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INTODUÇÃO

O meu trabalho aborda acerca da diferênça entre pilha e acumulador visto que é
um tema muito pertinente. Não poderia falar da diferença entre esses dois componentes
sem antes fazer uma abordagem acerca das suas difinições.

Pilhas são sistemas eletroquímicos capazes de produzir corrente elétrica por


meio de reações espontâneas de oxirredução. Existem diversos tipos de pilhas. Pilhas
são sistemas eletroquímicos que produzem energia elétrica por meio de reações de
oxirredução espontâneas.

São classificadas como células galvânicas ou células voltaicas. A energia


química se transforma em energia elétrica por meio do fluxo ordenado de elétrons
gerados nas reações. As pilhas podem ser recarregadas ou não, dependendo das reações
químicas envolvidas. Entre as principais pilhas, estão as secas, alcalinas, de mercúrio,
além das baterias. As pilhas e baterias são amplamente utilizadas em dispositivos
eletrônicos e até mesmo em automóveis.

Um acumulador é um aparelho que armazena quimicamente energia elétrica


através da passagem de corrente contínua através deste. Os acumuladores mais comuns
são os acumuladores chumbo-ácido e os acumuladores de níquel-ferro.
PILHAS

As pilhas são sistemas eletroquímicos que transformam energia química em


energia elétrica por meio de reações de oxirredução espontâneas, ou seja, são capazes de
transformar energia química em energia elétrica. Dentro da Química, as pilhas são
conhecidas como células galvânicas, ou voltaicas, que são os sistemas capazes de
produzir corrente elétrica por meio de uma reação de oxirredução.

As pilhas têm esse nome em referência ao primeiro dispositivo criado pelo


italiano Alessandro Volta, pois sua célula galvânica era formada por discos metálicos
empilhados de forma alternada. Muitas são as utilidades da pilha em nossa sociedade,
não só pela sua utilização em eletroportáteis, mas também por serem utilizadas na
confecção de baterias, dispositivos que entregam uma maior voltagem e são capazes de
prover corrente elétrica para dispositivos maiores, como os carros.

As reações de oxirredução criam uma diferença de potencial dentro da pilha,


permitindo o fluxo de elétrons dentro do sistema, ocasionando uma corrente elétrica.

As pilhas são classificadas como células galvânicas ou células voltaicas. No


campo da Eletroquímica, são os dispositivos capazes de produzir corrente elétrica por
meio de reações de oxirredução espontâneas. As baterias, que são a associação de duas
ou mais pilhas para a produção de maior potência, são também exemplos de células
galvânicas.

O nome “pilha” faz referência à primeira célula galvânica criada pelo italiano
Alessandro Volta no final do século XVIII. Nesse sistema, discos de metais eram
empilhados de forma alternada, separados por pedaços de tecido embebidos em solução
de ácido sulfúrico, os quais permitiam o fluxo de elétrons entre os discos metálicos
alternados.

Funcionamento

Uma pilha deve gerar energia elétrica. Porém, como? Para que exista energia
elétrica, faz-se necessária a existência de corrente elétrica. Podemos entender corrente
elétrica como, nada mais, nada menos do que cargas em movimento ordenado em um
condutor elétrico, podendo ele ser sólido ou uma solução eletrolítica. Mas para que as
cargas se movimentem dessa maneira, faz-se necessária a existência de uma diferença
de potencial elétrico (ddp).

Pois bem, basicamente uma pilha tem a seguinte estrutura: dois eletrodos
metálicos imersos em um condutor elétrico. A ddp em uma pilha é gerada por conta das
reações de oxirredução. Em um dos eletrodos, elétrons são gerados por meio de reações
de oxidação, criando um acúmulo de cargas negativas em um ponto da célula galvânica.
É esse acúmulo de elétrons que cria uma disparidade de potencial elétrico dentro do
sistema. Com a diferença de potencial, os elétrons migram ordenadamente para o outro
eletrodo, acumulando-se na sua superfície e propiciando reações de redução. Esse
processo continua até que a massa do eletrodo em que ocorreu a oxidação acabe,
cessando assim a reação química.
Para ilustrar melhor o funcionamento de uma pilha, vamos utilizar a pilha de
Daniell, desenvolvida pelo químico e físico britânico John Frederic Daniell em 1836.

