 2 

B = 1417 xII  91,57  91,572  1417  7,44 cm

III 
1
3
 
bf xII3  bf  bw xII  hf 3  nA s d  xII 2  n' A's xII  d'2

III 
1
3
 
112x7,443  112  127,44  103  9,66x8,04(44 - 7,44)2  8,66x2,45(7,44  4)2

III = 119997 cm4

EIeq  Ecs 0,0255x283333  0,975x119997  Ecsx124164

A flecha final corrigida, no tempo infinito, considerando seção T, pode ser dada
por:

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f = 2,46 fi (Ic/Ieq) = 2,46x0,95x(125000/124164)= 2,35 cm < fadm = 605/250 = 2,42 cm

A flecha então, está verificada.

DETALHAMENTO

 VSd,max  108,1x1,4
a  d d  0,68d  30 cm
 2VSd,max  Vc  2108,1x1,4  0,0769x12x44

Alternativamente a decalagem a do diagrama de momentos fletores


pode ser calculada em função das tensões convencionais de cisalhamento:
108,1x1,4   0,287
 τ wd,max   12x44
a  d d  0,68d  30 cm
 2τ wd, max  τ c0  20,287  0,0769

 75,1x1,4   0,199
 12x44
a  d  0,81d  36 cm
20,199  0,0769

 64,2x1,4   0,170
 12x44
a  d  0,91d  40 cm
20,170  0,0769

Para VSd,Max = 17,9x1,4 = 25,1 < Vc = 0,0769x12x46* = 42,4 kN, que implica em

a = d = 46 cm (para M = 25,2* kNm, a altura útil d = 46 cm).

Valores dos comprimentos de ancoragem

X = 99,6 kNm (má aderência)


As,cal = 8,58 cm2 As,e = 10,31 cm2 (2 20 mm + 2 16 mm )

b,nec,20 = 1,0x[(37,67x2,0) / 0,7]x(8,58 / 10,31) ≈ 90* cm > b,min = 32 cm


b,nec,16 = 1,0x[(37,67x1,6) / 0,7]x(8,58 / 10,31) ≈ 72* cm > b,min = 26 cm

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Ao detalhar as duas barras de 20 mm da primeira camada, para X = 99,6 kNm,


nota-se que elas têm início a (240 + 40 + 90) = 370 cm antes do eixo do pilar P7, ou
a (437,5 – 370) = 67,5 cm do eixo do pilar P6. Como elas estão bem próximas do P6,
recomenda-se que as mesmas sejam estendidas até este pilar, evitando-se as barras
porta-estribo nesse trecho (ver posição N1 da figura 6.7).

N1 = 7,5 + 437,5 + 109 + a + b,nec = 554 + 30 + 90 = 674 ≈ 675 cm


N2 = (240/2 + a + b,nec) + (109/2 + a + b,nec) = (120 + 40 + 72) + (54,5 + 30 + 72)
= 232 + 156,5 ≈ 235 + 155 = 390 cm

M = 93,2 kNm (boa aderência)


As,cal = 6,96 cm2 As,e = 8,04 cm2 (4  16 mm)

b,nec = 1,0x(37,67x1,6)x(6,96 / 8,04) ≈ 52* cm > b,min = 18 cm

Apoio P8
a VSd,apoio 75,1x1,4
s,cal 
AP8  0,81  1,96 cm2 , levando-se 2 16 mm até P8
d fyd 43,5

b,nec,c/ gancho = 1,0x(37,67x1,6)x(1,96 / 4,02) ≈ 29* cm > b,min = 18 cm (> 20 cm)


b,nec,s/ gancho = 0,7x(37,67x1,6)x(1,96 / 4,02) ≈ 20* cm > b,min = 18 cm

Apoio P7 (direita)

109 - a - b,nec = 109 - 30 - 52 = 27 cm > (25 / 2) = 12,5 cm


As duas barras de 16mm (N6 da figura 6.7) da primeira camada devem entrar
no mínimo 10 = 10x1,6 = 16 cm no pilar P7.

N7 = 10 + 582,5 + (20 - 2,5 - 3) + 1,5+ 8  = (16 + 582,5 + 13) + 8 + 13
= 611,5 + 8 + 13 ≈ 612 + 8 + 15 = 635 cm

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M = 25,2 kNm (boa aderência)


As,cal = 1,85 cm2 As,e = 2,45 cm2 (2  12,5 mm)

b,nec = 1,0x(37,67x1,25)x(1,85 / 2,45) ≈ 36* cm > b,min = 14 cm


a VSd,apoio 17,9x1,4
s,cal 
AP6  1,0  0,58 cm2 , levando-se 2  12,5 mm até P9
d fyd 43,5

b,nec = 1,0x(37,67x1,25)x(0,58 / 2,45) ≈ 11 cm < b,min = 14* cm (< 20 cm)

Apoio P7 (esquerda)

240 - a - b,nec = 240 - 40 - 36 = 164 cm > (25 / 2) = 12,5 cm

As duas barras de 12,5 mm (N4 da figura 6.7) devem entrar no mínimo 10  =


10x1,25 = 12,5 cm no pilar P7.

N5 = (20 - 2,5) + 415 + 10 = 17,5 + 415 + 12,5 = 445 cm

Figura 6.7 – Detalhamento da Viga V2

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VIGA V4 - 15/50

A viga V4 é uma viga isostática sobre dois apoios, descarregando nas


vigas V7 e V8. O esquema estrutural com as cargas, assim como os diagra-
mas de força cortante e de momento fletor, estão apresentados à esquerda
da figura 6.8.

peso próprio pp = 0,15x0,50x25 ≈ 1,88 kN/m


reação da alvenaria Ralv = 0,20x(2,95 - 0,5)x13 = 6,37 kN/m
reação da laje RL4 = 4,16 kN/m (Rg = 2,91 – Rq = 1,25)
carga total p = (1,88 + 6,37 + 2,91) + 1,25 = g + q
= 11,16 + 1,25 = 12,41 kN/m

R = p/ 2 = 12,41x6,10 / 2 = 37,9 kN


M = p2 / 8 = 12,41x6,102 / 8 = 57,7 kNm

Seção 15/50 cm2, d = 46 cm, (d/h) = 0,90  As,min = 0,15%Ac = 1,13 cm2

M = 57,7 kNm = 5770 kNcm

K = 0,168 < KL = 0,295 As = As1 = 4,45 cm2 A’s = 0


Adotar 4 12,5 mm (Ase = 4x1,227 = 4,91 cm2)

Vmax,face = 37,9 – 12,41x(0,15 / 2) = 37,0 kN


wd,max = 37,0x1,4 / (15x46) = 0,0751 kN/cm2 < c0 = 0,0769 kN/cm2
a = d = 46 cm, Asw = Asw,min = 0,103x15 = 1,55 cm2/m, (wd/wd2) < 0,67, smax = 27 cm

Considerando estribo simples (dois ramos)  (Asw/2) = 0,77 cm2/m

Adotando estribo  = 5 mm (0,196 cm2)  5 c/ 25 cm

a  VSd,apoio 37,9x1,4
s,cal 
A apoio  1,0  1,22 cm2
d f yd 43,5

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levando-se 2  12,5 mm até os apoios

b,nec,s/ gancho = 1,0x(37,67x1,25)x(1,22 / 2,45) ≈ 23* cm > b,min = 14 cm (> 15 cm)


b,nec,c/ gancho = 0,7xb,nec,s/ gancho = 0,7x23 = 16 cm > 15 cm

Por simplicidade e a favor da segurança as duas barras de 12,5 mm da primeira


camada, posição N3 da figura 6.8, vão ser levadas até aos extremos da viga onde
serão dobradas, com ponta reta maior que a mínima necessária, conforme figura 6.8.

Mr = 0,0075 b h2 (fck)2/3 = 0,0075x15x502x(25)2/3 = 2405 kNcm = 24,1 kNm

Ma = Mserv = pserv2 / 8 = (11,16 + 0,3x1,25)x6,102 / 8 = 11,54 x6,102 / 8 = 53,65 kNm


Ma > Mr, Estádio II, As = 4,91 cm2, A’s = 0,39 cm2, n = 9,66, n’ = 8,66
XII = 14,05 cm III = 62626 cm4 Ic = 156250 cm4 (Mr / Ma)3 = 0,091
Ecs = 2173,5 kN/cm2 EIeq = 2173,5x71146 = 1,55x108 kNcm2
 5x11,54 x6104 
  100 
f  2,46fi  2,46
 384x1,55x10 8
 

 
f = 2,46 fi = 2,46x{5x(11,54 / 100)x6104 / [384x(1,55x108)]} = 2,46x1,34
f = 3,30 cm > fadm = 610 / 250 = 2,44 cm

Aplicando, por exemplo, uma contra-flecha cf = 1 cm < cfmax = (610 / 350) = 1,74
cm a flecha final fica igual a 2,3 cm < 2,44 cm, OK!

Como a mesa está comprimida essa viga pode funcionar como viga de seção
L, em que bf = (15 + 0,10x610) = 76 cm, As = 4,11 cm2 (4  12,5mm = 4,91 cm2), A’s =
0, XII = 7,33 cm, III = 81328 cm4, Ic = 295892 cm4, Ieq = 100853 cm4,
EIeq = 2,19x108 kNcm2
f = 2,46x{5x(11,54 / 100)x6104 / [384x(2,19x108)]} = 2,46x0,95 = 2,34 cm
f = 2,34 cm < fadm = 610 / 250 = 2,44 cm OK!
Obs.: Esse exemplo mostra que quando se usa viga de seção retangular, a flecha só
é aceitável aplicando-se uma contra-flecha. Já quando se usa viga de seção L , nesse
caso da V4, a flecha já é aceitável mesmo sem aplicar a contra-flecha.
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Figura 6.8 – Diagramas e Detalhamento da Viga V4

VIGA V5 - 15/50

A viga V5 é uma viga sobre dois apoios, descarregando nos pilares P12 e P13.
O esquema estrutural com as cargas assim como os diagramas de força cortante e
de momento fletor estão apresentados à esquerda da figura 6.9.

peso próprio pp = 0,15x0,50x25 ≈ 1,88 kN/m


reação da alvenaria Ralv = 0,20x(2,95 - 0,5)x13 = 6,37 kN/m
reação da laje RL3 = 4,59 kN/m
carga total p = 1,88 + 6,37 + 4,59 = 12,84 kN/m

R = p/ 2 = 12,84x4,30 / 2 = 27,6 kN


M = p2 / 8 = 12,84x4,302 / 8 = 29,7 kNm

Seção 15/50 cm2, d = 46 cm, (d/h) = 0,90  As,min = 0,15%Ac = 1,13 cm2

Meng = p2 / 12 = 12,84x4,302 / 12 = 19,8 kNm

rsup = rinf = (20x203 / 12) / 295 = 45,2

rvig = (15x503 / 12) / 430 = 363,4

Mvig = 19,8x(2x45,2) / (363,4 + 2x45,2) = 3,9 kNm, Msup = Minf = 3,9 / 2 = 2,0 kNm

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M = 29,7 kNm = 2970 kNcm

K = 0,086 < KL = 0,295 As = As1 = 2,18 cm2 A’s = 0


Adotar 2 12,5 mm (Ase = 2x1,227 = 2,45 cm2)

VSd,max = 27,6x1,4 = 38,6 kN < Vc0 = 0,0769x15x46 = 53,1 kN a = d = 46 cm

wd,max = (27,6x1,4) / (15x46) = 0,0560 kN/cm2 < wd,min = 0,117 kN/cm2

Asw = Asw,min = 0,103x15 = 1,55 cm2/m (wd/wd2) < 0,67  smax = 27 cm

Considerando estribo simples (dois ramos) (Asw/2) = 0,77 cm2/m


Adotando estribo  = 5 mm (0,196 cm2)  5 c/ 25 cm

a VSd,apoio 27,6x1,4
s,cal 
A apoio  1,0  0,89 cm2 , levando-se 2 12,5 mm até os apoios
d fyd 43,5

b,nec = 1,0x(37,67x1,25)x(0,89 / 2,45) ≈ 17* cm > b,min = 14 cm (não precisa dobrar)

Mvig = 3,9 kNm = 390 kNcm

K = 0,011 < KL = 0,295 As = As1 = 0,28 cm2 < As,min = 1,13* cm2, A’s = 0
Adotar 2 8 mm (Ase = 2x0,503 = 1,01 cm2 ≈ 1,13 cm2)

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Figura 6.9 – Diagramas e Detalhamento da Viga V5

VIGA V6 - 15/50

peso próprio pp = 0,15x0,50x25 ≈ 1,88 kN/m


reação da alvenaria Ralv = 0,20x(2,95 - 0,5)x13 = 6,37 kN/m
reação das lajes RL1 = 3,85 kN/m
RL3 = 4,38 kN/m
cargas totais p1 = 1,88 + 6,37 + (RL3 = 4,38) = 12,63 kN/m

p2 = 1,88 + 6,37 + (RL1 = 3,85 = 12,10 kN/m

X = 20,8 kNm = 2080 kNcm

K = 0,060 < KL = 0,295 As = As1 = 1,50 cm2 > As,min = 1,13 cm2, A’s = 0
Adotar 2 10 mm (Ase = 2x0,785 = 1,57 cm2)

b,nec = 1,0x[(37,67x1,0) / 0,7]x(1,50 / 1,57) ≈ 51* cm > b,min = 16 cm

M = 16,1 kNm = 1610 kNcm

K = 0,047 < KL = 0,295 As = As1 = 1,15 cm2 > As,min = 1,13 cm2

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Adotar 2 10 mm (Ase = 2x0,785 = 1,57 cm2)

b,nec = 1,0x(37,67x1,0)x(1,15 / 1,57) ≈ 28* cm > b,min = 11 cm

M = 8,4* kNm = 840* kNcm

K = 0,024 < KL = 0,295 As = As1 = 0,60 cm2 < As,min = 1,13 cm2
Adotar 2 10 mm (Ase = 2x0,785 = 1,57 cm2)

b,nec = 1,0x(37,67x1,0)x(0,60 / 1,57) ≈ 14* cm > b,min = 11 cm

VSd,max = 30,5x1,4 = 42,7 kN < Vc0 = 0,0769x15x46 = 53,1 kN a = d = 46 cm

wd,max = (30,5x1,4) / (15x46) = 0,0619 kN/cm2 < wd,min = 0,117 kN/cm2

Asw = Asw,min = 0,103x15 = 1,55 cm2/m (wd/wd2) < 0,67  smax = 27 cm

Considerando estribo simples (dois ramos)  (Asw/2) = 0,77 cm2/m

Adotando estribo  = 5 mm (0,196 cm2)  5 c/25 cm

a  VSd,apoio 20,1x1,4
s,cal 
A P12  1,0  0,65 cm2 , levando-se 2 10 mm até os apoios
d f yd 43,5

b,nec = 1,0x(37,67x1,0)x(0,65 / 1,57) ≈ 16* cm > b,min = 11 cm

a  VSd,apoio 12,4x1,4
s,cal 
A P1  1,0  0,40 cm2 , levando-se 2 10 mm até os apoios
d f yd 43,5

b,nec = 1,0x(37,67x1,0)x(0,40 / 1,57) ≈ 10 cm < b,min = 11* cm

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Figura 6.10 – Diagramas da Viga V6

Figura 6.11 – Detalhamento da Viga V6

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VIGA V7 - a-15/50 e 12/50, b-12/50

peso próprio pp = 0,15x0,50x25 ≈ 1,88 kN/m


pp = 0,12x0,50x25 = 1,50 kN/m
reação da alvenaria Ralv = 0,20x(2,95 - 0,5)x13 = 6,37 kN/m
Ralv = 0,15x(2,95 - 0,5)x13 = 4,78 kN/m
reação das lajes RL1 = 6,68 kN/m RL1+L2 = 6,68 kN/m
RL2 = 0
RL3 = 7,58 kN/m RL3+L4 = 12,37 kN/m
RL4 = 4,79 kN/m
cargas totais p1 = pp+Alv.+RL3 = 1,88 + 6,37 + 7,58 = 15,83 kN/m
p2 = pp+Alv.+ RL3+L4 = 1,50 + 4,78 + 12,37 = 18,65 kN/m
p3 = pp+Alv.+ RL1+L2 = 1,50 + 4,78 + 6,68 = 12,96 kN/m
p4 = pp+ RL1+L2 = 1,50 + 6,68 = 8,18 kN/m

Figura 6.12 – Diagramas da viga V7


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X = 39,3 kNm = 3930 kNcm 12/50, d = 46 cm As,min = 0,9 cm2

K = 0,143 < KL = 0,295 As = As1 = 2,98 cm2 A’s = 0


Adotar 2 16 mm (Ase = 2x2,011 = 4,02 cm2)

b,nec = 1,0 x [(37,67x1,6) / 0,7]x(2,98 / 4,02) ≈ 64* cm > b,min = 26 cm

M = 48,8 kNm = 4880 kNcm 12/50, d = 46 cm As,min = 0,9 cm2

K = 0,177 < KL = 0,295 As = As1 = 3,79 cm2 A’s = 0


Adotar 2 16 mm (Ase = 2x2,011 = 4,02 cm2)

b,nec = 1,0x(37,67x1,6)x(3,79 / 4,02) ≈ 57* cm > b,min = 18 cm

M = 4,4* kNm = 440* kNcm 12/50, d = 46 cm As,min = 0,9 cm2

K = 0,016 < KL = 0,295 As = As1 = 0,31 cm2 < As,min = 0,90 cm2
Adotar 2 10 mm (Ase = 2x0,785 = 1,57 cm2)

b,nec = 1,0x(37,67x1,0)x(0,31 / 1,57) ≈ 8 cm < b,min = 11* cm

Pilar P13 (20 / 20) rup = rinf = 45,2 rvig = (15x503 / 12) / 419 = 372,9

Meng = 51,8 kNm Mvig = [90,4 / (90,4 + 372,9)]x51,8 = 10,1 kNm (As,min=1,13 cm2)
Msup = Minf = 10,1 / 2 = 5,1 kNm

Pilar P2 (30 / 20) rup = rinf = 67,8 rvig = (12x503 / 12) / 296 = 422,3

Meng = 7,9 kNm Mvig = [135,6 / (135,6 + 422,3)]x7,9 = 1,9 kNm (As,min= 0,90 cm2)
Msup = Minf = 1,9 / 2 = 1,0 kNm

Vmax = 57,3 kN Vmax,face = 57,3 - 0,20x18,53 = 53,6 kN


wd,max = [(53,6x1,4) / (12x46)] = 0,136 kN/cm2 < wd2 = 0,434 kN/cm2 OK!

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Asw = w bw = [100 (0,136 - 0,0769) / 39.15]x12 = 0,151x12 = 1,81 cm2/m

(wd/wd2) < 0,67  smax = 27 cm

Considerando estribo simples (dois ramos)  (Asw/2) = 0,90 cm2/m

Adotando estribo  = 5 mm (0,196 cm2)  5 c/ 21 cm

V = 55,8 kN Vface = 55,8 - 0,10x15,83 = 54,2 kN (15x50), d = 46 cm


wd = (54,2x1,4) / (15 x 46) = 0,110 kN/cm2 < wd,min = 0,117 kN/cm2

Asw = Asw,min = w,min bw = 1,76 cm2/m (wd/wd2) < 0,67  smax = 27 cm

Considerando estribo simples (dois ramos)  (Asw/2) = 0,88 cm2/m

Adotando estribo  = 5 mm (0,196 cm2)  5 c/ 22 cm

Apoio P13

a  VSd,max  55,8x1,4 a
   1,56  adotar   1
d  2VSd,max  Vc  255,8x1,4  0,0769x15x46 d

a VSd,apoio 55,8x1,4
s,cal 
AP13  1,0  1,80 cm2 , levando-se 2 16 mm até P13
d fyd 43,5

b,nec = 1,0x(37,67x1,6)x(1,80 / 4,02) ≈ 27* cm > b,min = 18 cm (> 20 cm)


b,nec,c/ gancho = 0,7b,nec,s/ gancho = 0,7x27 = 19 cm

Apoio P7

a  VSd,max  57,3x1,4 a
   1,06  adotar   1
d  2VSd,max  Vc  257,3x1,4  0,0769x12x46 d

Para VSd = 31,6x1,4 = 44,2 kN < Vc0 = 0,0769x12x46 = 42,4 kN a relação (a/d)
= 1.

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No vão “a”, o diagrama de momentos se anula a 78 cm do eixo do P7 (ver figura

6.12). Para o momento M = 48,8 kNm, conforme já calculado, b,nec = 57 cm e a relação

(a/d) = 1 para V = 57,3 kN. Portanto os 2 16 mm adotados (N4 da figura 6.13), para

combater M = 48,8 kNm, devem entrar no P7 o valor mínimo dado por: b,nec + a - (78
- 20) = 57 + 46 - 58 = 45 cm (a partir da sua face esquerda). No outro apoio desse vão
“a”, o pilar P13, como as barras N4 só podem entrar dentro dele no máximo (20 – 2,5)
= 17,5 cm, com ancoragem reta, deve-se usar ancoragem com gancho (90o), com

comprimento de ancoragem b,nec = 19 cm. As barras N4 da figura 6.13 ficam com o


comprimento (* os valores 12, 8, 15 são os mesmos mostrados no esquema de do-
bramento das barras de 16 mm, N6, da figura 6.7):

N4 = (12 + 8 + 15)* + 389 + 45 = 469 ≈ 470 cm

Armadura de suspensão

Conforme o item 18.3.6 da NBR 6118 “Nas proximidades de cargas concentra-


das transmitidas à viga por outras vigas ou elementos discretos que nela se apoiem
ao longo ou em parte de sua altura, ou fiquem nela pendurados, deve ser colocada
armadura de suspensão.”

A reação concentrada da viga V4 (RV4 = 37,9 kN) na viga V7 se dá ao longo da


altura das mesmas. Neste caso a armadura de suspensão As,susp = RV4,d / fyd = 37,9x1,4
/ 43,5 = 1,22 cm2. A distribuição dessa armadura deve acontecer tanto na viga suporte
(V7) quanto na viga apoiada (V4). Pelo menos 70% da armadura de suspensão deve
ser colocada na viga suporte, em um trecho de comprimento pelo menos igual à altura
(h) dessa viga, centrado no eixo da viga apoiada.

Dessa forma em um trecho de comprimento h = 50 cm, centrado no ponto de


aplicação da reação da V4, deve ser acrescentado [0,7xAs,susp] = 0,85 cm2 à armadura
de cisalhamento calculada para este ponto. Para uma força cortante V = 39,7 kN (di-
agrama de V na figura 6.12), wd = (39,7x1,4) / (15x46) = 0,081 kN/cm2, seção 15 / 50
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cm2 (antes da carga), a armadura de cisalhamento vale Asw,cal = wbw = [100(0,081 -


0,0769) / 39,15]x15 = 0,009x15 = 0,14 cm2/m (armadura por metro de comprimento da
viga).

Portanto no trecho de comprimento 50 cm, centrado no eixo da carga concen-


trada, deve ter uma armadura total (por metro de viga) dada por:

As,total = 2x(0,7xAs,susp) + Asw,cal = 2x0,85 + 0,14 = 1,84 cm2/m

Considerando estribo simples com bitola de 5 mm, fica (As,total / 2) = 0,92 cm2/m,
que implica em 5 c/ 21 cm, espaçamento menor que o encontrado para VP13 = 55,9
kN (c/ 25 cm). Como o trecho entre P13 e a carga concentrada é pequeno justifica-se
adotar neste trecho o estribo 5 c/ 21 cm.

A parte da armadura de suspensão que vai para a viga apoiada V4 (30%) vale As,susp
= 0,3x1,22 = 0,37 cm2, distribuída em um trecho de comprimento igual a metade da
altura de V4, a partir do eixo da V7. No cálculo da armadura de cisalhamento da V4 a
tensão wd,max, produzida pela reação RV4 = 37,9 kN, é igual a c0. Isto implica que a
armadura calculada Asw deveria ser teoricamente “zero”. A armadura mínima (As,min =
1,55 cm2/m), usada neste caso, absorve a armadura de suspensão As,susp = 0,37 cm2.

