Você está na página 1de 63

Instituto Federal de Educação, Ciência e

Tecnologia do Rio Grande do Norte

Química Geral II
Eletroquímica

Nome: Isaac Emanuel Bezerra Firino


Nome: Marcos Vinicius de Meneses Firmino 09/02/23 1
Nome: Fernanda Beatriz de Medeiros Silva
CÉLULAS GALVÂNICAS
Células Galvânicas (pilhas)

 Células galvânicas: dispositivos em que energia química é convertida


espontaneamente em energia elétrica.
 Chamada vulgarmente de pilha devido ao experimento de Alessandro
Volta.
 Uma associação de pilhas é chamada de bateria.
Pilha de Alexandre Volta

Em 1800 Alexandre volta


apresentou sua famosa pilha
feita empilhando discos de
metais diferentes (Zn e Ag)
intercalados com discos de
flanela embebida em
salmoura.
A pilha de Daniell (1836)

John Frederic Daniell


(1790-1845)
Pilha de Daniell
Pilha de Daniell

Modificações e explicações
Eletrodo de Cobre Eletrodo de Zinco
 Espessamento da lâmina de Cu  Corrosão da lâmina de Zn
Esse fato pode ser explicado pela
 Diminuição da cor azul semi-reação de oxidação:
Esses dois fatos podem ser explicados  
pela semi-reação de redução:  
   
   

 
O eletrodo onde ocorre a redução é o O eletrodo onde ocorre a oxidação é o ânodo.
catodo.
Pilha de Daniell
A finalidade da ponte salina é manter os dois eletrodos eletricamente neutros através da migração de íons
(corrente iônica).
Na ponte salina os ânions sempre migram no sentido do ânodo e os cátions no sentido do cátodo.
Para uma pilha qualquer

• No ânodo (-) ocorre oxidação: perda


de elétrons (aumento de Nox).
• Ânodo (-) o eletrodo é o redutor:
perde elétrons e se oxida.
• No cátodo (+) ocorre redução: ganho
de elétrons (diminuição de Nox).
• Cátodo (+) o cátion da solução é o
oxidante: ganha elétrons e s
Os elétrons fluem do ânodo para o cátodo.
• Uma pilha genérica pode ser
representada
por:
• A0 / A+x // B+y/B0
• Oxidação // Redução
Potencial das pilhas
Na pilha de Daniell é o eletrodo de
zinco que se oxida e o cobre sobre
redução.
• O zinco tem maior tendência em
sofrer oxidação.
• E o eletrodo de cobre tem maior
tendência em sofrer redução.
Potencial das pilhas

• Esta tendência em se reduzir pode ser


medida pelo potencial de redução.
• O cobre tem maior potencial de
redução que o zinco. Logo, o zinco
tem menor potencial de redução que o
cobre.
Potencial de redução

• Se uma substância X tem maior


potencial de redução que uma
substância Y.
• Então quando X e Y estiverem
juntas, X irá se reduzir e Y se
oxidar.
Ânodo e Cátodo

• Maior potencial de redução:


cátodo, sofrerá redução.
• Menor potencial de redução:
ânodo, sofrerá oxidação.
Fluxo de elétrons

• O fluxo de elétrons do ânodo para o


cátodo é espontâneo.
• Os elétrons fluem do ânodo para o
cátodo porque o ânodo tem uma
energia potencial elétrica mais alta do
que o cátodo.
• A diferença no potencial elétrico é
medida em volts.
Força eletromotriz

• Um volt é a diferença de potencial


necessária para conceder um joule de
energia para uma carga de um
coulomb: V = J/C
• A força eletromotriz (fem) é a força
necessária para movimentar os
elétrons através do circuito externo.
Condições padrão

• ∆E depende: das espécies envolvidas,


das suas concentrações e da temperatura.
• Condições padrão: concentração 1
molar, T = 25oC , P = 1 atm.
• Nas condições padrão: ∆E = ∆E0
Eletrodo padrão

• Para determinar os potenciais de redução e de


oxidação das diversas espécies foi definido
como padrão o eletrodo de hidrogênio.
• Foi convencionado que este eletrodo tem
potencial igual a zero.
• E0 (H2/H+) = 0 e E0 (H+/H2) = 0
Calculando o potencial da pilha de Daniell

Na pilha de Daniell o Zn tende a se oxidar pois apresenta menor


potencial de redução (-0,76v) enquanto o cobre apresenta maior
potencial de redução (+0,34v).
Para a reação global ocorre o seguinte:
ELETRÓLISE
Eletrólise
• Células eletrolíticas: dispositivos em que
energia elétrica é convertida em energia química.

