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Densidade é a razão entre massa e volume. Nesse experimento você verá como essa grandeza pode
ser alterada quando há mistura de um material com outras substâncias1.
Um dos grandes desafios da Química tem sido a obtenção de substâncias puras a partir de misturas,
já que a maioria dos materiais presentes na natureza é formada por misturas de substâncias 2. Há vários
métodos de separação de misturas e nesta prática você terá acesso aos seguintes métodos:
a) Separação magnética: método de separação de misturas heterogêneas onde um dos componentes
sólidos possui propriedades magnéticas (ferro, cobalto e níquel). Utiliza-se um imã (pequena escala)
ou um eletroímã (larga escala) para separar a substância magnética do resto da mistura.
b) Decantação com funil de separação: método de separação de misturas heterogêneas líquido/líquido.
c) Filtração: método de separação de misturas heterogêneas sólido/líquido onde o sólido fica retido no
filtro.
d) Dissolução fracionada: método de separação de misturas heterogêneas de sólidos. Usa-se um
solvente adequado de modo a solubilizar um dos sólidos num solvente e o outro não.
e) Destilação simples: método de separação de misturas homogêneas sólido/líquido onde o líquido é
separado da fase sólida por evaporação.
f) Cromatografia: método de separação de misturas homogêneas sólido/líquido que isola e identifica
os componentes através da coloração dos mesmos. Na cromatografia em papel ocorre a migração
diferencial de tais componentes, que possuem diferentes interações com as fases móvel (ex.: álcool)
e estacionária (ex.: papel).
Materiais
naftalina Canetas esferográficas CuSO4 (aq)
2 provetas de 100 mL Cuba de vidro Erlenmeyer de 250 mL
água Álcool Filtro
vinagre Areia Papel de filtro
bicarbonato de sódio Limalha de ferro 2 béqueres de 100 mL
colher Ímã Sistema de destilação
papel cromatográfico ou papel Funil de separação Manta de aquecimento
de filtro Óleo vegetal
Procedimento
Parte I - Densidade
a) Adicione aproximadamente 90 mL de água numa proveta. Adicione 3 bolinhas de naftalina na proveta
com água. Observe.
b) Adicione agora, em outra proveta, 70 mL de água, 20 mL de vinagre e 1 colher de bicarbonato de sódio
e 3 bolinhas de naftalina. Observe.
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Experimento 1
Densidade e Separação de misturas
1- Sabendo que a densidade da naftalina é 1,14 g/mL e a da água é 1,0 g/mL, por que as bolinhas de
naftalina afundam na água?
As bolinhas de naftalina afundam na água porque a densidade da naftalina é maior que a da água.
2- Por que as bolinhas de naftalina realizam um movimento de sobe e desce (elevador de naftalinas)
quando são colocadas numa proveta com a mistura água/vinagre/bicarbonato de sódio?
A explicação para esse fenômeno é que a reação entre o ácido acético presente no vinagre e o
bicarbonato de sódio libera CO2 (CH3COOH(aq) + NaHCO3(aq) → CH3COONa(aq) + H2O(l) + CO2(g)) que se
adere às bolinhas de naftalina. Com isso a densidade dessas bolinhas diminui e elas sobem. Ao chegar à
superfície, o gás é liberado e a bolinha volta a descer.
Referências Bibliográficas
1 – http://www.soq.com.br/conteudos/ef/misturas/
2 – http://manualdaquimica.uol.com.br//experimentos-quimica/experimento-sobre-densidade-com-
bolinhas-naftalina.htm
3 - TITO, Miragaia Peruzzi e CANTO, Eduardo Leite. Química na Abordagem do Cotidiano. Volume 1. São
Paulo: Editora Moderna Plus, 2009.
4 – http://www.cdcc.sc.usp.br/quimica/experimentos/separac.html
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Experimento 2
Estrutura atômica: Teste da chama e Luminescência
Materiais
Procedimento
PARTE II – LUMINESCÊNCIA
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Experimento 2
Estrutura atômica: Teste da chama e Luminescência
Observe a coloração de cada amostra com a luz negra apagada e anote. A seguir, acenda a luz negra, veja o
que acontece e anote. Evite olhar diretamente para a lâmpada, pois a radiação UVA pode causar danos à
retina.
Segundo o modelo de Bohr, quando os átomos de um elemento são colocados na chama, o calor excita
os elétrons, isto é, faz com que passem para níveis de maior energia. Ao voltarem aos níveis iniciais, liberam
energia na forma de luz. Cada elemento é formado por um átomo diferente, que possuem órbitas com níveis
de energia diferentes. A luz liberada em cada caso será em um comprimento de onda também diferente, o
que corresponde a cada cor. A tabela abaixo relaciona a cor observada com alguns elementos.
2 – Quais as substâncias químicas responsáveis pela fluorescência em cada uma das amostras contidas nos
béqueres de 1 a 3?
A cor marrom dos ovos deve-se à presença da protoporfirina IX, responsável pelo transporte de oxigênio.
O HCl foi adicionado ao ovo para dissolver a casca e liberar essa substância para o solvente acetato de etila.
A água tônica possuiu como ingrediente ativo a quinina, que é um alcaloide fluorescente, acrescentado
à bebida sob a forma de sulfato de quinino.
A vitamina B2 presente nos comprimidos de vitamina B é a responsável pela fluorescência.
3 – Por que a amostra contida no béquer 4 brilha mesmo quando a luz negra está apagada?
As pulseiras de neon são compostas por uma ampola de vidro cheia de Peróxido de Hidrogênio (H2O2),
envolta por um bastão de plástico contendo Éster de Fenil Oxalato. Quando a pulseirinha é dobrada você
está quebrando a ampola de vidro e misturando as duas soluções. Quando o Éster de Fenil Oxalato entra
em contato com a Água Oxigenada (H2O2) ele começa a oxidar e a emitir luz num processo
de Quimioluminescência, onde se emite luz sem se emitir calor 4. Por isso, essa foi a única amostra a emitir
luz mesmo com a luz negra apagada, porque a luz foi proveniente de uma reação química.
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Experimento 2
Estrutura atômica: Teste da chama e Luminescência
Curiosidade
No século X os chineses criaram os fogos de artifício, que quando explodem, emitem uma luz de coloração
branca. Ao acrescentar diferentes sais na sua composição são obtidas as diversas cores que pintam os céus
e fornecem um espetáculo maravilhoso2.
Referências Bibliográficas
1- TITO, Miragaia Peruzzi e CANTO, Eduardo Leite. Química na Abordagem do Cotidiano. Volume 1. São
Paulo: Editora Moderna Plus, 2009.