OBSERVAÇÕES SOBRE O CÁLCULO DA VIGA V7, V1 E V2

As cargas p3 = 12,96 Kn/M e p4 = 8,18 Kn/M do vão “b” da viga V7, na figura
6.12, foram obtidas levando-se em conta o seu peso próprio, a reação da alvenaria
(quando existir) e apenas a reação da laje L1 (6,68 kN/m), uma vez que a laje L2 foi
considerada armada em uma direção, conforme figura 5.2. As reações nos pilares
neste caso, conforme figura 6.12, valem RP13 = 55,8 kN, RP7 = 57,3 + 31,6 = 88,9 kN
e RP2 = 1,9 kN.

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Figura 6.13 – Detalhamento da viga V7

Considerando as reações da laje L2 conforme figura 5.3 (função das áreas dos
trapézios e retângulos, de acordo NBR 6118,) as novas cargas p3 e p4 serão acresci-
das da parcela RA1 = 9,01 kN/m (triângulo à esquerda do lado “a”), passando para os
valores p3 = 12,96 + 9,01 = 21,97 kN/m e p4 = 8,18 + 9,01 = 17,19 kN/m.

Recalculando a viga V7 com essas novas cargas obtêm-se:


RP13 = 54,9 kN (< 55,8), RP7 = 58,3 + 46,3 = 104,6 kN (> 88,9) e RP2 = 13,8 kN (> 1,9)
M1,max = 47,7 kNm (< 48,8) M2,max = 5,6 kNm (> 0,2) X = 43,4 kNm (> 39,3)

Para o novo momento negativo X = 43,4 kNm, a armadura calculada vale As,cal
= 3,33 cm2 menor que a armadura existente As,e = 4,02 cm2. O mesmo acontece para
M2,max no segundo vão com a armadura mínima.

A reação da viga V7 no pilar P13 ficou praticamente inalterada nos dois casos.
No pilar intermediário P7 a reação aumentou 15,7 kN (15%). No pilar P2 a reação
aumentou 11,9 kN (86%). Embora o último percentual seja muito elevado, quando se

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calcular também a viga V1, com as novas reações da laje L2 (figura 5.3), a nova rea-
ção de V1 em P2 deve diminuir, ficando a reação final no pilar P2 (RV1 + RV7) bem
próxima nas duas situações (ver tabela 6.1).

Quando se usa as reações da laje L2 da figura 5.3, tanto a V7 (já recalculada),


quanto as vigas V1 e V2 devem ser calculadas novamente, porque suas cargas foram
alteradas. No vão “b” da viga V1 (ver figura 6.2) as novas cargas p2 e p3 terão seus
valores diminuídos de (10,09 - 7,98) = 2,11 kN/m (diferença entre reações de L2 nas
figuras 5.2 e 5.3), resultando p2 = 18,34 - 2,11 = 16,23 kN/m e p3 = 14,31 - 2,11 =
12,20 kN/m. No vão “b” da viga V2 (ver figura 6.6) a carga p3 terá seu valor diminuído
de (16,82 - 11,62) = 5,20 kN/m (diferença entre reações de L2 nas figuras 5.2 e 5.3),
resultando p3 = 30,28 – 5,20 = 25,08 kN/m.

Recalculando V1 e V2 para a nova situação de carregamento resulta:

V1
RP1 = 18,4 kN (< 17,1), RP2 = 39,7 + 47.3 = 87,0 kN (< 95,3), RP3 = 53,1 kN (< 61,8)
M1,max = 12,8 kNm (> 11,1) M2,max = 31,9 kNm (< 38)
X1 = 47,0 kNm (< 52,5) X2 = 65,5 kNm (< 77,5)

V2
RP6 = 21,5 kN (< 17,1), RP7 = 62,2 + 90,1 = 152,3 kN (< 172,3), RP8 = 61,6 kN (< 75,1)
M1,max = 12,8 kNm (> 8,0) M2,max = 75,6 kNm (< 93,2)
X1 = 86,3 kNm (< 99,6)

A tabela 6.1 mostra a comparação das reações nos pilares P2 e P7 conside-


rando-se as duas formas distintas no cálculo das reações na laje L2 (figuras 5.2 e 5.3).
Observando-se as reações totais desses pilares na tabela 6.1, notam-se resultados
com diferença inferior a 4%, indicando que, no cálculo dos pilares, é irrelevante a
forma como foram determinadas as reações na laje L2. Eventualmente essa diferença
pode ser maior na flexão de vãos isolados das vigas.

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Tabela 6.1 - Comparação das reações nos pilares P2 e P7


(Unidade kN)
Pilar P2 Pilar P7
Reações em L2 Reações em L2 Reações em L2 Reações em L2
conforme figura conforme figura conforme figura conforme figura
5.2 5.3 5.2 5.3
Viga V1 Viga V1 Viga V2 Viga V2
RP2=41,0+54,3=95,3 RP2=39,7+47,3=87,0 RP7=64,2+108,1=172,3 RP7=62,2+90,1=152,3
Viga V7 Viga V7 Viga V7 Viga V7
RP2=1,9 RP2=13,8 RP7=57,3+31,6=88,9 RP7=58,3+46,3=104,6
Rtotal = 97,2 Rtotal = 100,8 Rtotal = 261,2 Rtotal = 256,9

VIGA V8 - 20/50 (ver figura 6.14)

peso próprio pp = 0,20x0,50x25 = 2,50 kN/m


reação da alvenaria Ralv = 0,25x(2,95 - 0,5)x13 = 7,96 kN/m
reação das lajes RL4 = 2,77 kN/m

cargas totais p1 = pp+Alv. = 2,50 + 7,96 = 10,46 kN/m


p2 = pp+Alv.+ RL4 = 2,50 + 7,96 + 2,77 = 13,23 kN/m

M = 49,5 kNm = 4950 kNcm 20/50, d = 46 cm As,min = 1,5 cm2

K = 0,108 < KL = 0,295 As = As1 = 3,67 cm2 A’s = 0


Adotar 2 16 mm (Ase = 2x2,011 = 4,02 cm2)

b,nec = 1,0x(37,67x1,6)x(3,67 / 4,02) ≈ 55* cm > b,min = 18 cm

Vmax = 51,5 kN, wd,max = (51,5x1,4) / (20x46) = 0,0784 kN/cm2 < wd,min = 0,117 kN/cm2

(a / d) = 1, Asw = Asw,min = 0,103x20 = 2,06 cm2/m, (wd/wd2) < 0,67  smax = 27 cm

Considerando estribo simples (dois ramos)  (Asw/2) = 1,03 cm2/m

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Adotando estribo  = 5 mm (0,196 cm2)  5 c/ 19 cm

Pilar P16 (20/20)


rsup = rinf = (20x203 / 12) / 295 = 45,2

rvig = (20x503 / 12) / 398,5 = 522,8

Meng = 38,1 kNm Mvig = 38,1x(2x45,2) / (522,8 + 2x45,2) = 5,6 kNm

Msup = Minf = 5,6 / 2 = 2,8 kNm

a VSd,apoio 51,5x1,4
s,cal 
A P16  1,0  1,66 cm2 , levando-se 2 16 mm até os apoios
d fyd 43,5

b,nec = 1,0x(37,67x1,6)x(1,66 / 4,02) ≈ 25* cm > b,min = 18 cm (> 20 - 2,5 = 17,5)


b,nec,c/ gancho = 0,7x25 = 17,5 cm

Pilar P16 (20/40)


rsup = rinf = (20x403 / 12) / 295 = 361,6

rvig = (20x503 / 12) / 398,5 = 522,8

Meng = 25,3 kNm Mvig = 25,3x(2x361,6) / (522,8 + 2x361,6) = 14,7 kNm

Msup = Minf = 14,7 / 2 = 7,3 kNm

a VSd,apoio 36,2x1,4
s,cal 
A P8  1,0  1,17 cm2 ,levando-se 2 16 mm até os apoios
d fyd 43,5

b,nec = 1,0x(37,67x1,6)x(1,17 / 4,02) ≈ 18* cm = b,min = 18 cm (> 20 - 2,5 = 17,5)

Mvig = 14,6 kNm = 1460 kNcm 20/50, d = 46 cm As,min = 1,5 cm2

K = 0,032 < KL = 0,295 As = As1 = 1,04 cm2 < As,min = 1,5* cm2
Adotar 2 10 mm (Ase = 2x0,785 = 1,57 cm2)

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b,nec = 1,0x[(37,67x1,0) / 0,7]x(1,04 / 1,57) ≈ 36* cm > b,min = 16 cm


(ancorar no P8 com gancho, 36 cm > 35 - 2,5 = 32,5 cm)

As,susp = RV4,d / fyd = 37,9x1,4 / 43,5 = 1,22 cm2

Para a força cortante V = 40,2 kN, na seção à esquerda do ponto de aplicação


da RV4, a tensão wd = (40,2x1,4) / (20x46) = 0,0612 kN/cm2 < c0 = 0,0769 kN/cm2, que
implica em armadura Asw,teórico = 0. Portanto a armadura total (cisalhamento e suspen-
são) no trecho h = 50cm, centrado na carga concentrada, é dada por:

As,total = 2x(0,7xAs,susp) + Asw = 2x(0,7x1,22) + 0 = 1,71 cm2/0,5m = 3,42 cm2/m

Considerando estribo simples (dois ramos)  (Asw/2) = 1,71 cm2/m

Adotando estribo  = 5 mm (0,196 cm2)  5 c/ 11 cm


TRECHO 1 – ( 5 c/ 11) 107,5 - 10 + h/2 = 122,5 cm a direita do P16

TRECHO 2 – ( 5 c/ 19) 371 - 122,5 = 248,5 cm a esquerda do P8

Figura 6.14 – Diagramas e detalhamento da viga V8

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VIGA V9 - 12/40

peso próprio pp = 0,12x0,40x25 = 1,2 kN/m


reação da alvenaria Ralv = 0,15x(2,95 - 0,5)x13 = 4,78 kN/m
reação das lajes RL2 = 2x0 = 0 (conforme figura 5.2)
RL2 = 2x9,43 = 18,86* kN/m (conforme figura 5.3)

carga total p = pp + Alv. + RL2 = 1,20 + 4,78 + 0 = 5,98 kN/m


p* = pp + Alv. + RL2 = 1,20 + 4,78 + 18,86 = 24,84 kN/m

R = 5,98x3,29 / 2 = 9,8 kN R* = 24,84x3,29 / 2 = 40,9 kN


M = 5,98x3,292 / 8 = 8,1 kNm M* = 24,84x3,292 / 8 = 33,6 kNm
Seção 12/40 cm2, d = 36 cm, (d/h) = 0,90  As,min = 0,72 cm2

M = 8,1 kNm = 810 kNcm

K = 0,048 < KL = 0,295 As = As1 = 0,74 cm2 > As,min = 0,72 cm2

Adotar 2 8 mm (Ase = 2x0,503 = 1,01 cm2)

b,nec = 1,0x(37,67x0,8)x(0,74 / 1,01) ≈ 22 cm > b,min = 9 cm

Vd,max = 9,8x1,4 = 13,7 kN < Vc0 = 0,0769x12x36 = 33,2 kN

 (a / d) = 1  Asw = Asw,min = 0,103x12 = 1,24 cm2/m

(wd/wd2) < 0,67  smax = 0,6x46 = 27 cm

Considerando estribo simples (dois ramos)  (Asw/2) = 0,62 cm2/m

Adotando estribo  = 5 mm (0,196 cm2)  5 c/ 31 cm > 27* cm

Pilar P3 (30/20)

Meng = p2 / 8 = 5,98x3,292 / 8 = 8,1 kNm

rsup = rinf = (30x203 / 12) / 295 = 67,8

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rvig = (12x403 / 12) / 329 = 194,5

Mvig = 8,1x(2x67,8) / (194,5 + 2 x 67,8) = 3.3 kNm

Msup = Minf = 3,3 / 2 = 1,7 kNm

a VSd,apoio 9,8x1,4
s,cal 
A apoio  1,0  0,32 cm2 , levando-se 2 8 mm até os apoios
d fyd 43,5

b,nec = 1,0x(37,67x0,8)x(0,32 / 1,01) ≈ 10* cm > b,min = 9 cm

OBSERVAÇÕES SOBRE O CÁLCULO DA V9

Calculando-se essa viga com as reações da laje L2 obtidas conforme figura 5.3
resulta: R* = 40,9 kN e M*max = 33,6 kNm. Estes novos valores são bem maiores que
os anteriores. A diferença considerável no cálculo à flexão é mostrada logo abaixo e
as reações nos pilares serão mostradas adiante, nas observações sobre a viga V3,
que serve de apoio para V9.

Para essa nova situação, a favor da segurança, o cálculo da viga V9 fornece:

M = 33,6 kNm = 3360 kNcm

K = 0,199 < KL = 0,295 As = As1 = 3,39* cm2 > As,min = 0,72 cm2

Adotar 2 16 mm (Ase = 2x2,011 = 4,02 cm2)

b,nec = 1,0x(37,67x1,6)x(3,39 / 4,02) ≈ 50* cm

V*max = 40,9 kN V*max,face = 40,9 - 0,10x24,84 = 38,4 kN (a / d) = 1

wd,max = 38,4x1,4 / 12x36 = 0,124 kN/cm2 < wd,2 = 0,434 kN/cm2 (OK!)
w = 0,121 > w,min  Asw = 0,121x12 = 1,45 cm2/m  smax = 27 cm

Considerando estribo simples (dois ramos)  (Asw/2) = 0,73 cm2/m

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Adotando estribo  = 5 mm (0,196 cm2)  5 c/ 27 cm = 27* cm

a VSd,apoio 40,9x1,4
s,cal 
A apoio  1,0  1,32 cm2 , levando-se 2 16 mm até os apoios
d fyd 43,5

b,nec = 1,0x(37,67x1,6)x(1,32 / 4,02) ≈ 20* cm > b,min = 18 cm

Pilar P3 (30/20)
M*eng = 33,6 kNm M*vig = 13,8 kNm Msup = Minf = 6,9 kNm

Mvig = 13,8 kNm = 1380 kNcm

K = 0,082 < KL = 0,295 As = As1 = 1,29* cm2 > As,min = 0,72 cm2
Adotar 2 10 mm (Ase = 2x0,785 = 1,57 cm2)

Figura 6.15 – Diagramas e detalhamento da viga V9


(Reações da laje L2 calculada conforme figura 5.3)

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VIGA V3 - 20/40

peso próprio pp = 0,20x0,40x25 = 2,00 kN/m


reação da alvenaria Ralv = 0,25x(2,95 - 0,5)x13 = 7,96 kN/m
reação das lajes RL2 = 16,82 (conforme figura 5.2)
RL2 = 11,62* kN/m (conforme figura 5.3)
Rescada = (9,00x3,91) / 2 = 17,60 kN/m
carga concentrada RV9 = 9,8 kN (conforme figura 5.2)
RV9 = 40,9* kN (conforme figura 5.3)

A reação da escada foi obtida considerando-a como uma viga simplesmente


apoiada em V3 e VE, e submetida a uma carga uniformemente distribuída pescada = 9
kN/m2 (valor médio para escadas residenciais). Esse valor será confirmado posterior-
mente.

carga total p = pp + Alv. + RL2 + Resc = 2,00 + 7,96 + 16,82 + 17,60 = 44,38 kN/m
p* = pp + Alv. + RL2 + Resc = 2,00 + 7,96 + 11,62 + 17,60 = 37,18 kN/m

R = (44,38x2,90 + 9,8) / 2 = 69,3 kN R* = = (37,18x2,90 + 40,9) / 2 = 74,4 kN


M = 44,38x2,902 / 8 + 9,8x2,9 / 4 = 53,8 kNm
M* = 37,18x2,902 / 8 + 40,9x2,9 / 4 = 68,7 kNm

Meng = 44,38x2,902 / 12 + 9,8x2,9 / 8 = 33,6 kNm


M*eng = 37,18x2,902 / 12 + 40,9x2,9 / 8 = 40,9 kNm

Seção 20/40 cm2, d = 36 cm, (d/h) = 0,90  As,min = 1,2 cm2

M = 53,8 kNm = 5380 kNcm

K = 0,191 < KL = 0,295 As = As1 = 5,39 cm2 > As,min = 1,2 cm2

Adotar 3 16 mm (Ase = 3x2,011 = 6,03 cm2)

b,nec = 1,0x(37,67x1,6)x(5,39 / 6,03) ≈ 54 cm > b,min = 18 cm

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M* = 68,7 kNm = 6870 kNcm

K = 0,244 < KL = 0,295 As = As1 = 7,16* cm2 > As,min = 1,2 cm2

Adotar 4 16 mm (Ase = 4x2,011 = 8,04 cm2)

b,nec = 1,0x(37,67x1,6)x(7,16 / 8,04) ≈ 54* cm > b,min = 18 cm

Vmax = 69,3 kN Vmax,face = 69,3 - 0,10x 44,38 = 64,9 kN (a / d) = 1

wd,max = 64,9x1,4 / 20x36 = 0,126 kN/cm2 < wd,2 = 0,434 kN/cm2 (OK!)
w = 0,126 > w,min  Asw = 0,126x20 = 2,52 cm2/m  smax = 27 cm

Considerando estribo simples (dois ramos)  (Asw/2) = 1,26 cm2/m

Adotando estribo  = 5 mm (0,196 cm2)  5 c/ 15 cm < 27 cm

V*max = 74,4 kN V*max,face = 74,4 - 0,10x37,18 = 70,7 kN (a / d) = 1

wd,max = 70,7x1,4 / 20x36 = 0,137 kN/cm2 < wd,2 = 0,434 kN/cm2 (OK!)
w = 0,155 > w,min  Asw = 0,155x20 = 3,09 cm2/m  smax = 27 cm

Considerando estribo simples (dois ramos)  (Asw/2) = 1,55 cm2/m

Adotando estribo  = 5 mm (0,196 cm2)  5 c/ 12* cm < 27 cm

Pilar P8 = P9 (20/35)
rsup = rinf = (35x203 / 12) / 295 = 79.10

rvig = (20x403 / 12) / 290 = 367,82

Meng = 33,6 kNm M*eng = 40,9 kNm

Mvig = 10,1 kNm (As,min=1,20 cm2) M*vig = 12,3 kNm (As,min=1,20 cm2)

Msup = Minf = 5,1 kNm M*sup = M*inf = 6,2 kNm

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a VSd,apoio 69,3x1,4
s,cal 
A apoio  1,0  2,23 cm2 , levando-se 2 16 mm até os apoios
d fyd 43,5

b,nec = 1,0x(37,67x1,6)x(2,23 / 4,02) ≈ 33 cm > b,min = 18 cm (ancorar c/ gancho)

a VSd,apoio 74,4x1,4
s,cal 
A apoio *
 1,0  2,39 cm2 , levando-se 2 16 mm até os apoios
d fyd 43,5

*b,nec = 1,0x(37,67x1,6)x(2,39 / 4,02) ≈ 36* cm > b,min = 18 cm (ancorar c/ gancho)

OBSERVAÇÕES SOBRE O CÁLCULO DA V3

A viga V3 foi calculada de duas formas distintas considerando-se o cálculo das


reações de apoio da laje L2, conforme as figuras 5.2 ou 5.3 (valores com asterisco*).

Da mesma forma que na viga V9, será considerada para a flexão as armaduras
obtidas, a favor da segurança, considerando-se as reações da figura 5.3. A tabela 6.2
compara as reações nos pilares P3 e P8 para os dois casos. A diferença fica abaixo
de 10% nas reações do P3 e de 5% no pilar P8.

Tabela 6.2 - Comparação das reações nos pilares P3 e P8


(Unidade kN)
Pilar P3 Pilar P8
Reações em L2 Reações em L2 Reações em L2 Reações em L2
conforme figura conforme figura conforme figura conforme figura
5.2 5.3 5.2 5.3
Viga V1 Viga V1 Viga V2 Viga V2
RP3=61,8x2=123,6 RP2=53,1x2=106,2 RP8= 75,1 RP8= 61,6
Viga V9 Viga V9 Viga V3 Viga V3
RP3= 9,8 RP2= 40,9 RP8= 69,3 RP8= 74,4
- - Viga V8 Viga V8
RP8= 36,2 RP8= 36,2
Rtotal = 133,4 Rtotal = 147,1 Rtotal = 180,6 Rtotal = 172,2

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Figura 6.16 – Diagramas e detalhamento da viga V3


(Reações da laje L2 calculada conforme figura 5.3)

7 - Cálculo dos pilares

7.1 - Cargas dos pilares

Para o cálculo e detalhamento dos pilares deve-se inicialmente determinar as


reações das vigas de um pavimento tipo. As cargas totais, desde a fundação até o
forro, são obtidas multiplicando as reações acima pelo número de pavimentos tipo,
mais as cargas dos outros pavimentos (forro, pilotis, fundação...).

A viga da escada VE - 20/40 está em um nível intermediário entre dois pavi-


mentos tipos. As cargas que atuam nesta viga são o peso próprio pp = 0,2 x0,4x25 = 2
kN/m, a carga de alvenaria palv = 0,25x2,45x13 = 7,96 kN/m e reação da escada Resc
= 17,60 kN/m (valor usado na viga V3) resultando uma carga uniformemente distribu-
ída p = 2,00 + 7,96 + 17,60 = 27,56 kN/m. A reação da VE nos pilares P16 = P17 vale
R = 27,56 x 2,90 / 2 = 40,0 kN (Meng = 19,3 kNm, Mvig = 3,8 kNm, Msup = Minf = 1,9
kNm). Como a escada vai do térreo até 3a laje, a reação da escada não deve ser
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considerada ente os níveis 8,85 (3a laje) e 11,80 (forro), conforme mostrado na tabela
7.2. Estes valores serão verificados adiante, no cálculo e detalhamento da escada.

As reações nos pilares do pavimento tipo estão apresentadas na tabela 7.1.

Tabela 7.1 - Reações nos pilares para um pavimento tipo


(Reações na L2 calculadas conforme figura 5.2)
Peso pró- Reações das vigas RTOTAL
PILAR
prio (kN) R (kN), M (kNm, em torno do eixo) (kN)
P1 = P5 17,1 (V1) + 12,4 (V6) = 29,5
2,95 32,5
20/20 Mx = 0,8 (V6), My = 2,2 (V1)
P2 = P4 97,2 (V1 + V7) – (ver tabela 6.1)
4,43 101,6
30/20 Mx = 1,0 (V7), My = 0 (V1)
P3 133,4 (V1 + V9) – (ver tabela 6.2)
4,43 137,8
30/20 Mx = 6,9 (V9), My = 0 (V1)
P6 = P11 17,9 (V2) + (25,6+30,5) (V6) = 74,0
2,95 77,0
20/20 Mx = 0 (V6), My = 3,5 (V2)
P7 = P10 261,8 (V2 + V7) – (ver tabela 6.1)
5,90 267,7
20*/40 Mx = 0 (V7), My = 0 (V2)
P8 = P9 75,1 (V2)+36,2 (V8)+69,3 (V3) = 180,6
5,16 185,8
20/35 Mx=7,3(V8), My = -16,1(V2)+5,1(V3)=-11,0
P12=P15 27,6 (V5) + 20,1 (V6) = 47,7
2,95 50,7
20/20 Mx = 1,6 (V6), My = 2,0 (V5)
P13 = P14 27,6 (V5) + 55,8 (V7) = 83,4
2,95 86,4
20/20 Mx = 5,1 (V7), My = 2,0 (V5)
P16 = P17 51,5 (V8) + 40,0 (VE) = 91,5
2,95 94,5
20/20 Mx = 2,8 (V8), My = 1,9 (VE)
(*) - o pilar P7 reduz de 25/40 para 20/40 no nível do primeiro pavimento tipo.

O peso próprio dos pilares, tomando como exemplo o pilar P7 (20*/40), é feito
da seguinte forma:
pp = (0,2x0,4x2,95)x25 = 5,90 kN

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Comparando-se os valores da tabela 7.1 com os da tabela 3.1 (cargas obtidas


por área de influência) nota-se que a diferença máxima fica em torno de 20%. Essa
diferença é aceitável quando se faz um pré-dimensionamento para a determinação
das seções iniciais dos pilares.

