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Relatório Reações redox e eletrólise

1. PALAVRAS-CHAVE: Reações redox, energia e eletrólise.

2. OBJETIVO
Aprender e efetuar reações redox, identificando os agentes: oxidante e redutor,
calcular o △Eº das reações, simular a pilha de Volta e realizar eletrólises.

3. INTRODUÇÃO

Reações redox, são reações onde ocorre a transferência de elétrons, em que um


dos reagentes sofre oxidação (perda de elétrons) o que gera um aumento no seu
NOX sendo denominado: Agente redutor, enquanto o outro sofre redução (ganho de
elétrons) que consequentemente gera uma diminuição no seu NOX denominado:
Agente oxidante. A pilha de Volta, também conhecida como célula voltaica, é um
dispositivo que converte energia química em energia elétrica por meio de reações
redox. As simulações desse processo são frequentemente realizadas para entender
os princípios por trás da geração de energia elétrica a partir das reações químicas e
visualizar e compreender os conceitos fundamentais da eletroquímica e da produção
de energia. A eletrólise é uma reação de oxirredução não espontânea, que utiliza
corrente elétrica para ocorrência do processo.

Tabela de potenciais:
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 A natureza elétrica da matéria

TUBO A
Durante a ocorrência dessa reação, de uma peça de cobre metálico adicionado a
uma solução de nitrato de prata, foi possível a visualização de uma camada de
prata sobre o cobre, sendo formada de forma lenta e gradual, aparentando uma
penugem, mas na verdade é uma estrutura policristalina. O tom azulado da solução
se deu devido à migração do cobre para a solução, que gradualmente torna o
líquido azul. A reação se dá como:
Cu(s) + 2 AgNO3(aq) → Cu(NO3)2(aq) + 2 Ag(s)

Reação de oxi-redução: Cu(s) + 2 Ag+(aq) → Cu2+(aq) + 2 Ag(s)

Cu – agente redutor
Ag – agente oxidante

Cu → Cu2+ + 2e- E^0 = -0,34 V


2Ag+ + 2e- → 2Ag E^0 = +0,80 V
—----------------------
▲E = 0,46 V

TUBO B
A solução de sulfato de cobre possui a coloração azul devido a presença do íon
Cu2+. Quando colocamos uma placa de zinco metálico nessa solução, pôde-se
observar com o passar do tempo, a cor da solução se tornando incolor e
aparecendo um depósito de cobre metálico na placa de zinco, que antes era
prateada e brilhante, tornando-se opaca e marrom. A reação se dá como:

Reação: Zn(s) + CuSO4(aq) → Cu(s) + ZnSO4(aq)


Reação de oxi-redução: Zn(s) + Cu2+(aq) → Zn2+(aq) + Cu(s)
Zn - agente redutor
Cu - agente oxidante

Zn → Zn2+ + 2 e– E^0 = +0,76 V


Cu2+ + 2 e– → Cu E^0 = +0,34 V
—----------------
▲E = 1,10 V

TUBO C
Não houve reação espontânea entre o sulfato de zinco e o cobre metálico.
4.2 Simulação da pilha de volta

O princípio do experimento da Pilha de Volta tem a capacidade de transformar


a energia química em energia elétrica através de reações de oxi-redução. O
fluxo de elétrons que surge entre os terminais da pilha (zinco e cobre) está
baseado em um processo conhecido como oxirredução: enquanto a placa de
zinco (ânodo) sofre oxidação, a placa de cobre (cátodo) sofre redução. Além
do mais, para que esse ciclo funcione é necessário uma “ponte”, a solução de
CuSO4, permitindo assim a movimentação constante de íons no sistema. Os
elétrons circulam do sentido do zinco para o cobre.

Após o procedimento experimental, pudemos analisar os seguintes dados:

A reação de dupla troca entre sulfato de cobre e zinco metálico resulta em


sulfato de zinco e cobre, como: Zn(s) + CuSO4(aq) → ZnSO4(aq) + Cu(s)

Reação de oxi-redução: Zn(s) + Cu2+(aq) → Zn2+(aq) + Cu(s)


Zn - agente redutor
Cu - agente oxidante

● Ânodo: semirreação de oxidação - Pilha: polo -


Zn → Zn2+ + 2 e– E^0 = +0,76 V
● Cátodo: semirreação de redução - Pilha: polo +
Cu2+ + 2 e– → Cu E^0 = +0,34 V
—----------------
▲E = 1,10 V

3 pilhas x 1,10 V = 3,30 V (ddp teórica de bateria)

Contudo, apesar de conseguir acender o led, esse não foi o valor obtido no
multímetro durante o experimento. O valor obtido foi 2,70 V. O valor teórico não
corresponde ao experimental devido a alguns fatores, como não ter lixado toda a
face oxidada das placas e/ou possível erro na montagem dos aparelhos.

