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ELETROQUÍMICA

A eletroquímica consiste no estudo da eletricidade em junção com a química. Localiza-


-se no ramo da físico-química. Por ser um conceito de eletricidade, a eletroquímica estuda o
movimento de elétrons em condutores (corrente elétrica).
Vale lembrar que a química geral é a base de entendimento da físico-química.
Quando falamos de eletricidade logo nos vem à mente certos equipamentos, tais como:
televisão, computador, aparelho de som etc. Entre esses equipamentos alguns são portáteis
e utilizam pilhas ou baterias como fonte de energia elétrica. As pilhas ou baterias (fontes de
eletricidade portáteis) são aparatos onde existem reações químicas que estão produzindo
eletricidade. Porém existem processos que, ao invés de produzir, consomem energia elétrica.
A reação química é um processo de reação, com reagentes se transformando em produ-
tos. Nesse processo é fornecido energia na forma de eletricidade. No entanto, há processos
de reação química que são contrários, pois consomem energia. Existem substâncias que não
5m
estão presentes na natureza, precisam ser produzidas, e algumas dessas produções neces-
sitam da energia elétrica, a fim de serem realizadas. Exemplo, o celular diariamente neces-
sita ser recarregado, pois o processo consome energia elétrica.
Todos esses fenômenos citados anteriormente - aqueles que geram eletricidade e os que
consomem eletricidade - são objetos de estudo da eletroquímica.
Eletroquímica, portanto, é o estudo das relações existentes entre os fenômenos elétri-
cos e as reações químicas. Normalmente, os fenômenos elétricos são estudados na física,
e as reações químicas, na química, sendo a eletroquímica a junção de fenômenos químicos
e físicos.
De um modo mais específico, eletroquímica é o estudo das reações de oxiredução que
produzem ou são produzidas pela corrente elétrica, ou seja, em ambos os processos ocor-
rem transferência de elétrons.
A reação de oxiredução consiste na transferência de elétrons, e toda transferência equivale
a uma relação de “perda e ganho” (assim como numa transferência bancária, alguém perde
um valor, enquanto outro ganha). Na reação de oxidação há perda de elétrons, enquanto que
na redução, há ganho de elétrons.
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Avaliando o número de oxidação é possível identificar qual elemento está sofrendo a oxi-
10m dação, e qual elemento está sofrendo a redução. Na oxidação, o nox do elemento aumenta,
na redução, diminui.

Nas pilhas (processo espontâneo) e acumuladores ocorrem reações espontâneas (a


entropia aumenta) que produzem corrente elétrica. No processo não espontâneo (chamado
de eletrólise) será a corrente elétrica que irá produzir uma reação química.
A pilha é uma reação química, sendo distinta do objeto usado para controle remoto, por
exemplo. Essa reação química, pilha, consiste num processo espontâneo que gera eletrici-
dade. Tanto na pilha, como na eletrólise, há transferência de elétrons.
Como sempre ocorre na natureza, quando um fenômeno é espontâneo num sentido, não
será no sentido inverso. Se a pilha é um processo espontâneo, o processo inverso – a eletró-
lise – será não espontâneo.
É importante destacar que os fenômenos eletroquímicos só irão ocorrer se dispusermos
de sistemas que permitam a passagem de corrente elétrica (condutores de eletricidade). No
estudo desses fenômenos existem dois tipos principais de condutores: condutores metálicos
(tradicionais) e condutores eletrolíticos (soluções com íons).
Nesse sentido, a Teoria de Arrenhius, que estuda a teoria eletrolítica, afirma que ácidos
e bases em meio aquoso ionizam ou dissociam o respectivo íon condizente. Como citado
anteriormente, as reações que iremos estudar são as de oxirredução. Nesse tipo de reação,
15m haverá uma espécie química que irá perder elétrons (oxidação) e outra que irá ganhar elé-
trons (redução).

Neste caso, antes da seta, o número da oxidação do Ferro é zero. O Nox saiu de zero
para +2, tendo aumentado. É um processo de oxidação, pois os elétrons são representados
após a seta. Denominada de semi-reação de oxidação.
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Nesse caso, o nox do cobre sai de +2 para zero, pois o nox (número de oxidação) dimi-
nuiu. No processo de redução, os elétrons estão representados antes da seta. Denominada
de semi-reação de redução.
Dessa forma, existe um outro método de identificação do processo de oxidação/redução,
mediante a verificação da posição dos elétrons. Mas às vezes isso não acontece, como nas
equações globais.
Como o processo refere-se à transferência de elétrons, as reações anteriores são cha-
madas de semirreações (partes da reação total). Se quisermos representar a reação global
20m
do processo, basta somar as duas semirreações e cancelar os elétrons.

