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1.

Levantamento das cargas


 Para fazer o levantamento das cargas, é necessário, primeiramente, fazer
o estudo da área e o perímetro dos cômodos da casa
 Área: Levantamento de área de iluminação
 Perímetro: Quantidade de tomadas e carga das tomadas
1.1. – Iluminação
1.1.1. Área ≤ 6m²: atribui-se uma carga de 100Va
1.1.2. Área >6m²: atribui-se uma carga de 100Va aos primeiros 6m² e depois a
cada 4m² excedentes, acrescenta-se mais 60Va. Ex.: Sala com 15m² = 6+
4 + 4 = 14m² inteiros = 100 + 60*2 = 220Va
1.2. - TUG
1.2.1. Áreas não molhadas: 1 TUG a cada 5m de perímetro e 100Va para cada
TUG. Fator de potência: 0,8
1.2.2. Áreas molhadas: 1 TUG a cada 3,5m de perímetro. Se nº TUGS > 3,
então as três primeiras terão 600Va e as demais, 100Va cada. Se a área
do cômodo for menor que 6,0m², pelo menos UM TUG. ATENÇÃO! Se a
área for menor que 6,0m², mas o perímetro for um valor considerável
quando fizer a divisão, considerar o valor que resultar da divisão do
perímetro por 3,5.
1.3. – TUE
Segundo a Norma DIS-NOR-030 REV04 deve-se considerar os valores de
potência para tomadas de TUE especificados em norma

6.26.2 Aparelhos Eletrodomésticos


Considerar as potências dos aparelhos eletrodomésticos abaixo relacionados
previstos na instalação.
6.26.2.1 Com potência definida (valores médios).
- Torneira elétrica: 3.000 W
- Chuveiro elétrico: 4.000 W
- Máquina de lavar louças: 2.000 W
- Máquina de secar roupa: 2.500 W
- Forno de micro-ondas: 1.500 W
- Forno elétrico: 1.500 W
- Ferro elétrico: 1.000 W
6.26.2.2 Com potência indicada pelo fabricante.
- Aquecedor elétrico de acumulação (Boiler);
- Fogão elétrico;
- Condicionador de ar (utilizar os valores da Tabela 11 caso não sejam
informados os valores do
fabricante);
- Hidromassagem;
- Aquecedor de água de passagem;
- Aquecedor elétrico central;
- Outros aparelhos com potência igual ou superior a 1.000 W.

1.4. - Potência ativa e potência aparente


1.4.1. Potência ativa: Transforma a parcela da potência aparente em potência
mecânica, térmica, luminosa. É medida em Watts (W)
1.4.2. Potência aparente: É a potência total que é entregue à carga, sendo
composta pela combinação obrigatória das potências Ativa (ou Real),
medida em kW, e a potência Reativa, medida em kVAr
1.4.3. A potência aparente, medida em volt-ampere (VA), e a potência ativa,
medida em Watts (W), possuem uma relação, já que a potência ativa é uma
parcela da potência aparente. A essa relação se dá o nome de FATOR DE
POTÊNCIA.
1.5. Fator de Potência
1.5.1. Como a potência ativa é uma parcela da potência aparente, a essa parcela
dá-se o nome de fator de potência FP
1.5.2. Iluminação: FP = 1, pois toda a potência ativa é transformada em
potência aparente
1.5.3. Tomadas de uso geral: FP = 0,8.
1.5.4. Tomadas de uso específico: Geralmente essas tomadas vão ser
dimensionadas tomando por base a POTÊNCIA ATIVA que é dada pelo
fabricante de acordo com os equipamentos que serão utilizados naquela
tomada.
Após o levantamento de cargas da residência, pode-se calcular a POTÊNCIA
TOTAL INSTALADA na residência, que é a soma das POTÊNCIAS ATIVAS da
iluminação, TUGs e TUEs. Lembrando de multiplicar o valor de potência das TUGs por
0,8 e a potência da iluminação, por 1.

