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Corrosão

Conceitos básicos

Tobias E. Schmitzhaus
Conceitos Básicos
Pode-se definir corrosão como a deterioração de um material, geralmente metálico,
por ação química ou eletroquímica do meio ambiente associada ou não a esforços mecânicos. A
deterioração causada pela interação Físico-química entre o material e o seu meio operacional
representa alterações prejudiciais indesejáveis, sofridas pelo material, tais como desgaste,
variações químicas ou modificações estruturais.
Os problemas de corrosão são frequentes e ocorrem nas mais variadas atividades,
como, por exemplo, nas indústrias química, petrolífera, petroquímica, naval, construção civil,
transporte aéreo, ferroviário, metroviário, etc.
As perdas econômicas que atingem essas atividades podem ser classificadas em
diretas e indiretas.
Custos Brasil:
PIB – US$500 Bilhões
Perdas Diretas: Perdas Indiretas: Custo com corrosão – US$15
Bilhões (3%)
• Custos de substituição de peças • Paralisações acidentais; Com práticas de prevenção
ou equipamentos deteriorados; • Perda de produto; economiza-se 1%
• Custos e manutenção dos • Perda de eficiência; (Fonte: ABRACO)
processos de proteção. • Contaminação de produtos;
• Superdimensionamento de
projetos.
Reações eletroquímicas
Reações Eletroquímicas:

Outra abordagem da corrosão: É uma reação de interface irreversível em que ocorrem


reações de oxidação e de redução entre o metal e um agente oxidante.
Por exemplo, a corrosão do ferro no ácido clorídrico.
(Fonte: Metals Handbook)

( ) +2 ( ) ( )+ ( )

Generalizando, tem-se a reação:

agente redutor + agente oxidante produto de corrosão + oxidante reduzido

Em meio aquoso o ácido clorídrico e o cloreto de ferro estão sob a forma iônica:

+2 +2 +2 +
Reações eletroquímicas
Como os íons de cloro não participam diretamente da reação, esta pode ser
simplificada:

+2 + (1)

A reação (1) é a reação global, composta por duas reações parciais: a reação parcial de
oxidação, ou reação parcial anódica, e a reação parcial de redução, ou reação parcial catódica.

Fe +2 çã ó
2 +2 ( çã ó )
+2 + ( çã )

Na interface material/solução há
Elemento Elemento redutor
transferência de cargas entre um condutor eletrônico,
redutor oxidado
chamado eletrodo, e um condutor iônico (eletrólito).
+ +
Esse tipo de fenômeno é chamado de reação
Elemento Elemento oxidante
eletroquímica, sendo responsável pela corrosão dos
oxidante reduzido
materiais.
Pilha eletroquímica
A transferência de elétrons da região anódica para a região catódica pode ser
visualizada separando-se as duas regiões.

Colocando-se um eletrodo de ferro em contato com um eletrodo de platina em


solução de HCl, tem-se uma pilha eletroquímica. A reação catódica ocorre mais facilmente sobre
a superfície da platina; assim a reação catódica tende a parar na superfície do ferro. A reação
anódica ocorre então exclusivamente sobre o ferro. Os elétrons liberados passam pelo condutor
eletrônico e são consumidos pela reação catódica.
Pilha eletroquímica
Uma pilha eletroquímica é um sistema composto de dois eletrodos em contato com
um fio condutor e imersos em um eletrólito (condutor iônico). Cada componente da pilha tem a
seguinte função:
• Anodo: Eletrodo onde acontece a oxidação (corrosão).

• Eletrólito: Condutor iônico. Os íons positivos tendem a se difundir para o catodo, e os íons
negativos, para o anodo. A corrente iônica total depende da mobilidade dos íons na solução.

• Catodo: Eletrodo em que ocorre redução. A corrente elétrica (iônica) sai do eletrólito ou a
corrente elétrica é consumida na superfície do eletrodo pela reação de redução.

• Circuito metálico: Ligação metálica de baixa resistividade por onde circulam os elétrons no
sentido anodo-catodo.
Potencial eletroquímico
Potencial eletroquímico de um eletrodo
Quando um metal é imerso em uma solução, a diferença de potencial químico entre o
metal e a solução faz com que íons metálicos se dissolvam ou íons da solução penetrem no metal.
Isso gera uma diferença de potencial elétrico entre a fase sólida e a fase líquida. Assim, chama-se
este de diferença de potencial eletroquímico.
O termo eletrodo, pode também indicar uma reação de transferência de cargas na
interface eletrodo/eletrólito, chamada de reação de eletrodo ou reação de meia pilha.
2 +2 =
+2 =
Os eletrodos ou meias pilhas são respectivamente representados por ǀ e
ǀ . A barra vertical simboliza a interface entre a espécie reduzida e a solução contendo os
íons.

Mǀ 0,01 , ,
Potencial eletroquímico
Potencial reversível de um eletrodo
Se um metal M de valência n é imerso em uma solução de seus sais , íons de vão
passar para a solução deixando o metal com cargas elétricas negativas.
M→ +2
Onde passa uma densidade de corrente anódica.
A passagem de íons de para a solução é limitada no tempo, pois, para deixa o metal, esses
íons devem vencer a repulsão dos íons que já se encontram na solução e a atração dos elétrons
em excesso que carregam negativamente o metal. A partir de um certo momento, íons metálicos
podem se redepositar:
+2 →M
Quando as velocidades de dissolução e de redeposição se igualam, o potencial de
eletrodo, atinge um valor estacionário; chamado de potencial reversível.

“O potencial de equilíbrio reversível de um


eletrodo é o potencial que um metal puro
apresenta quando imerso numa solução
homogênea não-oxidante.”
Potencial eletroquímico
Potencial de eletrodo padrão
O potencial de um eletrodo com relação a um eletrólito não pode ser medido
diretamente, visto que essa medida implica a utilização de uma sonda metálica que, por sua vez
apresenta uma diferença de potencial em relação a solução.
Para minimizar essa dificuldade constrói-se uma pilha constituída de duas meias
pilhas: o material a se estudar e um eletrodo de referência. Mede-se então essa diferença de
potencial.

