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Relatório de

PILHA
ELETROQUÍMICA

12ºano
Disciplina - Química
Ano letivo 2023-2024

Bea dias
Maria seco
Maria lousado
João Afonso
Ano 12

ÍNDICE
OBJETIVO
Pilha eletroquimica
1

A NOSSA PILHA
2

CÁLCULOS
Materiais
3

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
4

DISCUSSÃO
7

BIBLIOGRAFIA
8
A NOSSA PILHA
Nesta experiência iremos utilizar o cobre(II) como cátodo (pólo positivo, onde ocorre a
transferência de eletrões provenientes do Ânodo, logo ocorre uma redução ganho de
eletrões) e o manganês como ânodo (pólo positivo, onde ocorre a perda de eletrões
para o circuito, ocorre uma oxidação), tendo como base a tabela de potenciais padrão.
O cobre(II) apresenta maior poder redutor que o manganês, portanto ocorre de forma
espontânea, havendo assim transferência de eletrões do manganês para a solução de
iões cobre(II). Para que o fluxo de eletrões não cesse, coloca-se uma ponte salina
constituída por iões Na+ e Cl-. Os iões Na+ deslocam-se no sentido da solução (CuSO4 )
e os iões Cl- deslocam-se no sentido da solução (MnSO 4), de forma a manter a
eletroneutralidade+ de cada uma das soluções.
Quando ligados os dois metais com os fios condutores de energia irão criar uma força
eletromotriz. Ambos os metais têm que ser mergulhados numa solução electrólito
(substância que, dissociada ou ionizada, origina iões positivos ou iões negativos pela
adição de um solvente.

O que se passa em cada uma das placas? Na placa de Mn dá-se a oxidação, é donde
saem os eletrões, onde há portanto excesso de eletrões, diz-se então que a placa
de Mn é o elétrodo negativo - ÂNODO (Mn(s) ---> Mn 2+(aq) + 2e- ).
Os eletrões vão-se movimentar da placa de Manganês para a placa de Cobre, sendo
captados pelos iões Cobre (II) Cu 2+ . Na placa de cobre ocorre a redução ficando
portanto com deficiência de eletrões, designando-se a placa de Cu por elétrodo
2+ -
positivo – CÁTODO (Cu (aq) + 2e ---> Cu (s)
Se pesarmos as duas placas antes e depois da experiência é expetável que a placa
de Mn pese menos e que a de Cu pese mais. A placa de Mn sofre oxidação e os iões
Mn2+ vão para a solução, é como que o Mn se solubilizasse. Na placa de Cu deposita-
2+
se Cu por redução dos iões Cu que estão na solução.

Temos assim constituído uma pilha electroquímica. A placa de Mn e a solução em


que está mergulhada constitui uma semi-pilha. A placa de Cu e a solução em que está
mergulhada constitui outra semi-pilha.
Pode-se representar a pilha utilizando o seguinte esquema:

Mn(s)|Mn 2+(aq) ||Cu2+(aq)|Cu(s)

02
PILHA
ELETROQUÍMICA
OBJETIVO
QUESTÃO-PROBLEMA:
“Como construir uma pilha com uma determinada diferencia de potencial elétrico”

Como se converte energia química em energia elétrica?


Quais os constituintes de uma pilha eletroquímica?
Qual a força eletromotriz (f.e.m.) obtida?
Quais os fatores que podem influenciar o valor da f.e.m?

Sendo o principal objetivo, depois da análise das questões problema, verificar se os dois metais
escolhidos para a nossa pilha o Manganês (Mn) e o Cobre(Cu) são uns bons constituintes para uma pilha
eletroquímica e estudar o efeito da alteração da concentração de um dos eletrólitos no valor da f.e.m.
da pilha.

O QUE É?
A pilha eletroquímica, é um sistema que converte energia química - que será obtida a partir de uma reação de
oxidação-redução espontânea, onde existe a transferência de eletrões de uma espécie com maior poder redutor
para outra com menor poder redutor - em energia elétrica. Ou seja, é um processo no qual, a partir de uma
reação química se produz uma diferença de potencial que pode “alimentar” um circuito, e criar uma corrente
elétrica.
O que é uma reação oxidação-redução, frequentemente abreviada como redox?
Uma reação redox, é uma reação onde ocorre num dos elementos uma oxidação (perda de eletrões), e, noutro
elemento uma redução (ganho de eletrões).
Nas reações redox há transferência de eletrões da espécie oxidada para a espécie reduzida. Se se conseguir que
estes eletrões passem através de um circuito, antes de serem recebidos pela espécie reduzida, estabelece-se uma
corrente elétrica. Para que isto aconteça é necessário separar os reagentes, mas também é necessário manter a
eletroneutralidade das soluções, o que é possível com a ajuda da ponte salina (constituída por um tubo em forma
de “U” com uma solução concentrada de um composto iónico). Este componente também permite fechar o
circuito.
Para a corrente passar no circuito é necessário haver elétrodos , um ânodo (polo negativo da pilha) e um cátodo
(polo positivo da pilha), normalmente mergulhados em soluções aquosas, e estes terão que ser sólidos e
condutores de energia elétrica, pelo que frequentemente são metálicos, podendo também ser de grafite.