Para o cálculo das cargas verticais dos pilares considera-se em cada nível, a
soma das cargas dos níveis superiores. Para efeito do cálculo das armaduras, as car-
gas em todos os níveis serão consideradas iguais, inclusive as do forro (4a laje),
mesmo sabendo que as mesmas são menores que a do pavimento tipo. Dessa forma
foi construída a tabela 7.2.

Os pilares serão calculados a partir do nível do forro até o térreo, começando


com os pilares com a menor dimensão (20/20), em ordem decrescente de solicitação.
Com este procedimento evitam-se cálculos desnecessários nos pilares cujas solicita-
ções sejam inferiores às correspondentes à armadura mínima.

De acordo com a classificação do pilar em função de sua posição relativa em


planta, conforme forma do pavimento tipo, figura (3.1), destacam-se:
 os pilares de canto P1 = P5, P12 = P15 e P13 = P14;
 os pilares de borda ou fachada P2 = P4, P3 e P6 = P11,
 pilar interno P7.

Essa classificação dos pilares deve-se à simplificação introduzida no cálculo


das vigas, consideradas contínuas e desprezando-se a solidariedade entre as mes-
mas e os pilares internos. Nos pilares extremos essa solidariedade é considerada
conforme figura 6.1. Dessa forma os pilares de canto estão submetidos à flexão oblí-
qua composta, os de borda estão submetidos à flexão normal composta e o interno à
compressão centrada, embora no dimensionamento, este último seja calculado à fle-
xão normal composta.

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Tabela 7.2 - Solicitações nos pilares (descida de cargas)

Níveis (Elevações em metro “m”)


Unidades: N (kN), M (kNm, em torno do eixo)
Pilares
Forro à 3a laje 3a à 2ª laje 2a à 1ª laje 1a laje ao térreo
El. 11,80 à 8,85 El. 8,85 à 5,90 El. 5,90 à 2,95 El. 2,95 à -0,05
P1 = P5 N=32,5 N=65,0 N=97,5 N=130,0
20/20 Mx=0,8 My=2,2 Mx=0,8 My=2,2 Mx=0,8 My=2,2 Mx=0,8 My=2,2
P2 = P4 N=101,6 N=203,2 N=304,8 N=406,4
30/20 Mx=1,0 My=0 Mx=1,0 My=0 Mx=1,0 My=0 Mx=1,0 My=0
P3 N=137,8 N=275,6 N=413,4 N=551,2
30/20 Mx=6,9 My=0 Mx=6,9 My=0 Mx=6,9 My=0 Mx=6,9 My=0
P6 = P11 N=77,0 N=154,0 N=231,0 N=308,0
20/20 Mx=0 My=3,5 Mx=0 My=3,5 Mx=0 My=3,5 Mx=0 My=3,5
P7 = P10 N=267,7 N=535,4 N=803,1 N=1070,8
VAR*/40 Mx=0 My=0 Mx=0 My=0 Mx=0 My=0 Mx=0 My=0
P8 = P9** N=185,8+60=245,8 N=431,6 N=617,4 N=803,2
20/35 Mx=7,3 My=11,0 Mx=7,3 My=11,0 Mx=7,3My=11,0 Mx=7,3 My=11,0
P12 = P15 N=50,7 N=101,4 N=152,1 N=202,8
20/20 Mx=1,6 My=2,0 Mx=1,6 My=2,0 Mx=1,6 My=2,0 Mx=1,6 My=2,0
P13 = P14 N=86,4 N=172,8 N=259,2 N=345,6
20/20 Mx=5,1 My=2,0 Mx=5,1 My=2,0 Mx=5,1 My=2,0 Mx=5,1 My=2,0
P16=P17** N=54,5+60=114,5 N=114,5+94,5=209 N=303,5 N=398,0
20/20 Mx=2,8 My=1,9 Mx=2,8 My=1,9 Mx=2,8 My=1,9 Mx=2,8 My=1,9
(*) - 25/40 do térreo à 1a laje e 20/40 nos demais trechos
(**) - Pilares da caixa d’água (60 kN)

Deve-se ressaltar que no pilar interno P7 os momentos transmitidos pelas vigas


V2 e V7 são desprezados. No entanto, devido à redução deste pilar, a partir da pri-
meira laje, de 25/40 para 20/40, deve ser considerado neste trecho (térreo à 1a laje) o
momento devido à excentricidade da carga vertical N = 803,1 kN, correspondente às
3 lajes superiores, resultando o momento My = 803,1x0,025 = 20,1 kNm.

Embora os pilares da caixa d’água P8 = P9 sejam internos, serão calculados à


flexão oblíqua composta devido à falta de continuidade das vigas V2 e V3.

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Na tabela 7.2 os momentos dos pilares Mx (momento em torno do eixo x) e My


(momento em torno do eixo y) estão representados no sistema de coordenadas glo-
bais. No dimensionamento, conforme NBR 6118, o momento M é o momento obtido
pelo produto da força normal pela excentricidade na direção , ou seja, Mx = N ex e
My = N ey. Dessa forma, para o dimensionamento, os momentos Mx e My serão consi-
derados de forma contrária ao mostrado na tabela 7.2.

7.2 - Dimensionamento dos pilares

P16 = P17 - 20/20 El. 11,80 à El. 8,85 (forro à 3a laje)

N = 114,5 kN Mx,eixo = My,NBR-6118 = 2,8 kNm My,eixo = Mx,NBR-6118 = 1,9 kNm


Mx,A = - Mx,B = 1,9 kNm  eix = 190 / 114,5 = 1,66 cm
My,A = - My,B = 2,8 kNm  eiy = 280 / 114,5 = 2,45 cm

Seções extremas do pilar

Mid,x = 1,4xMi,x = 1,4x190 = 266 kNcm


M1dx,min = Nd(1,5 + 0,03hx) = 114,5x1,4(1,5 + 0,03x20) = 160,3x2,1 = 337 kNcm
Como Mid,x < M1dx,min adotar Mxd = M1dx,min = 337 kNcm  ex = 2,10 cm

Mid,y = 1,4 x Mi,x = 1,4x280 = 392 kNcm


M1dy,min = Nd(1,5 + 0,03hy) = 114,5x1,4(1,5 + 0,03x20) = 160,3x2,1 = 337 kNcm
Como Mid,y > M1dy,min adotar Myd = Mid,y = 392 kNcm  ey = eiy = 2,45 cm

Usando-se o ábaco de flexão oblíqua composta do Prof. Venturini (pag. 144)


para 4 barras longitudinais e relação d’/h = (2,5 + 0,5 + 1,0/2) / 20 = 0,175 ≈ 0,15:

d = Nd / Acfcd = 114,5x1,4 / (20x20x2,5/1,4) = 0,22


xd = d (ex / hx) = 0,22x2,10 / 20 = 0,024 =0
yd = d (ey / hy) = 0,22x2,45 / 20 = 0,027

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As = As,min = 0,15(Nd/fyd) = 0,15 x 114,5x1,4 / 43,5 = 0,55 cm2 < 0,4% Ac = 1,6* cm2

Para bitola mínima de 10 mm  Ase = 4x0,785 = 3,15 cm2 (4  10 mm)

Seção intermediária

Direção X

ex 
Mdx, tot
Nd
com  
Mdx, tot  Nd e * eimp  Nd e 2x

MA M M Hi 1 1
e*  0,6  0,4 B  0,4 A , eimp  θ1 , com θ1  
N N N 2 100 Hi 200

e* = 0,6(190/114,5) + 0,4(-190/114,5) = 0,33 cm < 0,4(190/114,5) = 0,66* cm


1 = [1 / (100x2,951/2)] = (1 / 172) = 0,0058 > (1/200) = 0,0050*
eimp = 0,0050x(2,95 / 2) = 0,0074 m = 0,74 cm
Nd(e* + eimp) = 114,5x1,4(0,66 + 0,74) = 225 kNcm < M1dx,min = 337* kNcm

x = 3,46e / hx = 3,46x295 / 20 = 51,03


Como Mid,x < M1dx,min  b = 1,0
(e1x / hx) = 1,66 / 20 = 0,08
e 
25  12,5 1 
λ1   h   25  12,5x0,08  26,04  35 *
αb 1,0

Como x = 51,03 > 1 = 35 a excentricidade de 2a ordem e2x ≠ 0


Nd 114,5x1,4
ν   0,22  0,50 *
A c fcd 20x20x2,5 1,4

1 0,005 0,005
   0,00025
r hν  0,5 200,5  0,5

  2e   1 2952
e2       0,00025  2,18 cm
 10   r  10
 
 
Mdx,tot  Nd e * eimp  Nd e2x = 337 + 114,5x1,4x2,18 = 686,5 kNcm ex = 4,28 cm

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Direção Y

ey 
Mdy,tot
Nd
com  
Mdy,tot  Nd e * eimp  Nd e2y

MA M M Hi 1 1
e*  0,6  0,4 B  0,4 A , eimp  θ1 , com θ1  
N N N 2 100 Hi 200

e* = 0,6(280/114,5) + 0,4(-280/114,5) = 0,49 cm < 0,4(280/114,5) = 0,98* cm


1 = [1 / (100x2,951/2)] = (1 / 172) = 0,0058 > (1/200) = 0,0050*
eimp = 0,0050x(2,95/2) = 0,0074 m = 0,74 cm
Nd(e* + eimp) = 114,5x1,4(0,98 + 0,74) = 275 kNcm < M1dy,min = 337* kNcm

y = 3,46e / hy = 3,46x295 / 20 = 51,03


Como Mid,y > M1dy,min o valor de b é dado por:

M   280 
αb  0,60  0,40 B   0,60  0,4   0,2  0,40 *
 MA   - 280 
(e1y / hy) = 2,45 / 20 = 0,12
e 
25  12,5 1 
λ1   h   25  12,5x0,12  66,33
αb 0,4

Como y = 51,03 < 1 = 66,33 a excentricidade de 2a ordem e2y = 0


 
Md,tot  Nd e * eimp  Nd e2y = 337 + Nd (0) = 337 kNcm ey = 2,10 cm

d = Nd / Acfcd = 114,5x1,4 / (20x20x2,5/1,4) = 0,22


xd = d (ex / hx) = 0,22x4,28 / 20 = 0,047 =0
yd = d (ey / hy) = 0,22x2,10 / 20 = 0,023

As = As,min = 0,15(Nd/fyd) = 0,15x114,5x1,4 / 43,5 = 0,55 cm2 < 0,4% Ac = 1,6* cm2

Para bitola mínima de 10 mm  Ase = 4x0,785 = 3,15 cm2 (4  10 mm)

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P16 = P17 - 20/20 El. 8,85 à El. 5,90 (3a à 2a laje)

N = 209,0 kN
Mx,A = - Mx,B = 1,9 kNm  eix = 190 / 209,0 = 0,91 cm
My,A = - My,B = 2,8 kNm  eiy = 280 / 209,0 = 1,34 cm

Seções extremas do pilar

Mid,x = 266 kNcm < M1dx,min = 209,0x1,4(1,5 + 0,03x20) = 614 kNcm


Como Mid,x < M1dx,min adotar Mxd = M1dx,min = 614 kNcm  ex = 2,10 cm
Mid,y = 392 kNcm < M1dy,min = 614 kNcm
Como Mid,y < M1dy,min adotar Myd = M1dy,min = 614 kNcm  ey = 2,10 cm
d = 209,0x1,4/(20x20x2,5/1,4) = 0,41 ≈ 0,4, xd = yd = 0,41x2,10 / 20 = 0,043
 = 0 (pag. 144), As = As,min = 0,15x209,0x1,4/43,5 = 1,01 cm2 < 1,6* cm2

Seção intermediária

Direção X
e* = 0,6(190/209,0) + 0,4(-190/209,0) = 0,18 cm < 0,4(190/209,0) = 0,36* cm
1 = (1/200) = 0,0050* eimp = 0,0050x(2,95/2) = 0,0074 m = 0,74 cm
Nd(e* + eimp) = 209,0x1,4(0,36 + 0,74) = 323 kNcm < M1dx,min = 614* kNcm
x = 3,46x295 / 20 = 51,03, como Mid,x < M1dx,min  b = 1
25  12,5x0,05
(e1x / hx) = 0,91 / 20 = 0,05 λ1   25,63  35 *
1,0

Como x = 51,03 > 1 = 35 e2x ≠ 0


 = 0,41 < 0,5* (1/r) = 0,005 / 20x1 e2x = (2952/10)(0,005/20) = 2,18 cm
Mdx,tot = 614 + 209,0x1,4x2,18 = 1252 kNcm  ex = 4,28 cm

Direção Y
e* = 0,6(280/209,0) + 0,4(-280/209,0) = 0,27 cm < 0,4(280/209,0) = 0,54* cm
1 = (1/200) = 0,0050* eimp = 0,0050x(2,95/2) = 0,0074 m = 0,74 cm

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Nd(e* + eimp) = 209,0x1,4(0,54 + 0,74) = 373 kNcm < M1dy,min = 614* kNcm
y = 3,46x295 / 20 = 51,03, como Mid,y < M1dy,min  b = 1
25  12,5x0,07
(e1y / hy) = 1,34 / 20 = 0,07 λ1   25,84  35 *
1,0

Como x = 51,03 > 1 = 35 e2y ≠ 0

 = 0,41 < 0,5* e2y = (2952/10)(0,005/20) = 2,18 cm


Mdy,tot = 614 + 209,0x1,4x2,18 = 1252 kNcm  ey = 4,28 cm

d = 0,41 xd = yd = 0,41x4,28 / 20 = 0,088  = 0,18 (pag. 144)


As =  Ac fcd / fyd = 0,18x400x(2,5/1,4) / 43,5 = 2,96* cm2
As,min = 0,15x209,0x1,4 / 43,5 = 1,01 cm2 < 0,4% Ac = 1,6 cm2

Adotar 410 mm  (Ase = 4x0,785 = 3,14 cm2)

P16 = P17 - 20/20 El. 5,90 à El. 2,95 (2a à 1a laje)

N = 303,5 kN
Mx,A = - Mx,B = 1,9 kNm  eix = 190 / 303,5 = 0,63 cm < e1dx,min = 2,10 cm
My,A = - My,B = 2,8 kNm  eiy = 280 / 303,5 = 0,92 cm < e1dy,min = 2,10 cm

Seções extremas do pilar

ex = e1dx,min = 2,10 cm ey = e1dy,min = 2,10 cm

d = 303,5x1,4/(20x20x2,5/1,4) = 0,59, xd = yd = 0,59x2,10 / 20 = 0,062


 = 0 (pag. 144) As = As,min = 0,15x303,5x1,4/43,5 = 1,47 cm2 < 0,4% Ac = 1,6* cm2

Seção intermediária
Direção X
e* = 0,6x0,63 + 0,4x(-0,63) = 0,13 cm < 0,4x0,63 = 0,25* cm
1 = (1/200) = 0,0050* eimp = 0,0050x(295/2) = 0,74 cm
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(e* + eimp) = (0,25 + 0,74) = 0,99 cm < e1dx,min = 2,10 cm


x = 51,03, como Mid,x < M1dx,min  b = 1
25  12,5x0,03
(e1x / hx) = 0,63 / 20 = 0,03 λ1   25,39  35 *
1,0

Como x = 51,03 > 1 = 35 e2x ≠ 0


 = 0,59* > 0,50 e2x = (2952/10)(0,005/1,09x20) = 2,00 cm
Mdx,tot = 303,5x1,4x(2,10 + 2,00) = 1742 kNcm  ex = 4,10 cm

Direção Y
e* = 0,6x0,92 + 0,4x(-0,92) = 0,18 cm < 0,4x0,92 = 0,37* cm
1 = (1/200) = 0,0050* eimp = 0,005x(295/2) = 0,74 cm
(e* + eimp) = (0,37 + 0,74) = 1,11 < e1dy,min = 2,10 cm
y = 51,03, como Mid,y < M1dy,min  b = 1
25  12,5x0,05
(e1y / hy) = 0,92 / 20 = 0,05 λ1   25,61 35 *
1,0

Como y = 51,03 > 1 = 35 e2y ≠ 0


 = 0,59* > 0,50 e2y = (2952/10)(0,005/1,09x20) = 2,00 cm
Mdy,tot = 303,5x1,4x(2,10 + 2,00) = 1742 kNcm  ey = 4,10 cm

d = 0,59 xd = yd = 0,59x4,10 / 20 = 0,12  = 0,42 (pag. 144)


As = 0,42x400x(2,5/1,4) / 43,5 = 6,90* cm2 > As,min = 1,6 cm2
Adotar 416 mm (Ase = 4x2,011 = 8,04 cm2)

Se fosse adotado o ábaco com 8 barras longitudinais:  = 0,60 (pag. 146)


As = 0,60x400x(2,5/1,4) / 43,5 = 9,85* cm2 > As,min = 1,6 cm2
Adotar 812,5 mm (Ase = 8x1,227 = 9,82 cm2)

P16 = P17 - 20/20 El. 2,95 à El. -0,05 (1a laje ao térreo)

N = 398,0 kN

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Mx,A = - Mx,B = 1,9 kNm  eix = 190 / 398,0 = 0,48 cm < e1dx,min = 2,10 cm
My,A = - My,B = 2,8 kNm  eiy = 280 / 398,0 = 0,70 cm < e1dy,min = 2,10 cm

Seções extremas do pilar

ex = e1dx,min = 2,10 cm ey = e1dy,min = 2,10 cm

d = 398x1,4/(20x20x2,5/1,4) = 0,78, xd = yd = 0,78x2,10 / 20 = 0,082


 = 0,3 (pag. 145) As = 0,30x400x(2,5 / 1,4) / 43,5 = 4,93 cm2 > As,min = 1,92 cm2

Seção intermediária
Direção X
e* = 0,6x0,48 + 0,4x(-0,48) = 0,10 cm < 0,4x0,48 = 0,19* cm
1 = 0,0050* eimp = 0,005x(300/2) = 0,75 cm
(e* + eimp) = (0,19 + 0,75) = 0,94 cm < e1dx,min = 2,10 cm
x = 3,46x300 / 20 = 51,90, como Mid,x < M1dx,min  b = 1
25  12,5x0,024
(e1x / hx) = 0,48 / 20 = 0,024 λ1   25,30  35 *
1,0

Como x = 51,90 > 1 = 35 e2x ≠ 0


 = 0,78* > 0,50 e2x=(3002/10)(0,005/1,28x20) = 1,76 cm
Mdx,tot = 398x1,4x(2,10 + 1,76) = 2151 kNcm  ex = 3,86 cm

Direção Y
e* = 0,6x0,70 + 0,4x(-0,70) = 0,14 cm < 0,4x0,70 = 0,28* cm
1 = 0,0050* eimp = 0,005x(300/2) = 0,75 cm
(e* + eimp) = (0,28 + 0,75) = 1,03 cm < e1dy,min = 2,10 cm
x = 3,46x300 / 20 = 51,90, como Mid,x < M1dx,min  b = 1
25  12,5x0,035
(e1x / hx) = 0,70 / 20 = 0,035 λ1   25,44  35 *
1,0

Como y = 51,90 > 1 = 35 e2y ≠ 0


 = 0,78* > 0,50 e2y=(3002/10)(0,005/1,28x20) = 1,76 cm

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Mdx,tot = 398x1,4x(2,10 + 1,76) = 2151 kNcm  ex = 3,86 cm

d = 0,78 xd = yd = 0,78x3,86 / 20 = 0,15  = 0,72 (pag. 145)


As = 0,72x400x(2,5/1,4) / 43,5 = 11,82* cm2 > As,min = 1,92 cm2
Adotar 420 mm (Ase = 4x3,142 = 12,57 cm2)
Para essa armadura adotada, a taxa geométrica de armadura na seção trans-
versal desse pilar é dada por: s = 12,57 / 400 = 3,14%.

Se fosse adotado o ábaco com 8 barras longitudinais:  = 0,83 (pag. 147)


As = 0,83x400x(2,5/1,4) / 43,5 = 13,63* cm2 > As,min = 1,92 cm2
Adotar 816 mm (Ase = 8x2,011 = 16,09 cm2, s = 4,02%)

Os pilares P16=P17 apresentaram no primeiro lance uma taxa de armação


igual ao limite estabelecido de na NBR 6118, s = 8% / 2 = 4%, válido numa região de
traspasse das armaduras. Seria recomendável aumentar a seção do pilar neste tre-
cho.

O comprimento de traspasse para barras comprimidas segundo a NBR


6118:2014 é dado pela equação (6.10), 0c = b,nec  0c,min, onde 0c,min é o maior dos

três valores: 0,6 b, 15 ou 20 cm. Adotou-se, a favor da segurança, no detalhamento

dos pilares o valor 0c = b, dado na tabela 6.3. Dessa forma para fck = 25 MPa obtém-
se 40 cm, 50 cm, 65 cm e 80 cm, para as bitolas de 10 mm, 12,5 mm, 16 mm e 20
mm, respectivamente.

Usando-se t ≥ 0,25  o espaçamento dos estribos deve ser maior ou igual a

s ≥ 12, resultando 12x1 = 12 cm para  = 10 mm, 12x1,25 = 15 cm para  = 12,5 mm,


12x1,6 = 19 cm para  = 16mm e 12x2 = 24 cm > 20* cm (menor dimensão da seção)
para  = 20 mm.

Os pilares P16 = P17 estão detalhados na figura 7.1.

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Figura 7.1 – Pilares P6 = P11 – Armação

P13 = P14 - 20/20 El. 11,80 à El. 8,85 (forro à 3a laje)

N = 86,4 kN
Mx,A = - Mx,B = 2,0 kNm  eix = 200 / 86,4 = 2,31* cm > ex,min = 2,1 cm
My,A = - My,B = 5,1 kNm  eiy = 510 / 86,4 = 5,90* cm > ey,min = 2,1 cm

Seções extremas do pilar


d = 86,4x1,42/(20x20x2,5) = 0,17

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xd = 0,17x2,31 / 20 = 0,020 yd = 0,17x5,90 / 20 = 0,050


  = 0 (pag. 144) no ábaco (com 4) para d = 0,2.

As = As,min = 0,15x86,4x1,4 / 43,5 = 0,42 cm2 < 1,6* cm2


Adotar 410 mm (Ase = 4x0,785 = 3,14 cm2)

Seção intermediária
Direção X
e* = 0,4x2,31 = 0,92 cm, eimp = 0,74 cm, (e* + eimp) = 1,66 cm < ex,min = 2,1* cm
Nd(e* + eimp) = 86,4x1,4x2,10 = 254 kNcm
x = 51,03, como Mid,x > M1dx,min  b = 0,4
25  12,5x0,116
(e1x / hx) = 2,31 / 20 = 0,116 λ1   66,11
0,40
Como x = 51,03 < 1 = 66,11 e2x = 0
Mdx,tot = 254 + 0 = 254 kNcm  ex = 2,10 cm

Direção Y
e*=0,4x5,90 = 2,36 cm, eimp = 0,74 cm, (e* + eimp) = 3,10*cm > ex,min = 2,1 cm
Nd(e* + eimp) = Ndx3,1 = 375* kNcm
y = 51,03, como Mid,y > M1dy,min  b = 0,4
25  12,5x0,295
(e1y / hy) = 5,90 / 20 = 0,295 λ1   71,72
0,4
Como x = 51,03 < 1 = 71,72 e2y = 0
Mdx,tot = 375 + 0 = 375 kNcm  ey = 3,10 cm

d = 0,17 xd = 0,17x2,10 / 20 = 0,018 yd = 0,17x3,10 / 20 = 0,026


  = 0 (pag. 144) no ábaco com 4 para d = 0,2.

As = As,min = 0,15x86,4x1,4 / 43,5 = 0,42 cm2 < 1,6* cm2


Adotar 410 mm (Ase = 4x0,785 = 3,14 cm2)

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P13 = P14 - 20/20 El. 8,85 à El. 5,90 (3a à 2a laje)

N = 172,8 kN
Mx,A = - Mx,B = 2,0 kNm  eix = 200 / 172,8 = 1,16 cm < ex,min = 2,1* cm
My,A = - My,B = 5,1 kNm  eiy = 510 / 172,8 = 2,95* cm > ey,min = 2,1 cm

Seções extremas do pilar

ex = ex,min = 2,10 cm ey = 2,95 cm

d = 172,8x1,42/(20x20x2,5) = 0,34
xd = 0,34x2,10 / 20 = 0,036 yd = 0,34x2,95 / 20 = 0,050
  = 0 (pag. 144) no ábaco (com 4) tanto para d = 0,2 quanto para d = 0,4.