O potencial do material é medido em


volts (V) e em condições padrões, daí o nome
potencial de eletrodo padrão, que pode ser
definido como o potencial reversível que o
metal apresenta em relação a um eletrodo de
referência, em condições padrões: T = 25°C;
pressão 1 atm e solução de 1 M de íons do
eletrodo.
Potencial eletroquímico
Eletrodo de referência
O eletrodo de referência cujo potencial se atribui 0,0V é o eletrodo de hidrogênio.
A diferença de potencial da pilha é igual á soma da diferença de potencial entre o
anodo e catodo e pela junção líquida:
= / + çã í
Desconsiderando a junção líquida:
=
A pilha padrão metal/hidrogênio é representada por:
Mǀ 1 ǀǀ 1 ǀ ( )
As duas barras juntas representam a interfaces entre as duas meias pilhas.
/ = = 0,00
= 0,00 0,44 = 0,44
Pois utiliza-se o potencial de redução, conforme a IUPAC (International union of pure
and applied chemistry)
Potencial eletroquímico
Como saber quem é o catodo e o anodo?!
A espécie química que apresenta maior potencial de redução da pilha é o catodo e
considerado o material mais nobre.
A espécie química que apresenta menor potencial de redução (ou maior potencial de
oxidação) é o anodo e é considerado o material menos nobre, ou mais reativo.
O potencial de oxidação de uma espécie química é igual, em modulo, ao potencial de
redução com sinal contrário.
Como encontrar o potencial de eletrodo fora das condições padrões?
Equação de Nernst!
As atividades são elevadas
°
= + nas potências dos
coeficientes
Na qual : E = Potencial de redução (V)
estequiométricos!
Eo = Potencial padrão de redução (V)
Eref = Potencial do eletrodo de referência
R = Constante dos gases perfeito (8,314 J/K.mol)
T = Temperatura (K)
n = número de elétrons
F = 96485 c/mol.F
a = atividades dos íons do eletrodo em solução
Potencial eletroquímico
Como saber qual reação é espontanea??!

Relação entre . O potencial reversível de redução de um eletrodo está


relacionado com a energia livre de Gibbs pela equação:

=
Quando uma reação é espontânea?
Potencial eletroquímico
Exemplo
ǀ 0,001 ǀǀ 1 ǀ
Potencial padrão do zinco é -0,763V
n= 2
Atividade do zinco no estado reduzido é 1 e no estado oxidado é considerada igual a
concentração = 0,001 M. Substituindo- se chegamos a -0,85V

Potencial padrão do cobre é 0,337V. Verifica-se que o cobre apresenta potencial de redução
maior do que o zinco. O zinco é então o anodo.
= 0,337 – (-0,85) = 1,187V
Potencial eletroquímico
Exercícios:
1. Calcular a ddp da pilha abaixo abaixo, utilizando a equação de Nernst.
Zn(s) | Zn2+ (0,024 M) || Zn2+ (2,4 M) | Zn(s)

2. Imaginemos a seguinte pilha: Mg | Mg2+ || Ag+ | Ag


Duas reações possíveis para essa pilha são:
Mg + 2 Ag+  Mg2+ + 2 Ag
2 Mg + 4 Ag+  2 Mg2+ + 4 Ag
Utilizando Nernst, encontre o potencial da pilha.

3) Escreva a equação de Nernst e calcule ΔE para as seguintes reações


a) Cu2+(0,1M) + Zn  Cu + Zn2+(1,0M)
b) F2(1atm) + 2Li  2Li+(1M) + 2F-(0,5M)
c) 2H+(0,01M) + Zn  H2(1atm) + Zn2+(1,0M)
d) 2H+(0,1M) + Fe  H2(1atm) + Fe2+(1,0M)
e) 2 Al + 3 Ni2+(0,8M)  2 Al3+(0,02M) + 3 Ni
f) Cu+(0,05M) + Zn  Cu + Zn2+(0,01M)
Tipos de Corrosão
Corrosão Galvânica

Quando dois materiais metálicos, com diferentes potenciais, estão em contato em presença
de um eletrólito, ocorre uma diferença de potencial e a consequente transferência de elétrons.
Tem-se então a corrosão galvânica, que resulta do acoplamento de materiais dissimilares imersos
em um eletrólito, causando uma transferência de carga elétrica de um para outro.

Mecanismo

A corrosão galvânica ocorre frequentemente quando se tem um metal colocado em uma


solução contendo íons, facilmente redutíveis, de um metal catódico em relação ao primeiro.
Tubulações de alumínio em presença de sais de Cu+2 sofrem corrosão:
2 +3 →2 +3

Além desse ataque inicial o metal formado se deposita sobre a superfície de alumínio e cria
várias micropilhas galvânicas, nas quais o alumínio funciona como anodo , sofrendo corrosão
acentuada.
Tipos de Corrosão
Casos

• Trocadores de calor

• Tubos de caldeiras

• Tanques de aço-carbono ou de aço galvanizado

Íons Cu migram para o Fe e


se depositam sobre o
mesmo, corroendo o Fe.

Cu2+ Cu2+

Flange Isolante

Fe2+ Fe2+

Íons Fe migram para o Cu e


continuam como íons, sem
afetar o Cu.
Tipos de Corrosão
Aspectos importantes

• A relação entre a área das regiões anódicas e catódicas.

≫1
ó
Neste caso a corrosão não será muito prejudicial, pois a área catódica é quem fornece os
íons que são na verdade os agentes oxidantes.
Tipos de Corrosão
Proteção para corrosão galvânica

• Inibidores de corrosão

• Isolamento elétrico dos materiais de potenciais diferentes

• Aplicação de revestimentos protetores

• Estabelecer condições de relação área anódica/área catódica maior que um.

• Proteção catódica

• Uso de materiais de potenciais próximos


Tipos de Corrosão
Corrosão Eletrolítica

O Caso de corrosão galvânica visto anteriormente envolvia processos eletroquímicos


espontâneos, isto é, diferença de potencial se origina a partir dos potenciais próprios dos
materiais envolvidos.

A corrosão eletrolítica se baseia na deterioração de um metal forçado a funcionar como


anodo ativo de uma pilha eletrolítica. Esta corrosão acontece devido a correntes elétricas de
interferência, que abandonam o seu circuito normal para fluir pelo solo até encontrar alguma
estrutura metálica.

