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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

CENTRO MULTIDISCIPLINAR DE PAU DOS FERROS


BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

RELATÓRIO DE PRÁTICA EXPERIMENTAL 05


ELETRÓLISE

ELIZABETEH AQUINO ARAGÃO

PAU DOS FERROS


Março/ 2024
1. INTRODUÇÃO

As células voltaicas são construídas com base em reações de oxirredução espontâneas.


Por outro lado, é possível utilizar energia elétrica para promover reações de oxirredução não
espontâneas. Um exemplo é a eletrólise do cloreto de sódio fundido, conforme mostra a
Reação 1:

Devido aos altos pontos de fusão das substâncias iônicas, a eletrólise de sais fundidos
requer temperaturas elevadas. Uma alternativa seria realizar a eletrólise em meio aquoso, no
entanto, os produtos obtidos nem sempre serão os mesmos ao realizar a eletrólise de uma
solução aquosa de um sal, em vez de um sal fundido. Isso se deve à complexidade adicionada
pela presença da água, onde é necessário considerar se a água será oxidada (formando O2) ou
reduzida (formando H2) em vez dos íons do sal fundido (Kotz e Treichel, 2009).

Diversos fenômenos do dia a dia envolvem reações químicas, desde ligar o motor de
um carro girando a chave de ignição, até usar um sabão. Essas reações, semelhantes às
mencionadas no primeiro parágrafo, são chamadas de eletroquímicas, pois envolvem a
produção ou o uso da eletricidade.

A eletroquímica é o campo da química dedicado ao estudo das reações envolvendo


eletricidade. As reações que produzem eletricidade são aquelas encontradas em pilhas e
baterias, enquanto as reações que ocorrem apenas quando a eletricidade passa por um líquido
são conhecidas como reações de eletrólise.

Para compreender melhor os fenômenos que ocorrem pela passagem de eletricidade


através de um líquido, é útil utilizar um gerador de corrente elétrica contínua, como uma
pilha, bateria ou retificador de corrente alternada, como um carregador de bateria de
automóvel. Com uma fonte de corrente contínua em mãos, é possível explorar diversos
fenômenos e experimentos.
2. OBJETIVOS
Examinar a eletrólise de iodeto de potássio (KI), água (H2O) e cloreto de sódio (NaCl),
identificando os produtos principais e as condições requeridas para sua ocorrência.

3. MATERIAIS E MÉTODOS
- 3 Placas de Petri (10 cm de diâmetro)
- Eletrodos de aço-inox - Fonte de corrente
- Dois conectores tipo jacaré
- Dois fios de conexão

3.1. Solução
- Azul de bromotimol
- Iodeto de Potássio (KI) 5% m/v
- Hidróxido de sodio (NaOH) 5% m/v
- Solução de um eletrólito inerte (sulfato de potássio K2SO4 a 5%)
- Solução de NaCl 5% m/v

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

4.1. Eletrólise do KI
Neste procedimento foi mostrado a eletrólise de iodeto de potássio com a formação de iodo
elementar. Numa placa de Petri, foram adicionados 40 mL de solução KI 5% e os eletrodos de aço
inox opostamente colocados, logo rm drguifs foi Conecto os eletrodos à fonte de corrente pelos
cabos e conexões necessários. Para a primeira solução de Ki usou 2,9V e observou a reação. Em
seguida, realizou-se a ligação do circuito, sendo observado as reações e respectivos resultados.
Logo em diante, foi adicionado posteriormente a reação anterior 20 gotas de bromotimol e
observado mais uma vez o que estava ocorrendo na respectiva reação.
Figura 1: experimento montado com solução de KI 5%

Fonte: Autor, 2024.

Figura 2: experimento reagindo a solução de KI 5%

Fonte: Autor, 2024.