2 - http://manualdaquimica.uol.com.br/experimentos-quimica/teste-chama.htm
3- Ana Luiza Petillo Nery e Carmen Fernandez. Fluorescência e Estrutura Atômica: Experimentos Simples
para Abordar o Tema. Química Nova na Escola, no 19, maio 2004. Acesso web:
qnesc.sbq.org.br/online/qnesc19/19-a12.pdf
4- http://quimicoestudante.blogspot.com.br/2013/09/pulseiras-de-neon.html
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Experimento 3
Soluções aquosas: condutividade elétrica,
ácidos e bases de Arrhenius e escala de pH
Para que um material conduza a corrente elétrica, ele deve apresentar cargas elétricas livres para se
movimentarem. Assim, algumas soluções conduzem a corrente elétrica e outras não. Por exemplo, quando
o NaCl é dissolvido em água, os íons presentes no seu retículo cristalino são separados (dissociação iônica)
resultando numa solução contendo íons livres, que conduz a corrente elétrica. Entretanto, quando
dissolvemos açúcar em água, as moléculas desse composto apenas são separadas resultando numa solução
sem íons livres e que portanto, não conduz a corrente elétrica. Mas existem certas substâncias moleculares,
(ex. HCl), que ao se dissolverem em água, produzem íons (ionização) resultando numa solução chamada de
solução eletrolítica que conduz a corrente elétrica1. Nesse experimento verificaremos a condução ou não
da corrente elétrica através do acendimento de uma lâmpada.
Na definição de Arrhenius, ácidos são substâncias que, ao se dissolverem em água liberam H+ (ou
H3O+) como único cátion. Bases, ao se dissolverem em água, liberam OH- como único ânion. Nesse
experimento, identificaremos o caráter ácido ou básico de algumas amostras através do uso de indicadores
ácido-base. O grau de acidez ou de basicidade (alcalinidade) de uma solução pode ser expresso por meio de
uma escala de pH. Uma solução neutra tem pH = 7, uma solução ácida tem pH < 7 e uma solução básica tem
pH > 7.
Materiais
Carregador de celular acoplado a um circuito para Leite
acender um led Água destilada
7 béqueres de 100 mL Leite de magnésia
Indicador universal de pH (solução) Água sanitária
Suco de limão Sacarose (C12H22O11) - açúcar
Vinagre NaCl – sal de cozinha
Café
Procedimento
Parte I – Condutividade de soluções aquosas:
- Prepare 7 béqueres contendo os materiais descritos na tabela abaixo. Lembre-se: o símbolo (s) indica que
o material está no estado sólido e o símbolo (aq) indica que se trata de uma solução aquosa.
- Coloque um béquer de cada vez em contato com os fios (conforme esquema a seguir) e observe se a
lâmpada irá acender ou não. Complete a tabela respondendo sim ou não.
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Experimento 3
Soluções aquosas: condutividade elétrica,
ácidos e bases de Arrhenius e escala de pH
Amostra Suco café Água Água da Vinagre Leite Leite de Água NaCl
de destilada torneira magnésia sanitária (aq)
limão
cor
Classificação
Obs.: Você pode substituir a solução de indicador universal pelo extrato do repolho roxo. Esse extrato é
obtido submetendo-se suas folhas picadas à água fervente por cerca de 5 minutos. Tal extrato é
vermelho/róseo em meio ácido, roxo em meio neutro e verde/amarelo em meio básico1.
Curiosidades
1- Os indicadores ácido-base normalmente são constituídos de um ácido fraco ou uma base fraca que entra
em equilíbrio com a sua base ou ácido conjugado, respectivamente. O ácido fraco possui uma cor,
enquanto sua base conjugada possui outra, conforme mostrado a seguir. O mesmo ocorre com a base
fraca e seu ácido conjugado, ou seja, cada um possui uma cor:
Indicador ácido + H2O H3O+ + Base conjugada
(cor A) (cor B)
A tabela a seguir mostra alguns indicadores ácido-base bem como o intervalo de pH da mudança de cor2,3:
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Experimento 3
Soluções aquosas: condutividade elétrica,
ácidos e bases de Arrhenius e escala de pH
2 - A solução de indicador universal que você utilizou foi preparada da seguinte forma4:
- 75 mL de Etanol
- 5 mg de Azul de timol
- 25 mg de Vermelho de metila
- 60 mg de Azul de bromotimol
- 60 mg de Fenolftaleína
- Água destilada ou deionizada para completar 100 mL
- Gotas de Hidróxido de sódio a 0,01 mol.L−1 até a obtenção de uma tonalidade verde
3 - Sangue do diabo1
O hidróxido de amônio (NH4OH) é uma base fraca que foi usada no passado para fazer o “sangue do
diabo”: um líquido róseo que, ao ser borrifado sobre um tecido branco, perde rapidamente sua cor. Esse
líquido era preparado adicionando-se fenolftaleína a uma solução aquosa diluída de hidróxido de amônio.
Por ser uma solução básica, a fenolftaleína deixa a solução rósea. Ao ser borrifado no tecido, a amônia sai
na forma de gás e o meio passa a ficar neutro, o que faz a fenolftaleína voltar a ficar incolor:
NH4OH(aq) NH3(g) + H2O(l)
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Experimento 3
Soluções aquosas: condutividade elétrica,
ácidos e bases de Arrhenius e escala de pH
- NaCl (s) é um sólido iônico cuja estrutura cristalina apresenta os íons Na+ e Cl- fortemente ligados e não
estão livres para conduzir a corrente elétrica.
- Sacarose (s) é um composto molecular (C12H22O11), não apresenta íons, e a sacarose (aq) é uma solução
molecular e as moléculas desse composto apenas são separadas resultando numa solução sem íons livres e,
portanto, não conduz a corrente elétrica.
Referências Bibliográficas
1 TITO, Miragaia Peruzzi e CANTO, Eduardo Leite. Química na Abordagem do Cotidiano. Volume 1. São
Paulo: Editora Moderna Plus, 2009.
2 http://manualdaquimica.uol.com.br/fisico-quimica/indicadores-acido-base.htm
3 http://antoine.frostburg.edu/chem/senese/101/acidbase/indicators.shtml
4 Foster, Laurence S. and Irving J. Gruntfest, "Demonstration Experiments Using Universal Indicators", J.
Chem. Ed., 14, 274 (1937)
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Experimento 4
Dispersões e Propriedades Coligativas
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Experimento 4
Dispersões e Propriedades Coligativas
Materiais
4 béqueres de 250 mL; Água; Frasco de boca larga.