Taxa de Corrosão depende de:

• Intensidade da corrente e sua densidade na área onde ela abandona a estrutura metálica e
penetra no eletrólito;
• Distância entre a estrutura interferente e a interferida e ainda a localização da fonte de
alimentação do sistema gerador da interferência;
• Existência, ou não, de um revestimento da estrutura interferida e qualidade deste
revestimento;
• Resistividade elétrica do meio onde se encontram as estruturas interferentes
Tipos de Corrosão
Corrosão Eletrolítica

Mecanismos

• Na região onde a corrente elétrica abandona a estrutura (libera elétrons) e entra no


eletrólito, tem-se área anódica, e a reação para um metal M qualquer é:

→ +

Na região catódica podem acontecer as seguintes reações:

+ 1⁄ 2 +2 →2 (meio muito aerado )

2 +2 → +2 (meio neutro não aerado)

2 + 1⁄2 +2 → (meio ácido aerado)

2 +2 → (meio ácido não aerado)


Tipos de Corrosão
Corrosão Eletrolítica

Casos
• Trilhos de trem
• Grandes geradores elétricos para geração de energia.

Proteção
• Proteção catódica
• Barreiras elétricas que consistem, basicamente, na instalação de um leito de anodos
galvanicos ou de sucata em volta das áreas de captação de corrente pela tubulação
interferida.
Tipos de Corrosão
Corrosão Grafítica

• É a corrosão que ocorre no ferro fundido cinzento a temperaturas ambientes, na qual o ferro sofre
corrosão, restando a grafita intacta.
• Esta corrosão acontece preferencialmente no ferro fundido cinzento, pois a quantidade de carbono livre
(C) é maior do que no ferro fundido branco, que boa parte do carbono esta combinado sob a forma de
carbeto de ferro, cementita (Fe3C).
• Em alguns casos, neste tipo de corrosão, a forma e o tamanho original do material é mantido, alterando
apenas suas propriedades mecânicas. Este fato é explicado pelo fato de que os produtos de corrosão
(óxido de ferro), vedam todos os poros. Então, embora a estrutura corroída, por vezes é possível que a
mesma continue operando em pressões e tensões não muito elevadas.
Proteção

• Inibidores
• Revestimento
• Proteção catódica
Tipos de Corrosão
Dezincificação

A dezincificação é um processo corrosivo que ocorre principalmente em latões (ligas de Cu-


Zn), e frequentemente em soluções salinas estagnadas. O zinco se oxida preferencialmente,
deixando um resíduo de cobre e produtos de corrosão.
Forma-se um resíduo branco, proveniente da corrosão do zinco e um resíduo avermelhado
devido ao cobre, que contrasta com a coloração amarelada da liga.

• Área anódica:
→ +2
• Área catódica:
+ 1⁄ 2 + 2 → 2

• Proteção
• Emprego de latões, ou ligas de cobre, com teores não elevados de zinco
• Adicionar certos elementos (estanho, arsênio, antimônio ou fosforo) que atuam como
inibidores
• Tratamento térmico adequado para evitar a formação de áreas ricas em zinco.
Tipos de Corrosão
Corrosão Microbiologica

• A corrosão induzida por micro-organismos, também chamada microbiana , é aquela em que


a corrosão do material metálico se processa sob a influência de micro-organismos, mais
frequentemente bactérias; neste caso também chamada de bacteriana.

• Casos

• Tubulações de distribuição de águas. A presença de depósitos , sob forma de tubérculos , de


óxido de ferro hidratado, devido às bactérias oxidantes de ferro.

• Sistemas de resfriamento. São propícios para crescimento de micro-organismos que formam


biofilmes, e facilitam a corrosão por aeração diferencial.

• Tubulações para condução de gás. O sulfato, pode ser reduzido a sulfeto por bactérias,
corroendo o aço e contaminando o gás com excesso de gás sulfídrico, H2S.

• Equipamento de operações de usinagem. A corrosão destes equipamentos pode ocorrer


devido a biodeterioração dos óleos usados para lubrificação , gerando gases que promovem a
corrosão do equipamento.
Tipos de Corrosão
Corrosão Microbiologica

• Corrosão por aeração diferencial

• Uma pilha de aeração diferencial se forma quando dois metais de natureza idêntica são
imersos em uma solução com diferentes concentrações de gases oxidantes (O2) dissolvidos. A
diferença de concentração do oxigênio gera uma diferença de potencial, funcionando o
eletrodo menos aerado (concentrado) como anodo e o mais aerado como catodo.

Anodo Catodo
Tipos de Corrosão
Corrosão Microbiologica

• Corrosão em frestas

A corrosão em frestas, também chamada de corrosão cavernosa, ocorre devido à formação


de uma pilha de aeração diferencial. Forma-se quando uma peça metálica fica em contato com
uma parte do eletrólito que não é renovado, como, por exemplo, nos interstícios, fendas, entre o
material e depósitos diversos. Nesses lugares , a solução se enriquece em produtos de corrosão e
o seu pH pode diminuir rapidamente.

Material inerte

Interstício

Camada passiva

Corrosão
Tipos de Corrosão
Corrosão Associada a solicitações mecânicas.

• Considerações gerais.

Normalmente os casos estudados de corrosão, tratam-se apenas devido a interação do


meio corrosivo com o metal. Entretanto, se houver uma associação de meio corrosivo e
solicitações mecânicas, o material pode sofrer um processo de deterioração acelerado.

Pode-se distinguir os casos em que a ação mecânica é de natureza dinâmica, corrosão


fadiga, daqueles em que as solicitações são estáticas, corrosão sob tensão e fragilização pelo
hidrogênio.
Tipos de Corrosão
Corrosão Associada a solicitações mecânicas.

• Corrosão sob Fadiga


Caso um componente esteja sujeito a esforços
cíclicos em um meio capaz de atacar química ou
eletroquimicamente o material exposto, verificam-se
condições para a implantação da corrosão sob fadiga. Os
metais que fundamentalmente sofrem corrosão sob
fadiga, são aqueles que possuem uma camada protetora,
que produz resistência um meio que tenderia a atacar o
metal.
As fraturas mecânicas sucessivas, durante a
propagação da trinca de fadiga, rompem continuamente
as camadas protetoras, expondo a área ativa à ação do
ambiente corrosivo. O processo se caracteriza pelo
desaparecimento do limite de fadiga.
Tipos de Corrosão
Corrosão Associada a solicitações mecânicas.

• Corrosão sob Fadiga


• Verifica-se que o dano causado é, em geral,
maior do que a soma dos danos causados pela
corrosão e pela fadiga agindo separadamente.
• As trincas são em geral, transgranulares.
• Normalmente associado formação de pites
de corrosão.
• A corrosão sob fadiga é influenciada pela
frequência das vibrações mecânicas, ao
contrario do comportamento puro em fadiga.
• O tratamento térmico não melhora a
resistência à corrosão sob fadiga.
Tipos de Corrosão
Corrosão Associada a solicitações mecânicas.

