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Roteiro para dimensionamento de instalações elétricas de baixa tensão p.

ROTEIRO PARA DIMENSIONAMENTO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA


TENSÃO.

A. PREVISÃO MÍNIMA DE ILUMINAÇÃO

A.1 – Em Cômodos com área igual ou inferior a 6m2, prever potência de 100VA

A.2 – Em cômodos com área superior a 6 m2, prever potência de 100VA para os primeiros
6m2 inteiros acrescidos de 60VA para cada aumento de 4m2 inteiros.

B. PREVISÃO MÍNIMA DE TOMADAS DE USO GERAL (TUGs)


B.1 Em cômodos com área superior a 2,25 m2 e igual ou inferior a 6m2 , prever mínimo de 1
tomada;

B.2 – Em cozinhas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos, prever uma
tomada para cada 3,5m ou fração de perímetro;

B.3- Em salas e dormitórios prever uma tomada para cada 5m ou fração de perímetro.

QUANTO AS POTÊNCIAS – TUG:

a) Em banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais


análogos: atribuir 600VA por ponto de tomadas, até 3 e, atribuir 100VA por ponto de
tomada excedente. Quando o local de tomada for superior a 6, admite-se atribuir
600VA por ponto de tomada, até 2 e,
100VA por ponto para as excedentes;
b) Nos demais cômodos ou dependências atribuir no mínimo 100 VA.

C. PREVISÃO MÍNIMA DE TOMADAS DE USO ESPECÍFICO (TUEs)

A quantidade de TUE’s é estabelecida de acordo com o número de aparelhos de utilização, com


corrente
nominal superior a 10 A.

Atribuir a potência nominal do aparelho a ser alimentado. Alguns aparelhos e respectivas


potências estão descritos na tabela 8.1 – valores de potências típicas de aparelhos
eletrodomésticos .

D. DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM CIRCUITOS TERMINAIS


Os circuitos terminais devem ser individualizados pela função do equipamento de utilização que
alimentam. Devem ser previstos circuitos terminais distintos para iluminação e tomadas.
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Nas instalações alimentadas com 2 ou 3 fases, as cargas devem ser distribuídas entre as
fases de modo a obter-se o maior equilíbrio possível.

Circuitos terminais – atendem a uma carga específica – ponto de utilização

Circuitos de distribuição – atende a várias cargas

ILUMINAÇÃO: limitar a potência máxima desses circuitos entre 1200 a 1500 VA em 127V e 2200
a 2500 VA
em 220V.

TUG’s: limitar a potência máxima desses circuitos terminais entre 1800 a 2000VA em 127V e
3600 a 4000 VA
em 220V.

TUE’s: potência de acordo com cada equipamento a ser utilizado.

E. DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES


E.1 – SECÇÃO MÍNIMA DOS CONDUTORES:

FASE: tabela 10.6 – seção mínima dos condutores fase

NEUTRO: tabela 10.7 – seção mínima dos condutores neutro

TERRA: tabela 13.3 – seção mínima para os condutores de proteção PE

OBS: esses valores nunca deverão ser desconsiderados, mesmo que outros métodos de
cálculo indiquem uma seção inferior.

E.2 – CRITÉRIO DA CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE – AMPACIDADE

E.2.A – Tipo de isolação do condutor

E.2.B – Método de instalação (tabela 10.8 – tipos de linhas elétricas)

E.2.C – Tipo de circuito (tabela 10.9 – número de condutores carregados a ser considerado,
em função do tipo de circuito)

E.2.D – Calcular a corrente de projeto (Ip)

Ip = P / V, onde:
Ip: corrente de projeto;

P: Potência do circuito terminal

V: Tensão de alimentação do circuito

Comparar o resultado com a tabela 10.10 e 10.13 (dependendo do tipo de isolação


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escolhido); levando-se em consideração todos os itens anteriores, encontrando na tabela o
valor imediatamente superior ao
calculado, determinando a bitola do condutor a ser utilizado.
E.2.E – Corrente Corrigida (Iz)

Iz = Ic x FCT x FCA , onde;


Iz = Corrente corrigida;
Ic = Corrente do condutor que foi determinado pelo item E.2.D;

FCT = Fator de Correção de Temperatura (tabela 10.14 – Fatores de correção para


temperaturas ambientes diferentes de 30 °C para cabos não enterrados e de 20°C
(temperatura do solo) para linhas subterrâneas.

FCA = Fator de Correção para agrupamento (tabela 10.16 – fatores de correção para
agrupamentos de circuitos ou cabos multipolares, aplicáveis aos valores da capacidade de
condução de corrente dados nas tabelas 10.9; 10.10; 10.11 e 10.12.

O resultado será a Iz do condutor.

Compara-se então o valor encontrado com Ip.

Se Iz < Ip, deve-se adotar o valor do condutor com bitola

imediatamente superior. Se Iz > Ip o condutor está corretamente

dimensionado.