Laser; Anteparo preto Solução saturada de silicato de
Amido de milho; 2 béqueres de 100 mL sódio
NaCl ou sal de cozinha; gelo CoCl2, CuSO4, FeCl3, CaCl2,
Gelatina sem sabor; termômetro NiSO4, MnCl2
Procedimento
Referências Bibliográficas
1. http://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/classificacao-das-dispersoes-quimicas-
pelo-efeito-tyndall.htm
2. TITO, Miragaia Peruzzi e CANTO, Eduardo Leite. Química na Abordagem do Cotidiano. Volume 1. São
Paulo: Editora Moderna Plus, 2009.
3. http://educacao.uol.com.br/disciplinas/quimica/anticongelantes-liquidos-de-arrefecimento-e-
aditivos.htm
4. http://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/jardim-silicatos.htm
5 ATKINS, P.W. Físico-Química. Volume 1. 8ª edição. Rio de Janeiro. LTC Editora, 2008.
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Experimento 5
Evidências de reações químicas
Uma reação química é uma transformação onde novas substâncias são formadas a partir de outras.
Para saber se houve uma reação química, precisamos comparar as propriedades das substâncias presentes
no sistema, no estado inicial e final 1. Geralmente, a ocorrência de reações químicas pode ser verificada
através das seguintes evidências:
- Liberação ou absorção de calor
- Mudança de coloração
- Produção de cheiro
- Formação de um precipitado
- Liberação de gás
Materiais
Procedimento
No tubo de ensaio no 1 adicione um pouco de água e a seguir, uma espátula de CaO. Perceba a
alteração da temperatura.
No tubo de ensaio no 2 adicione um pouco da solução de KMnO4 e observe a coloração desta solução.
A seguir adicione um pouco de peróxido de hidrogênio e observe. A seguir adicione um pouco de vinagre e
observe.2
No tubo de ensaio no 3 adicione um pouco da solução de Zn(NO3)2. Adicione a seguir, um pouco de
solução de NaOH e observe.
No tubo de ensaio no 4 adicione um pouco de solução de NaOH e coloque-o dentro de um recipiente.
Adicione também, nesse recipiente, mas sem deixar que entre em contato com o NaOH um pouco de solução
de CuSO4. Tampe o conjunto e determine sua massa. A seguir, vire o conjunto de cabeça para baixo de modo
que as duas soluções entrem em contato. Observe o que aconteceu e pese novamente a massa desse
conjunto.
Para a eletrólise da água, coloque solução
de NaOH a 0,25 mol.L-1 em um recipiente até ¾
do seu volume. Coloque também solução de NaOH
a 0,25 mol.L-1 em dois tubos de ensaio até a
borda. Tampe cada um dos tubos com a rolha que
contém um furo e um eletrodo de grafite. Inverta
os tubos no recipiente que contém a solução
conforme o esquema a seguir. Ligue a fonte de
tensão à rede elétrica e observe se há liberação de
gás e se a quantidade de gás nos dois tubos é a http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/
mesma ou não. eletrolise-agua.htm
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Experimento 5
Evidências de reações químicas
4- Qual foi o precipitado formado no tubo de ensaio n o 4? O que se pode afirmar sobre a massa do conjunto
antes e após a reação?
No tubo de ensaio no 4 houve formação do precipitado Cu(OH)2, segundo a reação abaixo. Como o sistema
estava fechado, a massa foi a mesma antes e após a reação química. Esta é a chamada Lei de Lavoisier ou Lei
da Conservação das Massas: CuSO4(aq) + 2NaOH(aq) → Na2SO4(aq) + Cu(OH)2(s)
6- Por que foi usada uma solução de NaOH para a eletrólise da água?
Com a água pura não é possível fazer a eletrólise, porque ela é isolante. Então, foi usada uma solução
eletrolítica como, por exemplo, a solução de NaOH, para tornar a água condutora.
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Experimento 5
Evidências de reações químicas
Curiosidade: No experimento de eletrólise foi utilizado um carregador de celular antigo como fonte de
tensão uma vez que ele converte a tensão da rede elétrica alternada de 60 Hz (100 a 240V A.C) para 12 V
C.C. cuja corrente máxima é de 1A.
Referências Bibliográficas
1 - TITO, Miragaia Peruzzi e CANTO, Eduardo Leite. Química na Abordagem do Cotidiano. Volume 1. São
Paulo: Editora Moderna Plus, 2009.
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Experimento 6
Reações de Oxirredução
Mas, nem todos os metais são oxidados em meio ácido. Por exemplo:
Isso acontece porque os diferentes metais têm diferentes tendências de sofrer oxidação, conforme
pode ser visto na tabela a seguir. Note que a tendência do zinco sofrer oxidação é bem maior que a do
cobre.
Li K Ba Ca Na Mg Al Mn Zn Cr Fe Co Ni Sn Pb H+ Cu Ag Hg Pt Au
Um exemplo de reação redox é a que ocorre em um tipo de bafômetro que contém uma solução
ácida de dicromato de potássio. Se houver etanol no ar expirado pelo motorista, haverá a oxidação desse
álcool a aldeído e a redução do Cromo VI (alaranjado) a cromo III (verde).
Materiais
3 béqueres de 100 mL Zinco (ou clipes) H2SO4 5 mol.L-1
Cu(NO3)2 0,1 mol.L-1 Ferro (prego) Canudos plásticos descartáveis
Zn(NO3)2 0,1 mol.L-1 Cobre Vidraria do bafômetro
HCl 3 mol.L-1 K2Cr2O7 0,1 mol.L-1
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Experimento 6
Reações de Oxirredução
Mergulhe em cada um deles um fio de cobre e observe. Marque o resultado na tabela a seguir,
onde um X indica que houve reação e um traço indica que não houve reação.
Retire o metal, lave-o, enxugue-o e guarde-o.
Repita o procedimento para o ferro e depois para o zinco
Compare suas anotações com a série de reatividade fornecida no roteiro.
Cu Fe Zn
Cu(NO3)2
Zn(NO3)2
HCl
Parte II – Bafômetro1,2
Para simular o conjunto ébrio-bafômetro, você usará o arranjo experimental mostrado a seguir.
Para isso, adicione 1,0 mL da solução de dicromato no tubo de ensaio e acrescente mais 1,0 mL da
solução de ácido sulfúrico. Coloque aproximadamente 50,0 mL de etanol no erlenmeyer. Certifique-se de
que o sistema está bem tampado. Adapte um canudinho plástico conforme indicado na figura e assopre.
Observe a mudança de coloração.
2- Comparando os resultados com a série de reatividade fornecida no roteiro, qual é a ordem crescente
da capacidade redutora dos metais, ou seja, a sequência de reatividade dos metais?
Zn (s) > Fe (s) > Cu (s)
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Experimento 6
Reações de Oxirredução
3- Pelas anotações, coloque em ordem crescente a força dos agentes oxidantes: Cu2+ (aq) e Zn2+(aq).
