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INSTITUTO FEDERAL FLUMINENSE

CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO


FÍSICO QUÍMICA

ESTUDO DE
ELETROQUÍMICA
– CÉLULAS
GALVÂNICAS

M
iuky Da Silva Rebello ,Rogério de Abreu Carrilho Júnior é Pedro Ferreira Xavier

05/09/2022
1.0 RESUMO
Esse relatório foi escrito através de um experimento envolvendo células
galvânicas( ou pilhas ) mais especificamente a pilha de Daniel que é composta
por um eletrodo negativo (ânodo) que cede elétrons para o eletrodo positivo
chamado de cátodo. Nesse experimento, o ânodo é uma placa de zinco
mergulhada em uma solução de sulfato de zinco, enquanto que o cátodo é uma
placa de cobre mergulhada em uma solução de cobre.
2.0 INTRODUÇÃO
O número de oxidação (NOX) é o valor atribuído à carga de uma espécie
química (átomo ou íon). Essa propriedade pode ser observada apartir das
cargas dos íons ao se ligarem em ligações do tipo iônica ou pelas cargas
formais em moléculas formadas por ligações covalentes.
Além dessas, o nox pode variar quando uma espécie química passa por
processos de oxidação ou redução.

A oxidação e redução são termos relacionados com a transferência de elétrons


entre átomos e/ou íons de determinadas substâncias. São processos contrários
e que ocorrem simultaneamente em uma reação química em que há
transferência de elétrons. Esse tipo de reação é denominado de reação de
oxidorredução (ou redox). As pilhas são dispositivos que funcionam graças a
reações espontâneas de oxidorredução. A oxidação ocorre quando a espécie
química perde elétrons para outra, ficando com a carga mais positiva, isto é, o
seu Nox (Número de oxidação) aumenta. A redução, por outro lado, é o ganho
de elétrons de uma espécie química, com a consequente diminuição do Nox.
Dentro da eletroquímica, estudamos diversos
processos que envolvem transformações dessa natureza, entre elas células
eletrolíticas e galvânicas.

Células galvânicas (ou pilhas), são sistemas montados visando a


produção de energia elétrica através de reações espontâneas de oxirredução
entre metais.
A pilha de Daniell é construída usando-se um eletrodo de zinco metálico, que é
embebido numa solução de sulfato de zinco, e um eletrodo de cobre metálico,
que é então embebido numa solução de sulfato cúprico. As duas soluções são
postas em contato através de uma superfície porosa, de modo que não se
misturem, mas íons possam atravessá-la. Alternativamente, uma ponte salina,
que pode ser um tubo contendo em seu interior uma solução salina, tipo NaCl,
fechado por material poroso, interligando as soluções de sulfato cúprico e de
zinco.
A parede (de porcelana, por exemplo) tem por função manter constante a
concentração de íons positivos e negativos, durante o funcionamento da pilha.
Ela permite a passagem de cátions em excesso em direção ao cátodo e
também à passagem de ânions em direção ao ânodo. Atravessando a parede
porosa, os íons em constante migração estabelecem o circuito interno da pilha.

3.0.CATODO
 O cátodo é o eletrodo carregado negativamente.
 O cátodo atrai cátions ou carga positiva.
 O cátodo é a fonte de elétrons ou um doador de elétrons. Pode

aceitar uma carga positiva. O cátodo é o oposto do ânodo. Nele ocorre um


ganho de elétrons, originados do ânodo. Sendo assim, a polaridade do eletrodo
tende a ser positiva e
ocorrem reações de redução na região. A redução faz com que o metal do
cátodo (cobre), presente na sua forma iônica na solução eletrolítica, seja
depositado na placa metálica, ocorrendo um aumento de sua massa e,
consequentemente, uma diminuição da concentração de íons Cu2+(aq) em
solução.

Cu2+(aq) + 2 e– → Cuo

3.1. ÂNODO
 O ânodo é o eletrodo carregado positivamente.
 O ânodo atrai elétrons ou ânions.
 O ânodo pode ser uma fonte de carga positiva ou um aceitador de elétrons.