• Corrosão sob Fadiga


Ocorrência
• Tubulação de perfuração de poços.
• Tubulação para transporte de vapores.
• Trocadores de calor.
• Vasos de pressão.
Mecanismo
O mecanismo da corrosão sob fadiga é de uma fadiga acentuada pela corrosão que
depende do valor da frequência, das condições corrosivas e do tempo que o material sofre.
O mecanismo de início da fratura pode estar associado a:
• Concentração de tensões nos locais de entalhes ou pites formados pelo meio corrosivo;
• Fendas, na superfície do metal, sendo estes os responsáveis pela nucleação da trinca.
Tipos de Corrosão
Corrosão Associada a solicitações mecânicas.

Corrosão sob Fadiga


Proteção
• Proteção catódica
• Inibidores
• Revestimentos metálicos anódicos ou de sacrifício
• Películas não metálicas pigmentadas com pó de zinco
• Jateamento na superfície do metal
• Alteração do projeto
Tipos de Corrosão
Corrosão Associada a solicitações mecânicas.

• Corrosão sob Tensão


Na corrosão sob tensão, tem-se a deterioração de materiais pela ação combinada de
tensões residuais ou aplicada e meios corrosivos. Quando se observa a fratura dos materiais, ela
é chamada de corrosão sob tensão fraturante. Há uma sinergia entre a tensão mecânica e o meio
corrosivo, ocasionando fratura em um tempo mais curto do que a soma das ações isoladas de
tensão e da corrosão.
O tempo necessário para ocorrer corrosão sob tensão fraturante de um dado material
metálico depende:
• Da tensão – quanto mais cresce, menor o tempo para ocorrer a fratura.
• Da concentração ou da natureza do meio corrosivo – o latão (70 Cu – 30 Zn) pode sofrer
fratura rápida em presença de amônia.
• Da temperatura – o hidróxido de sódio, em soluções concentradas e com aquecimento, pode
ocasionar corrosão sob tensão fraturante em aço carbono tensionado.
• Da estrutura e composição do material – geralmente o material com grãos menores é mais
resistente à corrosão sob tensão fraturante.
Tipos de Corrosão
Corrosão sob Tensão
Mecanismo
Na corrosão sob tensão fraturante (CST) estão envolvidas duas etapas
A nucleação da trinca se caracteriza por um tempo de indução. A nucleação esta associada a
formação de pites
A propagação da trinca pode ser intergranular ou intragranular.
Corrosão por Pite
Corrosão por Pites
A Corrosão por pites é um ataque localizado de uma superfície passiva devido a presença de íons
agressivos no eletrólito. Manifesta-se em certos pontos da superfície passiva pela formação de pequenas
cavidades(pites) que variam de alguns micrômetros a alguns milímetros.
Alguns pesquisadores [D’ALKAINE, 1988] estimam que o ataque nos pite pode ser da ordem de
30.000 a um milhão de vezes mais rápido do que no restante da superfície.
Em presença de oxigênio e de íons agressivos, uma pilha de corrosão se forma entre a superfície
externa, passiva e catódica, e o interior da cavidade, ativa e anódica. A relação de superfície anodo/catodo
sendo pequena, a velocidade de corrosão localizada pode se tornar elevada e as cavidades se tornam
rapidamente profundas, mesmo se a quantidade total de metal que se dissolve for pequena.
Corrosão por Pite
Corrosão por Pites
Inúmeros metais apresentam suscetibilidade a pites, entre eles pode-se citar Sn, Zn, Ti e inúmeras
ligas tais como os aços inoxidáveis. De uma maneira em geral, os metais que são particularmente sensíveis
a esse tipo de corrosão são aqueles que dependem de filmes de óxido para a resistência à corrosão. Esses
filmes são destruídos por alta concentração de determinados íons (Cl- ,Br- ou H+).
A presença de certos ânions em meios considerados como agressivos é necessária para o
aparecimento dos pites. O mais freqüente é o Cl . Para que haja pites, no entanto, é necessário que a
concentração do ânion agressivo seja superior a uma dada concentração limite. Para o ferro em meio ácido
surgem pites para concentração de cloretos da ordem de 3.10-4 mol/l.
Corrosão por Pite
Corrosão por Pites
Geralmente os pites requerem um longo período de latência antes de se tornarem visíveis, período
este que pode variar de alguns meses até anos, dependendo da combinação específica metal/meio
corrosivo. Os pites apresentam uma reação anódica típica, caracterizada como um processo auto-catalítico,
isto é, o processo de corrosão dentro de um pite produz condições que são tanto estimulantes como
necessárias para a continuação da atividade do pite. A Figura a seguir esquematiza a natureza auto-
catalítica do pite. O aumento da turbulência do meio corrosivo geralmente diminui o ataque por pites. Os
aços inoxidáveis são muito sensíveis à corrosão por pites. A adição de elementos de liga tem diferentes
efeitos na resistência a pites dos aços inox, de acordo com a Tabela abaixo.
Corrosão por Pite
Corrosão por Pites
• Adsorsão de Cl-
• Concentração crítica de Cl-
• Ruptura das ligações da película passiva
• Região anódica localizada
Crescimento:
• Dissolução:
= +
• Reação catódica:
+2 +4 =4
• Migração de íons Cl-
• Acidificação:
+ = +
Corrosão por Pite
Corrosão por Pites

O potencial de pite é uma propriedade do sistema metal-


meio corrosivo e, portanto, depende de vários fatores:

• Composição química e da microestrutura do material


• Do estado da superfície, principalmente da presença de
impurezas
• Composição química do eletrólito
• Temperatura
• Condições de convecção
Corrosão por Pite
Ligas suscetíveis