As = As,min = 0,15x172,8x1,4 / 43,5 = 0,83 cm2 < 1,6* cm2


Adotar 410 mm (Ase = 4 x 0,785 = 3,14 cm2)

Seção intermediária
Direção X
e*=0,4x1,16 = 0,46 cm, eimp = 0,74 cm, (e* + eimp) = 1,20 cm < ex,min = 2,1* cm
x = 51,03, como Mid,x < M1dx,min  b = 1,0
25  12,5x0,058
(e1x / hx) = 1,16 / 20 = 0,058 λ1   25,73  35 *
1,0

Como x = 51,03 > 1 = 35 e2x ≠ 0

 = 0,34 < 0,50* e2x = (2952/10)(0,005/1,0x20) = 2,18 cm

 ex = 2,10 + 2,18 = 4,28 cm

Direção Y
e*=0,4x2,95 = 1,18 cm, eimp = 0,74 cm, (e* + eimp) = 1,92 cm < ey,min = 2,1* cm

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y = 51,03, como Mid,y > M1dy,min  b = 0,4


25  12,5x0,148
(e1y / hy) = 2,95 / 20 = 0,148 λ1   67,11
0,4
Como x = 51,03 < 1 = 67,11 e2y = 0
 ey = 2,10 + 0 = 2,10 cm

d = 0,34 xd = 0,34x4,28 / 20 = 0,073 yd = 0,34x2,10 / 20 = 0,036


  = 0,05 no ábaco com 4 para d = 0,2 para d = 0,34

=0 no ábaco com 4 para d = 0,4   = 0,04

As = 0,04x400x(2,5/1,4) / 43,5 = 0,66 cm2 < 1,6* cm2

Adotar 410 mm (Ase = 4x0,785 = 3,14 cm2)

P13 = P14 - 20/20 El. 5,90 à El. 2,95 (2a à 1a laje)

N = 259,2 kN
Mx,A = - Mx,B = 2,0 kNm  eix = 200 / 259,2 = 0,77 cm < ex,min = 2,1* cm
My,A = - My,B = 5,1 kNm  eiy = 510 / 259,2 = 1,97 cm < ey,min = 2,1* cm

Seções extremas do pilar

ex = ex,min = 2,10 cm ey = ey,min = 2,10 cm

d = 259,2x1,42/(20x20x2,5) = 0,51
xd = yd = 0,51x2,10 / 20 = 0,053
  = 0 (pag. 144) no ábaco (com 4) tanto para d = 0,4 quanto para d = 0,6.

As = As,min = 0,15x259,2x1,4 / 43,5 = 1,25 cm2 < 1,6* cm2


Adotar 410 mm (Ase = 4 x 0,785 = 3,14 cm2)

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Seção intermediária
Direção X
e*=0,4x0,77 = 0,31 cm, eimp = 0,74 cm, (e* + eimp) = 1,05 cm < ex,min = 2,1* cm
x = 51,03, como Mid,x < M1dx,min  b = 1,0
25  12,5x0,039
(e1x / hx) = 0,77 / 20 = 0,039 λ1   25,48  35 *
1,0

Como x = 51,03 > 1 = 35 e2x ≠ 0

 = 0,51* > 0,50 e2x = (2952/10)(0,005/1,01x20) = 2,15 cm

 ex = 2,10 + 2,15 = 4,25 cm


Direção Y
e*=0,4x1,97 = 0,79 cm, eimp = 0,74 cm, (e* + eimp) = 1,53 cm < ex,min = 2,1* cm
y = 51,03, como Mid,y < M1dy,min  b = 1
25  12,5x0,099
(e1y / hy) = 1,97 / 20 = 0,099 λ1   26,23  35 *
1,0

Como y = 51,03 > 1 = 35 e2y ≠ 0

 = 0,51* > 0,50 e2y = 2,15 cm

 ey = 2,10 + 2,15 = 4,25 cm

d = 0,51 xd = yd = 0,51x4,25 / 20 = 0,108


  = 0,25 no ábaco com 4 para d = 0,4 para d = 0,51

  = 0,42 no ábaco com 4 para d = 0,6   = 0,34

As = 0,34x400x(2,5/1,4) / 43,5 = 5,58* cm2 > 1,6 cm2

Adotar 416 mm (Ase = 4x2,011 = 8,04 cm2)

Para o ábaco com 8, obtém-se:

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d = 0,51 xd = yd = 0,108


  = 0,30 no ábaco com 8 para d = 0,4 para d = 0,51
  = 0,48 no ábaco com 8 para d = 0,6   = 0,40

As = 0,40x400x(2,5/1,4) / 43,5 = 6,57* cm2 > 1,6 cm2

Adotar 810 mm (Ase = 8x0,785 = 6,28 cm2)

P13 = P14 - 20/20 El. 2,95 à El. -0,05 (1a laje ao térreo)

N = 345,6 kN
Mx,A = - Mx,B = 2,0 kNm  eix = 200 / 345,6 = 0,58 cm < ex,min = 2,1* cm
Mx,A = - Mx,B = 5,1 kNm  eiy = 510 / 345,6 = 1,48 cm < ey,min = 2,1* cm

Seções extremas do pilar

ex = ex,min = 2,10 cm ey = ey,min = 2,95 cm

d = 345,6x1,42/(20x20x2,5) = 0,68
xd = yd = 0,68x2,10 / 20 = 0,071

  = 0,09 (pag. 144) no ábaco com 4 para d = 0,6 para d = 0,68


  = 0,25 (pag. 145) no ábaco com 4 para d = 0,8   = 0,15

As = 0,15x400x(2,5 / 1,4)/43,5 = 2,46* cm2 > As,min = 0,15x345,6x1,4/43,5 = 1,67* cm2


Adotar 410 mm (Ase = 4 x 0,785 = 3,14 cm2, s = 0,79%)

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Seção intermediária
Direção X
e* = 0,4x0,58 = 0,23 cm, eimp = 0,75 cm, (e* + eimp) = 0,98 cm < ex,min = 2,1* cm
y = 3,46x300 / 20 = 51,90, como Mid,x < M1dx,min  b = 1
25  12,5x0,029
(e1x / hx) = 0,58 / 20 = 0,029 λ1   25,36  35 *
1,0
Como x = 51,03 > 1 = 35 e2x ≠ 0
 = 0,68* > 0,50 e2y = (3002/10)(0,005/1,18x20) = 1,91 cm

 ex = 2,10 + 1,91 = 4,01 cm

Direção Y
e*=0,4x1,48 = 0,59 cm, eimp = 0,75 cm, (e* + eimp) = 1,34 cm < ey,min = 2,1* cm
y = 51,90, como Mid,y < M1dy,min  b = 1,0
25  12,5x0,074
(e1y / hy) = 1,48 / 20 = 0,074 λ1   25,93  35 *
1,0
Como y = 51,90 > 1 = 35 e2y ≠ 0
 = 0,68* > 0,50 e2y = (3002/10)(0,005/1,18x20) = 1,91 cm

 ey = 2,10 + 1,91 = 4,01 cm

d = 0,68 xd = yd = 0,68x4,01 / 20 = 0,136


  = 0,50 (pag. 144) no ábaco com 4 para d = 0,6 para d = 0,68
  = 0,62 (pag. 144) no ábaco com 4 para d = 0,8   = 0,55

As = 0,55x400x(2,5/1,4) / 43,5 = 9,03* cm2 > 1,67 cm2

Adotar 420 mm (Ase = 4x3,142 = 12,57 cm2, s = 3,14%)

Para o ábaco com 8, obtém-se:


d = 0,68 xd = yd = 0,136
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  = 0,60 (pag. 146) no ábaco com 8 para d = 0,6 para d = 0,68


  = 0,70 (pag. 147) no ábaco com 8 para d = 0,8   = 0,64
As = 0,64x400x(2,5/1,4) / 43,5 = 10,51* cm2 > 1,67 cm2

Adotar 816 mm (Ase = 8x2,011 = 16,09 cm2, s = 4,02%)

A figura 7.2 apresenta o detalhamento dos pilares P13 = P14.

Figura 7.2 – Pilares P13 = P14 - Armação


Os próximos pilares em ordem decrescente, com seção transversal 20/20 e que
são classificados como pilares de canto, são os pilares P12 = P15. Nesses pilares a
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força normal e os momentos são menores que os esforços que solicitam os pilares
P13 = P14, que já foram detalhados com a armadura mínima, ou seja, 4 10 mm.
Dessa forma, os pilares P12 = P15 devem ser calculados apenas nos dois pavimentos
inferiores.

P12 = P15 - 20/20 El. 5,90 à El. 2,95 (2a à 1a laje)

N = 152,1 kN
Mx,A = - Mx,B = 2,0 kNm  eix = 200 / 152,1 = 1,31 cm < ex,min = 2,1* cm
My,A = - My,B = 1,6 kNm  eiy = 160 / 152,1 = 1,05 cm < ey,min = 2,1* cm

Seções extremas do pilar

ex = ex,min = 2,10 cm ey = ey,min = 2,10 cm

d = 152,1x1,42/(20x20x2,5) = 0,30
xd = yd = 0,30x2,10 / 20 = 0,032
  = 0 (pag. 144) no ábaco com 4 tanto para d = 0,2 quanto para d = 0,4

As = As,min = 0,15x152,1x1,4 / 43,5 = 0,73 cm2 < 1,6* cm2


Adotar 410 mm (Ase = 4x0,785 = 3,14 cm2)

Seção intermediária
Direção X
e*=0,4x1,31 = 0,52 cm, eimp = 0,74 cm, (e* + eimp) = 1,26 cm < ex,min = 2,1* cm
y = 51,03 como Mid,yx < M1dx,min  b = 1
25  12,5x0,027
(e1x / hx) = 0,53 / 20 = 0,027 λ1   25,33  35 *
1,0

Como x = 51,03 > 1 = 35 e2x ≠ 0

 = 0,30 < 0,50* e2x = (2952/10)(0,005/20) = 2,18 cm


 ex = 2,10 + 2,18 = 4,28 cm
Direção Y

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e*=0,4x1,05 = 0,42 cm, eimp = 0,74 cm, (e* + eimp) = 1,16 cm < ey,min = 2,1* cm
y = 51,03 como Mid,y < M1dy,min  b = 1,0
25  12,5x0,053
(e1y / hy) = 1,06 / 20 = 0,053 λ1   25,66  35 *
1,0

Como y = 51,03 > 1 = 35 e2y ≠ 0

 = 0,30 < 0,50* e2y = 2,18 cm

 ey = 2,10 + 2,18 = 4,28 cm

d = 0,30 xd = yd = 0,30x4,28 / 20 = 0,064


  = 0,03 (pag. 144) no ábaco com 4 para d = 0,2 para d = 0,30
=0 pag. 144) no ábaco com 4 para d = 0,4   = 0,02

As = 0,02x400x(2,5/1,4) / 43,5 = 0,33 cm2 < 1,6* cm2

Adotar 410 mm (Ase = 4x0,785 = 3,14 cm2)

P12 = P15 - 20/20 El. 2,95 à El. -0,05 (1a laje ao térreo)

N = 202,8 kN
Mx,A = - Mx,B = 2,0 kNm  eix = 200 / 202,8 = 0,99 cm < ex,min = 2,1* cm
My,A = - My,B = 1,6 kNm  eiy = 160 / 202,8 = 0,79 cm < ey,min = 2,1* cm

Seções extremas do pilar

ex = ex,min = 2,10 cm ey = ey,min = 2,10 cm

d = 202,8x1,42/(20x20x2,5) = 0,40
xd = yd = 0,40x2,10 / 20 = 0,042
  = 0 (pag. 144) no ábaco com 4 tanto para d = 0,4

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As = As,min = 0,15x202,8x1,4 / 43,5 = 0,98 cm2 < 1,6* cm2


Adotar 410 mm (Ase = 4x0,785 = 3,14 cm2)

Seção intermediária
Direção X
e*=0,4x0,99 = 0,40 cm, eimp = 0,75 cm, (e* + eimp) = 1,15 cm < ex,min = 2,1* cm
y = 51,90 como Mid,yx < M1dx,min  b = 1
25  12,5x0,050
(e1x / hx) = 0,99 / 20 = 0,050 λ1   25,63  35 *
1,0
Como x = 51,90 > 1 = 35 e2x ≠ 0
 = 0,40 < 0,50* e2x = (3002/10)(0,005/20) = 2,25 cm
 ex = 2,10 + 2,25 = 4,35 cm
Direção Y
e*=0,4x0,79 = 0,32 cm, eimp = 0,75 cm, (e* + eimp) = 1,07 cm < ey,min = 2,1* cm
y = 51,90 como Mid,y < M1dy,min  b = 1,0
25  12,5x0,040
(e1y / hy) = 0,79 / 20 = 0,040 λ1   25,49  35 *
1,0

Como y = 51,90 > 1 = 35 e2y ≠ 0

 = 0,40 < 0,50* e2y = 2,25 cm

 ey = 2,10 + 2,25 = 4,35 cm

d = 0,40 xd = yd = 0,40x4,35 / 20 = 0,087


  = 0,18 (pag. 144) no ábaco com 4 para d = 0,4

As = 0,18x400x(2,5/1,4) / 43,5 = 2,96* cm2 > 1,6 cm2

Adotar 410 mm (Ase = 4x0,785 = 3,14 cm2)

Portanto os pilares P12 = P15 terão uma armadura constante de 410 mm em


toda a sua extensão, ou seja, da El. -0,05 até a El. 11,80.

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Da mesma forma os pilares P1 = P5 estão automaticamente calculados, com


410 mm em toda extensão, tendo em vista que tem a mesma seção, o mesmo tipo
de solicitação (flexão oblíqua composta-FOC, pilar de canto), porém com valores in-
feriores aos P12 = P15. Já os pilares P6 = P11, tem a mesma seção mas são pilares
de borda, estando submetidos à flexão normal composta (FNC).

P6 = P11 - 20/20 El. 2,95 à El. -0,05 (1a laje ao térreo)

N = 308 kN d = 308x1,42 / (20x20x2,5) = 0,60


Mx,A = - Mx,B = 3,5 kNm  eix = 350 / 308 = 1,14 cm < ex,min = 2,1* cm
My,A = - My,B = 0  eiy = 0 < ey,min = 2,1* cm

Direção X (direção da excentricidade inicial)

Seção intermediária
e* = 0,4x1,14 = 0,32 cm, eimp = 0,75 cm, (e* + eimp) = 1,07 cm < ex,min = 2,1* cm
x = 51,90, como Mid,x < M1dx,min  b = 1,0
25  12,5x0,057
(e1x / hx) = 1,14 / 20 = 0,057 λ1   25,71 35 *
1,0

Como x = 51,90 > 1 = 35 e2x ≠ 0


d = 0,60 e2y = (3002/10)(0,005/1,1x20) = 2,05 cm
 ex = 2,10 + 2,05 = 4,15 cm

d = 0,60 xd = 0,60x4,15 / 20 = 0,125 yd = 0

Flexão normal composta é equivalente a uma flexão oblíqua composta em que


um dos momentos é nulo.
  = 0,15 (pag. 144) no ábaco com 4 para d = 0,6
As = 0,15x400x(2,5/1,4)/43,5 = 2,46* cm2 > 1,6 cm2

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Adotar 410 mm (Ase = 4x0,785 = 3,14 cm2)

Direção Y (direção onde não existe excentricidade inicial)

Seção intermediária
Como Mdy = 0 e a excentricidade e2y = e2x = 2,05 cm, resulta:

 ey = 2,10 + 2,05 = 4,15 cm

As = 2,46* cm2 > 1,6 cm2


Adotar 410 mm (Ase = 4x0,785 = 3,14 cm2)

A flexão normal composta na direção “x” resultou em uma armadura constituída


por 410 mm. Na direção y, onde não há excentricidade, o cálculo à flexão normal

composta, de acordo com o que determina a NBR 6118, resultou também em 410
mm, os mesmos já existentes no cálculo anterior, não necessitando, portanto, de ar-
madura complementar.

Os cálculos das armaduras acima foram feitos usando-se o ábaco de flexão


oblíqua, com o momento reduzido yd = 0, ou seja, os mesmos foram calculados à
flexão normal composta (FNC), que é a solicitação deste pilar. O cálculo da armadura
para a direção “x”, seção intermediária, será feito a seguir usando-se o dimensiona-
mento à FNC com armaduras distintas (capítulo 12, concreto II), com armaduras si-
métricas pelo programa FNCAS (flexão normal composta, armadura simétrica) e tam-
bém com o ábaco de FNC (Montoya).

FNC com armaduras distintas - (Tepedino)

N = 308 kN, Nd=431,2 kN, Mdx = 431,2x4,15 = 1789 kNcm,


hx = hy = 20 cm, d’ = 3 cm (d’/h = 0,15*, relação usada nos ábacos de FOC)
Caso 1

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 20 
1789  431,2 17  
K  2 
 0,548  K   0,295  K'  K 
1,518x20x172

A s1 
 
1,518x20x17 1- 1- 2x0,295  431,2
 5,64 cm2
43,5
 1,518x20x17  0,548  0,295 
A s2      3,65 cm2
 43,5  1  3 17 
As = As1 + As2 = - 5,64 + 3,65 < 0  Passar ao caso 2
Caso 2

 431,220 2  3   1789
y  3  32  2   12,49  h  20 cm
 1,518x20 

(d’/d) = 3/17 = 0,18 < 2 = 0,259 e

(y/d’) = 12,49 / 3 = 4,16 > 0,137(17/3) + 0,663 = 1,44  =1


As = 0
431,2  1,518x20x12,49
A's   1,20 cm2
1,0x43,5

Duplicando a maior entre as armaduras As ou A’s, para ter armadura simétrica,


resulta a armadura total As,tot = 2x1,20 = 2,40 cm2, praticamente igual ao cálculo ante-
rior, As,tot = 2,46 cm2, feito com o auxílio do ábaco.

FNC com armaduras simétricas - (FNCAS)

N = 308 kN, Nd=431,2 kN, Mdx = 431,2x4,15 = 1789 kNcm,


hx = hy = 20 cm, d’ = 3 cm (d’/h = 0,15*, relação usada nos ábacos de FOC)

Com esses dados o programa FNCAS fornece:


x = 15,90 cm,As = A’s = 1,12 cm2 As,total = 2x1,12 = 2,24 cm2 4 10 mm

Ábaco de FNC (Montoya) com armaduras simétricas (d’/h) = 0,15

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Esse ábaco fornece o valor da taxa mecânica de armação  = 0,15, dando a


mesma armadura total que no cálculo do ábaco de FOC (Venturini), com yd = 0.

Os pilares P12 = P14, P6 = P11 e P1 = P5 tem a mesma armadura e estão


detalhados na figura 7.3.

Figura 7.3 – Pilares P1 = P5 = P6 = P11 = P12 = P15 – Armação

P3 - 30/20 El. 11,80 à El. 8,85 (forro à 3a laje)

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N = 138,3 kN
Mx,A = - Mx,B = 0  eix = 0 < ex,min = (1,5 + 0,03x30) = 2,4* cm
My,A = - My,B = 6,90 kNm  eiy = 690 / 138,1 = 5,00* cm > ey,min = 2,1 cm
d = 138,3x1,42 / (30x20x2,5) = 0,18

Direção Y (direção da excentricidade inicial) hy = 20 cm

Seção intermediária

e*=0,4x5,0 = 2,0 cm, eimp = 0,74 cm, (e* + eimp) = 2,74* cm > ey,min = 2,1 cm
y = 51,03, como Mid,y > M1dy,min  b = 0,4
25  12,5x0,25
(e1y / hy) = 5 / 20 = 0,25 λ1   70,42
0,4

Como y = 51,03 < 1 = 70,42 e2y = 0

 ey = 2,74 + 0 = 2,74 cm

d = 0,18 yd = 0,18x2,74 / 20 = 0,025 xd = 0

=0 no ábaco com 4 para d = 0,2

As = As,min = 0,15x138,3x1,4 / 43,5 = 0,67 cm2 < 0,4%xAc = 0,4%x30x20 = 2,4* cm2

Adotar 410 mm (Ase = 4x0,785 = 3,14 cm2)

Direção X (direção onde não existe excentricidade inicial) hx = 30 cm

Seção intermediária

x = 3,46x295 / 30 = 34,02 < 1,min = 35*  e2x = 0


 ex = 2,4 + 0 = 2,4 cm

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d = 0,18 xd = 0,18x2,4 / 30 = 0,014 yd = 0


=0 no ábaco com 4 para d = 0,2.
As = As,min = 0,67 cm2 < 0,4% Ac = 2,4* cm2

Adotar 410 mm (Ase = 4x0,785 = 3,14 cm2)

A armadura existente no cálculo anterior atende a verificação na direção onde


não há momento aplicado (excentricidade nula).

P3 - 30/20 El. 8,85 à El. 5,90 (3a à 2a laje)

N = 276,6 kN
Mx,A = - Mx,B = 0  eix = 0 < ex,min = 2,4* cm
My,A = - My,B = 6,90 kNm  eiy = 690 / 276,6 = 2,49* cm > ey,min = 2,1 cm

Direção Y (direção da excentricidade inicial) hy = 20 cm


d = 276,6x1,42 / (30x20x2,5) = 0,36

Seção intermediária

e*=0,4x2,49 = 1,00 cm, eimp = 0,74 cm, (e* + eimp) = 1,74 cm < ey,min = 2,1* cm
y = 51,03, como Mid,y < M1dy,min  b = 1,0
25  12,5x0,125
(e1y / hy) = 2,49 / 20 = 0,125 λ1   26,56  35 *
1,0

Como y = 51,03 > 1 = 35 e2y ≠ 0


d = 0,36 < 0,50* e2y = (2952/10)(0,005/20) = 2,18 cm

 ey = 2,10 + 2,18 = 4,28 cm


d = 0,36 yd = 0,36x4,28 / 20 = 0,077 (d’/h = 0,15) xd = 0 (d’/b = 0,10)

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  = 0 (pag. 128) no ábaco com 4 tanto para d = 0,4 quanto para d = 0,2

As = As,min = 0,15x276,2x1,4 / 43,5 = 1,33 cm2 < 0,4% Ac = 2,4* cm2

Adotar 410 mm (Ase = 4x0,785 = 3,14 cm2)

Direção X (direção onde não existe excentricidade inicial) hx = 30 cm

Seção intermediária

x = 3,46x295 / 30 = 34,02 < 1,min = 35*  e2x = 0


 ex = 2,4 + 0 = 2,4 cm

d = 0,36 xd = 0,36x2,4 / 30 = 0,029 (d’/b=0,10) yd = 0 (d’/h=0,15)


  = 0 (pag. 128) no ábaco com 4 para d = 0,4d = 0,4.
As = As,min = 0,15x276,6x1,4 / 43,5 = 1,34 cm2 < 0,4% Ac = 0,4%x30x20 = 2,4* cm2

Adotar 410 mm (Ase = 4 x 0,785 = 3,14 cm2, s = 0,52%)

A armadura existente no cálculo anterior atende a verificação na direção onde


não há momento aplicado (excentricidade nula).