• A eletrólise é o processo inverso ao da pilha. Enquanto na


pilha se produz corrente elétrica a partir de uma reação de
óxido-redução.
• Na eletrólise a partir da passagem de corrente elétrica, em
uma solução aquosa
eletrolítica ou substância iônica liquefeita, ocorre a produção
de uma reação de óxidoredução.
• As eletrólises não são processos espontâneos.
Michael Faraday
O fenômeno eletrolítico foi
estudado pela primeira vez
por Michael Faraday em
meados do século XIX. As
eletrólises são realizadas em
uma cuba eletrolítica onde a
corrente elétrica é fornecida
por um gerador ou uma
pilha.
Eletrólise
• Na eletrólise o pólo positivo é o ânodo
e atrairá os ânions. É onde ocorre a
oxidação.
• Y- →Yo + e-
• No pólo negativo é o cátodo e atrairá
os cátions. É onde ocorre a redução.
• X+ + e- →Xo
• No circuito externo, o cátodo é o
eletrodo onde chegam elétrons e o
ânodo, onde saem os elétrons.
Tipos de eletrólises

• Eletrólise ígnea: a substância que sofre


eletrólise está no estado líquido.
• Eletrólise aquosa: a substância que
sofre eletrólise está dissolvida em
água.
Eletrólise ígnea do NaCl

• Ânodo:
• Cátodo:
• Como o número de elétrons perdidos tem que
ser o mesmo número de elétrons recebidos,
multiplica-se a última semi-reação por 2:
• .
• .
• Equação global:
Eletrólise ígnea do NaCl
Eletrólise aquosa

• A eletrólise aquosa possui a vantagem


de não necessitar de altas temperaturas
tal como a eletrólise ígnea.
• No entanto, a água poderá ser reduzida
para formar hidrogênio ou oxidada
para formar oxigênio em vez dos íons
do sal.
Eletrólise aquosa
• A eletrólise aquosa possui a vantagem
de não necessitar de altas temperaturas
tal como a eletrólise ígnea.
• No entanto, a água poderá ser reduzida
para formar hidrogênio ou oxidada
para formar oxigênio em vez dos íons
do sal.
Eletrólise aquosa
Galvanoplastia ou eletrodeposição

• Revestimento de superfícies com metais


através da eletrólise:
• Douração
• Prateação
• Cromeação
• Niquelação
• O objeto a ser revestido será cátodo
• O ânodo será o metal que fará o revestimento.
Galvanoplastia

• Objetivos: melhoria das


características do metal
(resistência à corrosão , aumento
da dureza, estética, etc).
• A superfície a ser tratada deve
estar devidamente limpa, livres
de óleos, resíduos de lixa, etc.
• Empregam-se soluções
decapantes e desengraxantes.
Galvanoplastia: niquelação
Prateação
• Ao banhar de prata um anel feito de alumínio:
• O anel será o cátodo ligado ao pólo negativo
enquanto que no pólo positivo (ânodo) deverá
haver uma lâmina de prata.
• Esses elétrodos podem estar mergulhados
numa solução aquosa de um sal de prata,
preferencialmente de concentração alta.
Cromeação
• Ao cromar um pára-choque de ferro de um carro:
• O pára-choque será o cátodo ligado ao pólo negativo.
• No pólo positivo (ânodo) deverá haver uma barra de
cromo ou um elétrodo inerte.
• Esses elétrodos devem estar mergulhados numa
solução aquosa de um sal de cromo (Cr3+) (de
concentração alta, no caso do elétrodo inerte).
Aspectos quantitativos da eletrólise
• O número de elétrons que circula depende da
corrente elétrica.
• 1 ampere é igual ao número de Coulomb (carga) que
passa por um ponto por unidade de tempo (segundo).
• Q = i.t
Q (Coulomb) = i (Ampere). t (segundo)
• A carga de 1 mol de elétrons corresponde a 96500 C
que é denominado de constante de Faraday ou 1F.
• 1 mol de elétrons = 96500 C = 1F
1ª Lei de Faraday / 2ª Lei de Faraday
A massa de uma substância eletrolisada é
diretamente proporcional à quantidade de eletricidade
aplicada à solução.