Ligas mais suscetíveis à corrosão por pites são


normalmente aquelas em que a resistência à corrosão é
causada por uma camada de passivação, como os aços
inoxidáveis, ligas de níquel, ligas de alumínio. Metais que
são suscetíveis à corrosão uniforme, por sua vez, não
tendem a sofrer esta corrosão. Assim, um aço carbono
regular irá corroer uniformemente na água do mar,
enquanto o aço inoxidável irá corroer por pites. Acréscimos
de cerca de 2% de molibdênio aumentam a resistência à
corrosão por pites de aços inoxidáveis.
Corrosão Intergranular
A corrosão intergranular é uma forma de ataque localizado na superfície metálica, na qual um
caminho estreito é corroído preferencialmente ao longo dos contornos de grãos. Ela se inicia sobre a
superfície e ocorre devido a células de ação local, na vizinhança imediata de um contorno de grão. A força
motriz é a diferença no potencial de corrosão que se desenvolve entre uma zona fina do contorno de grão e
o volume dos grãos adjacentes.
Esta diferença de potencial pode ser devida a diferenças na composição entre as duas zonas. A
diferença na composição pode desenvolver-se como um resultado da migração de impurezas ou elementos
de liga, para os contornos de grãos. A corrosão intergranular pode causar uma diminuição na elongação, e
em casos severos isto leva à perda marcante nas propriedades de tração, embora somente um pequeno
volume do metal tenha sido corroído.
Em algumas circunstâncias, a região de um contorno de grão torna-se muito reativa, resultando numa
corrosão inter-granular, provocando a desintegração da liga ou perda de resistência mecânica. Este
fenômeno pode ser causado pela presença de impurezas no contorno de grão, diminuição do teor de um
elemento nas áreas do contorno ou ainda um enriquecimento do contorno por um elemento de liga.
Uma vez que a maioria da corrosão intergranular é o resultado de pequenas diferenças na composição
nos contornas de grãos, a história metalúrgica de uma liga torna-se importante. Tratamentos térmicos e
trabalho a frio de ligas não somente afetam o tamanho e forma de grãos mas também a composição,
localização, quantidade e tamanho dos constituintes intermetálicos. A corrosão intergranular ocorre mais
comumente em aços inoxidáveis austeníticos, ligas de cobre e de alumínio.
CORROSÃO INTERGRANULAR DE AÇOS INOXIDÁVEIS
(AUSTENÍTICOS)

Quando esses aços são aquecidos na faixa de temperatura compreendida entre 425oC – 815 oC,
tornam-se sensitizados ou suscetíveis à corrosão intergranular. A teoria mais aceita para este fenômeno
baseia-se no empobrecimento de cromo nas áreas adjacentes ao contorno de grão, devido à precipitação
de Cr , de acordo com o esquematizado na Figura abaixo.
CORROSÃO INTERGRANULAR DE AÇOS INOXIDÁVEIS
(AUSTENÍTICOS)

A fase da liga com menor concentração de cromo, no contorno de grão, torna-se muito menos
resistente à corrosão. Abaixo de uma concentração de 12% de Cr, o filme de óxido de cromo formado na
superfície de liga, torna-se pouco passivante. Forma-se, portanto, uma pilha entre o contorno do grão (zona
anódica) e a região central do grão (zona catódica). Com o agravante da relação desfavorável entre as áreas
anódicas e catódicas (Aanodica<<Acatódica) inicia-se o processo de corrosão localizada que progride por entre os
grãos (intergranular).
CORROSÃO INTERGRANULAR DE AÇOS INOXIDÁVEIS
(AUSTENÍTICOS)

CONTROLE DE SENSITIZAÇÃO DE AÇOS INOXIDÁVEIS AUSTENÍTICOS


Para se minimizar a ocorrência de corrosão intergranular nesses aços, tem-se as seguintes
alternativas:
a) tratamento térmico: tratamento de solubilização dos carbetos (Cr23C6 ) a temperatura superior a 815
oC, seguido de resfriamento rápido;
b) adição de elementos de liga (Ti, Nb ) que formam carbetos, preferencialmente ao cromo. São os
chamados aços estabilizados (aços 321 e 347, respectivamente);
c) diminuição do teor de carbono abaixo de 0,03%.
CORROSÃO INTERGRANULAR DE AÇOS INOXIDÁVEIS
(AUSTENÍTICOS)
ATAQUE EM LINHA DE FACA
Os aços estabilizados podem ser atacados intergranularmente, sob certas condições, devido à
precipitação de carbetos de cromo.
Este ataque é semelhante ao decaimento por solda, pois ambos resultam de uma corrosão
intergranular provocada pela solda.
São duas as principais diferenças:
• Pode aparecer numa linha estreita adjacente à solda, enquanto o decaimento por solda ocorre a
distâncias maiores;
• Pode ocorrer em aços estabilizados.
Este fenômeno tem a ver com a solubilidade do nióbio ou titânio em aços inoxidável estabilizados. No
caso do nióbio, o carbeto de nióbio dissolve no metal a altas temperaturas (T>1230 oC), próximo ao cordão
de solda, permanecendo em solução quando resfriado rapidamente. Entretanto, na região vizinha, este
permanece solubilizado. Desta forma, numa estreita faixa (com apenas alguns grãos de espessura) o
carbono se mantém livre para reagir com o cromo e formar o carbeto Cr23C6 quando a temperatura atingir
os 425 oC, durante um processo posterior de alívio de tensões ou de nova soldagem. Para evitar o ataque
em linha de faca sugere-se um aquecimento na região de temperaturas onde ocorre a precipitação dos
carbetos de nióbio e dissolução dos carbetos de cromo, após a soldagem de toda a estrutura.
Deve-se salientar que outras ligas são suscetíveis ao ataque intergranular, como por exemplo, as ligas
tipo (Al-Cu) endurecidos por precipitação.
CORROSÃO INTERGRANULAR DE AÇOS INOXIDÁVEIS
(AUSTENÍTICOS)
ATAQUE EM LINHA DE FACA VS DECAIMENTO DA SOLDA

Representação esquemática dos locais de ocorrência da corrosão intergranular em juntas soldadas,