Cu2+ (aq) > Zn2+ (aq).
4- Pela série de reatividade fornecida no roteiro, em que posição ficaria o H+ (aq) na sequência
apresentada na resposta nº 3?
Cu2+ (aq) > H+ (aq) > Zn2+ (aq).
Parte II – Bafômetro1,2
1-O que indica a mudança de coloração observada no bafômetro?
Indica que ocorreu reação química devido à presença de vapores de etanol (álcool).
Equação completa:
+6 -2 +3 -1
K2Cr2O7(aq) + 4H2SO4(aq) + 3C2H6O(g) → Cr2(SO4)3(aq) + 7H2O(l) + 3C2H4O(g) + K2SO4(aq)
redução
oxidação
Obs.: Se a solução ficar azul, é porque o cromo foi posteriormente reduzido a Cr(II) e o aldeído foi oxidado
a ácido acético.
Referências Bibliográficas
1- TITO, Miragaia Peruzzi e CANTO, Eduardo Leite. Química na Abordagem do Cotidiano. Volume 1. São
Paulo: Editora Moderna Plus, 2009.
2- http://www.qnesc.sbq.org.br/online/qnesc05/quimsoc.pdf
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Experimento 7
Células eletroquímicas galvânicas e eletrolíticas
A Eletroquímica é a parte da Química que estuda a relação entre a corrente elétrica e as reações
químicas de transferência de elétrons (reações de oxidrredução). Há dois tipos de células eletroquímicas:
(i) as células voltaicas ou galvânicas (pilhas, acumuladores e baterias), nas quais a energia elétrica é
produzida a partir de reações espontâneas de oxirredução e
(ii) as células eletrolíticas, que utilizam energia elétrica para produzir reações redox1.
Uma célula galvânica ou voltaica é um dispositivo no qual a ocorrência de uma reação espontânea de
oxirredução permite a geração de corrente elétrica. Como a primeira célula galvânica, construída pelo
cientista italiano Alessandro Volta, era uma pilha de discos metálicos intercalados, uma célula galvânica
também costuma ser denominada pilha. As pilhas atuais não têm mais o aspecto de pilha mas mantêm esse
nome. O termo bateria, por sua vez, é reservado para a associação de duas ou mais pilhas1.
Para que se consiga gerar eletricidade a partir da energia liberada numa reação espontânea de
oxirredução, deve-se evitar a transferência direta de elétrons do agente redutor para o agente oxidante. Para
tanto, eles devem ser confinados em recipientes separados (semicélulas) ou devem ter suas mobilidades
restringidas, o que pode ser obtido por misturas com fases (líquidas ou sólidas) nas quais a difusão é lenta.
Assim, os elétrons gerados na semi-reação de oxidação devem passar através de um condutor metálico antes
de promoverem a semi-reação de redução.
Uma das células galvânicas que merece destaque, é a pilha de Daniell, construída pelo cientista inglês
John Daniell em 1836, numa época em que a expansão dos telégrafos com fio exigia fontes de corrente
elétrica para uso nesse meio de comunicação1. A figura a seguir, esquematiza a montagem e o
funcionamento dessa pilha2.
Se, ao invés da lâmpada, fosse inserido um voltímetro, poderíamos medir a diferença de potencial
entre as semicélulas Zn/Zn2+ e Cu/Cu2+. Mas como comparar diversas semicélulas? Para isso, foi
convencionado que o eletrodo padrão de hidrogênio teria potencial igual a zero volts. Usando-o como ânodo,
foi possível montar a tabela de potenciais padrão de redução que está parcialmente reproduzida a seguir3:
Semi-reação Eo (V)
MnO4-(aq) + 8H+(aq) + 5e- Mn2+(aq) + 4H2O(l) + 1,51
+ -
Ag (aq) + e Ag(s) + 0,80
2+ -
Cu (aq) + 2e Cu(s) + 0,34
+ -
2H (aq) + 2e H2(g) 0,00
Pb2+(aq) + 2e- Pb(s) - 0,13
2+ -
Sn (aq) + 2e Sn(s) - 0,14
2+ -
Cd (aq) + 2e Cd(s) - 0,40
2+ -
Zn (aq) + 2e Zn(s) - 076
2+ -
Mg (aq) + 2e Mg(s) - 2,37
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Experimento 7
Células eletroquímicas galvânicas e eletrolíticas
Assim, esperamos que a diferença de potencial (ΔEo) medida na pilha de Daniell seja próxima de:
+0,34V -(-0,76V) = +1,10V. (ΔEo = ΔEo(cátodo) - ΔEo(ânodo))
Uma eletrólise é uma reação de oxirredução causada pela passagem de corrente elétrica. Ela pode
ser ígnea, quando o composto iônico está fundido, ou aquosa, quando o composto iônico está dissolvido em
água. Em ambos os casos, os cátions são atraídos para o polo negativo e sofrem redução. Os ânions são
atraídos para o polo positivo e sofrem oxidação.
Cuidado com a semelhança e a diferença da nomenclatura para células galvânicas e eletrolíticas:
Numa eletrólise aquosa, há uma competição entre água e os íons do eletrólito. Para prever o produto
de uma eletrólise usando eletrodos inertes (platina ou grafite), devemos consultar a tabela de facilidade de
descarga em eletrólise aquosa1:
Consultando a tabela acima, podemos prever que na eletrólise de uma solução aquosa de NiCl2
haverá formação de Ni(s) e de Cl2(g) mas na eletrólise de uma solução aquosa de Na2SO4 haverá formação
de H2(g) e de O2(g). As reações da água que devem ser consideradas são4:
a) H+ 2H2O(l) + 2e- H2(g) + 2OH-(aq) em meio neutro ou
2H (aq) + 2e H2(g)
+ -
em meio ácido
Materiais
3 béqueres de 100 mL 2 Bastões de zinco Tubo de vidro em U
tubo em U 3 Bastões de grafite KI 0,05 mol.L-1
algodão solução saturada de KCl Solução de amido
lixas ZnSO4 0,5 mol.L-1 Fenolftaleína
LED CuSO4 0,5 mol.L-1 Fonte de tensão (carregador de
Multímetro KMnO4 0,10 mol.L-1 acidulada celular adaptado)
Cabos jacaré-banana com H2SO4 2,0 mol.L-1 na
1 Placa de cobre proporção 4:1
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Experimento 7
Células eletroquímicas galvânicas e eletrolíticas
Procedimento
I – Construção da pilha de Daniell
- Prepare a ponte salina, preenchendo um tubo em forma de “U” com a solução de cloreto de potássio.