4.2. Electrólise da H2O

Na placa de Petri, uma solução de sulfato de potássio (K2SO4), de aproximadamente 40 ml,


foi adicionada, seguida por 20 gotas do indicador Azul de bromotimol, misturando-se bem. Os
eletrodos de aço inoxidável foram posicionados de forma oposta na placa, assim como os cabos de
conexão. Antes de estabelecer a conexão do circuito, aguardou-se um momento para permitir que
eventuais turbulências na solução se dissipassem. Ao conectar o circuito, imediatamente
observaram-se efeitos coloridos ao redor dos eletrodos. Deixando o circuito ligado por alguns
minutos, foi possível apreciar a evolução da eletrólise. Os resultados foram observados e
registrados.
Figura 3: experimento com solução de KI 5% e bromotimol

Fonte: Autor, 2024.

4.1 . RESULTADOS E DISCUSSÃO

Eletrólise de cloreto de sódio (NaCl)


Ao submergir os eletrodos na solução inicialmente incolor de NaCl 5%, uma mudança de
coloração foi observada no ânodo, passando de incolor para uma tonalidade levemente alaranjada.
Isso ocorreu devido à facilidade de descarga do íon cloreto (Cl-) em relação à água.
Consequentemente, o íon cloreto foi oxidado, formando Cl2, cuja coloração é característica,
conforme indicado pela semi-reação anódica subsequente.

Se o eletrodo permanecesse imerso na solução por um longo período, o revestimento


adquiriria uma tonalidade mais escura devido à corrosão causada pelo cloro. No cátodo, foram
observadas a formação de bolhas de hidrogênio. Como a água tem uma maior facilidade de
descarga em comparação com o íon sódio (Na+), ela foi reduzida, resultando na formação de gás
hidrogênio (H2) e íons hidroxila (OH-), conforme indicado pela seguinte semi-reação catódica.

Eletrólise de Água (H2O)


Ao imergir os eletrodos na solução de K2SO4, que continha o indicador azul de bromotimol,
conferindo à solução uma coloração esverdeada, observou-se a formação de bolhas de oxigênio no
ânodo, tornando a solução amarela. Isso ocorreu devido à alta capacidade de descarga da água em
relação ao sulfato (SO42-), resultando na oxidação da água e na formação de gás oxigênio (O2) e
íons H+. A mudança de cor foi causada pelo indicador azul de bromotimol, que assume uma
coloração amarela em meio ácido. A seguinte semi-reação anódica representa essa oxidação:

No cátodo, ocorreu a formação de bolhas de hidrogênio, deixando o meio com coloração


azul. Isso se deve ao fato de a água ter uma maior facilidade de descarga do que o íon potássio
(K+), resultando na redução da água e na formação de gás hidrogênio (H2) e íons hidroxila (OH-).
A mudança de cor foi ocasionada pelo indicador azul de bromotimol, que adquire uma tonalidade
azul em meio ácido.

5. CONCLUSÃO
Observa-se que a aplicação de corrente elétrica para desencadear reações químicas nos
experimentos de eletrólise, um processo não espontâneo, é eficaz, uma vez que essas reações são
induzidas com o auxílio de uma fonte externa de energia. A eletrólise é uma técnica amplamente
utilizada em diversos processos práticos. Muitos metais que fazem parte do nosso cotidiano, como o
alumínio (Al), sódio (Na), magnésio (Mg) e potássio (K), são produzidos por meio da eletrólise,
assim como várias substâncias de grande utilidade, como o ferro metálico (Fe2), gás cloro (Cl2) e
hidróxido de sódio (NaOH), geralmente utilizando sais fundidos. Um exemplo adicional é a
produção de hidrogênio por meio da eletrólise da água, um processo limpo e relativamente simples,
porém que demanda o uso de energia, o que torna sua produção em larga escala impraticável por
esse método.
REFERÊNCIAS
1.BROWN, T. L., LEWAY JR., H. E., BURSTEN, B. E., BURDGE, J. R., Química – A Ciência
Central, Capítulo 20, 9a Edição, Pearson, 2007.
2.Site: http://mundoeducacao.bol.vol.com.br/quimica/eletrolise.htm.
3. SADLER, Maria de L., Métodos Instrumentais para Análise de Soluções, 4ª ed. Lisboa, 2001.

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