evidenciando as diferenças entre a corrosão por sensitização convencional (weld decay) e a corrosão em
linha de faca (Knife line attack).
CORROSÃO ASSOCIADA
AO ESCOAMENTO DE FLUÍDOS
Conceitos
A corrosão por erosão é a degradação da superfície do material por ação mecânica, muitas vezes
causada pelo contato com líquido, abrasão, partículas. A ação abrasiva remove o filme deixando exposta,
sem proteção, uma parte da superfície do metal. Se a camada que age como uma camada protetora não é
capaz de se recuperar rapidamente, o produto de corrosão acontece rapidamente.
A ação erosiva sobre um material metálico é mais frequente nos seguintes casos:
• quando se desloca um material sólido;
• quando se desloca um líquido contendo partículas sólidas;
• quando se desloca um gás contendo partículas líquidas ou sólidas.
Os processos de erosão-corrosão são comumente encontrados em tubulações, válvulas e outros
componentes usados na indústria química, petroquímica e na exploração de minérios. Quando a corrosão e
a erosão atuam conjuntamente, os mecanismos de dano são complexos e em geral as perdas de massa
associadas com esta combinação de processos são maiores do que a soma das perdas geradas pela erosão
ou a corrosão atuando separadamente.
Metais de baixa dureza, como o cobre e o chumbo, são mais suscetíveis a essa forma de corrosão.
Normalmente, é evidenciado por arranhões na superfície que caracterizam a ação de um fluido em
movimento.
O aumento da velocidade do fluido, em princípio, faz com que a corrosão aconteça mais rápido.
CORROSÃO ASSOCIADA
AO ESCOAMENTO DE FLUÍDOS
CORROSÃO-CAVITAÇÃO
Na cavitação, o escoamento de líquidos através de tubulações provoca a formação de bolhas de vapor
nas regiões em que a pressão é menor do que pressão de vapor do líquido. Essas bolhas colapsam
(implodem) e geram pressões de impacto na parede da tubulação ou de uma hélice que podem alcançar
até 15.000 MPa. O desgaste decorrente desse processo é chamado cavitação, devido a grande formação de
bolhas (cavidades).Para evitar a cavitação, deve-se encontrar meios de manter a pressão local acima da
pressão de vaporização do líquido, evitando que este forme bolhas de vapor. Por exemplo: na pressão
atmosférica a temperatura de vaporização da água é de cerca de 100 oC. Contudo, a uma pressão menor, a
temperatura de vaporização também se reduz.
CORROSÃO ASSOCIADA
AO ESCOAMENTO DE FLUÍDOS
CORROSÃO POR TURBULÊNCIA (IMPINGIMENTO)
Ocorre pela associação de fluxos turbulentos de um líquido, ricos em sólidos suspensos e gases
dissolvidos, que podem causar sérios danos às películas passivantes, provocando extensa corrosão local,
especialmente quando há a redução da área do fluxo, quando seu caminho torna-se mais estreito ou
apresenta mudança de direção, como em curvas. De modo similar à cavitação, os fluxos turbulentos podem
provocar regiões de baixa pressão e bolhas de gases dissolvidos (como por exemplo, o ar) e vapor que
podem colapsar, causando a ação de ondas de choque do fluido contra a parede metálica e o processo
erosivo deste modo resultante é denominado de impingimento. O ataque é diferente da cavitação,
propiciando alvéolos (pites) na forma de ferradura e pela ação dominante de bolhas (geralmente ar)
enquanto na cavitação a fase gasosa dominante é o vapor do líquido.
Corrosão Atmosferica
Princípio

Qualquer aço carbono ou liga não revestido sofre


corrosão quando exposto à atmosfera.
O processo de corrosão pode ocorrer rapidamente em
ar úmido contendo contaminantes específicos. A adição de
certos elementos de liga, principalmente silício, cobre
,cromo e níquel, pode diminuir a taxa de corrosão.
A eficiência de cada elemento de liga depende não só
da quantidade adicionada mas das condições climáticas.
Corrosão Atmosferica
Princípio

A Corrosão atmosférica é influenciada principalmente


devido a ação :
• Umidade
• Íons de Cl-
• Teor de dióxido de enxofre SO2
A condensação da umidade é influenciada pela:
• A temperatura do metal está inferior à temperatura do
ar ambiente;
• A superfície metálica conter sais;
• A superfície ser porosa.
Corrosão Atmosferica
Princípio

A Corrosão atmosférica é influenciada

Velocidade de corrosão
principalmente devido a ação :
• Umidade
• Íons de Cl-
• Teor de dióxido de enxofre SO2
A condensação da umidade é
influenciada pela:
• A temperatura do metal está inferior à
temperatura do ar ambiente;
• A superfície metálica contém sais;
• A superfície é porosa. Umidade (%)
Corrosão Atmosferica
Princípio

Influencia do Dióxido de Enxofre:


• A presença de dióxido de enxofre na atmosfera
aumenta a velocidade de corrosão;
• Uma superfície que contenha sulfato se corrói
rapidamente, mesmo que não haja dióxido de enxofre;
• A eliminação dos contaminantes depositados sobre a
superfície faz com que a velocidade de corrosão
diminua rapidamente.
Influencia do íon Cl-
• A presença de íon Cl- aumenta a velocidade de corrosão
• Uma forte concentração de Cl- pode desestabilizar
filmes passivos, provocando corrosão por pites.
Corrosão Atmosférica
Produtos de Corrosão

(a) Poluentes se depositam sobre a superfície do metal

(b) O Oxigênio do ar se dissolve no eletrólito, se


reduzindo, causando a oxidação do ferro

(c) O íon de Fe forma diversos produtos de corrosão


com o oxigênio e hidroxila do eletrólito.

(d) Produtos de corrosão quando a superfície esta


seca.
Métodos para Combate a Corrosão
Inibidores de Corrosão
Inibidor é uma substância ou mistura de substâncias que, quando presente em concentrações
adequadas, no meio corrosivo, reduz ou elimina a corrosão.
Quatro fatores devem ser analisados antes de se empregar um inibidor:
1. Causas da corrosão no sistema: para identificar os problemas que podem ser solucionados com o
emprego de inibidores.
2. Custo da sua utilização: para verificar se excede ou não o das perdas originadas pelo processo
corrosivo. Nessa avaliação deve-se levar em conta:
1. Aumento da vida útil do equipamento;
2. Eliminação de paradas não programadas
3. Prevenção de acidentes resultantes de falhas por corrosão

3. Propriedades e os mecanismos de ação dos inibidores a serem usados: verificar sua compatibilidade
com o processo em operação para evitar efeitos secundários prejudiciais.
4. Condições adequadas de adição e controle: para evitar a formação excessiva de espuma, depósitos
muito espessos que dificultam trocas térmicas, feitos tóxicos, ação poluente.
Métodos para Combate a Corrosão
Inibidores Anódicos
Os inibidores anódicos atuam reprimindo reações anódicas, ou seja, retardam ou impedem a reação
do anodo.