P3 - 30/20 El. 5,90 à El. 2,95 (2a à 1a laje)

N = 414,9 kN (As,min = 0,15x414,3x1,4 / 43,5 = 2,0 cm2 < 0,4% Ac = 2,4* cm2)
Mx,A = - Mx,B = 0  eix = 0 < ex,min = 2,4* cm
My,A = - My,B = 6,90 kNm  eiy = 690 / 414,9 = 1,66 cm < ey,min = 2,1* cm

Direção Y (direção da excentricidade inicial) hy = 20 cm


d = 414,9x1,42 / (30x20x2,5) = 0,54
Seção intermediária

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e*=0,4x1,66 = 0,6 cm, eimp = 0,74 cm, (e* + eimp) = 1,40 cm < ey,min = 2,1* cm
y = 51,03, como Mid,y < M1dy,min  b = 1,0
25  12,5x0,083
(e1y / hy) = 1,66 / 20 = 0,083 λ1   26,04  35 *
1,0

Como y = 51,03 > 1 = 35 e2y ≠ 0

d = 0,54* > 0,50 e2y = (2952/10)(0,005/1,04x20) = 2,09 cm


 ey = 2,10 + 2,09 = 4,19 cm

d = 0,54 yd = 0,54x4,19 / 20 = 0,113 (d’/h = 0,15) xd = 0 (d’/b = 0,10)


  = 0,05 (pag. 128) no ábaco com 4 para d = 0,4 para d = 0,54
  = 0,10 (pag. 128) no ábaco com 4 para d = 0,6   = 0,09

As = 0,09x600x(2,5/1,4) / 43,5 = 2,22 cm2 < 0,4% Ac = 2,4* cm2

Adotar 410 mm (Ase = 4x0,785 = 3,14 cm2)

Direção X (direção onde não existe excentricidade inicial) hx = 30 cm

Seção intermediária
x = 3,46x295 / 30 = 34,02 < 1,min = 35*  e2x = 0
 ex =2,4 + 0 = 2,4 cm

d = 0,54 xd = 0,54x2,4 / 30 = 0,043 (d’/b = 0,10) yd = 0 (d’/h = 0,15)


  = 0 (pag. 128) no ábaco com 4 tanto para d = 0,4 quanto para d = 0,6

As = As,min = 2,0 cm2 < 0,4% Ac = 2,4* cm2


Adotar 410 mm

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A armadura existente no cálculo anterior, 410 mm, atende a verificação na


direção onde não há momento aplicado (excentricidade nula).

P3 - 30/20 El. 2,95 à El. -0,05 (1a laje ao térreo)

N = 553,2 kN (As,min = 0,15x553,2x1,4 / 43,5 = 2,67* cm2 > 0,4% Ac = 2,4 cm2)
Mx,A = - Mx,B = 0  eix = 0 < ex,min = 2,4* cm
My,A = - My,B = 6,90 kNm  eiy = 690 / 553,2 = 1,25 cm < ey,min = 2,1* cm

Direção Y (direção da excentricidade inicial) hy = 20 cm


d = 553,2x1,42 / (30x20x2,5) = 0,72

Seção intermediária

e*=0,4x1,25 = 0,50 cm, eimp = 0,75 cm, (e* + eimp) = 1,25 cm < ey,min = 2,1* cm
25  12,5x0,063
(e1y / hy) = 1,25 / 20 = 0,063 λ1   25,79  35 *
1,0

Como y = 51,90 > 1 = 35 e2y ≠ 0


d = 0,72* > 0,50 e2y = (3002/10)(0,005/1,22x20) = 1,84 cm
 ey = 2,10 + 1,84 = 3,94 cm

d = 0,72 yd = 0,72x3,94 / 20 = 0,142 (d’/h=0,15) xd = 0 (d’/b=0,10)


  = 0,20 (pag. 128) no ábaco com 4 para d = 0,6 para d = 0,72
  = 0,38 (pag. 129) no ábaco com 4 para d = 0,8   = 0,31

As = 0,31x30x20x(2,5/1,4) / 43,5 = 7,64* cm2 > As,min = 2,67 cm2

Adotar 416 mm (Ase = 4x2,011 = 8,04 cm2)

Dimensionando à FNC usando o programa FNCAS, obtém-se:

104
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2x2 16 mm (4 16 mm) - Ase = 8,04 cm2


X = 17,02 cm As1 = As2 = 3,51 cm2
2x3 12,5 mm (6 12,5 mm) - Ase = 7,36 cm2


Direção X (direção onde não existe excentricidade inicial) hx = 30 cm

Seção intermediária

x = 3,46x300 / 30 = 34,60 < 1,min = 35*  e2x = 0


 ex = 2,4 + 0 = 2,4 cm

d = 0,72 xd = 0,72x2,4 / 30 = 0,058 (d’/b=0,10) yd = 0 (d’/h=0,15)


  = 0 (pag. 128) no ábaco com 4 para d = 0,6 para d = 0,72
  = 0,12 (pag. 129) no ábaco com 4 para d = 0,8   = 0,07

As = 0,07x600x(2,5/1,4) / 43,5 = 1,72 cm2 < As,min = 2,67* cm2

A armadura existente no cálculo anterior (416 mm ou 612,5 mm) atende a


verificação na direção onde não há momento aplicado (excentricidade nula).

105
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Figura 7.4 – Pilar P3 - Armação

P2 = P4 - 30/20 El. 2,95 à El. -0,05 (1a laje ao térreo)

Estes pilares estão submetidos a cargas inferiores ao pilar P3 e apresenta


mesma seção transversal e mesmo tipo de solicitação. No cálculo anterior, o pilar P3
apresentou armadura mínima nos três níveis superiores (do forro até a 1a laje). Isto
implica que os pilares P2 = P4 também terão armadura mínima nestes três trechos.
Portanto o cálculo dos pilares P2 = P4 só é necessário entre os níveis da primeira laje
ao térreo.

106
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N = 406,4 kN
Mx,A = - Mx,B = 0  eix = 0 < ex,min = (1,5 + 0,03x30) = 2,4* cm
My,A = - My,B = 1,0 kNm  eiy = 100 / 406,4 = 0,25 cm < ey,min = 2,1* cm

Direção Y (direção da excentricidade inicial) hy = 20 cm


d = 406,4x1,42 / (30x20x2,5) = 0,53

Seção intermediária

e*=0,4x0,25 = 0,10 cm, eimp = 0,75 cm, (e* + eimp) = 0,85 cm < ey,min = 2,1* cm
y = 51,90, como Mid,y < M1dy,min  b = 1,0
25  12,5x0,013
(e1y / hy) = 0,25 / 20 = 0,013 λ1   25,16  35 *
1,0

Como y = 51,90 > 1 = 35 e2y ≠ 0


d = 0,53 > 0,50 e2y = (3002/10)(0,005/1,03x20) = 2,18 cm
 ey = 2,10 + 2,18 = 4,28 cm

d = 0,53 yd = 0,53x4,28 / 20 = 0,113 (d’/h = 0,15) xd = 0 (d’/b = 0,10)


  = 0,05 (pag. 128) no ábaco com 4 para d = 0,4 para d = 0,54
  = 0,10 (pag. 128) no ábaco com 4 para d = 0,6   = 0,09

As = 0,09x600x(2,5/1,4) / 43,5 = 2,22 cm2 < 0,4% Ac = 2,4* cm2

Adotar 410 mm (Ase = 4x0,785 = 3,14 cm2)

Direção X (direção onde não existe excentricidade inicial) hx = 30 cm

Seção intermediária

x = 3,46x300 / 30 = 34,60 < 1,min = 35*  e2x = 0


 ex = 2,4 + 0 = 2,4 cm

107
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Projeto
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d = 0,53 xd = 0,53x2,4 / 30 = 0,042 (d’/b=0,10) yd = 0 (d’/h=0,15)


=0 no ábaco com 4 tanto para d = 0,4 quanto para d = 0,6.

A armadura existente no cálculo anterior (410 mm) atende a verificação na


direção onde não há momento aplicado (excentricidade nula).

Figura 7.5 – Pilares P2 = P4 - Armação

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P8 = P9 - 20/35 El. 11,80 a El. 8,85 (forro a 3a laje)

N = 245,8 kN
Mx,A= -Mx,B = 11,0 kNm eix= 1100 / 245,8 = 4,48* cm > ex,min= 2,1 cm
My,A= -My,B = 7,3 kNm eiy= 730 / 245,8 = 2,97* cm > ey,min= (1,5+0,03x35)=2,55 cm

Seções extremas do pilar


d = 245,8x1,42/(20x35x2,5) = 0,28
xd = 0,28x4,48 / 20 = 0,063 (d’/b=0,15) yd = 0,28x2,97 / 35 = 0,024 (d’/h=0,10)
=0 no ábaco (com 4) tanto para d = 0,2 quanto para d = 0,4

As = As,min = 0,15x245,8x1,4 / 43,5 = 1,19 cm2 < 0,4% Ac = 2,8* cm2

Adotar 410 mm (Ase = 4x0,785 = 3,14 cm2)

Seção intermediária
Direção X
e*=0,4x4,48 = 1,79 cm, eimp = 0,74 cm, (e* + eimp) = 2,53* cm > ex,min = 2,1 cm
x = 51,03, como Mid,x > M1dx,min  b = 0,4
25  12,5x0,224
(e1x / hx) = 4,48 / 20 = 0,224 λ1   69,50
0,40
Como x = 51,03 < 1 = 69,03 e2x = 0

 ex = 2,53 + 0 = 2,53 cm

Direção Y
e*=0,4x2,97 = 1,19 cm, eimp = 0,74 cm, (e* + eimp) = 1,93 cm < ey,min = 2,55* cm
y = 3,46x295/35 = 29,16 < 35, e2y = 0

 ey =2,55 + 0 = 2,55 cm

d = 0,28 xd = 0,28x2,53 / 20 = 0,035 (d’/b=0,15)

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Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Projeto
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yd = 0,28x2,55 / 35 = 0,020 (d’/h=0,10)


=0 no ábaco (com 4) tanto para d = 0,2 quanto para d = 0,4.

As = As,min = 1,19 cm2 < 0,4% Ac = 2,8* cm2

Adotar 410 mm (Ase = 4x0,785 = 3,14 cm2)

P8 = P9 - 20/35 El. 8,85 à El. 5,90 (3a à 2a laje)

N = 431,6 kN
Mx,A = - Mx,B = 11,0 kNm  eix = 1100 / 431,6 = 2,55* cm > ex,min = 2,1 cm
My,A = - My,B = 7,3 kNm  eiy = 730 / 431,6 = 1,69 cm < ey,min = 2,55* cm

Seções extremas do pilar


d = 431,6x1,42/(700x2,5) = 0,48
xd = 0,48x2,55 / 20 = 0,058 (d’/b=0,15) yd = 0,48x2,55 / 35 = 0,035 (d’/h=0,10)
=0 no ábaco (com 4) tanto para d = 0,4 quanto para d = 0,6.

As = As,min = 0,15x431,6x1,4 / 43,5 = 2,08 cm2 < 0,4% Ac = 2,8* cm2

Adotar 410 mm (Ase = 4x0,785 = 3,14 cm2)

Seção intermediária
Direção X
e*=0,4x2,55 = 1,02 cm, eimp = 0,74 cm, (e* + eimp) = 1,76 cm < ex,min = 2,1* cm
x = 51,03, como Mid,x > M1dx,min  b = 0,4
25  12,5x0,128
(e1x / hx) = 2,55 / 20 = 0,128 λ1   66,48
0,40
Como x = 51,03 < 1 = 66,22 e2x = 0

 ex = 2,10 + 0 = 2,10 cm

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Direção Y
e*=0,4x1,69 = 0,68 cm, eimp = 0,74 cm, (e* + eimp) = 1,42 cm < ey,min = 2,55* cm
y = 3,46x295 / 35 = 29,16 < 35, e2y = 0

 ex = 2,55 + 0 = 2,55 cm

d = 0,49 xd = 0,48x2,10 / 20 = 0,050 (d’/b = 0,15)


yd = 0,48x2,55 / 35 = 0,035 (d’/h = 0,10)
=0 no ábaco (com 4) tanto para d = 0,4 quanto para d = 0,6.

As = As,min = 2,08 cm2 < 0,4% Ac = 2,8* cm2

Adotar 410 mm (Ase = 4x0,785 = 3,14 cm2)

P8 = P9 - 20/35 El. 5,90 à El. 2,95 (2a à 1a laje)

N = 617,4 kN
Mx,A = - Mx,B = 11,0 kNm  eix = 1100 / 617,4 = 1,78 cm < ex,min = 2,1* cm
My,A = - My,B = 7,3 kNm  eiy = 730 / 617,4 = 1,18 cm < ey,min = 2,55* cm

Seções extremas do pilar


d = 617,4x1,42/(700x2,5) = 0,69
xd = 0,69x2,10 / 20 = 0,072 (d’/b=0,15) yd = 0,69x2,55 / 35 = 0,050 (d’/h=0,10)
  = 0,05 no ábaco (com 4) para d = 0,6 para d = 0,69
  = 0,21 no ábaco (com 4) para d = 0,8   = 0,12

As = 0,12x700x(2,5/1,4) / 43,5 = 3,45* cm2 > As,min = 0,15x617,4x1,4/43,5 = 2,98 cm2

Adotar 412,5 mm (Ase = 4x1,227 = 4,91 cm2)

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Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Projeto
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Seção intermediária
Direção X
e*=0,4x1,78 = 0,71 cm, eimp = 0,74 cm, (e* + eimp) = 1,45 cm < ex,min = 2,1* cm
x = 51,03, como Mid,x < M1dx,min  b = 1,0
25  12,5x0,089
(e1x / hx) = 1,78 / 20 = 0,089 λ1   26,11 35 *
1,0
Como x = 51,03 > 1 = 35 e2x ≠ 0
d = 0,69* > 0,50 e2x = (2952/10)(0,005/1,19x20) = 1,83 cm
 ex = 2,10 + 1,83 = 3,93 cm
Direção Y
e*=0,4x1,18 = 0,68 cm, eimp = 0,74 cm, (e* + eimp) = 1,42 cm < ey,min = 2,55* cm
y = 3,46x295/35 = 29,16 < 35, e2y = 0
 ey = 2,55 + 0 = 2,55 cm

d = 0,69 xd = 0,69x3,93 / 20 = 0,136 (d’/b=0,15)


yd = 0,69x2,55 / 35 = 0,050 (d’/h=0,10)
  = 0,25 (pag. 128) no ábaco (com 4) para d = 0,6 para d = 0,69
  = 0,40 (pag. 129) no ábaco (com 4) para d = 0,8   = 0,32

As = 0,32x700x(2,5/1,4)/43,5 = 9,20* cm2 > As,min = 2,98 cm2

Adotar 420 mm (Ase = 4x3,142 = 12,57 cm2)

Adotando-se o ábaco com 8, obtém-se:

d = 0,69 xd = 0,136 (d’/b=0,15) yd = 0,050 (d’/h=0,10)


  = 0,28 (pag. 130) no ábaco com 8 para d = 0,6 para d = 0,69
  = 0,45 (pag. 131) no ábaco com 8 para d = 0,8   = 0,36

As = 0,36x700x(2,5/1,4) / 43,5 = 10,34* cm2 > As,min = 2,98 cm2


Adotar 816 mm (Ase = 8x2,011 = 16,09 cm2)

112
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Projeto
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P8 = P9 - 20/35 El. 2,95 à El. -0,05 (1a laje ao térreo)

N = 803,2 kN
Mx,A = - Mx,B = 11,0 kNm  eix = 1100 / 803,4 = 1,37 cm < ex,min = 2,1* cm
My,A = - My,B = 7,3 kNm  eiy = 730 / 803,4 = 0,91 cm < ey,min = 2,55* cm

Seções extremas do pilar


d = 803,2x1,42/(700x2,5) = 0,90
xd = 0,90x2,10 / 20 = 0,095 (d’/b=0,15) yd = 0,90x2,55 / 35 = 0,066 (d’/h=0,10)
  = 0,30 (pag. 129) no ábaco com 4 para d = 0,8 para d = 0,90
  = 0,50 (pag. 129) no ábaco com 4 para d = 1,0   = 0,40

As = 0,40x700x(2,5/1,4)/43,5 = 11,49* cm2 > As,min = 0,15x803,2x1,4/43,5 = 3,88 cm2

Adotar 420 mm (Ase = 4x3,142 = 12,57 cm2)

Seção intermediária
Direção X
e*=0,4x1,37 = 0,55 cm, eimp = 0,75 cm, (e* + eimp) = 1,30 cm < ex,min = 2,1* cm
x = 51,90, como Mid,x < M1dx,min  b = 1,0
25  12,5x0,069
(e1x / hx) = 1,37 / 20 = 0,069 λ1   25,86  35 *
1,0
Como x = 51,90 > 1 = 35 e2x ≠ 0
d = 0,90* > 0,50 e2x = (3002/10)(0,005/1,40x20) = 1,61 cm
 ex = 2,10 + 1,61 = 3,71 cm

Direção Y
e*=0,4x0,91 = 0,36 cm, eimp = 0,75 cm, (e* + eimp) = 1,11 cm < ey,min = 2,55* cm
y = 3,46x300/35 = 29,66 < 35, e2y = 0
 ey = 2,55 + 0 = 2,55 cm

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Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Projeto
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d = 0,90 xd = 0,90x3,71 / 20 = 0,167 (d’/b=0,15)


yd = 0,90x2,55 / 35 = 0,066 (d’/h=0,10)
  = 0,53 (pag. 129) no ábaco com 4 para d = 0,8 para d = 0,90
  = 0,70 (pag. 129) no ábaco com 4 para d = 1,0   = 0,62

As = 0,62x700x(2,5/1,4)/43,5 = 17,82* cm2 > As,min = 3,88 cm2

Adotar 425 mm (Ase = 4x4,909 = 19,64 cm2)

Segundo o item 18.4.2 da NBR 6118 o diâmetro das barras longitudinais não pode
ser superior a 1/8 da menor dimensão transversal, neste caso (20 / 8) = 2,5 cm = 25
mm (OK).

Adotando-se o ábaco com 8, obtém-se:

d = 0,90 xd = 0,167 (d’/b=0,15) yd = 0,066 (d’/h=0,10)


  = 0,60 (pag. 131) no ábaco com 8 para d = 0,8 para d = 0,90
  = 0,78 (pag. 131) no ábaco com 8 para d = 1,0   = 0,69

As = 0,69x700x(2,5/1,4) / 43,5 = 19,83* cm2 > As,min = 3,88 cm2

Adotar 820 mm (Ase = 8x3,142 = 25,14 cm2, s = 3,59%)

Para bitola longitudinal de 20 mm o estribo deve ter bitola igual a (20/5 = 4 mm)
com um mínimo de 5* mm e o espaçamento igual a 12 x20 = 240 mm = 24 cm, com
um máximo igual a menor dimensão transversal do pilar, não maior que 20* cm.

114
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Figura 7.6 – Pilares P8 = P9 - Armação

P7 = P10 - 20/40 El. 11,80 à El. 8,85 (forro à 4a laje)

N = 267,7 kN
Mx,A = - Mx,B = 0  eix = 0 < ex,min = 2,1* cm
My,A = - My,B = 0  eiy = 0 < ey,min = 1,5 + 0,03x40 = 2,70* cm

Seção intermediária
Direção X (Flexão Normal Composta, Nd, Mdx)

115
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Projeto
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x = 51,03 Como Midx < M1dx,min b = 1,0

25  12,5x0
(e1x / hx) = 0 λ1   25  35 *
1,0
Como x = 51,03 > 1 = 35 e2x ≠ 0
d = 267,7x1,42 / (20x80x2,5) = 0,26< 0,50* e2x=(2952/10)(0,005/1,0x20) = 2,18 cm
 ex = 2,10 + 2,18 = 4,28 cm

d’/hx = d’/b = 3,5 /20 = 0,15 d’/hy = d’/h = 3,5 /40 = 0,09 ≈ 0,10

d = 0,26 xd = 0,26x4,28 / 20 = 0,056 (d’/b=0,15) yd = 0 (d’/h=0,10)


  = 0 (pag. 128) no ábaco (com 4) tanto para d = 0,2 quanto para d = 0,4

As = As,min = 0,15x267,7x1,4 / 43,5 = 1,29 cm2 < 0,4% Ac = 0,4%x20x40 = 3,2* cm2
Adotar 410 mm (Ase = 4x0,785 = 3,14 cm2)

Direção Y (Flexão Normal Composta, Nd, Mdy)

y = 3,46x295 / 40 = 25,51 < 1,min = 35  e2y = 0

 ey = 2,70 + 0 = 2,70 cm

d = 0,26 yd = 0,26x2,7 / 40 = 0,018 (d’/h=0,10) xd = 0 (d’/b=0,15)


=0 no ábaco (com 4) tanto para d = 0,2 quanto para d = 0,4

As = As,min = 1,29 cm2 < 0,4% Ac = 3,2* cm2

A armadura calculada na direção y não se soma à armadura já calculada na


direção x. As quatro barras com bitola de 10 mm colocadas nos cantos, no detalha-
mento adotado na direção x, são suficientes para equilibrar a FNC na direção y.

Adotar 410 mm (Ase = 4x0,785 = 3,14 cm2)

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P7 = P10 - 20/40 El. 8,85 à El. 5,90 (3a à 2a laje)

N = 535,4 kN
Mx,A = - Mx,B = 0  eix = 0 < ex,min = 2,1* cm
My,A = - My,B = 0  eiy = 0 < ey,min = 2,70* cm

Seção intermediária
Direção X (Flexão Normal Composta, Nd, Mdx)

x = 51,03 Como Midx < M1dx,min b = 1,0

(e1x / hx) = 0 1 = 35 Como x = 51,03 > 1 = 35 e2x ≠ 0


d = 535,4x1,42 / (800x2,5) = 0,52* > 0,50 e2x=(2952/10)(0,005/1,02x20) = 2,13 cm
 ex = 2,10 + 2,13 = 4,23 cm

d = 0,52 xd = 0,52x4,23 / 20 = 0,110 (d’/b=0,15) yd = 0 (d’/h=0,10)


  = 0 (pag. 128) no ábaco com 4 para d = 0,4 para d = 0,52
  = 0,10 (pag. 128) no ábaco com 4 para d = 0,6   = 0,06

As = 0,06x800x(2,5/1,4) / 43,5 = 1,97 cm2 < As,min = 0,15x535,4x1,4 / 43,5 = 2,58 cm2
< 0,4% Ac = 3,2* cm2
Adotar 410 mm (Ase = 4x0,785 = 3,14 cm2)

Seção intermediária
Direção Y (Flexão Normal Composta, Nd, Mdy)

y = 25,51 < 1,min = 35  e2y = 0

 ey = 2,70 + 0 = 2,70 cm

d = 0,52 yd = 0,52x2,70 / 40 = 0,035 (d’/h=0,10) xd = 0 (d’/b=0,15)


=0 no ábaco (com 4) tanto para d = 0,4 quanto para d = 0,6.

As = As,min = 2,58 cm2 < 0,4% Ac = 3,2* cm2

117
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Projeto
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Adotar 410 mm (Ase = 4x0,785 = 3,14 cm2)

A armadura calculada na direção y não se soma à armadura já calculada na


direção x. As quatro barras com bitola de 10 mm colocadas nos cantos, no detalha-
mento adotado na direção x, são suficientes para equilibrar a FNC na direção y.

P7 = P10 - 20/40 El. 5,90 à El. 2,95 (3a à 2a laje)

N = 803,1 kN

Mx,A = - Mx,B = 0  eix = 0 < ex,min = 2,1* cm


My,A = - My,B = 0  eiy = 0 < ey,min = 2,70* cm

Seção intermediária
Direção X (Flexão Normal Composta, Nd, Mdx)

x = 51,03 Como Midx < M1dx,min b = 1,0

(e1x / hx) = 0 1 = 35
Como x = 51,03 > 1 = 35 e2x ≠ 0
d = 803,1x1,42 / (800x2,5) = 0,79* > 0,50 e2x = (2952/10)(0,005/1,29x20) = 1,69 cm
 ex = 2,10 + 1,69 = 3,79 cm

d = 0,79 xd = 0,79x3,79 / 20 = 0,150 (d’/b=0,15) yd = 0 (d’/h=0,10)


  = 0,23 (pag. 128) no ábaco com 4 para d = 0,6 para d = 0,79

  = 0,40 (pag. 129) no ábaco com 4 para d = 0,8   = 0,39

As = 0,39x800x(2,5/1,4) / 43,5 = 12,81* cm2 > 0,15x803,1x1,4 / 43,5 = 3,88 cm2

Adotar 420 mm (Ase = 4x3,142 = 12,57 cm2)

Adotando-se o ábaco com 8, obtém-se:

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d = 0,79 xd = 0,150 (d’/b=0,15) yd = 0 (d’/h=0,10)


  = 0,28 (pag. 130) no ábaco com 8 para d = 0,6 para d = 0,79
  = 0,43 (pag. 131) no ábaco com 8 para d = 0,8   = 0,42

As = 0,42x800x(2,5/1,4) / 43,5 = 13,79* cm2 > As,min = 3,88 cm2

Adotar 816 mm (Ase = 8x2,011 = 16,09 cm2)

Direção Y (Flexão Normal Composta, Nd, Mdy)

y = 25,51 < 1,min = 35  e2y = 0

 ey = 2,70 + 0 = 2,70 cm

d = 0,79 ≈ 0,8 yd = 0,79x2,70 / 40 = 0,053 (d’/h=0,10) xd = 0 (d’/b=0,15)


  = 0,10 (pag. 129) no ábaco com 4 para d = 0,8

As = 0,10x800x(2,5/1,4) / 43,5 = 3,28 cm2 < As,min = 3,88* cm2

A armadura calculada na direção y não se soma à armadura já calculada na


direção x. Assim, as quatro barras colocadas nos cantos no detalhamento adotado na
direção x, com 8 16 mm, são suficientes para equilibrar a FNC na direção y.