Tampe as extremidades do tubo com pedaços de algodão embebidos na mesma solução. Tome cuidado para
que não se formem bolhas de ar no interior do tubo.
- Coloque 50 mL de solução de sulfato de zinco num béquer.
- Num outro béquer, coloque 50 mL de solução de sulfato de cobre (II).
- Lixe os bastões (ou lâminas) de zinco e de cobre e lave-os com água destilada.
- Mergulhe os bastões nas soluções correspondentes.
- Ligue o eletrodo de zinco ao terminal negativo e o eletrodo de cobre ao terminal positivo do voltímetro.
- Coloque a ponte salina e efetuar a leitura da diferença de potencial.
- Terminada a leitura, retire os eletrodos e a ponte salina das soluções.
I - Pilha de Daniell
1- Quais eletrodos são o ânodo e cátodo da pilha?
Ânodo: Zinco (Zn (s))
Cátodo: Cobre (Cu (s))
2- Escreva as semi-reações de oxidação (que ocorre no ânodo da pilha) e de redução (que ocorre no
cátodo da pilha) e a reação global.
Ânodo (oxidação): Zn (s) → Zn2+ (aq) + 2e-
Cátodo (redução): Cu2+ (aq) + 2e- → Cu (s)
Reação global: Zn (s) + Cu2+ (aq) → Zn2+ (aq) + Cu (s)
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Experimento 7
Células eletroquímicas galvânicas e eletrolíticas
2- Escreva as semi-reações de oxidação (que ocorre no ânodo da pilha) e de redução (que ocorre no
cátodo da pilha) e a reação global.
Ânodo (oxidação): Zn (s) → Zn2+ (aq) + 2e-
Cátodo (redução): MnO4-(aq) + 8H+(aq) + 5e- Mn2+(aq) + 4H2O(l)
Reação global: 5 Zn (s) + 2 MnO4-(aq) + 16 H+(aq) → 5 Zn2+ (aq) + 2 Mn2+(aq) + 8 H2O(l)
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Experimento 7
Células eletroquímicas galvânicas e eletrolíticas
Curiosidades:
1- A solução de amido (C6H10O5)n a 1 % (m/v) que você usou é preparada da seguinte forma:
Pesa-se 1 g de amido e transfere-se para béquer de 250 mL. Adiciona-se cerca de 15 mL de água para
formar uma pasta. Acrescenta-se água fervente suficiente para completar 100 mL mantendo em ebulição
até resultar numa solução transparente. Espera-se esfriar. Deve-se usar sempre uma solução recentemente
preparada.
3- No experimento de eletrólise foi utilizado um carregador de celular antigo como fonte de tensão uma vez
que ele converte a tensão da rede elétrica alternada de 60 Hz (100 a 240V A.C) para 12 V C.C. cuja corrente
máxima é de 1A.
Referências Bibliográficas
1. TITO, Miragaia Peruzzi e CANTO, Eduardo Leite. Química na Abordagem do Cotidiano. Volume 1. São
Paulo: Editora Moderna Plus, 2009.
2. http://www.askiitians.com/iit-jee-chemistry/physical-chemistry/daniell-cell.aspx
3. KOTZ, J.C. & PURCELL, K.F. Chemistry and chemical reactivity. New York :Saunders College, 1991. p. A-21
4. ATKINS, P.W. Físico-Química. Volume 1. 8ª edição. Rio de Janeiro. LTC Editora, 2008
23
Experimento 8
Cinética Química
A Cinética Química é a parte da Química que estuda a velocidade (ou rapidez) das reações químicas.
A velocidade média de formação de um produto corresponde à quantidade de produto formado num
intervalo de tempo; a velocidade média de consumo de um reagente corresponde à quantidade de reagente
consumido num intervalo de tempo. Existem fatores que podem acelerar ou retardar a velocidade das
reações químicas. Tais fatores são1:
- concentração dos reagentes: quanto maior a concentração dos reagentes, maior a frequência das colisões
eficazes (ou efetivas) e maior a velocidade da reação;
- temperatura: quanto maior a temperatura, maior a energia cinética das moléculas e maior a velocidade da
reação;
- superfície de contato: quanto maior a superfície de contato entre as fases, maior a frequência das colisões
eficazes (ou efetivas) e maior a velocidade da reação;
- presença de catalisador: acelera a velocidade da reação porque diminui a Energia de ativação da reação.
Ele não é consumido no processo.
O estudo de tais fatores tem aplicações práticas importantes, como por exemplo a determinação das
condições favoráveis à obtenção rápida de um produto desejado ou à diminuição da velocidade de reações
indesejáveis. Assim, esses efeitos serão abordados no procedimento a seguir.
Para a análise do efeito da concentração e da temperatura, foi escolhida a reação relógio de iodo2
que consiste na mistura de duas soluções incolores. Aparentemente nada acontece, mas passados alguns
segundos a solução resultante adquire uma cor azul escura. Isso ocorre porque o iodato reage com os íons
bissulfito e produz iodeto. Quando todos os íons bissulfito tiverem sido consumidos, o iodato (IO 3-) reagirá
com o iodeto (I-) e produzirá iodo (I2), que formará um complexo azul com o amido.
Obs.: Soluções contendo bissulfito são muito instáveis, e por isso, utilizaremos uma solução de
metabissulfito que tem um tempo de vida maior (1 a 2 meses de prateleira) para gerar os íons bissulfito de
acordo com a seguinte reação:
Na2S2O5 (aq) + H2O(l) = 2NaHSO3(aq)
Materiais
Procedimento
Inicialmente, deixe os tubos 3 e 4 imersos em um banho de água quente para que possamos analisar o efeito
da temperatura. Enquanto isso, faça o seguinte:
Adicione simultaneamente os tubos 1 e 2 a um béquer e anote o tempo que a solução demorou para ficar
azul. Tempo = ___________________
Adicione simultaneamente os tubos 5 e 6 a um béquer e anote o tempo que a solução demorou para ficar
azul. Tempo = ___________________
Agora, adicione simultaneamente os tubos 3 e 4 (que devem estar aquecidos) a um béquer e anote o tempo
que a solução demorou para ficar azul. Tempo = ___________________
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Experimento 8
Cinética Química
2) Explique porque a reação com os tubos 3 e 4 foi mais rápida que a reação entre os tubos 1 e 2
Porque as soluções dos tubos 3 e 4 foram aquecidas e quanto maior a temperatura, maior a energia
cinética das moléculas e maior a velocidade da reação.
3) Explique porque a reação com os tubos 5 e 6 foi mais rápida que a reação entre os tubos 1 e 2
Porque as soluções dos tubos 5 e 6 são mais concentradas e quanto maior a concentração dos reagentes,
maior a frequência das colisões eficazes (ou efetivas) e maior a velocidade da reação.