Quando colocamos uma placa de zinco metálico em uma solução de sulfato de


cobre II, que tem coloração azul, percebemos, depois de um tempo, a formação de um
depósito metálico escuro sobre a superfície do zinco.

A partir daí, ocorre uma reação de oxirredução espontânea, em que os íons de


Cu2+ se reduzem a cobre metálico na superfície da barra de zinco. Contudo, para que
ocorra a redução dos íons Cu2+, o zinco metálico simultaneamente se oxida a íons
Zn2+, desprendendo-se da barra, gerando elétrons e então migrando para a solução no
lugar dos íons Cu2+. Assim, esquematiza-se a reação de oxirredução como:

Zn (s) + Cu2+ (aq) → Zn2+ (aq) + Cu (s)

Percebe-se, então, que há transferência de elétrons do zinco para os íons Cu2+.


Porém, caso essa transferência de elétrons ocorra por meio de um fio metálico,
separando assim o zinco do cobre, teremos a criação de uma corrente elétrica. A pilha
de Daniell, então, baseia-se nisso, como mostra a imagem a seguir:

Na pilha representada, as mesmas reações antes descritas ocorrem. Porém, dessa


vez, o eletrodo (placa) de zinco está imerso em uma solução de sulfato de zinco
(ZnSO4), enquanto o eletrodo de cobre está imerso em uma solução de sulfato de cobre
II (CuSO4). Essas soluções estão separadas, porém conectadas por um fio metálico
condutor. O sistema é completado pela ponte salina, um tubo de vidro em U que contém
uma solução salina com íons que não participam do processo.

Quando tudo está conectado, o zinco começa a se oxidar, transferindo os


elétrons gerados para o fio metálico. Esses elétrons acumulam-se na superfície do
eletrodo de cobre, atraindo assim os íons Cu2+ presentes na solução e, então, temos a
redução deses íons na superfície metálica. Esse sistema gera uma diferença de potencial
de 1,10 V (Volts), a qual é suficiente para acender uma pequena lâmpada. Ao perceber a
lâmpada acesa, temos a certeza de que está tendo condução de corrente elétrica no
sistema.

Com o passar do tempo, como o zinco metálico vai se transformando em Zn2+,


podemos perceber que o eletrodo de zinco tem sua massa reduzida, ao passo que, como
os íons Cu2+ vão se transformando em cobre metálico, podemos perceber que o
eletrodo de cobre tem sua massa aumentada.

O eletrodo de zinco, local da pilha em que ocorre a reação de oxidação, é


chamado então de ânodo. Já o eletrodo de cobre, local da pilha em que ocorre a reação
de redução, é chamado de cátodo. Essa nomenclatura de ânodo e cátodo é muito
utilizada em Eletroquímica, por isso seu conhecimento é essencial.

Compnentes de uma pilha

A pilha de Daniell é interessante, pois traz elementos muito importantes para


entendermos o funcionamento desses dispositivos. Alguns componentes são básicos e
nós falaremos sobre eles neste instante.

 Eletrodos: são, na maioria das vezes, peças metálicas, como barras ou


chapas, em que ocorrerão as reações de oxidação e redução. Também
existem eletrodos não metálicos, como é o caso da grafite, uma forma
alotrópica do carbono. A grafite é um condutor de eletricidade e está
presente nas pilhas alcalinas convencionais. O eletrodo em que ocorre a
reação de oxidação é chamado de ânodo (ou anodo), enquanto o eletrodo
em que ocorre a reação de redução é chamado de cátodo (ou catodo).

 Solução eletrolítica: Na pilha de Daniell, o eletrodo de zinco fica imerso


em uma solução de sulfato de zinco, enquanto o eletrodo de cobre fica
imerso em uma solução de sulfato de cobre II. Essas soluções são
conhecidas como soluções eletrolíticas, pois nelas encontram-se íons
livres, os quais também são chamados de eletrólitos. Por ter íons livres, a
solução eletrolítica tem capacidade de condução de corrente elétrica, tal
qual um fio metálico convencional.