P7 = P10 - 25/40 El. 2,95 à El. -0,05 (1a laje ao térreo)

N = 1070,8 kN
Mx,A = 803,1x2,5 = 2008 kNcm  eix,A = 2008 / 1070,8 = 1,88 cm < ex,min = 2,25* cm
Mx,B = 0
My,A = - My,B = 0  eiy = 0 < ey,min = 2,70* cm

Seção extrema (topo)


Direção X ex = 2,25 cm ey = 0 cm
d = 1070,8x1,42/1000x2,5 = 0,84
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xd = 0,84x2,25 / 25 = 0,076 (d’ / 25 = 0,15) yd = 0 (d’ / 40 = 0,10)


  = 0,16 (pag. 129) no ábaco (com 4) para d = 0,8

As = 0,16x1000x(2,5/1,4) / 43,5 = 6,57* cm2 > 0,15x1070,8x1,4 / 43,5 = 5,17 cm2


Adotar 416 mm (Ase = 4x2,011 = 8,04 cm2)

Direção Y ex = 0 cm ey = 2,7 cm
d = 0,84 xd = 0 (d’/b = 0,15) yd = 0,84x2,7/40 = 0,057 (d’/h = 0,10)
  = 0,12 (pag. 129) no ábaco (com 4) para d = 0,8

A armadura calculada na direção y é atendida com a armadura já calculada


na direção x.

Seção intermediária
Direção X
e* = 0,6x1,88+0,4x0=1,13 cm eimp = 0,75 cm (e*+eimp) = 1,88 cm < ex,min = 2,25* cm
x = 3,46x300 / 25 = 41,52 Como Midx > M1dx,min b = 0,4
25  12,5x0,075
(e1x / hx) = 1,88 / 25 = 0,075 λ1   64,85
0,4
Como x = 41,52 < 1 = 64,85 e2x = 0
 ex = 2,25 + 0 = 2,25 cm

d = 0,84 xd = 0,84x2,25 / 25 = 0,076 (d’/b=0,15) yd = 0 (d’/h=0,10)


  = 0,16 (pag. 129) no ábaco (com 4) para d = 0,8 para d = 0,84

  = 0,37 (pag. 129) no ábaco (com 4) para d = 1,0   = 0,20

As = 0,20x1000x(2,5/1,4) / 43,5 = 8,21* cm2 > 0,15x1070,8x1,4 / 43,5 = 5,17 cm2

Adotar 420 mm (Ase = 4x3,142 = 12,57 cm2)

Adotando-se o ábaco com 8, obtém-se:

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d = 0,84 xd = 0,076 (d’/b=0,15) yd = 0 (d’/h=0,10)


  = 0,18 (pag. 131) no ábaco (com 8) para d = 0,8 para d = 0,84
  = 0,38 (pag. 131) no ábaco (com 8) para d = 1,0   = 0,22

As =0,22x1000x(2,5/1,4) / 43,5 = 9,03* cm2 > As,min = 5,17 cm2


Adotar 812,5 mm (Ase = 8x1,227 = 9,82 cm2)

Seção intermediária
Direção Y
y = 3,46x300 / 40 = 25,95 < 1,min = 35  e2y = 0

 ey = 2,70 + 0 = 2,70 cm

d = 0,84 yd = 0,84x2,7 / 40 = 0,057 (d’/h=0,10) xd = 0 (d’/b=0,15)


  = 0,12 no ábaco (com 8) para d = 0,8 para d = 0,84
  = 0,32 no ábaco (com 8) para d = 1,0   = 0,16

As = 0,16x1000x(2,5/1,4) / 43,5 = 6,57* cm2 > As,min = 5,17 cm2

A armadura calculada na direção y não se soma à armadura já calculada na


direção x. Isto implica que o detalhamento com 812,5 mm atende tanto ao cálculo

na direção x quanto na direção y. Optou-se no detalhamento final por 8 16 mm,


tendo em vista que no detalhamento do trecho anterior (El. 5,90 à El. 2,95) já foi usado
bitola de 16 mm.

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Figura 7.7 - Pilares P7 = P10 – Armação

8 - Escada e caixa d’água

8.1 - Escada

ESCADA COM ESPESSURA DE 12 cm

O esquema estrutural da escada pode ser o adotado na figura 8.1, em que as


lajes menores LE2 e LE4 estão apoiadas nas lajes maiores LE1 e LE3, que por sua
vez apoiam nas vigas V3 e VE (ver figuras 3.1 e 8.1).

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Figura 8.1 - Esquema das lajes da escada em planta, com espessura de 12 cm

CARGAS
LE2 = LE4
pp = 0,24x25 = 6,0 kN/m2 g = 7,0 kN/m2
revestimento = 1,0 kN/m2
sobrecarga q = 2,5 kN/m2
p = 7,0 + 2,5 = 9,5 kN/m2
R = 9,5xA / 2 = 1,58 kN
LE1 = LE3
Trecho sem degraus pp = 0,12x25 = 3,0 kN/m2 g = 4,0 kN/m2
revestimento = 1,0 kN/m2
sobrecarga q = 2,5 kN/m2
pLE2 = R/A = 1,58/1,332 = 0,9 kN/m2
p1 = 4,0 + 2,5 + 0,9 = 7,4 kN/m2

Trecho com degraus pp = 0,24x25 = 6,0 kN/m2 g = 7,0 kN/m2


revestimento = 1,0 kN/m2
sobrecarga q = 2,5 kN/m2
p2 = 7,0 + 2,5 = 9,5 kN/m2

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Figura 8.2 - Viga para faixa de largura unitária das lajes LE1 = LE3

A figura 8.2 mostra uma viga de largura unitária, que representa a laje biapoiada
LE1 = LE3 da escada, apoiada nas vigas V3 e VE. A reação por metro nessas vigas
é dada por RV3 = RVE = 15,8 kN. Supondo que o carregamento mostrado na figura 8.2
fosse substituído por uma carga equivalente, uniformemente distribuída, o seu valor
seria dado por peq = 2x15,8 / 3,91 = 8,1 kN/m. Este valor é próximo ao que foi adotado
para o peso da laje da escada por metro quadrado (9 kN/m2), no cálculo da viga V3
do pavimento tipo.

FLEXÃO

M = 16,3 kNm = 1630 kNcm

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K = 1630x1,4 / (1,518x100x9,52) = 0,167 < KL = 0,295 As = 6,08 cm2/m


Adotar 10 mm c/12,5 cm Ase = (100/12,5)x0,785 = 6,28 cm2/m

CISALHAMENTO

Segundo o item 19.4 da NBR 6118 e apresentado no capítulo 5 da apostila de


Concreto I, dispensa-se armadura transversal para resistir às forças de tração oriun-
das da força cortante em lajes maciças ou nervuradas, quando a força cortante de
cálculo a uma distância “d” da face do apoio, obedecer à expressão:

VSd ≤ VRd1 com VRd1 = [Rd k (1,2 + 40 ρ1)] bw d

Rd = 0,25fctd = 0,25(fctk,inf/γc) = 0,0375(fck)2/3 = 0,0375x252/3 = 0,32 MPa = 0,032 kN/cm2

ρ1 = As1 / (bw d) = 6,28 / (100x9,5) = 0,007 ≤ 0,02

k = (1,6 – d) = (1,6 - 0,095) = 1,51 ≥ 1

VRd1 = 0,032x1,51x(1,2 - 40x0,07)x100x9,5 = 42,1 kN > VSd = 15,8x1,4 = 22,1 kN

Portanto não será necessária armadura transversal (cisalhamento) nas lajes da


escada.

FLECHA

A flecha na laje LE1 = LE3 será calculada como se fosse uma viga biapoiada
com carga uniformemente distribuída p = 15,9x2 / 3,91 = 8,1 kN/m, em toda a extensão
da viga, e altura constante igual a 12 cm. A flecha assim calculada, embora diferente
da situação real, onde as cargas são distintas e uniformemente distribuídas, além de
ter seção com altura maior no trecho com degraus, compensará de forma prática,
neste trecho, a maior rigidez com a menor carga.

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Da mesma forma serão consideradas parcelas médias para carga permanente


g = (0,7 p) e carga acidental q = (0,3 p). Portanto a carga de serviço pode ser avaliada
como pserv = (g + 2q) = 0,7x8,1 + 0,3x(0,3x8,1) = 6,4 kN/m.

Mserv= Mg+ 2Mq = 6,4x(3,91)2/8 = 12,2 kNm = 1220 kNcm


Mr = 0,75x122x252/3 = 923 kNcm
Como Mr < Mserv  Estádio II

p = 2,46 pserv = 2,46x6,4 = 15,7 kN/m

Ecs = 2173,5 kN/cm2 n = 21000 / 2173,5 = 9,66 As = 6,28 cm2

A = nAs/100 = 9,66x6,28/100 = 0,61 B = 2nAs/100 = 2x9,66x6,28/100 = 1,21

xII = - A + (A2 + B)1/2 = - 0,61 + (0,612 + 1,21) = 0,65 cm

III = 100(0,65)3/3 + 9,66x6,28(9,5 - 0,65)2 = 4761 cm4

(Mr / Mserv)3 = (923 / 1220)3 = 0,43 Ic = 100x123 / 12 = 14400 cm4

EIeq = 2173,5[0,43x14400 + (1 - 0,43)x4761] = 2173,5x8906 = 1,94x107 kNcm2

f = 5p4 / 384(EIeq) = 5x15,7x10-2x3914 / 384x1,95x107 = 2,46 cm

f = 2,46 cm > fadm =  / 250 = 391 / 250 = 1,56 cm

Neste caso deve-se aumentar a altura ou dar uma contra-flecha na laje, que no

máximo pode ser ( / 350) = 1,12 cm. Portanto aplicando-se uma contra-flecha de 1,0
cm, por exemplo, a flecha final será:

ffinal = 2,46 - 1,00 = 1,46 < fadm = 1,56 cm (OK !)

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No primeiro lance da escada, entre o térreo e o primeiro patamar, conforme

mostrado na figura 8.6, como o vão da escada neste trecho,  = 0,10 + 1,235 + 1,25 -

0,10 = 2,485 m, é menor que nos demais lances ( = 3,91 m) da escada, a altura da

laje será de 10 cm. Analogamente a flecha neste trecho será f = [( 2,485/3,91)4] x

[(12/10)3]x2,46 = 0,28x2,46 = 0,69 cm < fadm =  / 250 = 248,5 / 250 = 0,99 cm.

ESCADA COM ESPESSURA DE 10 cm

O esquema estrutural da escada adotado na figura 8.1, exigiu uma espessura


das lajes LE1 e LE3 igual a 12 cm, necessária para se ter uma flecha final, abaixo do
valor admissível da NBR 6118. Caso os dois patamares próximos da viga V3 fossem
nivelados, seria possível a colocação de uma viga intermediária apoiada nas vigas V8
do pavimento tipo, diminuindo o vão da escada. Nessa situação, a escada apoiaria na
VE e nessa nova viga. Com esse vão menor a flecha seria verificada mesmo para
uma altura de 10 cm. Na impossibilidade de executar essa viga, adota-se um novo
esquema, mostrado na figura 8.3, em que a laje LE1 é formada pelos dois patamares
próximos à V3 e pelos dois degraus ligando os mesmos. A laje LE1 da figura 8.3 é
continuamente apoiada nos dois lados menores (vigas V8) e na V3. O vão dessa laje

é  = (2x1,325 + 0,25) = 2,90 m e o das lajes LE3 = LE4 é  = (1,335 + 1,25) = 2,585
m.

CARGAS
Trecho sem degraus pp = 0,10x25 = 2,5 kN/m2 g = 3,5 kN/m2
revestimento = 1,0 kN/m2
sobrecarga q = 2,5 kN/m2
p = 3,5 + 2,5 = 6,0 kN/m2

Trecho com degraus pp = 0,22x25 = 5,5 kN/m2 g = 6,5 kN/m2


revestimento = 1,0 kN/m2
sobrecarga q = 2,5 kN/m2
p = 6,5 + 2,5 = 9,0 kN/m2

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Figura 8.3 - Esquema das lajes da escada em planta, com espessura de 10 cm

LE2
Reação da LE2 por metro
R = 9,0x0,25 / 2 = 1,13 kN/m

LE3 = LE4
O esquema estrutural para as lajes LE3 = LE4 está mostrado na figura 8.4 onde
as cargas p1 e p2 são dadas por:
p1 = 6,0 + 1,13x1,335 / (1,325x1,335) = 6,9 kN/m2
p2 = 9,0 kN/m2

M = 6,6 kNm = 660 kNcm Seção 100x10 cm2 d = 7,5 cm


K = 0,108 As = 3,00 cm2/m 8 c/15 cm

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Figura 8.4 - Viga para faixa de largura unitária das lajes LE3 = LE4

LE1
O esquema estrutural para a laje LE1 está mostrado na figura 8.5 onde as car-
gas p1 e p2 são dadas por:

p1 = 6,0 + 10,9x1,325 / (1,325x1,325) = 14,2 kN/m2


p2 = 9,0 kN/m2

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Figura 8.5 - Viga para faixa de largura unitária da laje LE1

M = 14,0 kNm = 1400 kNcm Seção 100x10 cm2 d = 7,5 cm


K = 0,230 As = 6,92 cm2/m 10 c/10 cm

Analogamente à flecha calculada com altura 12 cm, a flecha será:


pmed = (14,2x2x1,325 + 9x0,25) / 2,90 = 13,8 kN/m
pserv = 0,7x13,8 + 0,3x(0,3x13,8) = 10,9 kN/m
Mserv= 10,9x(2,90)2/8 = 11,5 kNm = 1150 kNcm
Mr = 0,75x102x252/3 = 641 kNcm
Como Mr < Mserv  Estádio II
p = 2,46x10,9 = 26,8 kN/m

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Ecs = 2173,5 kN/cm2 n = 9,66 As = 7,85 cm2 (10 c/10)


A = 9,66x7,85/100 = 0,76 B = 2x9,66x7,85/100 = 1,52
xII = - 0,76 + (0,762 + 1,52)1/2 = 0,69 cm
III = 100(0,69)3/3 + 9,66x7,85(7,5 - 0,69)2 = 3530 cm4
(Mr / Mserv)3 = (641 / 1150)3 = 0,17 Ic = 100x103 / 12 = 8333 cm4
EIeq = 2173,5[0,17x8333 + (1 - 0,17)x3530] = 2173,5x4345 = 9,45x106 kNcm2

f = 5x26,8x10-2x2904 / 384x9,455x106 = 2,61 cm > fadm =  / 250 = 1,16 cm

Aplicando-se a contra-flecha máxima  / 350 = 0,83 cm, a flecha final será:

ffinal = 2,61 - 0,83 = 1,78 cm = 1,53(fadm)*

(*) Para efeito do cálculo da flecha, como a laje LE1 é apoiada nos dois lados
menores nas vigas V8 e em um dos lados maiores, na viga V3 (ver figura 8.3), o vão
 pode ser considerado menor que 2,90 m, por exemplo,  = [2,90 – 2x(1 / 5)x1,325] =
2,37 m. A flecha para essa situação mais real, fica f = (2,37/2,90)4x 2,61 = 1,16 cm =
fadm. Ressalta-se ainda que no meio do vão, onde a flecha é máxima, a espessura da
laje é maior, trecho dos degraus, o que também contribuirá para a diminuição da fle-
cha, que foi avaliada considerando seção transversal constante de 10 cm, espessura
dos patamares, em toda a sua extensão.

FORMA DA ESCADA

Nas figuras 8.6 e 8.7 estão apresentadas respectivamente, as plantas e cortes


da escada (com espessura h = 10 cm) que vai do térreo à primeira laje (El. -0,05 à El.
2,95) e da primeira para a segunda laje (El. 2,95 à El. 5,90). O corte AA completo está
apresentado na figura 8.8, que mostra também o trecho do barrilete e a caixa d’água.

A forma da figura 8.7 se repete mais uma vez, na escada entre a segunda e
terceira laje (El. 5,90 à El. 8,85).

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Figura 8.6 - Forma da escada da El. -0,05 a El. 2,95 - Planta e corte

Figura 8.7 - Forma da escada da El. 2,95 a El. 5,90 (TIPO) - Planta e corte

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Figura 8.8 - Forma da escada - Corte AA completo

DETALHAMENTO DAS ARMADURAS DA ESCADA

As armaduras da escada, já calculadas anteriormente, estão detalhadas nas


figuras 8.9 e 8.10. Na figura 8.9 apresentam-se as armaduras da escada entre térreo
e a primeira laje (El. -0,05 à El. 2,95). Na figura 8.10 são detalhadas as armaduras da
escada entre a primeira e a segunda laje (El. 2,95 à El. 5,90). Essas últimas armaduras
se repetem entre a segunda e terceira laje (El. 5,90 à El. 8,85).

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Figura 8.9 - Escada entre as El. -0,05 e El. 2,95 – Armação

Figura 8.10 - Escada entre as El. 2,95 e El. 5,90 – Armação

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CINTAS E VIGAS DA ESCADA

A cinta CE1 (ver figura 8.6) recebe apenas a reação do primeiro lance da es-
cada. Dessa forma o esquema estrutural está apresentado na figura 8.11, onde as
cargas são dadas por:
peso próprio pp = 0,20x0,40x25 = 2,00 kN/m
reação da laje da escada RLE = 10,9 kN/m (figura 8.4)
p1 = pp + RLE = 2,00 + 10,9 = 12,9 kN/m
p2 = pp = 2,00 kN/m

Tendo em vista os esforços da cinta CE1, mostrados na figura 8.11, tanto para
flexão quanto para o cisalhamento são necessários apenas a utilização das suas ar-
maduras mínimas:

As,min = 0,15%Ac = 1,2 cm2 Adotar 2 10 mm Ase = 2x0,785 = 1,57 cm2

Asw,min = 0,103x20 = 2,06 cm2/m Estribo simples (Asw/2) = 1,03 cm2/m


Adotando estribo  = 5mm (0,196 cm2)  5 c/19 cm < 0,6 d = 22 cm OK!

Figura 8.11 – Diagramas e Detalhamento da Cinta CE1

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As vigas VE1 = VE2, ver figuras 8.6, 8,7 e 8.8, recebem a reação dos dois
patamares da escada além da reação de um pavimento de alvenaria. Já a viga VE3
recebe os dois patamares da escada mais a reação de um pavimento e meio de alve-
naria, conforme figura 8.8.

peso próprio pp = 0,20x0,50x25 = 2,50 kN/m


reação da laje da escada RLE = 9,60 kN/m (ver figura 8.4)
reações da alvenaria Ralv,VE1 = 0,25x(2,95-0,5)x13 = 7,96 kN/m
Ralv,VE3 = 0,25x(1,5x2,95-0,5)x13 = 12,76 kN/m

p1,VE1 = 2,50 + 9,60 + 7,96 = 20,06 kN/m


p1,VE3 = 2,50 + 9,60 + 12,76 = 24,86 kN/m

p2,VE1 = 2,50 + 7,96 = 10,46 kN/m


p2,VE3 = 2,50 + 12,76 = 15,26 kN/m

Figura 8.12 – Diagramas e Detalhamento da Viga VE1=VE2 - VE3

Tendo em vista os esforços das vigas VE1, VE2 e VE3, mostrados na figura
8.12, a armadura de flexão para M = 19,4 kNm (VE1 =VE2) vale As = 1,39 cm2 e para

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M = 21,6 kNm (VE3) vale As = 1,55 cm2, resultando nos dois casos em uma armadura
adotada ou existente de 2 10 mm (Ase = 1,57 cm2). Já para o cisalhamento é neces-
sário apenas a utilização da armadura mínima:

Asw,min = 0,103x20 = 2,06 cm2/m

Considerando estribo simples (dois ramos)  (Asw/2) = 1,03 cm2/m

Adotando estribo  = 5mm (0,196 cm2)  5 c/19 cm < 27 cm OK!

8.2 - Caixa d’água

Figura 8.13 – Forma da caixa d’água

A estrutura da caixa d’água, mostrada na figura 8.13, pode ser considerada de


várias formas, como por exemplo, a associação de placas (lajes da tampa e do fundo)

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e chapas (as quatro lajes verticais laterais). Essas últimas estão submetidas a uma
carga normal aos seus planos médios (empuxo da água) e a uma carga vertical uni-
formemente distribuída correspondente às reações das lajes da tampa e do fundo,
além do peso próprio.

A laje da tampa (LT) por motivos executivos, é concretada em uma segunda


etapa, após a concretagem do fundo e das paredes, sendo considerada simplesmente
apoiada nos quatro lados. A laje de fundo (LF) será considerada engastada nos quatro
lados. Em ambas o carregamento é uniformemente distribuído na área. As quatro lajes
verticais serão consideradas engastadas no fundo e nas laterais, e simplesmente
apoiadas na tampa. Nessas lajes verticais o carregamento normal ao seu plano, será
linearmente distribuído.

Laje da Tampa (LT)


(b/a) = 396 / 295 = 1,34 ≈ 1,30  Laje tipo A
pp = g = 0,10x25 = 2,5 kN/m2 q = 0,5 kN/m2 p = 2,5 + 0,5 = 3,0 kN/m2
pa = 3x2,95 = 8,85 pa2 = 3x2,952 = 26,11
Tabela 3.8 (Anexo) ra = 0,250 rb = 0,308
Ra = 0,250x8,85 = 2,21 kN/m Rb = 0,308x8,85 = 2,73 kN/m

Tabela 3.11 (Anexo) ma = 15,5 mb = 24,2


Ma = 26,11 / 15,5 = 1,68 kNm Mb = 26,11 / 24,2 = 1,08 kNm

Laje do Fundo (LF)


(b/a) = 396 / 295 = 1,34 ≈ 1,30  Laje tipo F
pp = 0,15x25 = 3,75 kN/m2 hagua = 12 / (2,80x3,81) = 1,12 m ≈ 1,15 m
gagua = 1,15x10 = 11,5 kN/m2 q=0 p = 3,75 + 11,5 = 15,25 kN/m2
pa = 15,25x2,95 = 44,99 pa2 = 15,25x2,952 = 132,71
Tabela 3.8 (Anexo) ra = 0,250 rb = 0,308
Ra = 0,250x44,99 = 11,25 kN/m Rb = 0,308x44,99 = 13,86 kN/m
Tabela 3.11 (Anexo) ma = 32,7 mb = 56,4 na = 14,5 nb = 17,6

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Ma = 132,71 / 32,7 = 4,06 kNm Mb = 132,71 / 56,4 = 2,35 kNm


Xa = 132,71 / 14,5 = 9,15 kNm Xb = 132,71 / 17,6 = 7,54 kNm

Figura 8.14 – Lajes da caixa d’água

Laje Vertical (LV1 = LV2)


(b/a) = 152,5 / 295 = 0,52 ≈ 0,50

p = 1,525*x10 = 15,25 kN/m2 p2 = 15,25x1,5252 = 35,47


(*) – O valor certo é (0,15 / 2 + 1,15) = 1,225
Tabela 3.12 (Anexo) ma = 104 mb = 38,6 na = 27,8 nb = 16,3

Ma = 35,47 / 104 = 0,34 kNm Mb = 35,47 / 38,6 = 0,92 kNm


Xa = 35,47 / 27,8 = 1,28 kNm Xb = 35,47 / 16,3 = 2,18 kNm

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Laje Vertical (LV3 = LV4)


(b/a) = 152,5 / 396 = 0,40 < 0,5

p = 1,525x10 = 15,25 kN/m2 p2 = 15,25x1,5252 = 35,47

Extrapolando valores da Tabela 3.12 (Anexo) para b/a = 0,4


ma = 96 mb = 33,1 na = 27,7 nb = 14,9

Ma = 35,47 / 96 = 0,37 kNm Mb = 35,47 / 33,1 = 1,07 kNm


Xa = 35,47 / 27,7 = 1,28 kNm Xb = 35,47 / 14,9 = 2,38 kNm

Para o máximo momento das lajes da figura 8.14, X = 9,15 kNm = 915 kNcm
com h = 15 cm, a armadura calculada é As,cal = 2,42 cm2/m, menor que a armadura
mínima As,min = 0,15% Ac = 0,15%x100x15 = 2,25 cm2/m (6,3 mm c/ 12,5 cm). Portanto
para o detalhamento da caixa d’água serão usadas armaduras mínimas em todas as
lajes. Dessa forma, a armadura mínima para o momento positivo da laje de tampa é
As,min = 0,10% Ac = 0,10x10 = 1,00 cm2/m (5 mm c/ 19 cm), e para a laje de fundo é

As,min = 0,10% Ac = 0,10x15 = 1,50 cm2/m (5 mm c/ 12,5 cm).