Em função da potência ativa total prevista para a residência é que se determina:


 O tipo de fornecimento (monofásico, bifásico, trifásico), a tensão de
alimentação (127V, 220V, 380V)
 e o padrão de entrada (subterrâneo, aéreo)

1.6. Fornecimento e padrão da CELPE


 Rede secundária de distribuição: Rede que vai dos transformadores
para alimentar as casas. São também denominadas redes de baixa tensão
 Rede de média tensão de distribuição: Seria a rede primária! Vai da
subestação abaixadora, que recebe a alta estação da subestação
elevadora, até os transformadores, que são os centros de distribuição

A norma da CELPE abraça dois tipos de alimentação residencial:


 Residências alimentadas DIRETAMENTE pela rede de Média Tensão
(Rede primária): Caso em que há equipamentos instalados na rede
interna que possam prejudicar o fornecimento para outros consumidores.
E a carga instalada precisa estar entre 50 e 75 kW.
 Residências alimentadas pela rede de Baixa Tensão: Rede secundária, ou
seja, que é alimentada pelos transformadores. Vai até 75kW e não há
presença de equipamentos que possam prejudicar o fornecimento a
outros consumidores.

A Norma Dis-Nor-30 referente a Celpe em 6.2 fala sobre o fornecimento


6.2 Tensão de Fornecimento
6.2.1 Em rede aérea e subterrânea, o fornecimento de energia elétrica é em
tensão secundária de distribuição quando a unidade consumidora tiver carga
instalada igual ou inferior a 75 kW.
6.2.2 Quando, a unidade tendo carga instalada entre 50 e 75 kW possuir
equipamentos que, pelas características de funcionamento ou potência, possa
prejudicar a qualidade de fornecimento a outros consumidores, o fornecimento de
energia elétrica é realizado em MÉDIA TENSÃO.

Com a potência total instalada calculada é possível saber qual é o tipo de


FORNECIMENTO e PADRÃO DE ENTRADA da residência. Basta consultar as
Tabelas 1, 2, 3 e 4 do Anexo I da norma DIR-NOR-030

6.2.5 As tensões de fornecimento e os tipos de ligação para unidades


consumidoras de baixa tensão na área de concessão das Distribuidoras são
padronizados conforme Tabela 1, Tabela 2, Tabela 3 e Tabela 4 do Anexo I.
6.2.8 A escolha do tipo de ligação para a unidade consumidora, é feita
conforme Tabela 1, Tabela 2, Tabela 3 e Tabela 4 do Anexo I considerando-se os
limites e condições indicadas.
6.2.9 Tipos e Limitações de Atendimento
6.2.9.1 Tipos de atendimento
a) Tipo M (monofásico) – dois fios, uma fase e neutro;
b) Tipo B (bifásico) – três fios, duas fases e neutro;
c) Tipo T (trifásico) – quatro fios, três fases e neutro.
6.2.9.2 Limitações de Atendimento
As limitações de potência de motores ou solda a motor das categorias de
atendimento estão indicadas na Tabela 2 e Tabela 4 do Anexo I. As limitações de
carga instalada e potências de equipamentos especiais estão indicadas nos subitens a
seguir:
a) Tipo M (monofásico) – Dois fios (fase e neutro)
• Aplicado às instalações com carga instalada até 10 kW para tensão de
fornecimento 220/127 V. Não é permitida neste tipo de atendimento a instalação de
aparelhos de raios-X ou máquinas de solda a transformador.
• Aplicado às instalações com carga instalada até 15 kW para tensão de
fornecimento 380/220 V. Não é permitida neste tipo de atendimento a instalação
classe 220 V máquina de solda a transformador com mais de 10 kVA e aparelho de
raios-X da classe de 220 V com potência superior a 1,50 kW.

b) Tipo B (bifásico) – Três fios (duas fases e neutro)


• Aplicado às instalações com carga instalada até 18 kW para tensão de
fornecimento 220/127 V. Não é permitida neste tipo de atendimento a instalação de
máquina de solda a transformador classe 127 V com mais de 2 kVA ou da classe 220
V com mais de 10 kVA e aparelho de raios-X da classe de 220 V com potência
superior a 1,50 kW.
• Aplicado às instalações com carga instalada até 40 kW para tensão de
fornecimento 380/220 V. Não é permitida neste tipo de atendimento a instalação de
máquina de solda a transformador classe 220 V com mais de 10 kVA e aparelho de
raios-X da classe de 220 V com potência superior a 1,50 kW.

c) Tipo T (trifásico) – Quatro fios (três fases e neutro)