A mesma quantidade de eletricidade irá eletrolisar massas de


substâncias diferentes que serão proporcionais às respectivas
massas molares.
REPRESENTAÇÃO SIMPLIFICADA DAS
CELULAS ELETROQUIMICAS
Representação Simplificada Das Celulas
Eletroquimicas

• As concentrações dos íons ou pressões parciais dos


gases são colocadas entre parêntesis;
• Uma linha vertical indica uma fronteira entre duas
fases diferentes (ex: entre um eletrodo e uma solução);
• Linhas duplas verticais indicam uma ponte salina.
Exemplo:
POTENCIAIS DE ELETRODO
Potenciais De Eletrodo

Célula eletroquímica é composta de 2 reações de meia-


cela.
Cada reação de meia-cela possui um potencial de eletrodo
associado, medido em relação a um padrão de referência.
Potenciais De Eletrodo

Circuito aberto:

A diferença de potencial que se desenvolve entre os eletrodos da célula é


uma medida da tendência da reação em prosseguir a partir de um estado de
não-equilíbrio para a condição de equilíbrio.
Potenciais De Eletrodo
Célula descarregando com o tempo até atingir o equilíbrio
Potenciais De Eletrodo
Após o equilíbrio ser atingido
Variação Do Potencial Da Cela Após A
Passagem De Corrente Até O Alcance De
Equilíbrio
Diferença De Potencial
O potencial de uma célula eletroanalítica está diretamente relacionado às
atividades dos reagentes e dos produtos da reação da célula e indiretamente
relacionado às concentrações molares.
Eletrodo Padrão De Hidrogênio
Potencial desse eletrodo foi associado a zero em todas as temperaturas
por convenção.
Potencial Padrão De Eletrodo (E°)

O potencial padrão de
eletrodo de uma semi-
reação é definido como
seu potencial de eletrodo
quando as atividades dos
reagentes e produtos são
todas iguais a unidade.
Potencial Padrão De Eletrodo (E°)
EQUAÇÃO DE NERNST
Equação De Nernst
Equação De Nernst

• O potencial de qualquer pilha não depende somente dos


componentes do sistema reagente, isto é, das meias-células.
• Depende também das suas concentrações.
• Relaciona o potencial real de uma meia-célula com as
concentrações das espécies oxidadas e reduzidas (reagentes e
produtos da semi-reação)
Equação De Nernst
Equação De Nernst
Quando um metal M é colocado em uma solução que
contém seu íon Mn+, um potencial de eletrodo se
estabelece. O valor deste potencial de eletrodo é dado
pela EQUAÇÃO DE NERNST
FORÇA ELETROMOTRIZ
Força Eletromotriz

• É o agente que faz a corrente fluir do potencial


mais baixo para o mais elevado;
• Atenção: a fem não é uma força, logo esse termo
não é o mais adequado;
• A fem é uma grandeza com dimensão de energia por unidade de
carga (J/G);

• O trabalho feito por um fonte pode ser


representado por (figura na próxima pagina).
Força Eletromotriz

Conceito de fem:
• fem: trabalho não-eletrostático (relacionado com
processo interno da fonte) por unidade de carga;
• A força eletromotriz é responsável por fazer
com que as cargas se desloquem em um
determinado sentido no interior de um condutor.
• Esse papel é cumprido por uma fonte de força
eletromotriz (fem)
LEI DE FARADAY
Lei De Faraday
O movimento do ímã induz a criação de uma corrente elétrica na espira!
Lei De Faraday
Enquanto a Lei de Lenz dava o sentido da corrente induzida...
Lei De Faraday
A Lei de Faraday dá o VALOR da força ( eletromotriz ) induzida!

Onde:
E é a força eletromotriz induzida (V);
Δφ é a variação do fluxo (Wb);
Δt é o intervalo de tempo (S);
Lei De Faraday

Ao variarmos o fluxo magnético que atravessa uma espira,


é criada uma força eletromotriz induzida (ε) que é dada pela
taxa de variação do fluxo magnético em função do tempo.
Onde:

Obs.: Se verificarmos as unidades de medida dessas grandezas no


S.I., percebemos que:
[∆ 𝜱] 𝒘𝒆𝒃𝒆𝒓 𝟏 𝑾𝒃
[ 𝜺 ]= ⟹ 𝒗𝒐𝒍𝒕= ⟹𝟏𝑽 =
[ 𝜟 𝒕] 𝒔𝒆𝒈𝒖𝒏𝒅𝒐 𝟏𝒔
Lei De Faraday

• A f.e.m induzida é igual ao quociente da


variação do fluxo magnético pelo intervalo
de tempo que ocorre, com sinal trocado.
• O sinal negativo na expressão da Lei de
Faraday é consequência da Lei de Lenz,
pois a f.e.m induzida se opõem à variação
do fluxo que a origina.

Você também pode gostar