O ânodo é o eletrodo em que ocorre um acumulo de elétrons, portanto é o que


tem polaridade negativa da célula eletroquímica. Nele ocorrem as semi-reações
de oxidação, sendo assim, ocorre a emissão de elétrons para o circuito externo.
Como o metal que constitui o ânodo é o que sofre oxidação, ele é o que possui
o menor potencial de redução
Essa oxidação do metal do ânodo faz com que ele passe da forma metálica
(NOX = 0) para a sua forma iônica, ou seja, ele se dissolve. Com o
experimento da célula galvânica é possível observar que a placa de metal
(geralmente zinco) do eletrodo perde massa e a concentração de Zn2+(aq) em
solução aumenta, com o tempo. Isso evidencia o que acontece na semi-reação
de oxidação, onde zinco metálico perde elétrons e se transforma em um íon:

Zno → Zn2+(aq) + 2 e–

3.2.APLICAÇÃO DO ÂNODO E CÁTODO

Como comentado, o ânodo e cátodo são, respectivamente, os polos negativos


e positivos de uma célula galvânica. Após estudos e aprimoramentos,
pesquisadores acabaram utilizando tais reações de oxirredução espontâneas e
que geram corrente elétrica para transformar o dispositivo experimental em um
item muito utilizado no cotidiano, que são as pilhas e baterias.
A pilha é uma célula eletroquímica constituída de um cátodo de grafite que se
encontra no centro do dispositivo, recoberto por uma mistura pastosa de
diversos compostos químicos que agem como a solução eletrolítica. Já o polo
negativo da pilha é uma placa cilíndrica de zinco. Conforme a composição do
material interno dessa pilha seca, ela recebe nomes diferentes. A pilha comum
é chamada de pilha ácida, pois contém cloreto de amônio em seu interior. Nela
o processo de oxirredução é irreversível, por isso dizemos que a “pilha acabou”
quando ela para de funcionar. Uma pilha alcalina tem esse nome porque a
pasta interna que a constitui possui caráter básico. Apesar de também não ser
recarregável, ela é mais duradoura que a pilha comum, visto que sua pasta é
uma melhor condutora eletrolítica, resultando em uma resistência interna
menor. Sendo assim, é possível constatar a presença do ânodo e cátodo no
cotidiano, na forma dos polos negativos e positivos de pilhas e baterias que são
utilizadas em diversos dispositivos que necessitam de eletricidade para
funcionar, como controles remotos, relógios, lanternas, entre outros.

3.3.SENTIDO DOS ELÉTRONS


Os elétrons circulam do eletrodo de maior potencial de oxidação para o de
menor potencial de oxidação. No caso da pilha de Daniell os elétrons vão do
zinco para o cobre.

3.4.PÓLOS DA PILHA

Pólo positivo – o de menor potencial de oxidação – Cu.


Pólo negativo – o de maior potencial de oxidação – Zn.

3.5.VARIAÇÃO DE MASSA NAS PLACAS

Placa de maior potencial de oxidação – diminui – Zn.


Placa de menor potencial de oxidação – aumenta – Cu.

3.6.EQUAÇÃO GLOBAL DA PILHA


Zn(s) + Cu(aq)+2 → Zn(aq)+2 + Cu
A pilha de Daniell é representada pela seguinte notação:
Zn°/Zn2+//Cu2+/Cu°
Ânodo - Ponte Salina ( // ) - Cátodo

3.7.PONTE SALINA
A parede porosa (de porcelana, por exemplo) tem por função manter constante
a concentração de íons positivos e negativos, durante o funcionamento da pilha.
Ela permite a passagem de cátions em excesso em direção ao cátodo e
também a passagem dos ânions em direção ao ânodo. Atravessando a parede
porosa, os íons em constante migração estabelecem o circuito interno da pilha.