• Aplicado às instalações com carga instalada até 75 kW e demanda de 75
kVA para tensão de fornecimento 220/127 V. Não é permitida neste tipo de
atendimento a instalação de máquina de solda a transformador classe 127 V com
mais de 2 kVA ou da classe 220 V com mais de 10 kVA e aparelho de raios-X da
classe de 220 V com potência superior a 1,50 Kw ou trifásico com potência superior
a 20 kVA.
• Aplicado às instalações com carga instalada até 75 kW e demanda de 75
kVA para tensão de fornecimento 380/220 V. Não é permitida neste tipo de
atendimento a instalação de máquina de solda a transformador classe 220 V com
mais de 10 kVA e aparelho de raios-X da classe de 220 V com potência superior a
1,50 kW ou trifásico com potência superior a 20 kVA.
• Caso existam aparelhos de potências superiores às citadas, devem ser
efetuados estudos específicos para sua ligação.
1.7. Cálculo da Potência do Circuito de Distribuição
1.7.1. Somam-se os valores das potências ativas de iluminação e pontos de
tomadas de uso geral (PTUG’s)
1.7.2. Multiplicar o valor obtido pelo FATOR DE DEMANDA indicado pela
concessionária. Consultar tabela 6 do anexo 1 da norma DIS-NOR-030
1.7.3. Multiplicam-se as potências dos pontos de tomadas de uso específico
(PTUE’s) pelo fator de demanda correspondente. Consultar as tabelas 7 a
16 da norma DIS-NOR-030, dependendo do tipo de aparelhos que serão
instalados na casa
1.7.4. Somam-se os valores das potências ativas de iluminação, de PTUG’s e de
PTUE’s já corrigidos pelos respectivos fatores de demandas.
1.7.5. Divide-se o valor obtido pelo fator de potência médio de 0,95, obtendo-
se assim o valor da potência aparente do circuito de distribuição.
1.7.6. Cálculo da Corrente do Circuito de Distribuição (I) por I = Potência de
demanda/Tensão da rede.

2. Divisão da Instalação Elétrica em Circuitos


A norma 5410 exige que:
 No mínimo deve ter 2 circuitos de ILUMINAÇÃO
 Circuito de iluminação DEVE SER SEPARADO das tomadas
 Circuito de TUG deve ter no máximo corrente de 10A
 Separar um circuito para cada TUE
 Circuito de TUG de cozinha, copa e área de serviço devem ser exclusivos
dessas áreas
2.1. Definir a tensão dos circuitos
2.1.1. Para rede bifásica ou trifásica
 Circuitos F-N devem ser conectados na menor tensão (No caso de PE,
220V)
 Circuitos F-F devem ser conectados na maior tensão (No caso de PE,
380V)
 A tensão do circuito de distribuição deve ser o maior entre F-F (No caso
de PE, 380V)
2.1.2. Para rede monofásica
 Circuitos F-N devem ser conectados na menor tensão (No caso de PE,
220V)
 Circuitos F-N em termos de Uso Específico devem ser conectados na
maior tensão (No caso de PE, 380V)
 A tensão do circuito de distribuição deve ser o maior (No caso de PE,
380V)
2.2. Definir o esquema
 Qual o esquema de cada circuito? F-N-T, 2F-N-T, 3F-N-T? Isso vai
depender se a rede de alimentação é monofásica, bifásica ou trifásica.
2.3. Definir quais são os ambientes que se encontram em cada circuito
 Lembrando que a norma exige que haja no mínimo dois circuitos para
iluminação
 O circuito de tomadas deve ser separado do circuito de iluminação
 Circuitos de áreas molhadas devem ser exclusivos de áreas molhadas
 Circuitos de TUG devem ter corrente de no máximo 10A
 TUE’s devem ter circuitos exclusivos
3. Capacidade dos condutores dos circuitos
 Organizar as potências de cada circuito em colunas de W e VA,
utilizando o FATOR DE POTÊNCIA referente a cada circuito.
 Circuitos de iluminação tem fator de potência igual a 1 (A potência ativa
é igual a potência aparente)
 Circuitos de tomada tem fator de potência igual a 0,8 (A potência ativa é
80% da parcela de potência aparente)
 Observação: A CELPE usa algumas potências de referência para alguns
eletrodomésticos. Para estes, o fato de potência vai ser igual a 1.
3.1. Cálculo da corrente nominal (Ic)
 O cálculo da corrente nominal vai obedecer a seguinte equação
CORRENTE NOMINAL DO CIRCUITO:
P
I c=
U
P: Potência Aparente (VA)
U: Corrente do circuito (V)
3.2. Fatores de correção
 Utiliza-se os fatores de correção por agrupamento e por temperatura para
o cálculo final da corrente de projeto. Os fatores podem ser consultados
na norma 5410 nas tabelas 42 e 40
3.2.1. FATOR DE CORREÇÃO POR AGRUPAMENTO:
Consultar tabela 42 da Norma 5410
n: 3 é o que se recomenda pra circuitos gerais
n:1 para circuitos de TUE's já que só 1 circuito passa pelo conduíte

