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Assim, nos fenômenos eletroquímicos, sempre ocorrem reações semelhantes a essa. Porém,
isso pode ocorrer de duas formas.
Reações de Oxirredução
Na eletroquímica, as reações estudadas são as de oxirredução. Elas são caracterizadas pela
perda e ganho de elétrons. Isso quer dizer que ocorre a transferência de elétrons de uma espécie para
outra.
Entretanto, para saber quem ganha e quem perde elétrons, deve-se conhecer os números de
oxidação dos elementos. Veja esse exemplo de oxirredução:
O elemento Zinco (Zn2+) é oxidado ao perder dois elétrons. Ao mesmo tempo, provocou a
redução do íon de hidrogênio. Por isso, é o agente redutor.
O íon (H+) ganha um elétron, sofrendo redução. Com isso, provocou a oxidação do zinco. É
o agente oxidante. O estudo da eletroquímica pode ser dividido em duas partes: pilhas e baterias, e
eletrólise
Pilhas e baterias:
Pilhas e baterias: Nesse caso existe a conversão de energia química em energia elétrica, ou
seja, usam-se as reações químicas de oxirredução espontâneas para a geração de eletricidade. A
diferença entre as pilhas e as baterias está no fato de que as pihas possuem apenas um eletrólito e
dois eletrodos. Enquanto as baterias são formadas por conjuntos de pilhas em série ou em paralelo.
Dentro das pilhas são colocadas certas substâncias químicas que reagem espontaneamente
transferindo elétrons, isto é, por meio de reações de oxirredução. As pilhas possuem dois eletrodos, 3
que são:
- ânodo: polo negativo onde ocorre a oxidação;
- cátodo: polo positivo onde ocorre a redução.
As pilhas e baterias também possuem um eletrólito, que é uma solução condutora de íons.
Assim, forma-se um fluxo de elétrons entre esses polos que resulta na formação de uma corrente
elétrica que pode ser utilizada para que diversos aparelhos elétricos funcionem.
As pihas ou baterias primárias são aquelas que não podem ser recarregadas. A reação de
oxidorredução delas continua por determinado período, fornecendo energia ao sistema até que essa
reação químicas e esgote e o dispositivo pare de funcionar. Um exemplo é a pilha seca de
Leclanchéou pilha ácida usada em equipamentos que requerem descargas leves e contínuas, como
controle remoto, relógio de parede, rádio portátil e brinquedos.
Já aspilhas ou baterias secundárias são recarregáveis e podem ser utilizadas inúmeras vezes.
Um exemplo é a bateria usada em automóveis (baterias chumbo/óxido de chumbo ou chumbo/ácido),
que é recarregada quando se fornece uma corrente elétrica contínua, aplicando-se uma diferença de
potencia para inverter os polos e mudar o sentido da reação química, fazendo assim com que a bateria
funcione e regenere grande parte do ácido sulfúrico.
Eletrólise:
* Eletrólise: É o processo inverso que ocorre nas pilhas e baterias, ou seja, ocorre a transformação
de energia elétrica em energia química. Utiliza-se energia elétrica para forçar a ocorrência de uma
reação química não espontânea pela neutralização das cargas dos íons e formação de substâncias
simples.
*Eletrólise aquosa de
NaCl*
Isso ocorre quando se passa uma corrente elétrica proveniente de algum gerador (como uma
pilha ou uma bateria) por um líquido iônico (substância fundida - eletrólise ígnea) ou por uma solução
aquosa que contém íons (eletrólise em meio aquoso). Desse modo, o cátion presente no líquido ou na
solução recebe elétrons, e o ânion doa elétrons, para que ambos fiquem com carga elétrica igual a
zero e com energia química acumulada.
A eletrólise é usada para a produção de substâncias simples de uso importante que não são
encontradas na natureza, como o gás cloro e o sódio metálico produzidos na eletrólise ígnea do cloreto
de sódio. Na eletrólise aquosa do cloreto de sódio, além de o cloro ser produzido, também se obtém
o gás hidrogênio que é usado como combustível. Mais detalhes sobre como ocorrem esses processos
podem ser vistos no texto Eletrólise do cloreto de sódio.
• Eletrólise ígnea: é feita com ausência de água. A corrente elétrica passa pela substância
iônica na fase líquida (fundida).
Um exemplo é a eletrólise do cloreto de sódio (sal de cozinha) fundido, que produz o gás coro e o
sódio metálico.
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• Eletrólise em meio aquoso: nesse caso temos íons fornecidos pela substância dissolvida na água.
Um exemplo da utiização da eletrólise é no revestimento de peças com metais que se oxidam mais
facimente que o metal constituinte da peça, protegendo-o contra a corrosão. O nome desse processo
é eletrodeposiçãoe pode sedar de duas maneiras principais: por eletrólise de purificação e também
por galvanoplastia.