Este inibidor funciona reagindo com o produto de corrosão inicialmente formado, ocasionando um
filme aderente e extremamente insolúvel, na superfície do metal.
Substâncias como hidróxidos, carbonatos, silicatos, boratos, são inibidores anódicos porque reagem
com os íons metálicos Mn+ produzidos no anodo, formando produtos insolúveis que têm ação protetora.
Deve-se tomar cuidado ao se empregar inibidores anódicos, pois existe uma concentração crítica
acima da qual HÁ inibição, caso contrário, o produto insolúvel não irá se formar sobre toda superfície
metálica, podendo ocorrer corrosão localizada na região não protegida.
Métodos para Combate a Corrosão
Inibidores Catódicos
Os inibidores catódicos atuam reprimindo reações catódicas, ou seja, retardam ou impedem a reação
do catodo. São substâncias que fornecem íons metálicos capazes de reagir com a alcalinidade catódica,
produzindo compostos insolúveis. Esses compostos insolúveis envolvem a área catódica, impedindo a
difusão do oxigênio e a condução de elétrons, inibindo assim o processo catódico.

Substâncias como sulfatos de zinco, de magnésio e de níquel são usados como inibidores catódicos.
Como o metal, no catodo, não entra em solução , não haverá corrosão localizada nessas áreas. Logo,
esses inibidores, quaisquer que sejam as suas concentrações, são considerados mais seguros.
Pode-se combinar o uso de inibidores anódicos com os catódicos.
Métodos para Combate a Corrosão
Inibidores de Adsorção
Funcionam como películas protetoras. Algumas substâncias têm a capacidade de formar películas
sobre as áreas anódicas e catódicas, interferindo com a ação eletroquímica.
Nesse grupo estão incluídas substâncias orgânicas com grupos fortemente polares que dão lugar à
formação de películas por adsorção. Sabões de metais pesados e substâncias orgânicas com átomos de
oxigênio, nitrogênio ou enxofre.
As películas de proteção ocasionadas pelos inibidores de adsorção são afetadas por diversos fatores,
tais como velocidade do fluido, volume e concentração do inibidor usado para tratamento, temperatura do
sistema.
Métodos para Combate a Corrosão
Inibidores para proteção temporária
Um material metálico, ou contendo componentes metálicos, se não for adequadamente protegido, durante
sua fabricação, estocagem ou transporte, pode sofrer corrosão antes mesmo de sua utilização. Entre os
materiais sujeitos a este problema estão:
• Ferro e peças de aço;
• Zinco e peças zincadas ou galvanizadas – caso da oxidação ou corrosão branca de peças ou chapas
superpostas;
• Cobre e suas ligas – ocorrência de pátina ou azinhavre;
• Alumínio e suas ligas – machas em chapas de alumínio superpostas;
• Prata – escurecimento (tranishing) de objeto prateados, devido à formação de Ag2S ou Ag2O2 que, de
acordo com a espessura desses produtos, pode apresentar coloração azulada ou ligeiramente violácea,
tornando-se preta com o tempo.
Métodos para Combate a Corrosão
Inibidores para proteção temporária