A d.d.p. existente entre os dois elétrodos é uma característica da pilha e chama-se força eletromotriz da pilha
(f.e.m.) ou potencial da célula (ΔE). Há medida que a pilha vai funcionando a fe.m. vai diminuindo.
Quando a f.e.m. se torna nula, a corrente cessa e a pilha descarrega. Isto significa que as reações químicas
responsáveis pela produção da corrente elétrica atingiram o equilíbrio; o movimento de eletrões continua, mas o
nº de eletrões que se transferem num sentido é igual ao nº de eletrões que passam em sentido oposto.
Consoante os elétrodos utilizados assim a f.e.m. de uma pilha.
A f.e.m. depende da natureza dos elétrodos, da temperatura e da concentração dos iões presentes nas soluções,
evidenciada pela equação de Nernst:

Epilha = E0 – RT/nF . log Q

E pilha =E0 - 0,059/n . log Q

Condições padrão: (E0 = 0.059/n . logK em condições padrão)


3
T = 298K (25ºC): Concentrações 1,0 mol/dm ; Pressão de gases =1 atm
-1
n – nº eletrões postos em jogo
01
F (constante de Faraday) = 9,95x10 C mol ;
-1 -1
R = 8,31JK mol
CÁLCULOS
Manganês:
Mn =ΔEº (ligado ao eléctrodo padrão) = -1,18V
Semirreação de Oxidação:
Mn (aq) + 2e -
2+
Mn (s)

Cobre:
Cu =ΔEº (ligado ao eléctrodo padrão) = +0,34V
Semirreação de Redução:
2+
Cu (aq) + 2 e- Cu (s)

EQUAÇÃO DE OXIDAÇÃO- REDUÇÃO GLOBAL


2+ 2+
Mn (aq) + Cu (s) Mn (aq) + Cu (s)

ΔEº=Eº(oxidante)-Eº(Redutor)
ΔEº=0,34-(-1,18)
ΔEº=1,52V

MATERIAIS E
REAGENTES
Barra de cobre (Cu(s))
Barra de manganês (Mn(s))
Ponte salina com que solução concentradade cloreto de sódio (NaCl)
2 gobelés
Solução de Sulfato de Cobre II (CuSO4 )
Solução de sulfato de Manganês (MnSO 4)
Algodão
fios condutores com crocodilos
Lixa
Voltímetro
Balança de precisão
Termómetro

03
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
1º- Colocar a solução de CuSO4 num gobelé e a solução de MnSO4 noutro gobelé.
(devem colocar os números em indice inferior)

2º- Para a ponte salina colocar a solução de NaCl no tubo de plástico.

3º- Colocar o algodão embebido na solução de NaCl nas extremidades do tubo.

4º- Introduzir uma extremidade da ponte salina do gobelé que contém a solução de
CuSO 4e a outra no gobelé que contém a solução de MnSO4 .

5º- Lixar cuidadosamente as lâminas de cobre e manganês removendo as impurezas.

6º Pesar cada uma das lâminas.

7º- Lavar as lâminas com água destilada e colocar a lâmina de cobre com solução de
sulfato de cobre II e colocar a lâmina de manganês no outro gobelé. Medir a
temperatura das soluções em cada copo.

8º- Colocar um fio com o crocodilo na lâmina de manganês e outro na lamina de


cobre.

9º- Ligar cada um dos fios ao voltímetro de acordo com a montagem experimental:

MONTAGEM EXPERIMENTAL

10º- Esperar algum tempo e registrar a leitura efetuada no voltímetro.

11º - Retirar cada uma das placas e pesá-las;

12º- Registrar a temperatura das soluções em cada copo.

13º- Repetir todas as etapas do procedimento utilizando uma concentração diferente


de CuSO4.