 Ponte salina: Na ausência da ponte salina, haveria um acúmulo de


cátions na solução do ânodo, enquanto haveria uma falta de cátions na
solução do cátodo. O excesso de cátions em solução do ânodo, por
exemplo, atrairia os elétrons gerados, assim como a ausência de cátions
na solução do cátodo causaria uma repulsão eletrônica no meio (por
excesso de ânions) e, assim, não existira a manutenção do fluxo ordenado
dos elétrons pelo fio condutor. Assim, a ponte salina, contendo sempre
uma solução eletrolítica com íons que não participam do processo,
permite o fluxo de ânions e cátions entre as soluções, mantendo o
circuito fechado, com as cargas balanceadas, e o pleno funcionamento da
célula galvânica. Para saber mais sobre esse importante elemento, leia o
texto: função da ponte salina em uma pilha.
Tipos de pilhas

A eletroquímica e o funcionamento das células galvânicas desencadearam o


desenvolvimento de células mais modernas e com produtos mais otimizados para a
nossa utilização no cotidiano.

Algumas células galvânicas são recarregáveis (pilhas e baterias recarregáveis), o


que quer dizer que além de descarga, elas também podem acumular carga com auxílio
de uma fonte de energia elétrica. Isso só é possível porque as reações de oxirredução são
reversíveis, ou seja, enquanto na descarga a reação química ocorre em um sentido, na
carga ocorre o processo contrário, com a regeneração dos reagentes. A seguir, algumas
células galvânicas muito utilizadas em nosso cotidiano.

 Pilhas secas: Foram desenvolvidas pelo francês George Leclanché e, por


isso, também são conhecidas como pilha de Leclanché. São as pilhas
mais comuns, utilizadas em brinquedos, lanternas, controles remotos e
outros dispositivos eletrônicos. chamada de pilha seca porque a solução
eletrolítica não é líquida, mas sim uma pasta que contém sais dissolvidos,
como cloreto de amônio e cloreto de zinco.

 Pilha alcalina: As pilhas alcalinas funcionam da mesma forma que as


pilhas secas, contudo são melhores, sendo então um aprimoramento. A
principal diferença é a substituição de cloreto de amônio e cloreto de
zinco por hidróxido de sódio. Essa substituição evita a queda brusca de
voltagem em seu funcionamento, pois, nas pilhas secas, há formação de
uma camada isolante de cloreto de amônio em volta do grafite. Além
disso, fornecem uma corrente de forma mais eficiente, além de terem
maior vida útil.

 Pilha de mercúrio: Sua vantagem em relação às pilhas seca e alcalina é


que a voltagem se mantém estável, não caindo com o tempo, como as
duas anteriormente citadas. Comercializadas na forma de pequenos
discos, são muito utilizadas em relógios, chaves de carro e controles
remotos.

ACUMULADOR

Baterias ou acumuladores são dispositivos que conseguem produzir e armazenar


uma certa quantidade de energia por meio dos processos de oxidação e redução. De uma
forma geral, trata-se de um conjunto de pilhas associadas em série, em que o polo
positivo de uma está ligado ao polo negativo da outra. Todavia, vale ressaltar que nem
sempre elas seguem esse padrão.

As baterias ou acumuladores funcionam como uma pilha convencional, ou seja,


dentro do dispositivo ocorrem uma reação de oxidação e outra de redução, o que gera
produção de corrente elétrica. Sendo assim, à medida que o dispositivo vai sendo
utilizado, a quantidade do material que sofre oxidação (redutor) vai diminuindo.
Quando a quantidade do redutor chega ao fim, o dispositivo para de gerar corrente
elétrica (está descarregado).
Ao conectarmos a bateria ou acumulador a um fonte elétrica externa, a corrente
elétrica faz com que a reação de oxidação e redução torne-se reversível. Dessa forma, os
componentes do redutor voltam a ser originados. Quando a quantidade do redutor
retorna totalmente à quantidade anterior, dizemos que a bateria foi recarregada.