Figura 8.15 – Lajes da caixa d’água - Armação

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Figura 8.16 – Corte AA da caixa d’água – Armação

Figura 8.17 – Corte BB da caixa d’água - Armação

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Figura 8.18 – Corte CC da caixa d’água - Armação

9 - Fundação

A definição do tipo de fundação a ser adotado depende, entre outras coisas,


dos valores das cargas e do conhecimento das características do solo em que a
mesma será assentada. Essas características são normalmente conhecidas fazendo-
se uma investigação geotécnica preliminar, constituída no mínimo por sondagens a
percussão (com SPT - Stand Penetration Test) do terreno. O relatório dessa sonda-
gem deve contemplar a classificação das camadas de solo, a posição do nível de água
(NA) e a medida do índice de resistência à penetração NSPT.

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O foco desta apostila é o cálculo e detalhamento da estrutura de concreto ar-


mado da fundação, projetada com base em uma sondagem onde o nível encontrado
do lençol freático (NA) está abaixo de uma camada de solo, cuja resistência admissí-
vel à compressão pode ser assumida como solo = 0,25 MPa = 2,5 kgf/cm2. Dessa
forma pode ser admitida uma fundação apoiada em tubulões (fundação profunda que
transmite preponderantemente a carga do pilar ao solo pela resistência de ponta da
sua base alargada).

Os tubulões, por motivos óbvios de execução, são largamente usados em fun-


dações onde a tensão suporte do solo, ocorra acima do nível d’água. Embora muito
usado, esse tipo de fundação requer cuidados na sua execução, devido particular-
mente ao risco de desmoronamento do fuste (cilindro escavado ligando o bloco de
fundação à base alargada do tubulão) e da presença de gazes letais (monóxido de
carbono, normalmente presente em camadas de aterro com material orgânico).

A carga vertical total dos tubulões é composta de uma carga oriunda dos pilares
e outra do seu peso próprio (bloco, fuste e base). Esta carga total será resistida pela
resistência lateral do fuste e pela resistência de ponta da base. Normalmente o peso
próprio é absorvido pela resistência lateral do fuste (atrito lateral), ficando a carga
vertical dos pilares (N) absorvida pela resistência de ponta da base. Dessa forma o
diâmetro da base DB pode ser calculado como DB = (4N / solo)1/2. O diâmetro do
fuste DF é função do valor da força normal do pilar e da tensão resistente à compres-
são do concreto, não podendo ser menor que 70 cm quando escavado manualmente,
ficando DF = (4Nd / x0,85fcd)1/2 (ver figura 9.1). Segundo a NBR 6122:2010 o concreto
deve ter resistência fck ≥ 20 MPa e ter consumo mínimo de 300 kg de cimento por m 3
de concreto.

A base alargada do tubulão, na forma de tronco de cone (com base circular ou


de falsa elipse), tem sua altura definida em função dos diâmetros do fuste (DF) e da
base (DB), considerando-se ângulo de 30o entre as geratrizes do cilindro do fuste e do
cone da base. Segundo a NBR 6122:2010 a altura máxima da base não pode superar
1,80 m no caso de tubulão a céu aberto. Dessa forma a altura da base é dada por: hB
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= [(DB - DF) / 2] / tg 30o ≈ 1,732 [(DB - DF) / 2] ≈ 0,866 (DB - DF), conforme mostrado na
figura 9.1.

Figura 9.1 – Tubulão - Corte esquemático

Do ponto de vista estrutural o bloco de fundação sobre (apenas) um tubulão


deveria ser evitado devido às excentricidades indesejadas das ações verticais prove-
nientes dos pilares. Por mais cuidado que se empregue na locação dos tubulões, há
uma grande possibilidade de excentricidades da força normal do pilar em relação ao
eixo do tubulão. Normalmente os tubulões, como os do presente edifício, são basica-
mente submetidos a forças normais e neste caso, não apresentam armaduras dimen-
sionadas para flexo-compessão. Os momentos resultantes das excentricidades aci-
dentais dos pilares são combatidos com cintas (pelo menos duas) de travamento (CT),
preferencialmente dispostas em direções ortogonais, cruzando o bloco de fundação.

Embora o diâmetro mínimo do fuste seja 70 cm (NBR 6122) é comum em edi-


fícios de pequeno e médio porte, adotar o valor de 60 cm. No presente projeto a carga

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vertical máxima Nmax ≈ 1071 kN, correspondente aos pilares P7 = P10, produz uma
tensão média de compressão no fuste do tubulão cc,F = Nmax / AF igual a 0,28 kN/cm2
para fuste com 70 cm de diâmetro e 0,38 kN/cm2 para 60 cm. Como estes valores são
baixos, mesmo para o diâmetro menor, é também comum concretar o fuste e a base
substituindo até 30% do volume de concreto, por pedra de mão. O diâmetro do fuste
de todos os tubulões neste projeto obedecerá ao valor mínimo de 70 cm da norma.

A tabela 9.1 mostra para cada tubulão o valor da carga vertical aplicada e as
dimensões dos fustes e das bases. No cálculo dos diâmetros e das alturas das bases
os valores encontrados estão entre parênteses e os adotados, estão com asteriscos
(*).

Tabela 9.1 - Cargas e dimensões dos Tubulões

CARGAS E DIMENSÕES DOS TUBULÕES


TUBULÕES CARGA DIÂMETRO DIÂMETRO ALTURA
VERTICAL DO FUSTE DA BASE DA BASE
(91 cm) (22 cm)
T1=T5 N=130 kN 70 cm
95* cm 25* cm
(161 cm) (82 cm)
T2=T4 N=406 kN 70 cm
165* cm 85* cm
(188 cm) (104 cm)
T3 N=553 kN 70 cm
190* cm 105* cm
(140 cm) (61 cm)
T6=T11 N=308 kN 70 cm
140* cm 65* cm
(261 cm) (169 cm)
T7=T10 N=1071 kN 70 cm
265* cm 170* cm
(227 cm) (139 cm)
T8=T9 N=807 kN 70 cm
230* cm 140* cm
(114 cm) (39 cm)
T12=T15 N=203 kN 70 cm
115* cm 40* cm

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(148 cm) (69 cm)


T13=T14 N=346 kN 70 cm
150* cm 70* cm
(159 cm) (78 cm)
T16=T17 N=398 kN 70 cm
160* cm 80* cm

A figura 9.2 mostra a planta de locação dos tubulões, apenas da metade simé-
trica, indicando ao lado de cada tubulão, a sua carga vertical, os diâmetros do fuste e
da base assim como a altura da base. Caso houvesse superposição em planta de
duas bases, uma delas ou mesmo as duas poderiam ter as suas bases transformadas
para a forma de falsa elipse, evitando-se assim a superposição.

Conforme mostrado na figura 9.2 existe um tubulão para cada pilar. A transfe-
rência de carga do pilar para o tubulão é feita por um bloco rígido. Para a determinação
das dimensões e das armaduras de blocos sobre um (caso específico desse projeto)
ou mais tubulões (ou estacas), usa-se comumente o “Método das Bielas”. Este método
consiste em imaginar treliças plana, para bloco sobre um ou dois tubulões, ou espa-
cial, para três ou mais tubulões. Nessa treliça as barras comprimidas (ou “bielas” de
compressão) são representadas pelo concreto comprimido e as barras tracionadas,
ou “tirantes”, pelas armaduras. Este modelo de cálculo denominado “biela-tirante” é o
recomendado pela norma e o mais utilizado nos projetos de blocos.

A dimensão em planta do bloco sobre “um” tubulão deve ter no mínimo o diâ-
metro do fuste mais um acréscimo, para cada lado, entre 5 cm a 15 cm. A sua altura
útil (acima do topo do fuste), para que este bloco seja rígido, deve ter no mínimo o
valor do diâmetro do fuste (dF), até 20% a mais. Ressalta-se que essa altura útil deve
ser suficiente para a colocação das esperas (arranques) dos pilares nos blocos (ver
armações dos pilares, figuras 7.1 a 7.7).

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Figura 9.2 – Locação dos Tubulões

Analisando os arranques dos pilares, mostrados nas figuras 7.1 a 7.7, nota-se
que o maior comprimento das esperas é de 80 cm (para bitola de 20 mm) o que implica
em um bloco com altura total de 90 cm, dos quais 80 cm correspondem à altura útil.
Os 10 cm restantes são correspondentes ao valor mínimo que o fuste deve penetrar
no bloco.

Portanto, para todos os tubulões/pilares a dimensão dos blocos será a mesma,


ou seja, 80x80x90 cm3, conforme mostrado na figura 9.3. A armadura para os blocos
deve ser constituída por estribos horizontais fechados, para combater ao esforço de
fendilhamento produzido pelo tirante T, cuja resultante é igual a RT, e estribos verticais
construtivos, nas duas direções.

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Figura 9.3 – Blocos B7 = B10 – Forma

A carga vertical máxima é a dos pilares P7 = P10, N = 1071 kN, cuja dimensão
é 25/40 cm2. Fazendo-se o equilíbrio no nós A e B da figura 9.3 obtém-se o valor da
força de tração do tirante, RT = (P / 4) [(DF - b) / d] = (1071 /4) [(70 - 25) / 80] ≈ 151 kN.
A armadura (estribos horizontais) para combater essa tração é dada por AS = RTd / fyd
= 151x1,4 / 43,5 = 4,85 cm2. Para estribos com bitola 8 mm (2 ramos tracionados por
estribo, com área 2x0,503 cm2) deve-se usar 4,85 / (2x0,503) ≈ 5 estribos, resultando
estribos horizontais de 8 mm a cada 15 cm. Para os estribos verticais construtivos são
adotados bitola de 6,3 a cada 15 cm.

Para os blocos B8 = B9, com N = 803 kN e as mesmas dimensões, a resultante


RT = 125 kN e a armadura AS = 4,04 cm2, resultando 5 estribos horizontais de 8 mm.
Em ordem decrescente de carga vertical o próximo bloco é o B3, com força normal N
= 551 kN, RT = 86 kN e AS = 2,77 cm2, resultando 5 estribos horizontais de 6,3 mm.

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Dessa forma a armadura para os blocos B7 = B10 e B8 = B9 será a mesma


calculada para os primeiros. Para os demais, a favor da segurança, pode-se usar a
mesma armadura calculada para o B3, com estribos horizontais de 6,3 mm a cada 15
cm. Opcionalmente, para uniformizar a forma e a armadura dos blocos, pode-se ado-
tar todos os blocos com as mesmas dimensões e armadura que o B7 = B8, conforme
mostrado na figura 9.4.

Figura 9.4 – Blocos B1 a B17 – Armação

A forma da fundação apresentada na figura 9.5 mostra os blocos amarrados


por cintas de travamento CT, com seção transversal 20/40 cm2 e armadura calculada
para um momento fletor produzido pela força normal aplicado com uma excentricidade
igual a 10% da largura “b” do pilar. Assim o momento máximo será Mmax = Nmax(25/10)
= 1071x2,5 = 2678 kNcm, com As = 2,55 cm2 (212,5mm).

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Figura 9.5 – Forma da Fundação

Cada cinta de travamento (CT) será armada isoladamente ligando sempre dois
blocos, com 4 12,5 mm de mesmo comprimento, duas barras positivas (inferior) e
duas barras negativas (superior). Como a distância entre dois blocos é variável, essas
4 barras terão comprimentos distintos para cada CT, entrando sempre em cada bloco

o comprimento de ancoragem b = 55 cm (tabela 6.3). A armação esquemática para


todas as cintas de travamento está mostrada na figura 9.6.

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Figura 9.6 – Cintas de travamento (CT) - Armação

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ANEXOS

FÓRMULAS E TABELAS

Obs.: Os números de equações e tabelas que aparecem no anexo se referem


aos mesmos números em que são apresentados nos capítulos das apostilas I e II de
CONCRETO ARMADO, do mesmo autor.

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E ci  α E 5600 f ck para fck ≤ 50 MPa (Grupo I) (1.5a)

Sendo αE = 1,2 concreto produzido com brita de basalto ou diabásio


αE = 1,0 concreto produzido com brita de granito ou gnaisse
αE = 0,9 concreto produzido com brita de calcário
αE = 0,7 concreto produzido com brita de arenito

E cs  α i E ci (1.6a)

Sendo
fck
α i  0,8  0,2  1,0 (fck em MPa) (1.6b)
80

fct,m = 0,3 (fck)2/3 (MPa) P/ concretos de classes até C50 (1.12a)

0,21 (fck)2/3 (MPa) até C50


fctk,inf = 0,7 fct,m = (1.13a)
1,484 ln (1 + 0,11fck) (MPa) C55 até C90
0,39 (fck)2/3 (MPa) até C50
fctk,sup = 1,3 fct,m = (1.13b)
2,756 ln (1 + 0,11fck) (MPa) C55 até C90

Tabela 1.3 – Diâmetros nominais de barras e fios - NBR 7480:1996

BARRAS Φ≥ 5 mm - LAMINAÇÃO A QUENTE - AÇOS CA-25 E CA-50

5 6,3 8 10 12,5 16 20 22 25 32 40

FIOS Φ≤ 10 mm – LAMINAÇÃO A FRIO – AÇO CA-60

2,4 3,4 3,8 4,2 4,6 5,0 5,5 6,0 6,4 7,0 8,0 9,5 10

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Tabela 1.4 – Valores nominais para fios e barras de aço

Diâmetro nomi- Massa Área nominal


nal Nominal da seção
(mm) (kg/m) (cm2)

Fios Barras

5,0 5,0 0,154 0,196

6,0 0,222 0,283

6,3 0,245 0,312

6,4 0,253 0,322

7,0 0,302 0,385

8,0 8,0 0,395 0,503

9,5 0,558 0,709

10,0 10,0 0,617 0,785

- 12,5 0,963 1,227

- 16 1,578 2,011

- 20,0 2,466 3,142

- 22,0 2,984 3,801

- 25,0 3,853 4,909

- 32,0 6,313 8,042

- 40,0 9,865 12,566

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Tabela 1.5 – Valor do coeficiente de aderência η1


(Tabela 8.3 da NBR 6118:2014)

Tipo de superfície η1
Lisa (CA 25) 1,00
Entalhada (CA 60) 1,40
Nervurada (CA 50) 2,25

Tabela 1.6 – Valores de (f1)x(f3) (Tab. 11.1 da NBR 6118:2014)

Ações
Combinações Permanentes Variáveis Protensão Recalques
de (g) (q) (p) de apoio e
ações retração
D F G T D F D F
Normais 1,4a 1,0 1,4 1,2 1,2 0,9 1,2 0
Especiais ou
1,3 1,0 1,2 1,0 1,2 0,9 1,2 0
de construção
Excepcionais 1,2 1,0 1,0 0 1,2 0,9 0 0
Onde: D é desfavorável, F é favorável, G é geral e T é temperatura.
a
- Para as cargas permanentes de pequena variabilidade, como o peso próprio das estruturas,
especialmente as pré-moldadas, esse coeficiente pode ser reduzido para 1,3.

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Tabela 1.7 – Valores do coeficiente f2 (Tab. 11.2 da NBR 6118:2014)

f2
AÇÕES 0 1a 2
Locais em que não há predominância de
peso de equipamentos que permanecem
0,5 0,4 0,3
fixos por longos períodos de tempo, nem
de elevadas concentrações de pessoas b
Cargas acidentais Locais em que há predominância de pesos
de edifícios
de equipamentos que permanecem fixos
0,7 0,6 0,4
por longos períodos de tempo, ou de ele-
vada concentração de pessoas c
Biblioteca, arquivos, oficinas e garagens 0,8 0,7 0,6
Pressão dinâmica do vento nas estruturas
Vento 0,6 0,3 0
em geral
Variações uniformes de temperatura em
Temperatura 0,6 0,5 0,3
relação à média anual local
a Para os valores 1 relativos às pontes e principalmente aos problemas de fa-
diga, ver seção 23 da NBR 6118:2014.
b Edifícios residenciais
c Edifícios comerciais, de escritórios, estações e edifícios públicos

Tabela 1.10 – Valores dos coeficientes c e s


(Tab. 12.1 da NBR 6118:2014)

Concreto Aço
Combinações
c s

Normais 1.4 1.15

Especiais ou de
1.2 1.15
construção
Excepcionais 1.2 1

156
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Tabela 1.11 – Valores finais de cálculo para os concretos e aços usuais

Valores finais de cálculo para os concretos do grupo I - fc (kN/cm2)


αc = 0,85

C20 C25 C30 C35 C40 C45 C50

1,214 1,518 1,821 2,125 2,429 2,732 3,036

Valores finais de cálculo para os concretos do grupo II - fc (kN/cm2)


αc = 0,85 [1 – (fck – 50) / 200]

C55 C60 C65 C70 C75 C80 C85 C90

3,256 3,461 3,650 3,825 3,984 4,129 4,258 4,371

Valores de cálculo para os aços - fyd (kN/cm2)

CA 25 CA 50 CA 60

21,74 43,48 52,17

Tabela 2.3 – Valores de KL COM o adequado comportamento dútil

CLASSE λ ξL= (X/d)L αL= λ(X/d)L KL= αL(1- αL/2)

Até C50 0,8000 0,45 0,360 0,295


C55 0,7875 0,35 0,276 0,238
C60 0,7750 0,35 0,271 0,234
C65 0,7625 0,35 0,267 0,231
C70 0,7500 0,35 0,263 0,228
C75 0,7375 0,35 0,258 0,225
C80 0,7250 0,35 0,254 0,222
C85 0,7125 0,35 0,249 0,218
C90 0,7000 0,35 0,245 0,215

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Tabela 2.7 – Taxas de armaduras mínimas para vigas com seção retangular

Valores de ρmin = (As,min/Ac)


Seções retangulares, γc=1,4, γs=1,15
(d/h)=0,70 (d/h)=0,75 (d/h)=0,80 (d/h)=0,85 (d/h)=0,90 (d/h)=0,95
fck
CA 50 CA 60 CA 50 CA 60 CA 50 CA 60 CA 50 CA 60 CA 50 CA 60 CA 50 CA 60

20 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150

25 0,151 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150

30 0,170 0,150 0,158 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150

35 0,188 0,157 0,175 0,150 0,164 0,150 0,153 0,150 0,150 0,150 0,150 0,150

40 0,205 0,171 0,191 0,159 0,179 0,150 0,168 0,150 0,158 0,150 0,150 0,150

45 0,222 0,185 0,206 0,172 0,194 0,161 0,181 0,151 0,171 0,150 0,161 0,150

50 0,238 0,198 0,221 0,184 0,208 0,172 0,194 0,162 0,183 0,153 0,173 0,150

55 0,241 0,201 0,225 0,187 0,211 0,175 0,197 0,164 0,186 0,155 0,176 0,150

60 0,251 0,209 0,233 0,194 0,219 0,182 0,205 0,171 0,193 0,161 0,183 0,152

65 0,259 0,216 0,241 0,201 0,226 0,188 0,212 0,176 0,200 0,166 0,189 0,157

70 0,267 0,222 0,248 0,207 0,233 0,194 0,218 0,182 0,206 0,172 0,195 0,162

75 0,274 0,229 0,255 0,213 0,239 0,199 0,224 0,187 0,212 0,176 0,199 0,166

80 0,282 0,235 0,262 0,218 0,245 0,204 0,230 0,192 0,217 0,181 0,203 0,169

85 0,288 0,240 0,268 0,224 0,251 0,209 0,236 0,196 0,222 0,185 0,210 0,175

90 0,295 0,245 0,274 0,228 0,256 0,214 0,241 0,201 0,227 0,189 0,215 0,179

160
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Tabela 3.8 – Reações de apoio em lajes retangulares, carga uniforme (Tepedino)

Tipo
r’a=0,183
ra=0,144
r’’a=0,317
ra=0,25

b/a rb ra r’b r’’b r’b r’’b rb r’a r’’a rb


0,50 - 0,165 0,125 0,217 - - 0,217 0,125 0,217 0,158
0,55 - 0,172 0,138 0,238 - - 0,238 0,131 0,227 0,174
0,60 - 0,177 0,150 0,260 - - 0,259 0,136 0,236 0,190
0,65 - 0,181 0,163 0,281 - - 0,278 0,140 0,242 0,206
0,70 - 0,183 0,175 0,302 - - 0,294 0,143 0,247 0,222
0,75 - 0,183 0,187 0,325 - - 0,308 0,144 0,249 0,238
0,80 - 0,183 0,199 0,344 - - 0,320 0,144 0,250 0,254
0,85 - 0,183 0,208 0,361 - - 0,330 0,144 0,250 0,268
0,90 - 0,183 0,217 0,376 - - 0,340 0,144 0,250 0,281
0,95 - 0,183 0,225 0,390 - - 0,348 0,144 0,250 0,292
1,00 0,250 0,183 0,232 0,402 0,183 0,317 0,356 0,144 0,250 0,303
1,05 0,262 0,183 0,238 0,413 0,192 0,332 0,363 0,144 0,250 0,312
1,10 0,273 0,183 0,244 0,423 0,200 0,346 0,369 0,144 0,250 0,321
1,15 0,283 0,183 0,250 0,432 0,207 0,358 0,374 0,144 0,250 0,329
1,20 0,292 0,183 0,254 0,441 0,214 0,370 0,380 0,144 0,250 0,336
1,25 0,300 0,183 0,259 0,448 0,220 0,380 0,385 0,144 0,250 0,342
1,30 0,308 0,183 0,263 0,455 0,225 0,390 0,389 0,144 0,250 0,348
1,35 0,315 0,183 0,267 0,462 0,230 0,399 0,393 0,144 0,250 0,354
1,40 0,321 0,183 0,270 0,468 0,235 0,408 0,397 0,144 0,250 0,359
1,45 0,328 0,183 0,274 0,474 0,240 0,415 0,400 0,144 0,250 0,364
1,50 0,333 0,183 0,277 0,479 0,244 0,423 0,404 0,144 0,250 0,369
1,55 0,339 0,183 0,280 0,484 0,248 0,429 0,407 0,144 0,250 0,373
1,60 0,344 0,183 0,282 0,489 0,252 0,436 0,410 0,144 0,250 0,377
1,65 0,348 0,183 0,285 0,493 0,255 0,442 0,413 0,144 0,250 0,381
1,70 0,353 0,183 0,287 0,497 0,258 0,448 0,415 0,144 0,250 0,384
1,75 0,357 0,183 0,289 0,501 0,261 0,453 0,418 0,144 0,250 0,387
1,80 0,361 0,183 0,292 0,505 0,264 0,458 0,420 0,144 0,250 0,390
1,85 0,365 0,183 0,294 0,509 0,267 0,463 0,422 0,144 0,250 0,393
1,90 0,368 0,183 0,296 0,512 0,270 0,467 0,424 0,144 0,250 0,396
1,95 0,372 0,183 0,297 0,515 0,272 0,471 0,426 0,144 0,250 0,399
2,00 0,375 0,183 0,299 0,518 0,275 0,475 0,428 0,144 0,250 0,401
O valor da reação é dado por: R = r (pa)
a é o vão com o maior número de engaste. Caso o número de engaste seja o mesmo nas duas direções, a é o menor vão.

