Faculdade de Ciência e Tecnologia, Universidade de Cabo Verde

Engenharia Química e Biológica – 1º ano

Descontaminação da água por eletrofloculação

Objetivos
Verificar a eficiência da técnica de eletrofloculação.
Remoção do corante da solução a partir do hidróxido de ferro.

Introdução
Em vista da escassez dos recursos hídricos estão sendo desenvolvidas, atualmente,
diversas alternativas e tecnologias para o tratamento de água residuais. Dentre os
conhecidos “processos verdes”, uma das técnicas mais utilizadas para o tratamento de
poluentes é a eletrofloculação, também chamada de eletrocoagulação ou
eletroflotação.
O método de eletrofloculação é caracterizado por instrumentação e operação simples,
num curto tempo, apresentando boa eficiência na remoção de poluentes de águas
residuais.
Neste experimento, para remoção de corantes, um elétrodo de ferro (prego) é usado para
fornecer iões metálicos para formação de hidróxido de ferro (II ou III), pouco solúvel,
que absorverá o corante presente na solução. Adicionalmente, bolhas de gás são
produzidas no outro elétrodo, que arrastam alguns dos flocos formados pelo hidróxido e
ajudam no estágio de separação (eletrofloculação).
Anodo: Fe (s) Fe2 + (aq) + 2e– Fe2+ (aq) + 2 OH– (l) Fe(OH)2 (s)
Cátodo: 2 H2O (l) + 2e– H2 (g) + 2 OH– (l)
Global: Fe (s) + 2 H2O (l) Fe(OH)2 (aq) + H2 (g)
Conceitos básicos sobre essa prática:
Elétrodo: é o terminal utilizado para conectar um circuito elétrico a uma parte
metálica, não metálica ou solução aquosa.
Eletrólito: é a solução condutora de iões que formam a corrente elétrica gerada pela
célula galvânica.
Eletrólise aquosa: é uma reação de oxirredução não espontânea que ocorre com pela
passagem de corrente elétrica por meio de uma solução de íons dissolvidos em água
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Cátodo: corresponde ao elétrodo negativo na eletrólise, para qual os iões positivos são
atraídos.
Ânodo: corresponde ao elétrodo positivo na eletrólise, para qual os iões negativos são
atraídos.

Figura 1: Esquema experimental para a realização do experimento de eletrofloculação.

Parte experimental
Materiais e reagentes
- Bateria de 9V;
- 2 pregos comuns (com palha de aço arear os pregos para eliminar óxidos se
estiverem);
- 2 fios de cobre (+/- 20cm);
- Garras do tipo “jacaré”;
- Béquer de 50ml;
- NaCl e H2O;
- Corante alimentício, café;
- Papel de filtro de poro fino e funil.
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Engenharia Química e Biológica – 1º ano

Procedimento experimental
1 Adicione 30 ml de H2O em um béquer de 50 ml, contendo 100 mg de NaCl e algumas
gotas de corante alimentício, café ou refrigerante de cola.
2 Monte o sistema como demonstrado na figura 1, de forma que os dois pregos fiquem
completamente imersos na solução em lados opostos.
3- Os pregos serão, a seguir, conectados a uma fonte de corrente contínua ( DC, bateria
de 9V ou 3 pilhas em série), por meio dos fios de cobre comuns utilizando garras do
tipo jacaré.
OBS: Os pregos não devem ser tocados para impedir a ocorrência de um curto-circuito.
A partir desse momento, o ânodo da célula começa a ser lentamente dissolvido por
oxidação, enquanto é possível observar bolhas de hidrogênio sendo produzidas sobre o
cátodo.
4- O corante imediatamente começará a mudar de cor ao redor do cátodo e uma espécie
de (contendo hidróxido de ferro, como descrito acima) começar-se-á a formar. Dentro
de poucos minutos haverá lama suficiente para observar a maior parte do corante e o
experimento poderá ser encerrado.
5- Agite bem a célula e seu conteúdo , então derrame a solução em um funil contendo
papel de filtro de poro fino, e colete o filtrado.

Bibliografia
Crespilho, F. N, Rezende, M.O. Eletroflotação: Princípio e Aplicações. São Carlos:
Rima, 2004.
Ibanez, J. G. Saneamento ambiental por métodos eletroquímicos. Química Nova na
Escola v.15, p.45, 2002