Fe(s) → Fe²⁺(aq) + 2 e¯
Cu²⁺(aq) + 2 e¯ → Cu(s)
Fe(s) + Cu²⁺(aq) → Fe²⁺(aq) + Cu(s)

Na equação global os elétrons não aparecem, dificultando o reconhecimento da oxidação/


redução sem a análise do Nox. Porém ainda há um questionamento sobre essas reações.
Como saber se esses processos são espontâneos? Para saber desse fato é necessário ava-
liar a “capacidade” do material de transferência de elétrons (ganhar ou perder elétrons). É o
conceito de “potencial padrão”.
O vocábulo “potencial” indica capacidade. O “potencial padrão” de redução indica a
capacidade de o elemento sofrer redução. Para verificar esse potencial, é preciso analisar o
padrão adotado (padrão de hidrogênio), no qual se admitiu que se teria “zero” de tendência
de oxidar ou reduzir. Logo, aqueles que perdem elétrons sofrerá oxidação, já os que retiram,
sofrem redução.
Porém é impossível medir os valores absolutos de potenciais elétricos. Dessa forma, é
25m necessário adotar um padrão arbitrário. Torna-se, então, necessário um padrão que será
escolhido arbitrariamente.
Dessa forma, no caso de medidas eletroquímicas, foi escolhido um padrão denominado
eletrodo-padrão de hidrogênio. Por que o hidrogênio? Porque o H⁺ é o cátion mais comum
em soluções aquosas (sendo mais fácil de ser medido). Na prática, usa-se uma placa de pla-
tina “esponjosa”, que tem a propriedade de reter o gás hidrogênio. Forma-se uma película de
H2 e por isso dizemos que o eletrodo é de hidrogênio.
Dessa forma, fica convencionado arbitrariamente que seu potencial é zero:
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O hidrogênio borbulha nessa solução aquosa. O elemento que doar elétrons, sofre oxida-
ção, já aquele que retirar elétrons, sofre redução.

A partir daí, todos os metais serão confrontados com esse eletrodo-padrão.


Quando a voltagem ficava positiva, o eletrodo de hidrogênio ganhava elétron, logo a outra
espécie estava perdendo elétron. O valor medido no voltímetro é denominado potencial-
-padrão e será representado por E⁰. Conforme a figura anterior ocorreria as seguintes reações:
Zn⁰ → Zn²⁺(aq) + 2 e¯ (oxidação)
2 H⁺(aq) + 2 e¯ → H2(g) (redução)
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Zn⁰ + 2 H⁺(aq) → Zn²⁺(aq) + H2(g)


Confrontados todos os metais com o eletrodo-padrão de hidrogênio, teremos os poten-
ciais-padrão e então podemos organizar uma tabela de potenciais. Essa tabela está escrita de
acordo com os critérios da IUPAC, que recomenda escrever a equação no sentido da redução.
Li⁺ + e¯ → Li⁰ E⁰ = – 3,04 V
Evidentemente, invertendo as equações teremos os correspondentes fenômenos
de oxidação.
Tabela de potenciais, com indicativo de quem sofre oxidação, ou redução.

O H+ tem potencial padrão igual a zero. Os elementos que possuem potencial abaixo do
eletrodo de hidrogênio sofrem oxidação, já os que são maiores, sofrem redução.
Se o potencial padrão de redução for negativo, o potencial padrão de oxidação será
positivo.
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Nas provas, em regra, aparece o potencial padrão de redução, pois o Brasil adota as
recomendações da IUPAC.
Assim sendo, para saber se o processo é espontâneo ou não basta visualizar os
potenciais-padrão de redução. Quanto maior for o potencial padrão de redução, maior
será a tendência da espécie química de sofrer redução. Dessa forma, se a espécie não
estiver sofrendo a reação (oxidação ou redução) indicada pelos potenciais então o pro-
cesso será não espontâneo. Todos os potenciais são tabelados e não há necessidade
em decorar.

DIRETO DO CONCURSO
1. (QUÍMICO ANALISTA/IFBA/AOCP) O potencial padrão de eletrodo é uma cons-
tante física que fornece informações quantitativas relacionadas ao desenvolvimento
da reação de uma meia-célula. Sobre os aspectos relacionados ao potencial padrão
de eletrodo, assinale a alternativa correta.

a. O potencial padrão de eletrodo mede a força relativa da tendência de guiar uma


semirreação de um estado no qual os reagentes e produtos têm atividade igual a
um (1,0 mol L- 1) para um estado no qual os reagentes e produtos estão com suas
atividades de equilíbrio em relação ao eletrodo padrão de hidrogênio.
b. O potencial padrão de eletrodo é uma grandeza relativa no sentido de que corres-
ponde ao potencial de uma célula eletroquímica na qual o eletrodo de referência
(eletrodo da esquerda) é o eletrodo padrão de hidrogênio, em que ao potencial foi
atribuído o valor de 1,00 V.
c. O potencial padrão de eletrodo depende dos coeficientes estequiométricos
(número de mol) de reagentes e produtos estabelecidos em uma semirreação
balanceada.
30m
d. Um potencial de eletrodo positivo indica que a semirreação em questão é não
espontânea em relação à semirreação do eletrodo padrão de hidrogênio. Um sinal
negativo indica exatamente o contrário.
e. O potencial padrão de eletrodo para uma semirreação é independente da
temperatura.
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COMENTÁRIO

Ao potencial foi atribuído o valor de 0 V.


O padrão da temperatura deve ser 25° C.

GABARITO
1. a

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Eduardo Ulisses.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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