3.2.2. FATOR DE COREÇÃO POR TEMPERATURA


Consultar a tabela 40 da norma 5410 para que seja atrelada a informação do
fator de correção de acordo com a temperatura ambiente e o tipo de isolamento do
conduíte.

3.3. Corrente de projeto (Ib)


 A corrente de projeto vai definir quais os disjuntores que serão utilizados
em cada circuito.
CORRENTE DE PROJETO:
Ic
I B=
FCA ⋅ FCT

4. Seção dos Condutores


A seção dos condutores, primeiramente, deve obedecer a duas sugestões da
norma 5410:
 Seção mínima de 1,5mm² para condutores de iluminação
 Seção mínima de 2,5mm² para condutores de tomadas (TUGs e TUEs)
Sabendo disso, a seção dos condutores (S c) pode ser verificada pelo método da
queda de tensão e pelo método da capacidade de corrente do condutor
4.1. Método da Capacidade de corrente
 Determina-se o tipo de método de referência dos condutores de acordo
com a forma de instalação deles. Isso pode ser verificado na tabela 33 da
norma NBR 5410
 Dependendo do método de referência escolhido, consultar as tabelas 36 a
39
 Com a tabela escolhida, consultar o método de referência que se
enquadra a instalação do circuito dentro dessa tabela e determinar se o
circuito se encaixa no caso de 2 condutores carregados ou 3 condutores
carregados. Geralmente são 2 (FN ou FF) para residência.
 Sabendo a seção mínima e tendo o método de referência e o número de
condutores carregados, é possível escolher a seção do condutor que vai
se encaixar de acordo com a corrente de projeto que está passando
naquele condutor.
4.2. Método da queda de tensão
Encontra-se a bitola do condutor pela seguinte equação:
EQUAÇÃO DA BITOLA:
2⋅ ρ ⋅l ⋅ I B
SC ≥ ×100 %
ΔV ( % ) ⋅V nom
Sc: Seção do condutor (mm²)
ρ: Resistividade do condutor (ohm.mm²/m)
Cobre = 0,0172 ohm.mm²/m
Alumínio = 0,0282 ohm.mm²/m
l: Distância máxima do circuito (Ponto de utilização até o quadro). (Pode-se
adotar um valor para todos)
Ib: Corrente de projeto (A)
ΔV: Queda de tensão máxima em porcentagem (A norma recomenda no máximo
4% para circuitos terminais)
Vnom: Tensão da rede (127V, 220V, 380V)

O resultado de Sc indica a bitola apropriada para a corrente de projeto

5. Dimensionamento dos disjuntores dos circuitos


5.1. DTM dos circuitos
A corrente nominal do disjuntor (In) deve ser maior que a corrente de projeto
(Ib) e menor que a corrente da capacidade de corrente do condutor (Iz), que pode ser
consultada na tabela 36 a 39, dependendo do método de referência escolhido.
Consultando a tabela e observando os disjuntores comerciais, escolhe-se um que
esteja entre essa faixa. Se por acaso a corrente ficar muito próxima, considerar aumentar
a bitola do condutor para ter mais segurança e verificar qual vai ser o disjuntor.
5.1.1. Curva dos disjuntores
Os disjuntores do tipo DIM precisam de uma curva de ajuste como parâmetro
para que haja seu acionamento. Os valores da curva de ajuste servem, dentre outras
coisas para:
 Estudo de seletividade do disjuntor do quadro
 Para que os fabricantes possam dimensionar os condutores e os isolantes
 Para que se possa dimensionar a proteção em função das características
das cargas
 Outros
A norma ABNT NBR IEC 60898 prescreve estes valores de ajuste de disparo das
proteções de curto-circuito e as denominam com as siglas B, C e D.
5.1.2. Valores de ajuste das proteções de curto-circuito:
 B - o valor de ajuste da proteção de curto circuito fica entre 3 e 5 x In
(corrente nominal do disjuntor)
 C- o valor de ajuste da proteção de curto circuito fica entre 5 e 10 x In
 D- o valor de ajuste da proteção de curto circuito fica entre 10 e 14 x In
5.1.3. Exemplos de aplicação:
 B- para circuitos de distribuição de tomadas, iluminação e alimentadores
cujas cargas sejam de características resistivas ou de pequena potência
indutivas (ex.- ventiladores pequenos). Circuitos onde o comprimento
dos condutores seja grandes, onde a impedância dos condutores atenuam
o valor da corrente de curto-circuito, o que exige um valor de atuação
baixo, entre 3 a 5 x In
 C- para circuitos de distribuição de tomadas , iluminação e alimentadores
cujas cargas podem ser de potencias indutivas pequenas e medias de uso
doméstico ( ex. - exaustor ).
 D- para circuitos de distribuição com alimentadores de cargas indutivas
de media potência (ex. - ar condicionado)