4) Sonrisal triturado se dissolve mais rápido que o sonrisal inteiro? Por que?
Sim, pois o sonrisal triturado apresenta maior superfície de contato e quanto maior a superfície de
contato entre as fases, maior a frequência das colisões eficazes (ou efetivas) e maior a velocidade da
reação.
Curiosidades:
A solução de amido (C6H10O5)n a 1 % (m/v) que você usou é preparada da seguinte forma:
Pesa-se 1 g de amido e transfere-se para béquer de 250 mL. Adiciona-se cerca de 15 mL de água para
formar uma pasta. Acrescenta-se água fervente suficiente para completar 100 mL mantendo em ebulição
até resultar numa solução transparente. Espera-se esfriar. Deve-se usar sempre uma solução recentemente
preparada.
Referências Bibliográficas
1. TITO, Miragaia Peruzzi e CANTO, Eduardo Leite. Química na Abordagem do Cotidiano. Volume 1. São
Paulo: Editora Moderna Plus, 2009.
2. http://www.pontociencia.org.br/experimentos/visualizar/reacao-relogio-de-iodo/114
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Experimento 9
Equilíbrio Químico
O equilíbrio químico é um estado dinâmico onde coexistem produtos e reagentes com concentrações
constantes no transcorrer do tempo. Isso ocorre porque a velocidade da reação direta é igual à velocidade
da reação inversa1. É possível alterar um equilíbrio químico por meio de algumas ações externas. Tal tipo de
ação é chamado de perturbação e sua consequência é o deslocamento do equilíbrio. O Princípio de Le
Chatelier permite prever o efeito de uma perturbação: “Se uma perturbação é aplicada a um sistema em
equilíbrio, o sistema irá se alterar para reduzir o efeito da perturbação. ” Assim, o equilíbrio pode ser
perturbado pelos seguintes fatores:
- concentração: adição de um reagente desloca o equilíbrio para a direita e a adição de um produto desloca
o equilíbrio para a esquerda.
- temperatura: o aumento da temperatura desloca o equilíbrio no sentido da reação endotérmica.
Uma aplicação prática do deslocamento do equilíbrio químico são os “galinhos do tempo” 2,3. Quando
o tempo está úmido, ele fica rosa; quando o tempo está seco ele fica azul. Isso acontece porque ele possui
em sua superfície uma solução aquosa de cloreto de cobalto II, que estabelece o seguinte equilíbrio químico:
Obs.: Não confunda equilíbrio químico com cinética. O aumento da temperatura SEMPRE aumenta a
velocidade da reação mas pode deslocar o equilíbrio para a direita ou para a esquerda.
Um catalisador SEMPRE aumenta a velocidade da reação mas não desloca o equilíbrio químico. Ele
apenas diminui o tempo necessário para atingí-lo.
Materiais
Procedimento
I – Equilíbrio do cloreto de cobalto
Numere 2 tubos de ensaio. Adicione a cada um deles 3,0 mL da solução de [CoCl4]2-.
Ao tubo número 1, não adicione nada; ele servirá como tubo de comparação. Anote a cor da solução
presente no tubo 1: ____________
Ao tubos 2 adicione 1,0 mL de água e observe. Anote a cor: ______________
Coloque o tubo número 2 em um béquer contendo água quente e observe. Anote a cor: ____________
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Experimento 9
Equilíbrio Químico
1 – Por que a adição de um ácido ao tubo 3 muda a coloração da solução para alaranjada?
Porque a adição de ácido no equilíbrio químico significa a adição do íon comum H+ que desloca o
equilíbrio no sentido de formação de Cr2O72-.
2 – Por que a adição de uma base ao tubo 4 muda a coloração da solução para amarela?
Porque, com adição da base, OH- reage com H+ diminuindo sua concentração e isso faz com que o
equilíbrio se desloque o sentido de formação de CrO42-.
Curiosidades:
A Solução de [CoCl4]2- que você usou foi preparada da seguinte forma: dissolveu-se 3,0g de
CoCl2.6H2O em 30,0 mL de água destilada. A seguir adicionou-se 45,0 mL de HCl concentrado3.
Referências Bibliográficas
1. TITO, Miragaia Peruzzi e CANTO, Eduardo Leite. Química na Abordagem do Cotidiano. Volume 1. São
Paulo: Editora Moderna Plus, 2009.
2. http://brasilescola.uol.com.br/quimica/como-funciona-galinho-tempo.htm
3. http://www.pontociencia.org.br/experimentos/visualizar/le-chatelier-e-o-cloreto-de-cobalto/892
4. http://www.pontociencia.org.br/experimentos/visualizar/equilibrio-cromato-dicromato/963
5. http://www.pontociencia.org.br/experimentos/visualizar/equilibrio-quimico-da-amonia-efeito-do-ion-
comum/290
29
Experimento 10
Equilíbrio em Fase Aquosa
(Análise volumétrica)
Uma das técnicas mais comuns para a determinação da concentração de um soluto é a titulação1,2. A
solução a ser analisada é chamada de analito, e um volume conhecido é transferido para o frasco. A solução
contendo uma concentração conhecida de reagente é adicionada através de uma bureta até que todo analito
tenha reagido. A solução na bureta é chamada de titulante e o volume adicionado é medido. Essa operação
de adição de titulante, até que a reação se complete, é chamada de titulação. A determinação da
concentração ou da quantidade de substância pela medida de volume é chamada de análise volumétrica.
Em uma titulação ácido-base típica, o analito é uma base e o titulante é um ácido, ou vice-versa. Um
indicador, um corante solúvel em água, nos ajuda a detectar o ponto estequiométrico, o estágio no qual o
volume de titulante adicionado é exatamente aquele requerido pela relação estequiométrica entre titulante
e analito. Há mudança de cor do indicador quando foi atingido o ponto final ou ponto de viragem da
titulação. A mudança de cor é repentina e deve-se tomar cuidado para que o ponto de viragem coincida com
o ponto estequiométrico. Com o volume de titulante necessário para provocar a mudança de cor do
indicador é possível a determinação quantitativa da espécie de interesse.
O vinagre comercial consiste essencialmente de uma solução diluída de ácido acético e é produzido
pela oxidação bacteriana aeróbica do álcool etílico a ácido acético diluído. A determinação do teor de ácido
acético no vinagre comercial pode ser feita por titulação com uma solução de base forte, de concentração
conhecida com precisão, usando fenolftaleína como indicador. A análise do vinagre se baseia na reação entre
íons H3O+ e OH- em meio aquoso:
H3O+(aq) + OH-(aq) 2H2O (l)
Materiais
Pipeta volumétrica de 5 mL Vinagre comercial
Erlenmeyer de 250 mL NaOH 0,100 mol.L-1 (solução padronizada)
Bureta de 50 mL fenolftaleína
Suporte universal com garra
Procedimento
Usando uma pipeta volumétrica, transfira uma amostra de 3,00 mL de vinagre para um erlenmeyer
de 250 mL. Adicione aproximadamente 75 mL de água destilada e 2 a 3 gotas de fenolftaleína. Titule a
amostra com solução padronizada de NaOH 0,100 mol.L-1 até atingir o ponto final da titulação, evidenciado
pela primeira coloração rósea permanente na mistura de reação.
