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Corrosão e

Degradação de materiais

Salvador - 2019
Bibliografia
da aula
Cap. 18
Por que estudar a corrosão e degradação de materiais?

Introdução

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Por que estudar fatores que afetam a corrosão?

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Degradação de diferentes tipos de materiais

Corrosão é a destruição ou deterioração de um


material devido à reação eletroquímica com seu meio

Materiais Cerâmicos Materiais Poliméricos


Materiais muito resistentes à corrosão. Degradação por Inchamento
A degradação por ação físco-química Ou dissolução

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Considerações eletroquímicas – Uma Revisão
Reação de Oxidação

Corrosão e M  Mn+ + ne-


ânodo
Reações de Oxi-Redução Reação anódica ou
Corrente anódica

Fe  Fe2+ + 2e-
Reação de Redução

Mn+ + ne-  M
Cátodo
Reação catódica ou
Corrente catódica
Meio ácido
2H+ + 2e-  H2 6
Considerações eletroquímicas

Série de potenciais do eletrodo-padrão


Potenciais de redução

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V01 = -0,763 V02 = +0,340

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Exemplos Práticos

Influência da Concentração e Temperatura sobre o


Potencial da pilha
Potencial Global = ΔV0= V02 - V01

𝑅 𝑇 R= 8,314 J/(K.Mol)
ΔV = (V 2 - V 1) - 𝑛𝐹
0 0 0 𝑙𝑛 ¿ ¿ Sofre Oxidação
T=298 K
Sofre Redução F= e. N = 96.500 C

Qual o potencial do eletrodo para cobre imerso em solução


0,01M Cu 2+?
Usando a equação de Nernst calcule o potencial da célula onde os respectivos
eletrodos de Zn imerso em solução de Zn 0,1M e Cu imerso em solução de cobre
0,001M

Espontaneidade da reação= ΔG= - nFE 9


Potenciais do eletrodo

Potencial Reversível
• M →Mn+ + ne (Oxidação)
• Mn+ + ne → M (Redução)
A densidade de corrente que circula
através do eletrodo é denominada de
densidade de corrente de troca (i0)
onde:
i0 = ia = (-ic)

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Potenciais do eletrodo
Polarização

• a) Polarização Anódica ia=ic≠0= io


• i = ia + (- |ic | ) > 0
• ŋa = E - Eeq > 0
O potencial do metal é tornado mais nobre do que o do
equilíbrio

• b) Polarização Catódica
• i = ia + (- |ic | ) < 0
• ŋc = E - Eeq< 0
O potencial é tornado menos nobre que o sistema
Potenciais do eletrodo

Potencial
IRReversível

Taxa de Corrosão
TPC
Onde:
K- 87,6 mm/Ano A- área
W- perda de massa T-tempo 13
Potencial IRReversível

• O potencial de equilíbrio irreversível ou potencial de corrosão (Ecor)


corresponde ao potencial de equilíbrio de um eletrodo, independente de
ser um metal ou uma liga, em um eletrólito contendo elementos
oxidantes.

• O potencial atinge um valor estacionário e as densidades de corrente


anódica e catódica se igualam, sendo que a densidade de corrente que
circula através do eletrodo recebe o nome de densidade de corrente de
corrosão (icor).

• icor = ia = (-ic)

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Produtos de Corrosão
• São classificados em:
• a) Produtos solúveis
• b) Filmes não protetores
• Exemplo: Fe2O3.3H2O (ferrugem)
• Fe → Fe2+ + 2e
• O2 + 2 H2O + 4e → 4OH-
• _____________________
• 2Fe + O2 + 2 H2O → 2Fe(OH)2
• O Fe(OH)2 é geralmente oxidado para Fe(OH)3 ,
• que é frequentemente representado por Fe2O3.3H2O.
• c) Filme protetor (Filme passivo)
• Exemplo: Fe3O4; Al2O3; Nb2O5; NiO
Reações Irreversíveis

Formação da Ferrugem (Oxidação do Ferro)


Fe + ½ O2+H2O  Fe2+ + 2(OH)-

Fe2+ + 2(OH)-  Fe(OH)2

2Fe(OH)2 + ½ O2+H2O  2Fe(OH)3


Ferrugem

Agravamento da corrosão em ambiente sulfuroso


Formação do FeSO4
2Fe +2H2SO3  FeS + FeSO4 + 2H2O

2Fe +2H2SO4 + O2  2FeSO4 + 2H2O Ciclo de Regeneração ácida

FeSO4 +2H2O  Fe(OH)2 + H2SO4


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Etapas controladoras das
reações eletroquímicas
• 1 – Transporte de massa (Difusão)
o Polarização por concentração
o Efeito da viscosidade

