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AULA 10 Eletroquímica
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OBJETIVOS
▶ Montar uma pilha de concentração iônica, uma pilha de corrosão e uma de proteção catódica.
A eletroquímica se faz presente no nosso dia-a-dia. Por exemplo, no relógio de parede, nos celulares, nos
computadores e no seu próprio automóvel. A eletroquímica encontra-se disponível em pilhas, baterias, enfim, em todos
estes dispositivos que dão vida a tantos utensílios que usamos em casa, no trabalho e nas horas de lazer. Com isso,
aumentou a demanda por pilhas e baterias cada vez menores, mais leves e de maior desempenho. Como
consequência, existe atualmente no mercado uma grande variedade de pilhas e baterias, o que tem trazido à tona
discussões acerca dos potenciais riscos que tais dispositivos trazem à saúde humana e ao meio ambiente, quando
descartados de forma inadequada.
Veja algumas das áreas na qual a eletroquímica está presente:
Na medicina: no marca-passo usado por pacientes com problemas cardíacos.
Na Indústria: a eletroquímica constitui um importante processo industrial, a galvanoplastia - processo usado
para cromar peças de automóveis (pára-choques, por exemplo) e fabricação de semi-jóias.
Em casa: brinquedos infantis, lanternas, controles de TVs, portões eletrônicos, etc.
A eletroquímica é a parte da química que estuda os fenômenos químicos e elétricos gerados por reações
químicas espontâneas (em pilhas, células, ou baterias) e a transformação química, gerada pela passagem forçada da
corrente elétrica numa solução, denominada de eletrólise (em células eletrolíticas, cubas, ou banhos eletrolíticos).
Processos eletroquímicos usuais são a galvanoplastia e a corrosão.
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Galvanoplastia
O ato de recobrir uma superfície de metal com uma camada fina de outro metal é conhecido como
galvanização. Esse processo é geralmente usado para proteger objetos metálicos contra ferrugem e para
melhorar sua aparência. A galvanoplastia é realizada através da eletrólise aquosa de um sal do metal a ser
depositado sobre a peça metálica. Os processos galvânicos comuns e modernos são: Cromagem,
niquelagem, zincagem, prateação, douração, selantes, pintura, entre outros.
Corrosão
A corrosão metálica é a transformação de um material ou liga metálica pela sua interação química ou
eletroquímica num determinado meio de exposição, processo que resulta na formação de produtos de
corrosão e na liberação de energia.
Ao sofrerem corrosão, alguns metais como o alumínio, o cobre e a prata formam películas que protegem o
restante do metal, Figura 1.
Fonte: http://www.brasilescola.com/quimica/protecao-contra-corrosao-ferro.htm
Oxidação de um elemento é o aumento algébrico no seu número de oxidação numa reação química; corresponde à perda
de elétrons por parte desse elemento.
Redução de um elemento é a diminuição algébrica no seu número de oxidação; corresponde ao ganho de elétrons por parte
desse elemento. É importante ter em mente que sempre que uma espécie se reduz, uma outra espécie se oxida.
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A União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC) propôs uma maneira esquemática para
representar uma célula galvânica. Tal representação é bastante útil, pois permite descrever de modo rápido e
simples esse tipo de dispositivo sem a necessidade de desenhá-lo.
A barra vertical simples (|) indica a fronteira que separa duas fases, e a barra vertical dupla (||) indica a ponte
salina. Do lado esquerdo é representada a semicélula em que ocorre a oxidação (anodo) e, do lado direito, a
semicélula em que ocorre a redução (catodo), Figura 2.
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O Potencial Padrão de Eletrodo, denominado E0, é o potencial individual de um eletrodo reversível (em
equilíbrio), no estado padrão, no qual as espécies eletroativas estão a uma concentração de 1 mol.L -1 e gases a uma
pressão de 1 bar (≈ 1 atm). Os valores são normalmente tabelados a 25 ºC. A série eletroquímica é de grande valia
para a previsão da espontaneidade das reações de oxirredução, Tabela 1.
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Aos eletrodos que perdem elétrons mais facilmente que o hidrogênio, são atribuídos potenciais de redução
negativos, aos outros são atribuídos potenciais positivos, Figura 4.
No caso de soluções de concentração diferente de 1 mol/L usa-se a equação de Nernst para determinar o novo
potencial.
Eletroquímica e Termodinâmica
Em termodinâmica, a energia livre de Gibbs (∆G) é uma grandeza que busca medir a totalidade
da energia atrelada a um sistema termodinâmico disponível para execução de trabalho “útil”. Podemos relacionar a
variação de energia livre de Gibbs de uma reação e a diferença de potencial da pilha (∆E) através da seguinte
equação:
∆G (reação) = - nF∆E
As reações de oxirredução espontâneas geram energia e produzem trabalho útil. No caso das pilhas ou células
galvânicas este trabalho é trabalho elétrico. Em eletroquímica é importante distinguir entre reações de oxirredução
espontâneas, ou seja, aquelas que têm ∆G negativo e, as reações de oxirredução não espontâneas, cujo ∆G é
positivo. Quando ∆G é igual a zero o sistema está em equilíbrio.