Existem três tipos de baterias muito utilizadas nos dias atuais:

 Baterias ou acumuladores de chumbo;


 Bateria de Níquel-Cádmio;
 Bateria de ións Lítio.

a) Baterias ou acumuladores de chumbo

São compostas por seis pilhas convencionais dispostas em série. Cada pilha
apresenta dois eletrodos que sempre estão imersos em uma solução de H2SO4.
Um dos eletrodos é chamado de cátodo (PbO2) e o outro é chamado de ânodo
(Pb). Durante o funcionamento da bateria, o Pb sofre oxidação, transforma-se
em um cátion (Pb+2) e reage com o SO4 da solução, formando o PBSO4, que é
um sal insolúvel. Assim, a solução não fica com excesso de cátions. Quando
essa bateria é submetida a uma fonte elétrica externa, a substância PBSO4
formada no ânodo e no cátodo é transformada novamente em PB e PBO2.

b) Bateria de Níquel-Cádmio

Essa bateria apresenta dois eletrodos imersos em uma solução aquosa de KOH
(hidróxido de potássio). Um eletrodo é constituído de um ânodo (oxida) de
cádmio (Cd) e o outro é um cátodo (reduz) composto por óxido de Níquel
(NIO2).

(Ânodo) : Cd + OH- → Cd(OH)2 + 2 e

(Cátodo) : NiO2 + 2 H2O + 2 e → Cd(OH)2 + Ni(OH)2

A descarga elétrica do meio externo faz com que as espécies Cd(OH)2 +


Ni(OH)2 transformem-se novamente em Cd e NiO2.

c) Bateria de íons Lítio

Essa bateria não apresenta pilhas. Ela é constituída por um ânodo de grafite que é
recoberto por um sal de Lítio (LiyC6). O cátodo possui óxido de Lítio de fórmula
LixCoO2. Veja as equações que representam o que ocorre no ânodo e no cátodo dessa
bateria:

(Ânodo) : LiyC6 → C6 + y Li+ + y e

(Cátodo) : LixCoO2+ y Li+ + y e → LixCoO2


A descarga elétrica do meio externo faz com que a substância LixCoO2
converta-se novamente em LiyC6 e LixCoO2.

DIFERÊNÇAS ENTRE PILHA E ACUMULADOR

Tanto as pilhas como os acumuladores são dispositivos nos quais uma reação de
oxirredução transforma energia química em energia elétrica.

Visualmente, uma pilha e um acumulador são praticamente iguais. A função de


uma pilha e de um acumulador, é obviamente, fornecer energia eléctrica a determinado
aparelho. No entanto, existe uma diferença que os torna bastante distintos.

O processo de funcionamento das duas é espontâneo e tem o mesmo princípio


químico: a transferência de elétrons entre um metal que tem a tendência de doar elétrons
(eletrodo negativo – ânodo) por meio de um fio condutor para um metal que tem a
tendência de receber elétrons (eletrodo positivo - cátodo).

Porém, a diferença entre esses dois dispositivos está no fato de que uma
pilha é formada apenas por um eletrólito (solução condutora de íons também
denominada de ponte salina) e dois eletrodos, enquanto a bateria é formada por
várias pilhas ligadas em série ou em paralelo.

Devido a isso, os acumuladores produzem uma corrente elétrica muito mais


forte.
CONCLUSÃO

Mediante a pesquisa feita cheguei a conclusão que uma pilha é um componente


que consegue fornecer electricidade, através da transformação da energia química em
energia eléctrica. Esta transformação deixa de acontecer assim que toda a energia
química seja transformada em energia eléctrica, ficando a pilha sem carga.

Este é um processo irreversível, já que depois de toda a energia química


transformada, já não é possível voltar a ter energia eléctrica, algo que não acontece num
acumulador. Uma pilha é por isso, um componente de energia limitada, já que apenas
consegue fornecer energia eléctrica enquanto existir energia química para ser
transformada.

E que Um acumulador consegue “acumular” energia várias vezes, tendo por isso
uma duração muito maior, relativamente às pilhas, mas é também mais dispendioso. A
sua utilização pode ser, por exemplo, para alimentar constantemente um alarme,
garantindo o seu funcionamento contínuo. O alarme consegue manter-se operacional, o
que poderia não acontecer caso fosse utilizada uma pilha.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SOUZA, Líria Alves de. "Qual a diferença entre pilhas e baterias?"; Brasil
Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/qual-diferenca-entre-
pilhas-baterias.htm

DIAS, Diogo Lopes. "O que é pilha?"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/quimica/o-que-e-pilha.htm

NOVAIS, Stéfano Araújo. "Pilhas"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/quimica/pilhas.htm

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