Repita duas vezes o mesmo procedimento, empregando outras alíquotas de vinagre.
30
Experimento 10
Equilíbrio em Fase Aquosa
(Análise volumétrica)
1 – Na análise volumétrica, mais conhecida como volumetria de neutralização, que reação está envolvida?
A reação envolvida resulta na formação de água a partir do íon hidrônio ou hidroxônio (H3O+) da solução
ácida e do íon hidróxido (OH-) da solução alcalina, de acordo com a reação:
H3O+(aq) + OH-(aq) → 2 H2O(l)
Cálculos:
Reação: CH3COOH(aq) + NaOH CH3COONa(aq) + H2O(l)
Estequiometria: 1:1
mol
a) n C V 0,100 20,0x10 3 L 2x10 -3 mol
OH L
n n
OH H
31
Experimento 10
Equilíbrio em Fase Aquosa
(Análise volumétrica)
n 2x10 3 mol
CHAc 3
0,667 mol..L1
V 3x10 L
g
b) m n M 0,667 mol x 60,0 40 g
mol
CHAc 40 g.L1
c) 40 g 1000 mL
x 100 mL
x 4 ,0 g
%Hac 4 ,0 % (m / V)
5- Compare o resultado obtido com o valor de referência fornecido pelo fabricante do produto (no
rótulo do vinagre).
Rótulo do vinagre: Porcentagem de ácido acético no vinagre: 4,2 %. O valor obtido foi de 4,0%, bem
próximo do valor indicado no rótulo (erro relativo de 4,8%).
Referências Bibliográficas
1. ATKINS, Peter e JONES, Loretta. Princípios de Química. Porto Alegre. Editora Bookman, 2001.
2. PAWLOWSKY, Alda Maria; SÁ, Eduardo Lemos de, MESSERSCHMIDT, Iara; SOUZA, Jaísa Soares de,
OLIVEIRA, Maria Aparecida; SIERAKOWSKI, Maria Rita e SUGA, Rumiko. Manual Didático
“Experimentos de Química Geral” , Ed. UFPR, 2ª ed,1998
32
Experimento 11
Funções Orgânicas
A Química Orgânica é o ramo da Química que estuda os compostos que contém carbono. Existem
algumas substâncias que, embora contenham carbono, são consideradas substâncias inorgânicas, como por
exemplo, grafite, diamante, monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono (CO2), ácido carbônico (H2CO3),
ácido cianídrico (HCN), carbonatos (CO32-) e cianetos (CN-). Todas as outras demais substâncias que contém
carbono, são consideradas substâncias orgânicas e podem ser divididas em classes funcionais (ou funções
químicas). Classe funcional é um conjunto de substâncias que têm propriedades químicas semelhantes por
apresentarem, na fórmula estrutural, um mesmo grupo funcional1.
Nesse experimento, serão abordadas as seguintes funções, cujos exemplos estão representados na
Figura 1:
a) Álcool – Apresenta o grupo hidroxila (OH) ligado a carbono saturado
b) Fenol – Apresenta o grupo hidroxila (OH) ligado a carbono de anel aromático
c) Aldeído – Apresenta o grupo formila (CHO)
d) Cetona – Apresenta o grupo carbonila (C = O) ligado a 2 carbonos
e) Ácido carboxílico – Apresenta o grupo carboxila (COOH)
Figura 1 – Alguns compostos orgânicos que exemplificam as funções: álcool, fenol, aldeído,
cetona e ácido carboxílico.
33
Experimento 11
Funções Orgânicas
c) Teste de Jones: Usado para diferenciar álcoois primários e secundários de terciários. Baseia-se na
oxidação de álcoois primários e secundários pelo reagente de Jones (K 2Cr2O7 + H2SO4) formando
respectivamente, ácido carboxílico e cetona. Um teste positivo resulta na formação de um
precipitado verde de sulfato crômico (Cr2(SO4)3). Se a solução ficar azul, é porque o cromo foi
posteriormente reduzido a Cr(II) 4,5.
d) Teste com cloreto férrico (FeCl3): Usado para diferenciar fenol de álcool. Os fenóis reagem com
cloreto férrico produzindo complexos coloridos, cuja coloração varia do azul ao vermelho 5:
e) Reação com o NaHCO3: Ácidos carboxílicos reagem com o bicarbonato de sódio formando sal, água
e gás carbônico. Um teste positivo é evidenciado pela formação de bolhas de CO 2(g).
Materiais
10 tubos de ensaio K2Cr2O7 0,1 mol.L-1
Solução de glicose a 5% H2SO4 5 mol.L-1
Acetona FeCl3 a 3%
Solução alcóolica de ácido maleico a 5% NaHCO3 em pó
Solução alcóolica de ácido succínico a 5% paracetamol
KMnO4 0,2 mol.L-1
Procedimento
I – Teste de Tollens
Prepare dois tubos de ensaio. No tubo 1, adicione 2,0 mL de acetona e no tubo 2, adicione 2,0 mL de solução
de glicose. Adicione a cada um deles 2,0 mL do reagente de Tollens. Observe e anote em qual deles houve
formação do “espelho de prata”.
II – Teste de Bayer
Prepare dois tubos de ensaio. No tubo 3, adicione 2,0 mL da solução de ácido maleico e no tubo 4, adicione
2,0 mL da solução de ácido succínico. Goteje em cada um deles 5 gotas da solução de KMnO4. Observe e
anote em qual deles houve formação de precipitado marrom.
34
Experimento 11
Funções Orgânicas
1- No Teste de Tollens, foi observada a formação do “espelho de prata” com a acetona ou a solução de
glicose?
Foi observada a formação do “espelho de prata” com o reagente de Tollens na presença de glicose pois,
na presença de um aldeído alifático, o reagente de Tollens oxida este aldeído a um ácido carboxílico e ao
mesmo tempo provoca a formação da prata metálica, que se deposita na parede de vidro, formando o
espelho observado no experimento, conforme a reação abaixo2:
RCHO + 2[Ag(NH3)2]OH(aq) RCO2NH4(aq) + 3NH3(g) + H2O(l) + Ag(s)
Esta reação ocorre apenas na presença de aldeídos, pois estes apresentam hidrogênio ligado ao carbono
da carbonila, o que facilita a oxidação. Já as cetonas, por apresentarem o carbono da carbonila ligado a outro
carbono, se mostram menos reativas que os aldeídos e não irão formar o espelho de prata. Assim, é possível
determinar se um composto com grupos carbonila é um aldeído ou uma α-hidroxicetona.