As pilhas e baterias comerciais devem apresentar tamanho, formato, massa e desempenho adequados para o
equipamento específico. Deve-se estar atento para evitar acidentes, danos ao ambiente ou ao aparelho. As pilhas e as
baterias são classificadas em primárias (não podem ser recarregadas) ou secundárias (recarregáveis). Para saber mais
leia o artigo da revista Química Nova na Escola, V.11, maio de 2000, disponível no site
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc11/.
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PARTE PRÁTICA
Materiais: Reagentes:
01 lâmina de zinco Solução 1
01 lâmina de cobre Solução 2
03 pipetas de Pasteur Solução 3
As soluções deverão ser identificadas apenas pelos
números 1, 2 ou 3. Estas soluções contêm os íons
cobre (II), prata (I) ou cálcio (II)
a) Colocar sobre a bancada, duas lâminas metálicas, uma de zinco e outra de cobre, devidamente limpas e
secas.
b) Adicionar uma gota das soluções 1, 2 e 3, em cada lâmina (cuidado para uma solução não entrar em contato
com a outra).
c) Aguardar 3 minutos e observar se há alguma evidência de transformação. O aparecimento de uma mancha na
lâmina indica que houve reação.
d) Na tabela abaixo, marcar “+” se ocorreu reação e “-” em caso contrário.
e) Com o auxílio da Tabela 1 de potencial padrão de eletrodo (pág. 117), identificar os cátions presentes nas
soluções 1, 2 e 3, sabendo-se que nestas estão presentes os íons Cu2+, Ag+ e Ca2+, aleatoriamente.
Solução Metal
Zn Cu
1
2
3
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Vidrarias: Reagentes:
02 béqueres (50 mL) Solução de CuSO4 1 mol/L (30 mL)
Solução de CuSO4 0,1 mol/L (30 mL)
Materiais: 01 ponte salina
01 Multímetro
02 lâminas de cobre
E Cu2+/Cu = + 0,31V
Cu(s)/ CuSO4 (0,1mol/L) // CuSO4 (1,0mol/L) / Cu(s)
b) Aguardar uns 5 minutos e medir a ddp utilizando o multímetro (fazer a leitura em mV)
c) Observar as alterações em cada semicélula.
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Vidrarias: Reagentes:
01 béquer (100 mL) Solução de NaCl 0,1 mol/L
01 proveta (50 mL) Solução de indicador fenolftaleína 1%
Materiais: Solução de K3[Fe(CN)6] 0,1 mol/L
01 lâmina de ferro (prego) Solução de HCl 1 mol/L
01 lâmina de cobre
01 fio de cobre (com jacarés nas
duas extremidades)
a) Em um béquer de 100 mL adicionar cerca de 50 mL de solução de cloreto de sódio 0,1 mol/L, 0,5 mL de
solução de indicador fenolftaleína 1% e 1 mL de solução de ferricianeto de potássio 0,1 mol/L - K3[Fe(CN)6].
b) Limpar mecanicamente as lâminas de ferro e de cobre, com a lã de aço. Decapar com a solução de HCl e
posteriormente, enxaguar com água destilada;
c) Faça a união de uma lâmina de ferro com outra de cobre, ligando-os por meio de um fio de cobre (com jacarés
nas duas extremidades).
d) Imergir os eletrodos na solução imobilizando-os a uma certa distância um do outro, conforme mostra o
esquema abaixo. Após alguns minutos verificar alguma evidência de transformação.
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Materiais: Vidrarias:
01 lâmina de zinco 01 béquer (100 mL)
01 lâmina de ferro (prego)
01 fio de cobre vermelho (com um Reagentes:
jacaré em uma extremidade e Solução de ZnSO4 0,1 mol/L (50 mL)
conector para a fonte em outra
extremidade)
01 fio de cobre preto (com um jacaré
em uma extremidade e conector para
a fonte em outra extremidade)
01 fonte de 12 V
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a) Adicionar, em um béquer de 100 mL, cerca de 50 mL de solução de sulfato de zinco 0,1 mol/L.
b) Conectar o fio preto (-) no eletrodo de ferro, previamente limpo, que deverá estar totalmente imerso na solução.
c) Conectar o fio vermelho (+) no eletrodo de zinco, previamente limpo, que deverá estar totalmente imerso na
solução.
d) Ligar os fios numa fonte de 12 V. Aguardar uns 10 minutos.
Referências Bibliográficas:
1. Lenzi, E. Favero, L.O.B.; Tanaka, A.S.; Filho, E.A.V.; Silva, M.B. Química Geral Experimental, Freitas Bastos
Editora, Rio de Janeiro, 2004, pág. 345 (ISBN: 85-353-0217-4).
2. Braathen, Per Christian. Química Geral, 3ª Edição,Viçosa, 2011, pág. 541 (ISBN: 978-85-909-364-2-8).
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Auto AvaliAÇÃO
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