4.3 Eletrólises
● Para que cada eletrólise ocorresse foi calculado anteriormente do processo
a massa necessária de sulfato de zinco heptahidratado para preparar 150ml
de solução de ZnSO4 0,1 mol.L-¹ que teve como resultado: 4,31g. E a partir
de outro cálculo obteve-se a massa necessária de cloreto de sódio para
preparar 150ml de uma solução de NaCl 0,1mol.L-¹ que teve como
resultado: 0,88g.
● Todas as placas de zinco e cobre foram lixadas com a ajuda de palhas de
aço para remover qualquer camada superficial de óxido ou impurezas que
atrapalhasse a reprodutibilidade do experimento e o uso de luvas para que
as placas não tivessem contato com a gordura presente nas mãos.

Medidas pesadas
ZnSO4 . 7h20 → 4,31g
NaCl → 0,89g

1º eletrólise
Foram montados os eletrodos de cobre (no jacaré da esquerda com fio preto) e
zinco (no jacaré da direita com fio vermelho) com uma distância de 4cm e
as placas foram colocadas em paralelo e assim foi adicionado a solução de
sulfato de zinco 0,1mol.L-¹ com cuidado para não deixar os jacarés em
contato com a solução (evitando que fizesse parte da reação, agindo como
um eletrodo). Logo a pilha foi colocada no sistema (seu polo negativo na
esquerda e o polo positivo à direita), haja vista, que sem ela não ocorreria o
processo. Desse modo a eletrólise ocorreu por 3min, depois a pilha foi
removida e observou-se o Cu funcionando como condutor, a oxidação da
placa de Zn e a redução de Zn2+ da solução que fica depositado na placa de
cobre.

2º Eletrólise
A eletrólise ocorreu por 3min com a solução de sulfato de zinco 0,1mol.L-¹, a
placa de cobre com a impressão digital a esquerda no fio preto, a placa de
zinco a direita com o fio vermelho e a pilha na mesma orientação anterior,
logo observou-se que especificamente na marca da digital não foram
reduzidos íons zinco, propondo que a gordura do dedo expressa na
impressão digital impede a ocorrência de transferência de elétrons naquele
ponto atrapalhando a eletrólise e deixando a “marca” evidente da digital.
Tanto a 1º quanto a 2º eletrólise poderiam ser realizadas com outros materiais
condutores, afinal quem está reduzindo são os íons da solução, isso se a
voltagem da pilha for suficiente para forçar a reação do outro metal.

3º Eletrólise
A eletrólise ocorreu por 3min com a solução de cloreto de sódio 0,1mol.L-¹, a
placa de zinco lavada com água destilada usada nas eletrólises anteriores,
uma nova placa de zinco, o indicador ácido base fenolftaleína e a pilha na
mesma orientação anterior. Assim, o sistema foi ligado e observou-se no
cátodo a redução da água em gás hidrogênio, evidenciado pela geração de
gás junto com a formação de OH- que foi indicada com a ajuda do
indicador fenolftaleína pela coloração rosa da água. A ocorrência da reação
é coerente com o potencial de redução, haja vista, que o potencial de
redução da água é maior que o do sódio.
No ânodo não observou-se a geração de gás cloro, assim conclui-se que não houve
a oxidação do cloreto a cloro e sim a a reação de zinco gerando íons (Zn2+)
e dois elétrons. A ocorrência da reação é condizente com o potencial de
oxidação(potencial do zinco é maior).

5. CONCLUSÃO

Nesse experimento, exploramos além da natureza elétrica da matéria, dois


fenômenos eletroquímicos: o funcionamento de pilhas e o processo de eletrólise.
Ademais, a comparação entre os resultados experimentais e os cálculos teóricos
das reações eletroquímicas evidenciou a eficiência dos processos estudados.

Observamos também, durante a aula prática que a reação redox ocorre


espontaneamente, gerando corrente elétrica que pode ser utilizada para alimentar
dispositivos elétricos. Em conclusão, este experimento proporcionou uma visão
abrangente dos princípios fundamentais da eletroquímica, desde a geração de
corrente elétrica por meio de pilhas até a decomposição eletrolítica de compostos.

6. BIBLIOGRAFIA

Atkins, P. W Peter William et al. Shriver & Atkins’ Inorganic Chemistry. 5. ed.-.
Oxford ; Oxford University Press, 2010.

Chang, Raymond et al. Química. 11. ed.-. Porto Alegre: AMGH Editora Ltda,
2013.

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