No exemplo abaixo, temos a cobreação de uma chave, ou seja, por meio da eletrólise de uma
solução aquosa de sulfato de cobre, a chave será revestida de cobre:
Aplicações
A eletroquímica é bastante presente em nosso cotidiano. Alguns exemplos são:
Reações no corpo humano;
Fabricação de diversos aparelhos eletrônicos;
Carregamento de baterias;
Galvanoplastia: revestimento de peças de ferro e aço com zinco metálico;
Diversos tipos de aplicação na indústria química.
A ferrugem dos metais é formada pela oxidação do ferro metálico (Fe) a cátion ferro (Fe+), quando
na presença de ar e água. Podemos considerar a ferrugem como um tipo de corrosão eletroquímica.
O revestimento com zinco metálico, pelo processo de galvanoplastia, impede o contato do ferro com
o ar.
A Eletroquímica é, portanto, um ramo muito importante não só porque está relacionada com
o desenvolvimento tecnológico e de métodos de produção de eletricidade, mas também porque
permite inclusive a monitoração das atividades do cérebro e do coração, do pH do sangue, da presença
de contaminantes na água, além de possibilitar a criação de equipamentos que salvam vidas, como o
marcapasso, e assim por diante.
Reação eletroquímica 6
Os elementos envolvidos em uma reação eletroquímica são caracterizados pelo seu número
de oxidação ou nox, isto é, pelo número de elétrons que possuem a mais ou a menos que seu estado
neutro. Um átomo em seu estado neutro possui número de oxidação igual a zero. Se um átomo ou
íon doa elétrons em uma reação, seu número de oxidação aumenta; se aceita um elétron, seu número
diminui.
Uma reação na qual ocorrem oxidação e redução é chamada de reação redox. Uma reação
eletroquímica é uma reação redox que ocorre com a simultânea passagem de corrente entre dois
eletrodos, em que ocorre passagem de corrente elétrica em uma distância finita maior que a distância
interatômica, isto é, em que os elétrons são transmitidos avulsamente de um elemento químico para
outro. Tanto em uma célula galvânica quanto em uma célula eletrolítica, há sempre dois tipos de
eletrodo:
Ânodo: O ânodo é o eletrodo para onde se dirigem os ânions e se formam cátions. Nesse
eletrodo, sempre ocorre oxidação de espécies, acarretando corrosão do material e
consequente perda de massa.
Cátodo: O cátodo é o eletrodo para onde se dirigem os cátions. Nesse eletrodo ocorre sempre
depósito e redução de elementos químicos.
Célula galvânica
Pilha formada pela conexão de duas soluções aquosas através de uma ponte salina: uma de
sulfato de cobre (à esquerda) e outra de sulfato de zinco (à direita)
Uma célula galvânica, célula voltaica ou pilha caracteriza-se quando a reação eletroquímica
ocorre de forma espontânea, obtendo-se energia elétrica a partir de energia química. Esse processo é
usado em dispositivos como baterias e células de combustível para gerar energia elétrica.
Em uma pilha de Daniell com ânodo de zinco e cátodo de cobre, o processo de oxirredução é
espontâneo devido à diferença de potencial positiva existente na reação redox global. No ânodo, o
eletrodo negativo, o zinco oxida, perdendo elétrons e formando corrente elétrica. Já no cátodo,
eletrodo positivo, o cobre sofre redução, recebendo os elétrons cedidos pelo zinco e adquirindo seu
estado metálico. Esse processo pode ser sintetizado nas equações de semi-reação que ocorrem em
cada eletrodo.
Mas note que não é obrigatório que o cátodo da célula galvânica seja de cobre. Esse cátodo pode
ser de qualquer material inerte que conduza eletricidade, como a platina ou o grafite. Este eletrodo
será de qualquer forma um eletrodo de cobre, pois sendo iniciada a reação ele é recoberto com cobre,
passando a ser um eletrodo de cobre.
Célula eletrolítica
Uma célula eletrolítica é caracterizada por usar corrente elétrica para separar compostos
químicos. Assim, a eletrólise converte energia elétrica em energia química, caracterizando uma
reação não espontânea. Tal processo é utilizado para a produção de, por exemplo, alumínio metálico,
a partir de seu minério (bauxita); cloro e hidrogênio simples, etc.
Para ocorrer eletrólise, é necessário que haja um gerador que forneça tensão para o sistema, como
uma pilha ou bateria. Há dois tipos principais de eletrólise, portanto duas maneiras de montar uma
célula eletrolítica: por eletrólise ígnea ou por eletrólise em solução aquosa como já fora mencionado
anteriormente.
Conclusão