5.2. IDR dos circuitos


A corrente nominal dos IDR deve ser maior ou igual a corrente nominal dos
DTM.
5.3. Disjuntor termomagnético (DTM) ou apenas Disjuntor
Dispositivo que protege a instalação elétrica, interrompendo o fluxo de corrente
na mesma no caso de sobrecargas elétricas ou curto-circuito.

5.4. IDR ou só DR – Interruptor Diferencial Residual


Responsável por detectar fuga de corrente no sistema e interrompe a alimentação
elétrica, protegendo, assim, animais e pessoas contra choques elétricos. Protege também
contra falhas de isolamento. A Norma NBR 5410 exige que sejam instalados IDR em
circuitos específicos:
5.1.3.2.1.1 O uso de dispositivos de proteção a corrente diferencial-residual com
corrente diferencial-residual nominal In igual ou inferior a 30 mA é reconhecido como
proteção adicional contra choques elétricos.
NOTA A proteção adicional provida pelo uso de dispositivo diferencial-residual de
alta sensibilidade visa casos como os de falha de outros meios de proteção e de descuido ou
imprudência do usuário.
5.1.3.2.2 Casos em que o uso de dispositivo diferencial-residual de alta
sensibilidade como proteção adicional é obrigatório
Além dos casos especificados na seção 9, e qualquer que seja o esquema de
aterramento, devem ser objeto de proteção adicional por dispositivos a corrente diferencial-
residual com corrente diferencial-residual nominal In igual ou inferior a 30 mA:
a) os circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em locais contendo
banheira ou chuveiro (ver 9.1);
b) os circuitos que alimentem tomadas de corrente situadas em áreas externas à
edificação;
c) os circuitos de tomadas de corrente situadas em áreas internas que possam vir a
alimentar equipamentos no exterior;
d) os circuitos que, em locais de habitação, sirvam a pontos de utilização situados em
cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e demais dependências
internas molhadas em uso normal ou sujeitas a lavagens;
e) os circuitos que, em edificações não-residenciais, sirvam a pontos de tomada
situados em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e, no geral, em
áreas internas molhadas em uso normal ou sujeitas a lavagens.

5.5. DPS – Dispositivo de Proteção contra Surtos


O DPS protege o sistema contra tensões acima da nominal, ou seja, descargas
elétricas que estão MUITO acima da corrente nominal., como por exemplo a queda de
um raio. Quando ocorre a sobretensão, o DPS descarrega essa tensão residual para o
aterramento

5.6. DDR – Disjuntos Diferencial Residual


É um tipo de disjuntor fundido a um IDR. Protegem o sistema de descargas
elétricas, ou seja, os DDR protegem contra curtos-circuitos na rede e protege pessoas
contra choques elétricos. É mais caro por fazer as duas funções.

