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Roteiro

Instalação Elétrica
Procedimentos de projeto pautados na NBR 5410:2004 e ND 5.1 (Cemig)

https://drive.google.com/file/d/1YXX5uEBizlvd1CDGekV5se2RqVPReCd3/view

https://drive.google.com/drive/folders/1xNt2la7etb0VVIIHWH_mj7xUQ-EZOM3x

Página auxiliar

https://woca.ocalev.com.br

Caio Zanin - 2019

Determinação da Potência (Iluminação, TUG, TUE)


1. Iluminação Geral e Funcional
a. Regra Interna (100VA nos primeiros 6m² e 60VA a cada 4m²
adicional)
b. Regra Externa (Uso de 5 a 10 W/m²)
c. Pelo Menos 1 ponto de luz para cada cômodo

OBS.: (1) Para a Regra Externa - ambientes escuros exigem uso de


10 W/m² e ambientes claros, de 5 W/m².

(2) Para iluminação, usar 1W=1VA

2. Tomadas de Uso Geral (TUG’s)


a. Banheiro (600VA em cima da pia e à 60cm do box)
b. Cozinha/Copa/Área de Serviço (1 ponto de tomada para cada 3,5m de
perímetro ou fração de perímetro - colocar 2 tomadas sobre a pia)
c. Varanda (Pode dispensar 1 ponto de tomada caso tenha área < 2m²;
largura < 80cm; acesso interno de um cômodo com tomada a menos de
80cm da varanda)
d. Salas e Dormitórios (1 ponto de tomada a cada 5m de perímetro ou
fração de perímetro e o mais uniformemente espaçados
possível-iniciar com tomada abaixo do interruptor facilita na
distribuição)
e. Garagem (1 ponto de tomada para qualquer área - sugere-se utilizar
1 ponto para cada carro)
f. Demais Ambientes (área < 2,25m² dispensa ponto de tomada caso
cômodo de acesso tenha; área < 6m² 1 ponto; área > 6m² idem letra
d)

OBS.: (1) No memorial descritivo, justificar colocada ou retirada


de material, pontos de tomada, etc.

(2) Para TUG usar 1W = 0,92VA

3. Potência por ponto de tomada


a. Banheiro (600VA)
b. Resto menos cozinha e área de serviço (100VA)
c. Cozinha e área de serviço (600 VA para os 3 primeiros e 100VA para
os restantes; se caso o número de pontos de tomada do ambiente for
maior que 6, pode usar 600VA para os dois primeiros pontos e 100VA
para o restante - Usar 2 tomadas em cima da pia)

OBS.: (1) Usar pinos para 20A na pia da cozinha, do banheiro e na


garagem.

Determinação do fornecimento da concessionária

1. Cálculo de Potência Total Instalada (Somatório das potências com


conversão para kW)

2. Tipos de fornecimento (CEMIG)


OBS.: (1) Para fator de potência não conhecido em TUGs, adotar 0,92

(2) Para Potência Aparente (P[W]) conhecida, calcular S[VA] = U.I

P/S = fator de potência

Representação

1. Desenhos
a. Tomadas

b. Iluminação Funcional (arandelas - não tem norma)


c. Pontos de iluminação
d. Interruptores

i.
ii.

OBS.: (1) Para iluminações maiores que 250 VA, dividir em


mais de um ponto - busca por iluminação uniforme

(2) Iluminação funcional pode ter outra representação,


mas tem que ser especificado no desenho e entrar no quadro
de cargas

(3) O interruptor pode ficar a 110cm - altura do


trinco, normalmente. Além de uma distância de 15cm da porta.

(4) Em caso de dúvida, verificar funcionamento de


3-way e 4-way.

Quadro de distribuição

1. Posicionamento
a. Internamente
b. Não pode em cômodos íntimos
c. Mais próximo de cargas maiores (queda de tensão), apesar de se
procurar a centralidade por questões econômicas
d. Evitar Sala, se possível (questão estética)
e. Ponderar a localização com valor das potências TUG, iluminação e
TUE (atribuir TUG junto com iluminação nos cômodos, pra fazer
isso)
2. Caminho dos eletrodutos
a. Chuveiro e TUE (1 disjuntor exclusivo e eletroduto sai do Quadro
de Distribuição indo direto ao equipamento, pela laje)
b. Circuitos de iluminação separados dos circuitos de tomada e
separado dos TUE.
c. Cozinha (1 circuito separado)
d. Área de Serviço (1 circuito separado)
e. Circuitos de iluminação até 10A (1270VA) e circuitos de TUG até
16A (20A para cozinha)

EXEMPLO: Circuito de iluminação

3090 [VA]/127[V] = 24,33 [A]

24,33/10 [A] = 2,433 circuitos (3 circuitos)

(III) -> 24,33/3 = 8,11 [A] por circuito

OBS.: (1) É bom ter uma corrente abaixo de 10A caso mais algum
equipamento ou instalação seja acoplado ao circuito futuramente.

(2) Não colocar as duas tomadas dos banheiros no mesmo


circuito, pode gerar sobrecarga (2 secadores de cabelo ligados ao
mesmo tempo, por exemplo)

Fator de Demanda

1. Gráfico do fator de demanda (Exemplo de cálculo em anexo B-1)


2. Iluminação e TUG
a. Tabela 11 (ND 5.1)
3. TUE
a. Tabela 11 e Tabela 14 (ND 5.1)

b. Fórmula D = a+b+c+d+e+f
i. a = (TUG+Ilum)
ii. b =
1. b1 = chuveiros, torneiras e cafeteiras
2. b2 = aquecedor de água por acumulação e passagem
3. b3 = fornos, fogões, grill
4. b4 = máquinas de lavar e secar roupas
5. b5 = demais aparelhos (boiler/forno industrial)
c. condicionadores de ar (tabela 14 - usar fator de potência)
d. motores
EXEMPLO: Uso de fator de potência para um ar-condicionado:

P[VA] = 675 [W]/0,92 = 734 [VA]

Uso de 734 para daí multiplicar pela demanda

OBS.: Aparelhos como boilers, cafeteiras, etc tem que ser


contabilizados para instalações comerciais ou industriais. Não faz
diferença numa casa, pq já está previsto no dimensionamento.