2- No Teste de Bayer, foi observada a formação de um precipitado marrom no tubo com ácido maleico
ou ácido succínico?
Foi observada a formação de um precipitado marrom com o ácido maleico, que é o ácido butenodióico e
não com o ácido succínico, que é o ácido butanodióico pois esse precipitado é formado apenas na presença
de instauração (alceno ou alcino). O teste consiste no descoramento da solução de permanganato de
potássio, que é violeta, e aparecimento de um precipitado marrom de MnO2, indicando a presença de
instauração (alceno ou alcino) segundo a reação3:
2KMnO4(aq) + H2O(l) 2KOH(aq) + 2MnO2(s) + 3[O]
R-CH=CH2 + H2O(l) + [O] R-CH(OH)-CH2OH
35
Experimento 11
Funções Orgânicas
3- No Teste de Jones, houve o aparecimento da coloração verde (ou azul) no tubo com etanol, álcool sec
butílico ou álcool terc butílico?
A coloração verde (ou azul) foi observada nos tubos com etanol e álcool sec butílico pois esse teste é
usado para diferenciar álcoois primários e secundários de terciários. Baseia-se na oxidação de álcoois
primários e secundários pelo reagente de Jones (K2Cr2O7 + H2SO4) formando respectivamente, ácido
carboxílico e cetona. Um teste positivo resulta na formação de um precipitado verde de sulfato crômico
(Cr2(SO4)3). Se a solução ficou azul, é porque o cromo foi posteriormente reduzido a Cr(II) 4,5.
4- No teste com cloreto férrico, por que a solução se tornou azul com adição de paracetamol?
Paracetamol é um fármaco com propriedades analgésicas. A molécula de paracetamol é bem complexa,
apresentando vários grupos funcionais, conforme a fórmula estrutural:
Observou-se alteração de cor pois a molécula apresenta o grupo hidroxila ligado ao carbono do anel
aromático (fenol) que reage com cloreto férrico produzindo complexos coloridos, cuja coloração varia do
azul ao vermelho 5. Esse teste é usado para diferenciar fenol de álcool.
5- Na reação com NaHCO3, houve desprendimento de gás com o ácido maleico (ou succínico) ou etanol?
Foi observada a formação de bolhas na reação com maleico (ou succínico) pois o ácido carboxílico reage
com carbonatos produzindo sal e liberando gás carbônico (CO2), conforme a reação abaixo6:
Curiosidades:
O reagente de Tollens que você usou foi preparado da seguinte forma: adicionou-se NH4OH
concentrado gota a gota a 20 mL de solução de AgNO3 0,1 mol.L-1 até surgir um precipitado pardacento que
solubilizou-se em excesso de amônia. A seguir, foi adicionado 1,5 mL de solução de KOH a 30%. Então, foi
gotejado novamente NH4OH concentrado até a solução se tornar incolor. Novamente foi gotejado AgNO3
0,1 mol.L-1 até a solução se tornar ligeiramente turva. A reação que representa o processo é:
2AgNO3(aq) + 2NH4OH(aq) + 2KOH(aq) Ag(NH3)2OH(aq) + AgOH(aq) + 2KNO3(aq) + 2H2O(l)
Referências Bibliográficas
1. TITO, Miragaia Peruzzi e CANTO, Eduardo Leite. Química na Abordagem do Cotidiano. Volume 1. São
Paulo: Editora Moderna Plus, 2009.
2. http://www.fciencias.com/2014/10/02/teste-de-tollens-laboratorio-online/
3. http://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/teste-baeyer.htm
4. http://www.pontociencia.org.br/experimentos/visualizar/os-nols-em-oxidacao-de-alcoois/902
5. http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc34_1/05-EA-43-11.pdf
6. http://www.infoescola.com/quimica/experimentacao-com-acidos-carboxilicos
36
Experimento 12
Polímeros sintéticos
A reação em que muitas moléculas reagentes produzem uma grande molécula (macromolécula) é
uma polimerização e existem basicamente dois tipos de polímeros: de adição e de condensação1.
Polímeros de adição são macromoléculas resultantes da polimerização de monômeros insaturados
por reação de adição, como por ex, a reação do polietilento, plástico mais usado na atualidade:
Polímeros de condensação são macromoléculas obtidas por meio de reações nas quais há a
eliminação de pequenas moléculas (H2O, HCl, NH3...), como por ex., a obtenção do PET, usado na fabricação
de garrafas descartáveis de água e refrigerante1:
Dentre os polímeros de condensação, podemos citar a poliuretana ou poliuretano (PU), que é obtida
da condensação entre um isocianato e um poliálcool. Apesar de não haver eliminação de moléculas na
polimerização que forma a poliuretana, ela é classificada como polímero de condensação. Ela pode ser
fabricada em condições tais que, além da reação de polimerização, ocorre também outra reação que libera
gás no meio reacional. Isso faz a poliuretana crescer e ficar cheia de bolhas em seu interior, produzindo o
conhecido aspecto das espumas usadas em colchões e travesseiros. A polimerização dos uretanos ocorre
quando se reage uma substância com dois ou mais isocianatos com um álcool polifuncional (poliol) segundo
a equação química:
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Experimento 12
Polímeros sintéticos
Materiais
anilina (corante)
poliol (frasco A, líquido claro, provavelmente etilenoglicol)
diisocianato (frasco B, escuro, provavelmente toluenodiisocianato)
trimetilamina
Procedimento
Coloque 5 mL de poliiol (A) em um copo plástico. Adicione anilina à gosto e misture bem. Adicione a seguir,
5 mL de diisocianato (B). Observe a formação da espuma e anote o tempo gasto.
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Experimento 12
Polímeros sintéticos
Coloque 5 mL de poliiol (A) em um copo plástico. Adicione anilina à gosto e misture bem. Adicione 3 gotas
de trimetilamina. Adicione a seguir, 5 mL de diisocianato (B). Observe a formação da espuma e anote o
tempo gasto.
Referências Bibliográficas
1. TITO, Miragaia Peruzzi e CANTO, Eduardo Leite. Química na Abordagem do Cotidiano. Volume 3. São
Paulo: Editora Moderna Plus, 2009.
2. http://ctborracha.com/?page_id=4433
3. http://www.poliuretanos.com.br/Cap2/212Aminas.htm
39