Você está na página 1de 6

Física III Experimental

Experimento VI
Bobinas de Helmholtz e a Razão
carga/massa do elétron

Pedro A. M. Rodrigues. IF - UnB 1


Uma forma de medir a razão e/m: usar um campo magnético B

FB = -qv x B (força magnética)


B D
v
FB v ⊥ B; FB ⊥ v  v é constante;
Se B é constante; FB é constante;
mv 2 e v
y R = evB  = .
x R m BR
Mas
FB
1 2e
mv 2 = eVa  v 2 = Va
2 m
e 2e 1 e 2V
= Va  = 2 a2
m m BR m B R

Problema: precisamos que B seja constante em


FB
todo o semi-círculo.

Pedro A. M. Rodrigues. IF - UnB 2


Campo magnético B constante: bobinas de Helmholtz

Lembranças...
Campo B ao longo do eixo de uma espira de corrente de
raio “a” ao longo do eixo (z):
z
0 i a2
B(z) = (veja a prova no Young)
a 2 (z 2
+a 2
) 3/2

Campo B ao longo do eixo de duas espiras de corrente de


raio “a”, separadas pela distância “2b” ao longo do eixo
(z):
0 i a 2  1 1 
B(z) =  + 
2 (
 (z + b )2 + a 2 ) 3/2
((z - b )
2
+a )
2 3/2 

z dB d 3B
|z = 0 = |
3 z =0
= 0 (faça a conta, cai na prova)
dz dz
a
z d 2B
Se 2b = a, então 2
|z = 0 = 0
dz
2b Uau!!! Nessa configuração (2b = a), o campo B é constante em
torno de z = 0!
Essa configuração é conhecida como Bobinas de Helmholtz.
Pedro A. M. Rodrigues. IF - UnB 3
Peraí!!! Quão constante é B?
Usemos a nossa velha conhecida série de Taylor....

dB z2 d 2B z 3 d 3B z4 d 4B
B(z) = B(0) + z |z = 0 + |z = 0 + |z = 0 + |z = 0 + O(z 5
)
dz 2 dz 2 6 dz 3 24 dz 4
 144  z  4 
B(z) = B(0) 1 -   ;
 125  a  
a  1 
Se z  , então B(z)  B(0) 1 -
 10000 .
10  
0 i 8
B(0) =
a 53/2

Nada mal!!!

Pedro A. M. Rodrigues. IF - UnB 4


O experimento: o que fazer

Fig. 1 Arranjo experimental – (1)


Teslâmetro. (2) Sonda Hall.
(3)Amperímetro. (4) Fonte.
(5)Bobina de Helmholz.
(5)
(1) (4) (3)

(2)

• Com uma bobina:


Medir B em função de z; fazer um gráfico de log B versus log (a2 + z2)
• Com duas bobinas na configuração de Helmoholtz:
(i) Medir B em z = 0 em função de i; fazer um gráfico de B versus i; comparar com a expressão teórica;
(ii) Medir B em função de z, i = cte; fazer um gráfico de B versus z; comparar com a expressão teórica;
(iii) Medir B em função de x (ou y); fazer um gráfico de B versus x.

Pedro A. M. Rodrigues. IF - UnB 5


Medida da razão e/m

Figura 3. Esquema de conexão do tubo de raios


Figura 2. Arranjo experimental da etapa razão e/m do elétron catódicos filiformes

• Varie a tensão de aceleração (Va = soma das fontes 0-50V + 0-250V) e a corrente nas bobinas de
Helmoltz, i, de forma a obter um feixe visível no tubo.
• Mantenha Va constante ( 200 V) e varie i de forma a obter circunferências de raio = 2, 3, 4 e 5 cm.
(i) Faça um gráfico de i versus r e, a partir do gráfico, calcule a razão e/m;
(ii) Gire o tubo em torno do seu eixo cilíndrico e explique as alterações no feixe de electrons.

Pedro A. M. Rodrigues. IF - UnB 6

Você também pode gostar