• 2- Resistividade do eletrólito
o Polarização ôhmica

• 3- Transferência de Carga
o Única situação em que as relações de Butler-volmer são possíveis

• 4- Cristalização
• 5 – Formação de filme passivo
Curvas de Polarização
Curvas de Polarização
Etapas controladas por transferência de carga

Potencial de Corrosão e icorr


Passivação
Tipos de Corrosão
Corrosão Uniforme: Ocorre uniformemente na superfície do metal

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Tipos de corrosão
Corrosão por Concentração diferencial:
Ocorre quando o eletrodo está em contato com o eletrólito em regiões de diferentes
concentrações de íons metálicos.
• Causada por encrustrações em área de baixa velocidade de fluxo.
• Corrosão causada em frestas, quanto menor
a abertura, maior a diferença de
concentração.

+ +
+ ++ e-

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Corrosão por Aeração diferencial: O2 O2
O2 O2
Pilha de concentração causada pela concentração
diferencial de Oxigênio. O2 O2
A corrosão por aeração diferencial ocorre quando ↑e-
um material metálico é imerso em regiões aeradas
diferentemente.

Análise prática, exemplo:

1) Qual as regiões anódica e


catódica do tanque?

2) Qual dos tanques irá


Degradar mais rapidamente?

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Pilhas de Concentração

Corrosão por X Corrosão por


Concentração diferencial Aeração diferencial

O2
O2
O2 O
2 O2
O2
+ +
O2
+ ++ e- O2 O2
e- 

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Tipos de Corrosão
Estudo de Caso
Corrosão Galvânica:
Metais de potenciais distintos Em caráter emergencial, uma tubulação de
em contato direto Aço deve ser conectada à uma tubulação de
Cobre, na qual ocorre fluxo de água.

Com base na tabela de potenciais, Determine:


1) O metal que será corroído
2) A ordem em que essa conexão deve ser
estabelecida em relação ao fluxo de água
para diminuir a corrosão.

R: 1) Aço
2) Cobre – Aço em corrente com o fluxo de água
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Influência da Temperatura na Corrosão

Corrosão por diferença de Temperatura


O metal exposto à zonas de diferentes Aplicações da pilha de
Temperaturas gera correntes de corrosão: aquecimento diferencial:
Região quente:
Zona anódica
Região fria: Termopares:
Zona catódica
ΔT
(DDP em ≠ T)

Fadiga térmica

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Influência da Temperatura na corrosão Heterogeneidades
Fragilização por solda do meio que
afetam a corrosão
Influência da Velocidade na corrosão
Corrosão por cavitação
O metal exposto à soluções heterogêneas
Onde as bolhas coalescem na superfície
Formação de pilha por metálica.
diferença de deformação

• Modificação da
microestrutura na ZTA
• Precipitação de
carbetos de cromo.

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Corrosão gerada por tensões aplicadas ou residuais (solicitações mecânicas)

Heterogeneidades do meio que afetam a corrosão


Corrosão sob tensão:
Materiais inertes se tornam
suscetíveis quando
uma tensão é aplicada
Fissuras geradas abaixo do LRT

Corrosão sob Fadiga:


• Pode se iniciar a partir de uma deformação
Plástica localizada
• A presença do meio corrosivo favorece a
Propagação de trincas ao causar dissolução
na extremidade da trinca.

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Ambientes contendo hidrogênio

Fragilização por Hidrogênio:


Causada por falhas no revestimento ou
defeitos superficiais em ambientes agressivos.

Formação de gases no interior do material:

presença do H2S : Fe+H2S  FeS + 2H


H + H  H2 4H + C  CH4 Fe3C + 4H  3Fe + CH4

Influência do arranjo cristalino na fragilização por hidrogênio


Austenita Martensita Ferrita

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Superfícies – Corrosão localizada por Presença de Cloretos

Heterogeneidades Falha do material nesse ambiente


induzida por:
do material
*Nucleação *Propagação da trinca
que afetam
Presença de escoriações e arranhões
a corrosão ou mesmo falhas de empilhamentos na superfície

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Superfícies – Presença de Cloretos

Adição de elementos
de liga ao aço

AISI 316
SAF 2205

DUARTE R. G., NEVES R., MONTEMOR M. F. Corrosion Behavior of Stainless Steel Rebars Embedded in 33
Concrete: an Electrochemical Impedance Spectroscopy Study. Electrochimica Acta v. 124 p. 218-224, 2014.
Corrosão Seca
ou Oxidação sob altas temperaturas

Mecanismos de
transporte Iônico:

*Difusivo

*Convectivo

*Migratório

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Corrosão Seca
Formação de Óxidos protetores

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Corrosão Seca
Crescimento da camada

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Corrosão em elevadas
temperaturas
Temperatura Equicoesiva x Temperatura de Escamação

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