04
Esquema geral da pilha
(https://encurtador.com.br/djkIL)

ESTUDO DO EFEITO DA CONCENTRAÇÃO DE UM DOS


ELETRÓLITOS NA F.E.M
Tabela I - resultados previstos para a f.e.m.

2+
[Cu ] [Mn] ΔE
mol/dm3 mol/dm3 (f.e.m.)

1,0 1,0
Situação 1
mol/dm3 mol/dm3

2,5 1,0
Situação 2
mol/dm3 mol/dm3

2+
Nota: apenas foram testadas diferentes concentrações de CuSO4 (II) dado que são os iões Cu que se reduzem; o metal
manganês sofre oxidação, pelo que, alterar a concentração do eletrólito (MnSO4 ) não faria qualquer diferença

Observa-se que a f.e.m. é afetada pela concentração da solução do eletrólito onde está mergulhado o
cátodo, o valor foi aumentado pela concentração da solução de sulfato de cobre II.

Não foi possível avaliar a massa antes e após a reação redox, mas seria expetável o aumento da massa do
elétrodo de cobre e uma diminuição da massa do eletrodo de manganês.

Para avaliar o mesmo efeito noutras pilhas, recorremos a uma simulação disponível na Casa das Ciências
(Célula Voltaica), e os resultados estão na seção seguinte.

05
FIG 1 - ESQUEMA DE UMA PILHA
Zn(s)|Zn2+(aq) ||Ag+(aq)|Cu(s)

Fig 1

NAS CONDIÇÕES PADRÃO, A F.E.M. SERIA DE:


ΔEº=Eº(OXIDANTE)-Eº(REDUTOR)
ΔEº=0,80-(-0,76)
ΔEº=1,56V
(FIG 1 - VALOR LIDO NO VOLTÍMETRO)

Com a alteração das condições padrão,


nomeadamente com a alteração da concentração
da solução de AgNO3 à direita, verifica-se uma
diminuição da f.e.m. lidos no voltímetro.
06
DISCUSSÃO
DIFERENÇAS POSSÍVEIS ENTRE A F.E.M. PREVISTA E A OBTIDA EXPERIMENTALMENTE
Teoricamente a nossa pilha deveria originar uma força eletromotriz de 1,52 V (equivalente a
uma pilha que utilizamos nos nossos comandos em casa), a reação será espontânea no
sentido direto. O valor indicado seria o obtido em condições padrão.
Se, quando ligado a um voltímetro, o valor for inferior ao indicado acima, podemos apontar as
seguintes causas, como:
elevado grau de impurezas nos reagentes usados na preparação das soluções;
elétrodos metálicos impuros;
erros associados à pesagem dos reagentes (erros acidentais);
mau contacto dos metais ao seu eletrólito devido à deposição de óxido metálico sobre o
elétrodo;
má calibração do voltímetro.

EFEITO DA CONCENTRAÇÃO DOS ELETRÓLITOS E A F.E.M. DA PILHA

Foi possível verificar que a concentração de um dos eletrólitos faz variar o valor da f.e.m
(Tabela I e resultados obtidos com o simulador Célula Voltaica).
2+
A escolha das espécies que se oxidam e se reduzem, que no caso da nossa pilha era (Cu2+
/Mn) baseou-se nos valores do potencial normais de redução e a equação redox que traduz a
reação química é:
2+ 2+
Mn (s) + Cu (s) Mn (aq) + Cu (s)

Esta reação é na realidade uma reação de equilíbrio químico e, à medida que a concentração
dos produtos aumenta e a concentração dos reagentes diminui, o valor da f.e.m. da pilha vai
diminuindo. O valor da f.e.m. anula-se quando Q=K, de acordo com a equação de Nernst:

E pilha =E0 - 0,059/n . log Q

Atualmente muitos das pilhas usadas vulgarmente são recarregáveis, podendo ser
revertida a reação química direta, por fornecimento de energia elétrica (pilhas secundárias).
A vantagem destas pilhas é o prolongamento do seu tempo de vida, o que reduz
drasticamente a produção de resíduos.

Por fim, importa salientar a importância de colocar as pilhas no recipiente adequado, o PILHÃO,
dado que normalmente contêm metais pesados, para além de terem também soluções
concentradas de eletrólitos que são frequentemente corrosivas!

07
BIBLIOGRAFIA

Eu e Química, Caderno de laboratório, Silva C., Cunha C., Viera M., Porto Editora

Célula Voltaica, Casa das Ciências, acedido a 2 de fevereiro de 2024

Jogo de Partículas , Dantas M.C., Ramalho M.D., Texto Editores.

08

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