4.0.MATERIAIS E REAGENTES (POR GRUPO):


 Solução de sulfato de cobre 0,1M
 Solução de sulfato de zinco 0,1M
 Solução salina KCℓ
 Voltímetro
 1 placa de cobre (5cm x 2cm)
 1 placa de zinco (5cm x 2cm)
 Fio de cobre
 Fita isolante
 2 béqueres de 100 mL
 Palha de aço
 Papel de filtro
 2 provetas 50 mL

5.0.PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:
Utilizando o material disponibilizado, as placas metálicas foram lixadas para
remoção da película de oxidação presente nas mesmas;
Foi utilizada a fita isolante para conectar os fios de cobre às placas metálicas;
Com a proveta transferiu-se 50 mL das soluções CuSO4 e ZnSO4 aos
béqueres de 100mL;
Mergulhou-se as placas metálicas nas soluções presentes nos béqueres;
Molhou-se o papel de filtro com a solução salina e o insira simultaneamente em
ambos os béqueres;
utilizou-se o voltímetro na verificação da voltagem do sistema montado;
Após a verificação da voltagem conectou-se o sistema sem o voltímetro por 40
minutos para observar a perda/ganha de massa nas placas pela troca de
elétrons

3.2 RESULTADO É DISCUSSÃO:


Após montar o sistema colocando a placa de cobre na solução de sulfato de
cobre, e a placa de zinco na solução de sulfato de zinco, medimos a sua
voltagem, que foi igual a: 1,039, bem próximo do ideal que seria 1,10 segundo
a tabela de potencial de redução, esse valor está levemente abaixo pode se
dar devido a alguns erros ou a própria temperatura ambiente e pressão
atmosférica já que a tabela leva em conta 25°C e a pressão igual a 1 atm.

Massa(g) Massa após 40 minutos Perda/ganho de massa


(%)
Placa de Cu 0,9632g 0,9621g -0,11%

Placa de Zn 1,6544g 1,6564g +0,12%

Já as massas estão o oposto do que a eletroquímica considera normal para


este experimento já que o zinco ganhou massa e o cobre perdeu era esperado
o exato oposto disso, alguns dos erros cometidos podem se dar por: pouco de
tempo para a reação acontecer, outra possível erro é a oxidação do zinco que
oxida rapidamente em contato com o oxigênio do ar, e o sistema montado para
este experimento não era o ideal já que as placas não estavam conectadas de
maneira ideal, e sim por meio de 3 fios de cobre, se este número de fios fosse
menor possivelmente o erro seria menor

5.0 OBJETIVOS:
Observar a variação de NOX de elementos metálicos;
Compreender processos de oxidação e redução de espécies químicas;

6.0 CONCLUSÃO
Ainda que no experimento utilizando a pilha de Daniel tenha sido falho os
objetivos foram cumpridos já que foi possível compreender os fenômenos de
oxirredução em uma célula galvânica na qual há a produção de energia elétrica
a partir da oxidação e da redução de espécies químicas. Como também foi
possível observar a influência de cada componente diferente no funcionamento
de uma pilha, como a ponte salina que é utilizada para aumentar a vida da
pilha ou a diferença entre o cátodo e o ânodo.
7.0 REFERÊNCIAS
FOGAçA, Jennifer Rocha Vargas. "Pilha de Daniell"; Brasil Escola. Disponível
em: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/pilha-daniell.htm. Acesso em 10 de
setembro de 2022.

FOGAçA, Jennifer Rocha Vargas. "Eletroquímica"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/quimica/eletroquimica.htm. Acesso em 10 de
setembro de 2022.

FUTANAKA DOS SANTOS, Lucas Makoto. Ânodo e cátodo. Todo Estudo.


Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/quimica/anodo-e-catodo.
Acesso em: 11 de September de 2022

George Wallace é Vinicius Del Corso – Roteiro Experimental – ESTUDO DE


ELETROQUÍMICA – CÉLULAS GALVÂNICAS– parte 1 – INSTITUTO
FEDERAL FLUMINENSE – 05/09/2022

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