161
Departamento de Engenharia de Estruturas (DEEs) Projeto
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Tabela 3.9 – Momentos fletores, regime rígido-plástico, carga uniforme (Tepedino)

Tipo

b/a ma mb ma mb ma mb ma mb ma mb ma mb
0,50 - - 122,1 50,9 - - 103,2 64,5 215,6 80,8 - -
0,55 - - 92,2 46,5 - - 81,4 61,6 161,2 73,2 - -
0,60 - - 72,6 43,6 - - 66,9 60,2 125,6 67,8 - -
0,65 - -- 59,2 41,7 - - 56,9 60,1 101,4 64,2 - -
0,70 - - 49,7 40,6 - - 49,7 60,8 84,2 61,9 - -
0,75 - - 42,7 40,1 - - 44,3 62,3 71,8 60,6 - -
0,80 - - 37,6 40,1 - - 40,3 64,5 62,5 60,0 - -
0,85 - - 33,6 40,5 - - 37,2 67,2 55,5 60,1 - -
0,90 - - 30,5 41,2 - - 34,8 70,4 50,0 60,8 - -
0,95 - - 28,1 42,3 - - 32,8 74,0 45,7 61,8 - -
1,00 24,0 24,0 26,1 43,6 40,0 40,0 31,2 78,0 42,2 63,3 60,0 60,0
1,05 21,8 24,1 24,5 45,1 36,4 40,1 29,9 82,4 39,4 65,2 54,6 60,2
1,10 20,1 24,3 23,2 46,8 33,5 40,5 28,8 87,1 37,1 67,3 50,2 60,7
1,15 18,6 24,6 22,1 48,8 31,0 41,0 27,9 92,2 35,2 69,8 46,6 61,6
1,20 17,4 25,1 21,2 50,9 29,0 41,8 27,1 97,6 33,5 72,5 43,5 62,7
1,25 16,4 25,6 20,4 53,2 27,3 42,7 26,4 103, 32,2 75,4 41,0 64,4
1,30 15,5 26,3 19,8 55,6 25,9 43,8 25,9 109,
2 31,0 78,6 38,8 65,6
1,35 14,8 27,0 19,2 58,2 24,7 44,9 25,4 115,
2 30,0 82,0 37,0 67,4
1,40 14,2 27,8 18,7 61,0 23,6 46,3 24,9 122,
5 29,1 85,6 35,4 69,4
1,45 13,6 28,6 18,2 63,9 22,7 47,7 24,5 128,
1 28,4 89,4 34,0 71,6
1,50 13,1 29,6 17,8 66,9 21,9 49,3 24,2 136,
9 27,7 93,4 32,8 73,9
1,55 12,7 30,6 17,5 70,1 21,2 50,9 23,9 143,
1 27,1 97,6 31,8 76,4
1,60 12,4 31,6 17,2 73,4 20,6 52,7 23,6 151,
5 26,6 102, 30,9 79,0
1,65 12,0 32,7 16,9 76,8 20,0 54,5 23,4 159,
1 26,1 106,
0 30,0 81,8
1,70 11,7 33,9 16,7 80,3 19,5 56,5 23,2 167,
1 25,7 111,
6 29,3 84,7
1,75 11,5 35,1 16,5 84,0 19,1 58,5 23,0 175,
3 25,3 116,
3 28,7 87,8
1,80 11,2 36,4 16,3 87,8 18,7 60,6 22,8 184,
7 25,0 121,
2 28,1 91,0
1,85 11,0 37,7 16,1 91,7 18,4 62,9 22,6 193,
5 24,7 126,
3 27,6 94,3
1,90 10,8 39,1 15,9 95,8 18,0 65,2 22,5 202,
5 24,4 132,
6 27,1 97,7
1,95 10,7 40,5 15,8 99,9 17,8 67,5 22,3 212,
7 24,1 137,
0 26,6 101,
2,00 10,5 42,0 15,6 104, 17,5 70,0 22,2 222,
2 23,9 143,
6 26,3 105,
3
2
O valor do momento
2 fletor positivo é dado por:
0 M = (pa )/m 3 0
O momento fletor negativo na direção a ou b, se tiver, será dado por: Xi = 1,5 Mi
a é o vão com o maior número de engaste. Caso o número de engaste seja o mesmo nas duas direções, a é o menor vão.

162
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Tabela 3.10 – Flecha elástica em lajes retangulares, carga uniforme (Tepedino)

Tipo

b/a f1 f1 f1 f1 f1 f1
0,50 - 0,0068 - 0,0062 0,0033 -
0,55 - 0,0090 - 0,0080 0,0045 -
0,60 - 0,011 - 0,0098 0,0058 -
0,65 - 0,014 - 0,012 0,0073 -
0,70 - 0,017 - 0,014 0,0090 -
0,75 - 0,020 - 0,015 0,011 -
0,80 - 0,022 - 0,017 0,012 -
0,85 - 0,025 - 0,019 0,014 -
0,90 - 0,028 - 0,020 0,015 -
0,95 - 0,030 - 0,021 0,017 -
1,00 0,048 0,033 0,025 0,023 0,018 0,015
1,05 0,053 0,035 0,027 0,024 0,020 0,016
1,10 0,057 0,037 0,029 0,024 0,021 0,018
1,15 0,062 0,039 0,032 0,025 0,022 0,019
1,20 0,066 0,041 0,034 0,026 0,023 0,020
1,25 0,071 0,043 0,036 0,027 0,024 0,021
1,30 0,075 0,044 0,038 0,027 0,025 0,022
1,35 0,079 0,046 0,040 0,028 0,026 0,023
1,40 0,083 0,047 0,041 0,028 0,026 0,024
1,45 0,087 0,049 0,043 0,029 0,027 0,025
1,50 0,090 0,050 0,045 0,029 0,027 0,026
1,55 0,094 0,051 0,046 0,029 0,028 0,027
1,60 0,097 0,052 0,047 0,029 0,028 0,027
1,65 0,100 0,053 0,048 0,030 0,028 0,027
1,70 0,103 0,053 0,049 0,030 0,028 0,028
1,75 0,106 0,054 0,050 0,030 0,028 0,028
1,80 0,109 0,055 0,050 0,030 0,028 0,028
1,85 0,112 0,056 0,051 0,030 0,029 0,029
1,90 0,114 0,056 0,052 0,030 0,029 0,029
1,95 0,116 0,057 0,054 0,030 0,029 0,029
2,00 0,119 0,058 0,055 0,030 0029 0,029
O valor da flecha é dada por: f = f1 (p.a4) / (Ecs h3)
a é o vão com o maior número de engaste. Caso o número de engaste seja o mesmo nas duas direções, a é o menor vão.

163
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Tabela 3.11 A – Momentos fletores, regime elástico, carga uniforme (Tepedino)

Tipo

b/a ma mb ma mb na ma mb na nb
0,50 - - 119,0 44,1 32,8 - - - -
0,55 - - 91,7 40,0 27,6 - - - -
0,60 - - 74,1 37,2 23,8 - - - -
0,65 - - 61,7 35,3 20,9 - - - -
0,70 - - 52,1 34,1 18,6 - - - -
0,75 - - 45,2 33,4 16,8 - - - -
0,80 - - 40,2 33,1 15,4 - - - -
0,85 - - 36,1 33,2 14,2 - - - -
0,90 - - 32,9 33,5 13,3 - - - -
0,95 - - 30,3 33,9 12,5 - - - -
1,00 23,6 23,6 28,2 34,4 11,9 37,2 37,2 14,3 14,3
1,10 20,0 23,6 25,1 36,2 10,9 31,3 37,4 12,7 13,6
1,20 17,4 23,7 22,8 38,6 10,2 27,4 38,2 11,5 13,1
1,30 15,5 24,2 21,2 41,4 9,7 24,6 40,0 10,7 12,8
1,40 14,1 25,0 20,0 44,4 9,3 22,6 41,8 10,1 12,6
1,50 13,0 25,7 19,1 47,3 9,0 21,1 44,4 9,6 12,4
1,60 12,1 26,8 18,4 51,4 8,8 20,0 48,2 9,2 12,3
1,70 11,4 27,9 17,8 55,8 8,6 19,2 52,4 9,0 12,3
1,80 10,9 28,8 17,4 59,4 8,4 18,5 56,1 8,7 12,2
1,90 10,5 30,4 17,1 63,0 8,3 18,0 60,2 8,6 12,2
2,00 10,1 31,6 16,8 67,6 8,2 17,5 62,5 8,4 12,2
O valor do momento positivo é dado por: M = pa2/m e do negativo por X = pa2/n
a é o vão com o maior número de engaste. Caso o número de engaste seja o mesmo nas duas direções, a é o menor vão.

164
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Tabela 3.11 B – Momentos fletores, regime elástico, carga uniforme (Tepedino)

Tipo

b/a ma mb na ma mb na nb ma mb na nb
0,50 113,6 47,9 33,7 222,2 72,7 49,3 35,2 - - - -
0,55 88,5 44,8 28,6 161,3 64,3 40,5 30,7 - - - -
0,60 73,0 42,9 25,0 123,5 58,4 34,4 27,2 - - - -
0,65 60,2 42,0 22,2 99,0 54,3 29,8 24,6 - - - -
0,70 53,5 41,7 20,1 82,0 51,3 26,2 22,5 - - -
0,75 47,2 42,0 18,5 69,0 49,5 23,4 21,0 - - - -
0,80 42,9 43,0 17,3 59,2 48,4 21,2 19,7 - - - -
0,85 39,4 44,2 16,3 52,4 47,9 19,5 19,2 - - - -
0,90 36,5 45,7 15,5 47,4 48,0 18,1 18,7 - - - -
0,95 34,2 47,8 14,8 43,1 48,6 17,1 18,4 - - - -
1,00 32,4 49,8 14,3 39,7 49,5 16,2 18,3 49,5 49,5 19,4 19,4
1,10 29,9 54,7 13,5 34,8 52,3 14,8 17,7 41,3 50,4 17,1 18,4
1,20 28,0 61,5 13,0 31,6 56,5 13,9 17,4 34,8 53,0 15,6 17,9
1,30 26,7 67,2 12,6 29,4 61,6 13,2 17,4 32,7 56,4 14,5 17,6
1,40 25,8 75,0 12,3 27,9 68,0 12,8 17,4 30,1 60,7 13,7 17,5
1,50 25,3 83,9 12,3 26,7 74,1 12,5 17,5 28,3 67,3 13,2 17,5
1,60 24,8 93,0 12,1 25,9 81,4 12,3 17,7 27,1 73,7 12,8 17,5
1,70 24,4 101,8 12,0 25,3 88,7 12,1 17,9 26,1 82,4 12,5 17,5
1,80 24,2 110,2 12,0 24,9 99,6 12,0 18,0 25,5 88,2 12,3 17,5
1,90 24,0 120,4 12,0 24,5 106,5 12,0 18,0 25,1 98,9 12,1 17,5
2,00 24,0 131,6 12,0 24,3 113,6 12,0 18,0 24,7 104,2 12,0 17,5
O valor do momento positivo é dado por: M = pa2/m e do negativo por X = pa2/n
a é o vão com o maior número de engaste. Caso o número de engaste seja o mesmo nas duas direções, a é o menor vão.

165
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Tabela 3.12 A - Momentos fletores em lajes com carga triangular (Bares)

Tipo

b/a ma mb ma mb nb ma mb nb ma mb nbi nbs ma mb na


0,5 62,5 19,5 109 35,6 15,3 78,1 25,4 17,9 147 46,9 19,5 29,8 55,6 16,3 22,6

0,6 54,6 22,1 94,3 37,7 15,9 75,2 27,3 18,8 128 48,1 19,8 30,0 51,5 17,8 28,4

0,7 50,0 25,6 86,2 41,2 16,8 69,0 30,1 20,4 114 50,2 20,3 30,9 50,5 19,2 36,0

0,8 47,8 29,9 81,3 45,7 17,8 64,5 33,6 22,4 105 53,5 21,2 32,4 52,9 21,1 44,2

0,9 46,7 35,0 78,1 51,5 19,1 61,3 37,5 24,9 101 57,5 21,9 34,4 56,5 23,6 53,8

1,0 47,2 41,5 74,6 58,1 20,2 58,8 42,4 28,4 99,0 62,5 23,1 37,5 61,7 26,7 66,2

1,1 36,9 39,5 59,5 54,3 18,4 46,9 39,5 26,7 74,6 55,9 20,2 34,0 55,2 24,9 64,9

1,2 34,5 37,9 48,8 51,0 16,9 39,2 37,3 25,3 59,9 51,5 18,2 31,7 50,8 23,5 64,1

1,3 30,5 37,0 41,7 48,5 15,7 33,8 35,8 24,6 49,5 48,5 16,5 30,2 47,6 22,4 65,8

1,4 27,5 36,2 36,4 46,7 14,7 29,7 35,0 24,3 41,8 46,5 15,1 29,5 44,8 21,4 68,0

1,5 25,2 35,6 32,5 45,2 13,9 26,7 34,1 24,0 36,8 45,2 14,2 28,5 43,1 20,7 69,4

1,6 23,4 34,8 25,6 44,4 13,2 24,4 33,7 24,0 33,0 44,8 13,6 27,7 41,7 19,8 70,9

1,7 21,8 35,3 26,9 44,4 12,9 22,4 34,0 24,5 29,7 45,0 13,2 27,5 40,5 19,1 75,2

1,8 20,6 35,1 25,1 43,5 12,4 21,1 33,6 24,7 27,3 44,1 12,6 26,8 39,8 18,5 76,9

1,9 19,6 35,2 23,6 42,6 12,1 19,9 33,8 25,2 25,3 43,3 12,2 26,7 39,4 18,0 81,3

2,0 18,7 36,0 22,3 43,1 11,9 18,8 34,7 26,6 23,6 43,9 11,9 26,9 38,8 17,5 89,3
2 2
O valor do momento positivo é dado por: Mi = pl /mi e do negativo por Xi = pl /ni
l é o menor vão entre a (direção horizontal) e b (direção vertical).
Tabela baseada em Bares (1972), apud Pinheiro (2007) e adaptada pelo autor.

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Tabela 3.12 B - Momentos fletores em lajes com carga triangular (Bares)

b/a ma mb na nb ma mb na nb ma mb na nbi nbs


0,5 104 38,6 27,8 16,3 86,2 27,6 21,6 19,5 125 48,3 34,2 20,2 31,0

0,6 112 44,1 27,9 17,7 76,3 31,9 21,8 22,1 128 52,4 33,7 21,1 32,5

0,7 86,2 52,1 28,8 19,8 68,0 37,5 22,4 26,2 122 58,8 33,6 22,5 36,0

0,8 80,0 63,7 30,5 22,5 64,1 44,1 23,9 31,9 109 65,4 34,4 24,5 40,8

0,9 81,3 75,2 32,7 25,7 64,9 53,2 26,0 39,2 99,0 74,6 35,0 27,0 47,4

1,0 84,0 90,1 35,1 29,4 67,1 64,5 27,7 48,8 97,1 87,7 37,0 30,3 56,8

1,1 72,5 87,0 31,2 27,8 58,5 62,5 25,7 51,8 80,0 83,3 32,4 28,1 57,1

1,2 64,9 86,2 28,5 26,5 52,9 62,9 23,9 53,8 70,4 82,0 29,2 26,6 57,8

1,3 59,9 85,5 26,5 25,4 48,8 63,7 22,4 56,8 63,3 82,0 26,7 25,5 59,9

1,4 55,9 84,0 24,7 24,7 45,7 64,5 21,1 61,3 57,5 83,3 24,7 24,8 62,9

1,5 52,6 82,6 23,4 23,9 43,5 64,5 20,1 64,9 53,2 82,0 23,4 23,9 65,4

1,6 49,5 81,3 22,4 23,4 41,7 64,5 19,3 69,9 49,8 81,3 22,3 23,4 69,0

1,7 46,9 81,3 21,6 23,1 40,2 65,3 18,6 75,2 46,9 81,3 21,5 23,1 74,1

1,8 44,8 79,4 21,1 22,5 39,5 65,8 18,0 76,9 45,2 79,4 21,0 22,5 76,9

1,9 42,9 79,4 20,6 22,2 38,8 69,4 17,5 81,3 43,7 79,4 20,5 22,2 81,3

2,0 41,1 80,6 20,1 22,3 38,0 73,5 16,9 89,3 42,2 80,6 20,0 22,3 92,6

O valor do momento positivo é dado por: Mi = p2/mi e do negativo por Xi = p2/ni


é o menor vão entre a (direção horizontal) e b (direção vertical).
Tabela baseada em Bares (1972), apud Pinheiro (2007) e adaptada pelo autor.

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 i σ si 3σ si
wk  (4.1)
12,5η1 Esi f ctm

 i σ si  4 
wk    45  (4.2)
12,5η1 E si  ρ ri 

f yd A s,cal
σ si  (4.3)
γf A se

 i f yd
aw  (4.11)
12,5η1 γ f E si w k,lim

A se 3a w f yd
 1 (4.13)
A s,cal γ f f ctm

ρr A se 4a w
  22,5aw  22,5aw 2  1 (4.16)
ρ r,cal A s,cal ρ r,cal

Vd
τ wd  (5.5)
bw d

TABELA 5.1 – Valores de w,min


Grupo I – fck ≤ 50 MPa Grupo II – fck > 50 MPa
ρw,min = 0,012 fck(2/3) ρw,min = 0,0848 ln(1+0,11fck)
fck (MPa) w,min fck (MPa) w,min

20 0,088 55 0,166

25 0,103 60 0,172

30 0,116 65 0,178

35 0,128 70 0,183

40 0,140 75 0,189

45 0,152 80 0,194

50 0,163 85 0,198

- - 90 0,203

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VSd  VRd2 (5.12)

VSd  VRd3 = Vc +Vsw (5.13)


VRd2
τ wd2   0,27α v2 f cd (5.16)
bwd

TABELA 5.2 – Valores de wd2 (Modelo I)

Grupo I – fck ≤ 50 MPa Grupo II – fck > 50 MPa

fck (MPa) wd2 (kN/cm2) fck (MPa) wd2 (kN/cm2)

20 0,355 55 0,827

25 0,434 60 0,879

30 0,509 65 0,928

35 0,581 70 0,972

40 0,648 75 1,013

45 0,712 80 1,049

50 0,771 85 1,082

- - 90 1,111

TABELA 5.3 – Valores de c0


Grupo I Grupo II
c0 = 0,009fck2/3 c0 = 0,0636ln(1+0,11fck)

fck (MPa) c0 (kN/cm2) fck (MPa) c0 (kN/cm2)

20 0,0663 55 0,124
25 0,0769 60 0,129
30 0,0869 65 0,133
35 0,0963 70 0,138
40 0,0963 75 0,141
45 0,114 80 0,145
50 0,122 85 0,149
- - 90 0,152

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Tabela 5.4 – Valores de wd,min para o Modelo I


Grupo I Grupo II
wd,min=0,0137fck2/3 wd,min=0,0968ln(1+0,11fck)
fck (MPa) wd,min (kN/cm2) fck (MPa) wd,min (kN/cm2)
20 0,101 55 0,189
25 0,117 60 0,196
30 0,132 65 0,203
35 0,147 70 0,209
40 0,160 75 0,215
45 0,173 80 0,221
50 0,186 85 0,226
- - 90 0,231

τ wd  τ c0
ρ w  100 ρ *w  100 (5.29)
39,15

 VSd,max 
a L  d 1  cotgα   cotgα  d
 2VSd,max  Vc 
(5.34)


Onde:
aL = d para VSd,max ≤ Vc (em módulo)
aL  0,5 d no caso geral
aL  0,2 d para estribos inclinados a 45º

wd2 = 0,54 v2 fcd sen2 (cotg + cotg) (5.37)


 τ  τ c0 
τ c1  τ c0  1  wd  (5.40)
 τ wd2  τ c0 
τ wd  τ c1
ρ w  100 (5.43)
39,15cotgθ

VSd ≤ VRd1 ou wd ≤ wd1 (5.46)

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VRd1 = [Rd k (1,2 + 40 ρ1)] bw d = [wd1] bw d (5.47)


0,0375 (fck)2/3 (MPa) fck ≤ 50 MPa
Rd = 0,179 fctk,inf = (5.49)
0,265 ln (1 + 0,11fck) (MPa) fck > 50 MPa
ρ1 = As1 / (bw d) ≤ 0,02 (5.50)

k é um coeficiente que tem os seguintes valores:


k = 1 - para elementos onde 50% da armadura inferior não chega
até ao apoio
k = (1,6 – d) ≥ 1 - para os demais casos, com d em metros.

fbd = 1 2 3 fctd (6.1)

0,21 (fck)2/3 / c (MPa) fck ≤ 50 MPa


fctd = fctk,inf / c = (6.2a)
1,484 ln (1 + 0,11fck) / c (MPa) fck > 50 MPa

Para c = 1,4, tem-se:

0,15 (fck)2/3 (MPa) fck ≤ 50 MPa


fctd = (6.2b)
1,06 ln (1 + 0,11fck) (MPa) fck > 50 MPa

TABELA 6.1 – Valores da resistência de aderência fbd


Aço CA 50, boa aderência,  < 32 mm
Grupo I – fck ≤ 50 MPa Grupo II – fck > 50 MPa
fbd = [0,3375 fck(2/3) / 10 fbd = [2,385 ln(1+0,11fck) / 10]
fck (MPa) fbd (kN/cm2) fck (MPa) fbd (kN/cm2)

20 0,249 55 0,466

25 0,289 60 0,484

171
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30 0,326 65 0,500

35 0,361 70 0,516

40 0,395 75 0,531

45 0,427 80 0,544

50 0,458 85 0,557

- - 90 0,570

 f yd
lb   25 (6.4)
4 f bd

Tabela 6.3 – Valores de lb para aço CA-50, s = 1,15, c = 1,4, boa aderência,
 < 32 mm e concretos com fck ≤ 50 MPa
Concreto Classe I (fck ≤ 50 MPa)
Valores de lb em função do diâmetro (arredondados para o múltiplo
Bitola de 5 cm, imediatamente superior)
(mm) C 20 C 25 C 30 C 35 C 40 C 45 C 50
(43,71) (37,67) (33,36) (30,10) (27,54) (25,46) (25)*
10 45 cm 40 cm 35 cm 35 cm 30 cm 30 cm 25 cm
12,5 55 cm 50 cm 45 cm 40 cm 35 cm 35 cm 35 cm
16 70 cm 65 cm 55 cm 50 cm 45 cm 45 cm 40 cm
20 90 cm 80 cm 70 cm 65 cm 60 cm 55 cm 50 cm
22 100 cm 85 cm 75 cm 70 cm 65 cm 60 cm 55 cm
25 110 cm 95 cm 85 cm 80 cm 70 cm 65 cm 65 cm

A s,cal
l b, nec  α l b  l b, min (6.5)
A se

onde:
  = 1,0 para barras sem gancho;

172
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  = 0,7 para barras tracionadas com gancho, com cobri-


mento no plano normal ao do gancho ≥ 3;
 α = 0,7 quando houver barras transversais soldadas, con-
forme item 9.4.2.2 da NBR 6118:2014;
 α = 0,5 quando houver barras transversais soldadas, con-
forme item 9.4.2.2 da NBR 6118:2014 e gancho com cobri-
mento no plano normal ao do gancho ≥ 3;
 lb é calculado conforme equação (6.4);
 lb,min é o comprimento mínimo de ancoragem, dado por:

0,3 lb
l b,min > 10  (6.6)
10 cm

173

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