5.7. Ligações entre os dispositivos de proteção no Quadro de distribuição


O esquema de ligação dentro do quadro de distribuição é o seguinte:
 A fase (ligação monofásica) ou as fases (ligações bi ou trifásicas) saem
do medidor e vão para o QD
 A(s) fase(s) vão alimentar o DTM geral e do DTM elas saem para a
entrada do DPS e do IDR
5.7.1. LIGAÇÃO TN-S
 O neutro sai do medidor, é ligado no barramento do QD e vai para o IDR
 O terra sai do barramento do QD que está instalado o neutro e um vai
para o DPS, enquanto outro sai do barramento do QD e vai para o
aterramento
 O neutro que sai do IDR é ligado no outro barramento
 A(s) fase(s) que sai/sem do IDR podem ser ligadas aos disjuntores do
circuito por um barramento que sai do IDR e conecta nos disjuntores.
 Cada circuito tem que ter seu neutro específico
Neutro: Azul
Terra: Verde
Fases: Vermelho e preto
Nesse exemplo, o QD teria dois trilhos. O trilho de cima tem os dispositivos de
proteção e o trilho de baixo tem os disjuntores dos circuitos

6. Equilíbrio de cargas
Para redes bifásicas e trifásicas, deve-se fazer o balanceamento de cargas nas
fases, ou seja, colocar as potências em cada fase. No caso de aparelhos que recebem
mais de uma fase, colocar as potências em ambas as fases.
Lembrar que tenho que sair alternando os circuitos. Zig-zague se for bifásico e
em ordem se for trifásica. Monofásico não tem jeito, é tudo em uma fase só.

7. Circuito Reserva
O número de circuitos reserva de um quadro de distribuição deve seguir o
disposto na norma NBR 5410 tópico 6.5.4.7 que diz o seguinte:
6.5.4.7 Nos quadros de distribuição, deve ser previsto espaço de
reserva para ampliações futuras, com base no número de circuitos com
que o quadro for efetivamente equipado, conforme tabela 59.
Tabela 59 — Quadros de distribuição – Espaço de reserva
Quantidade de circuitos Espaço mínimo destinado a reserva
efetivamente disponíveis (em número de circuitos)
N
Até 6 2
7 a 12 3
13 a 30 4
N > 30 0,15N
NOTA A capacidade de reserva deve ser considerada no cálculo do
alimentador do respectivo quadro de distribuição

8. Desenho do diagrama unifilar


Acaba que o desenho é como o passo-a-passo do tópico 5.5

Terra:
1.Sai do DPS e vai pro barramento
2. Sai do barramento e vai pro aterramento

Disjuntor Geral
com duas fases

2F entram no DPS

Fase saindo do
DTMG e indo
para os DTM
dos circuitos
9. Dimensionamento dos conduítes/eletrodutos
O que será dimensionado é a seção externa dos eletrodutos de cada circuito
A norma NBR 5410 disserta o seguinte a respeito de algumas regras que devem
ser seguidas:
6.2.11.1.6 As dimensões internas dos eletrodutos e de suas conexões devem permitir
que, após montagem da linha, os condutores possam ser instalados e retirados com
facilidade. Para tanto:
a) a taxa de ocupação do eletroduto, dada pelo quociente entre a soma das áreas das
seções transversais dos condutores previstos, calculadas com base no diâmetro externo, e a
área útil da seção transversal do eletroduto, não deve ser superior a:
 53% no caso de um condutor;
 31% no caso de dois condutores;
 40% no caso de três ou mais condutores;
b) os trechos contínuos de tubulação, sem interposição de caixas ou equipamentos,
não devem exceder 15 m de comprimento para linhas internas às edificações e 30 m para as
linhas em áreas externas às edificações, se os trechos forem retilíneos. Se os trechos
incluírem curvas, o limite de 15 m e o de 30 m devem ser reduzidos em 3 m para cada curva
de 90°.
NOTA Quando não for possível evitar a passagem da linha por locais que impeçam, por
algum motivo, a colocação de caixa intermediária, o comprimento do trecho contínuo pode ser
aumentado, desde que seja utilizado um eletroduto de tamanho nominal imediatamente superior para
cada 6 m, ou fração, de aumento da distância máxima calculada segundo os critérios da alínea b).
Assim, um aumento, por exemplo, de 9 m implica um eletroduto com tamanho dois degraus acima do

Eu tenho que ter a planta pronta pra fazer essa parte.


Saber quantos condutores passam no eletroduto (fase, neutro, terra, retorno, tudo
conta). Em seguida, pegar o valor do diâmetro do condutor de maior seção. Com esses
dois dados, consultar a tabela das bitolas
Outra forma é calcular a área de cada condutor que tá passando no eletroduto,
somar e ver se ele ocupa 53%, 31% ou 40% da área útil do eletroduto, dependendo da
quantidade de condutores que estão passando no mesmo.

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