Somatório da Demanda

1. Somar todas as demandas de cada circuito da instalação e obter a demanda


provável. Balanço de Potências nas Fases (R, S e T)
a. Balanço dos valores de potência por grupo de instalação (ilum, tug
e tue) de forma a ficarem próximos um do outro em cada fase (R, S
e T). Uma alimentação monofásica tem só o R; uma bifásica tem o R
e o S; uma trifásica tem o R, o S e o T.
i. TUGs coloca-se em apenas uma fase
ii. TUE’s coloca-se em duas fases
iii. após o balanceamento, a diferença percentual entre as fases
não deve ser maior que 10%
b. Desenhar as entradas no Quadro de Distribuição
a. Começar pelos bifásicos e depois ir para os monofásicos.

b. Delimitar a quantidade de circuitos reservas (Tabela 59 - NBR 410)


Linha Elétrica

1. Representação

Transformador → Ponto de Entrega → Quadro Medição → Quadro Distribuição

2. NBR 15.465
3. Diferença entre eletrodutos (Preto mais resistente que o laranja)
4. Condutores (Cobre ou Alumínio)
5. Isolação
a. Termoplásticos (PVC)
b. Termofixos (XLPE e EPR)

Dimensionamento dos condutores (fase, neutro, terra) e eletrodutos de um circuito

1. Realizar para cada circuito (variam as seções de acordo com a potência -


procedimento igual)
a. Seção Mínima (Tabela 47 - NBR 5410)

b. Tipo de Instalação (Tabela 33 - NBR 5410)


c. Número de condutores carregados (Tabela 46 - NBR 5410)

d. Determinação da Seção (Tabela 36 e 37 - NBR 5410) a depender do


tipo de isolação
e. Cálculo da Ib (corrente de projeto)
i. cálculo de Ib de acordo com a fase
f. Correção com fatores
i. Corrente corrigida Ic = Ib/(Fct.Fca.Fcs)
ii. Fct é o Fator de correção da temperatura (Tabela 40)
iii. Fca é o Fator de correção para condutores agrupados (Tabela
42)

iv. Fcs é o Fator de correção para resistividade do solo - em


caso de condutores em linhas subterrâneas (Tabela 41)
g. Determinação de Iz (máxima capacidade de condução de corrente)
i. Iz é o primeiro valor acima de Ic encontrado na tabela 36
ii. Caso a seção correspondente seja menor que a seção mínima,
adotar Iz como a corrente correspondente à seção mínima.
h. Determinação da seção mínima pela queda de tensão
i. 𝐴 = (𝑋 × ρ × 𝑃 × 𝑙 × 100)/(∆𝑈 × 𝑈)

1. X = 2 (monofásicos e bifásicos) e 3 (trifásico)


2. ρ = 1/58 (cobre)
3. P = Potência ou demanda (VA ou W)
4. l = comprimento do circuito
5. ∆𝑈 = Limite de queda de tensão
a. 4 para instalações internas
b. 1 para distribuição
6. U = 127 [V] (monofásico) e 220 [V] (bifásico ou
trifásico)

OBS.: Adotar a maior seção encontrada (dos passos “a”


à “i”)

i. Determinação da Seção do condutor neutro (Tabela 48)


j. Determinação da Seção do condutor de proteção (Tabela 58)

k. Determinação da corrente nominal do disjuntor In (para fazer a


adequação com a proteção)
i. Ib<In<Iz (Tabela NBR 60.898)

OBS.: (1) Deixar sempre espaço para ampliação futura.


Dessa forma, se a corrente do projeto (Ib) e a
corrente nominal do disjuntor (In) forem muito
próximas, adotar um valor próximo de Iz e escolher
disjuntor com maior corrente nominal.

(2) A corrente nominal do disjuntor deve ser de


no mínimo 10 [A].

l. Diâmetro do eletroduto
i. circuitos terminais (¾ de polegada para até 3 circuitos)
ii. Distribuição (transformar as áreas dos condutores neutro,
fase e proteção para a maior de todos, como se fosse uma
porcentagem - pela tabela abaixo)
iii. Somar os valores
iv. Usar os valores somados na tabela abaixo e determinar o
diâmetro do eletroduto em mm e pol. Procurar pelo primeiro
valor acima do encontrado na soma anterior.
v. Dimensionamento do ramal de entrada
1. ND 5.1 (Tabela 1 para até 15 [kN] de carga total
instalada e Tabela 2 para maior que 15 [kN] usando daí
a demanda provável)

TABELA 1

TABELA 2

OBS.: (1) Para o circuito de distribuição, quando não for


monofásico, usar a fase mais carregada (dentre R,S e T) como base.
Multiplicar por 2 (bifásico) ou 3 (trifásico) e fazer os cálculos
a partir do passo e)

(2) Descrever o ramal de entrada citando cada informação


pertinente à esta tabela.
Materiais de proteção da instalação:

IDR: https://www.mundodaeletrica.com.br/como-funciona-idr/

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