E.3 – CRITÉRIO DO LIMITE DE QUEDA DE TENSÃO UNITÁRIA

E.3.A – Tipo de isolação do condutor

E.3.B – Método de instalação (tabela 10.8 – tipos de linhas elétricas)

E.3.C – Material do eletroduto (magnético ou não magnético)

E.3.D – Tipo de circuito circuito (tabela 10.9 – número de condutores carregados a ser
considerado, em função do tipo de circuito)

E.3.E – Calcular a corrente de projeto

E.3.F – Corrente corrigida

E.3.G – Cálculo da queda de tensão unitária:

ΔVunit = e(%) x V onde:

Ip x L
ΔVunit – queda de tensão unitária (tabela 10.22 – queda de tensão em V/A.Km)
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e(%) – Queda de tensão admissível (figura 10.11)

V – tensão de alimentação do circuito

Ip – Corrente de projeto

L – comprimento do circuito em Km.

Comparar o resultado com a tabela 10.22 , levando em consideração os itens E.3.A, C e D,


também FP (Fator de Potência = TUG’s=0,8 eIluminação = 0,95), encontrando na tabela o valor
imediatamente inferior ao calculado, determinando a bitola do condutor.

Comparar com o item E.2 – AMPACIDADE.

O condutor definido para a instalação deve ser o de maior bitola entre os dois métodos de
dimensionamento utilizado.

E.4 – QUEDA DE TENSÃO TRECHO A TRECHO

E.4.A – Tipo de isolação do condutor

E.4.B – Método de instalação (tabela 10.8 – tipos de linhas elétricas) - pag.

E.4.C – Material do eletroduto (magnétido ou não magnético)

E.4.D – Tipo de circuito circuito (tabela 10.9 – número de condutores carregados a ser
considerado, em função do tipo de circuito) pag.

E.4.E – Calcular a corrente de projeto

E.4.F – Corrente corrigida

E.4.G – Cálculo da queda de tensão trecho a trecho:

Δe(trecho)(%) = ΔVunit x Ip x d x 100 onde:

Vn

Δe(trecho)(%) = queda de tensão no trecho em (%);


ΔVunit – queda de tensão unitária (tabela 10.22 – queda de tensão em V/A.Km – pág ),
referente ao condutor encontrado pelo método da ampacidade;

Ip – Corrente de projeto;

d – comprimento do circuito em Km;

V – tensão de alimentação do circuito

O resultado nunca deverá ser maior que o valor de queda de tensão admissível (figura 10.11), na
somatória dos trechos.
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F – DIMENSIONAMENTO DOS DISJUNTORES


Temos que satisfazer a seguinte equação:

Ip < In < Iz , onde:


Ip – corrente de projeto;

In – Corrente nominal do dispositivo de proteção (tabela 12.2,

12.3 e 12.4) e, Iz – corrente corrigida do condutor (item E.2.E)

G – DIMENSIONAMENTO DE ELETRODUTO
Encontramos o eletroduto adequado através da fórmula:

St = N1 x Se1 + N2 x Se2 onde:

St = secção total em mm2;


N = é o número de condutores;
Se = secção externa do condutor (tabela 11.4)
A secção do eletroduto adotado será determinada através da tabela 11.3, levando em
consideração qual das taxas de ocupação deverá ser utilizada.

H – DETERMINAÇÃO DA DEMANDA INSTALADA

O cálculo de demanda é um método estatístico, e suas tabelas foram elaboradas em função


de estudos e experiências dos projetistas. A demanda é determinada com utilização da
expressão:

D = (P1 x g1) + (P2 x g2) ; onde:

D = é a demanda individual da unidade

consumidora em KVA P1 = é a soma das

potências de iluminação e TUGs

P2 = é a soma das potências TUE’s

g1 = fator de demanda dado


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pela tabela 9.1 g2 = fator de

demanda dado pela tabela 9.2

I – DETERMINAR A ENTRADA DE ENERGIA


Com base no valor da demanda, define-se a categoria de atendimento. São três os tipos de
categorias de atendimento na BANDEIRANTE ENERGIA:

- Categoria “U” – dois fios, uma fase e neutro (monofásico)

a) Sistema estrela com neutro : aplicado às instalações com carga instalada até 10KW

b) sistema triangulo (delta) com neutro: aplicado às instalações com carga instalada até
5KW

-Categoria “D” – três fios, duas fases e neutro (Bifásico)

a) Sistema estrela com neutro: aplicado às instalações com carga instalada acima de
10KW até 25KW

b) Sistema triangulo (delta) com neutro: aplicado às instalações com carga acima de
5Kw até 75 KW

- Categoria “T” – quatro fios, três fases e neutro (trifásico)


a) Sistema estrela com neutro : aplicado as instalações com carga instalada acima de
25KW até 75KW
b) Sistema triangulo (delta) com neutro: aplicado às instalações com carga instalada
acima de 5KW até 75 KW; somente quando houver equipamentos trifásicos.
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