A corrosão durante a fabricação, estocagem ou transporte, mesmo sendo muito pequena, pode tornar a
peça ou componente inadequados para uso, devido à perda das dimensões críticas, ou mesmo devido aos
problemas estéticos, causando prejuízos que poderiam, em muitos casos, ser evitados se tivessem sido
consideradas as medidas usuais de proteção.
As medidas usuais de proteção temporária contra corrosão podem ser apresentadas da seguinte forma.
Controle do meio ambiente – ventilação, desumidificação, controle de impurezas do ar;
Emprego de subtâncias anticorrosivas formadoras de películas de proteção – óleos protetores, graxas
protetoras, etc;
Uso de embalagem adequada, usando papéis impregnados com inibidores voláteis e desidratantes(como
sílica gel, alumina ativada, óxido de cálcio, etc.);
Uso combinado das medidas anteriores.
Métodos para Combate a Corrosão
O método de proteção usando protetivos temporários é baseado na obtenção de uma película
superficial, fácil de aplicar e remover, que atua como uma barreira de proteção, impedindo a
penetração de umidade e de substância agressivas. Geralmente esses protetivos são dissolvidos,
ou dispersos, em solventes para facilitar sua aplicação e dar uma película mais uniforme, após
evaporação. Devem ser usados de preferência em superfícies limpas e secas, a não ser quando
são usados desengraxantes na formulação do protetivo.
Nas formulações de protetivos temporários são usados componentes com diferentes
propriedades:
• Materiais formadores de películas como óleos, graxas, ceras, resinas e vaselina;
• Solventes – água e solventes orgânicos como querosene e solventes clorados;
• Inibidores de corrosão, geralmente compostos polares de enxofre e nitrogênio;
• Neutralizadores de ácidos;
• Eliminadores de impressões digitais.
Métodos para Combate a Corrosão
Protetivos temporários contra corrosão, aplicados por diluição em água:
Protetivos emulsionáveis em água que deixam, por evaporação, uma película oleosa;
Óleos protetivos solúveis em água, usados durante a usinagem;
Produtos químicos solúveis em água que deixam por evaporação uma película protetora.
Protetivos temporários contra corrosão, tipo óleo:
Óleos anticorrosivos para proteger superfícies metálicas expostas;
Óleos anticorrosivos para proteger superfícies internas de conjuntos montados;
Óleos anticorrosivos para tanques de navios similares.
Protetivos temporários contra corrosão aplicados por diluição em solventes voláteis – são
líquidos anticorrosivos que, após a evaporação do solvente, deixam uma película:
Oleosa ou graxa do tipo não-secativo;
Semi-secativa, cerosa e firme;
Secativa dura, elástica e transparente, semelhante a um verniz;
Plástica, facilmente destacável.
Protetivos temporários aplicados a quente:
Produtos à base de vaselina e ceras que formam uma película macia, espessa e graxosa;
Produtos termoplásticos formadores de película grossa, resistente e facilmente destacável.
Métodos para Combate a Corrosão
Grupo I – usados em ambiente interno, para proteção de peças de ferro ou de aço, durante
operações intermediárias de usinagem (retificação, fresa, trefilação e outras), ou durante um
pequeno tempo de armazenato ou transporte.
Grupo II – proteção de chapas, fitas, peças estampadas, forjadas ou fundidas, compressores,
bombas, motores e caixas de engrenagens, bem como proteção de tanques de lastro de navios.
Gripo III – proteção de máquinas, eixos, ferramentas, peças de reposição, brocas e ferragens.
Grupo IV – proteção de peças usinadas ou retificadas, ferramentas, matrizes, tubos roscados e
cabos de aço.
Emprego dos inibidores
Decapagem ácida. Soluções aquosas de ácidos são usadas para retirar a carepa ou casca de
laminação, para permitir uma boa aderência do revestimento a ser aplicado. Essa carepa ou casca
de laminação contém os óxidos FeO, Fe3O4 e Fe2O3, sendo o mais solúvel o FeO, que é também o
que se encontra adjacente à superfície do metal, ocorrendo então, na decapagem ácida, a
reação:
FeO + 2H+  Fe+2 ( H+ : HCl, H2SO4)
Com a solubilização da camada de FeO, as outras se desprendem exponde o material metálico à
ácido, de acordo com a reação:
Fe + 2H+  Fe+2 + H2
Em superfícies com predominância de Fe2O3 e/ou Fe3O4, têm-se as reações de solubilização
desses óxidos
Métodos para Combate a Corrosão
Essa reação traz alguns inconvenientes, como:
Consumo excessivo do ácido;
Consumo do metal;
Arraste de vapores ácidos para a atmosfera, pelo hidrogênio desprendido;
Possibilidade de fragilização do metal e empolamento ocasionados pelo hidrogêmio.
Para evitar, então, que o ácido ataque o metal, à medida que este vai ficando limpo, adicionam-se
inibidores de adsorção.
Limpeza química de caldeiras. Costuma-se adicionar inibidores ao ácido clorídrico, utilizado para
solubilizar as incrustrações calcárias, com o objetivo de evitar o ataque das tubulações pelo ácido,
pois com a eliminação do carbonato de cálcio aderido nas paredes dos tubos:
CaCO3 + 2HCl  CaCl2 + H2O + CO2
Poder-se-ia ter em seguida a reação do ácido com o metal:
Fe + 2HCl  FeCl2 + H2
Industria petrolífera. Os inibidores são usados em grande escala, pois permitem o emprego de
material metálico de construção mais barata, diminuindo o custo do equipamento. Assim, os
tubos de aço com 9% de Ni, usados nos poços de extração de óleo cru, são substituídos pelos de
aço-carbono, que são mais baratos, quando são injetados inibidores no líquido: nos poços de gás
condensado os prejuízos causados pelo CO2, H2S e ácidos orgânicos diminuem com o emprego
de inibidores, como carbontato de sódio ou aminas orgânicas complexas com diferentes nomes
comerciais. Nos poços de petróleo, a corrosão das hastes, bombas e tubulações pode ser
Métodos para Combate a Corrosão
Sistemas de refrigeração. Os inibidores usados com maior frequência são polifosfatos, fosfonatos,
ácidos fosfino e fosfono carboxílicos, nitrito de sódio (em sistema de ar-condicionado) e cromato.
Também se utiliza esse tipo de proteção em sistemas de refrigeração, tubos de condensadores,
salmoura de refrigeração , sistemas de geração de vapor, tubulações de água potável, tubulações
de cobre para água quente, solventes clorados. Etc.
Modificações de processo, de propriedades de metais e de projetos
Métodos para Combate a Corrosão
Revestimentos Metálicos
Funções:
• Decorativo – ouro, prata, níquel, cromo;
• Resistência ao atrito – índio, cobre;
• Resistência à oxidação em contatos elétricos – estanho, prata, ouro;
• Endurecimento superficial – cromo;
• Resistência à corrosão - cromo, níquel, alumínio, zinco , estanho;
• Recuperação de peças desgastadas – cromo.
Os metais empregados para revestimentos anti-corrosivos podem ter suas ações protetoras explicadas
por diversos fatores:
Formação de películas protetoras de óxidos, hidróxidos ou outros compostos.
Os metais utilizados serem bastante nobres, o que acarreta um aumento de resistência a corrosão.
Métodos para Combate a Corrosão
Revestimentos Metálicos
Cladização
A cladização ou cladeamento é um método de revestimento, para controle de corrosão, muito usado
na indústria química.
Pode ser feito pela laminação conjunta, a quente de chapas do metal-base e do revestimento, pelo
processo de explosão ou por solda. O conjunto chapa-revestimento é chamado de clad. A espessura da
camada do metal de revestimento é de 2-4 mm, normalmente.
A Cladização do aço-carbono com aço inoxidável, níquel, titânio e tântalo tem sido muito usada em
vasos de pressão, reatores e tanque de armazenamento.

A- direção da detonação
B- explosivo
C- metal do clad
D- jato
E- metal a ser revestido
Métodos para Combate a Corrosão
Revestimentos Metálicos
Imersão a quente.
É o revestimento metálico que se obtém por imersão do material metálico em um banho do metal
fundido. Processo muito utilizado para revestimento de aço com estranho, com cobre, com alumínio e
zinco.
Estanho – Estanhagem de chapas ou chapas terneplate.
Cobre – copperweld
Alumínio – aluminização
Zinco – zincagem ou galvanização
Métodos para Combate a Corrosão
Revestimentos Metálicos
Aspersão térmica – Metalização
O processo de aspersão térmica ou metalização consiste na aplicação de um revestimento, metálico
ou não, usando-se uma pistola de aspersão ou de metalização.
Esta basicamente é dotada de chama oxiacetilenica e é alimentada com fio ou pó do material metálico
a ser usado como revestimento . A liga, ou o metal, é aquecida até fusão e por meio de ar comprimido é
projetada, sob forma de finíssimas partículas, em um substrato adequadamente preparado. Quando as
partículas metálicas tocam o substrato se solidificam , ligando-se ao substrato em camadas lamelares.
O aquecimento pode ser feito por arco elétrico, quando o ponto de fusão dos materiais envolvidos
são altos, onde gera-se plasma. Neste caso um gás inerte é usado para ionizar o gás.
Métodos para Combate a Corrosão
Revestimentos Metálicos
Eletrodeposição
É um processo comumente utilizado, pois se consegue revestimento muito fino e relativamente livre
de poros. É economicamente importante porque se consegue proteção adequada com uma camada bem
fina, evitando-se excesso do material eletrodepositoado, que pode ser caro.
Neste processo, o material a ser protegido é colocado como catodo de uma cuba eletrolítica, onde o
eletrólito contém sal do metal a ser usado no revestimento podendo o anodo ser também do metal a ser
depositado.
• Anodo insolúvel
: + → = , , ,…
:2 → + 1⁄ 2 + 2
• Anodo solúvel
: + → = , ,…
: → +
Métodos para Combate a Corrosão
Revestimentos Metálicos
Cementação- Difusão
O material metálico é posto no interior de tambores rotativos em contato com mistura de pó metálico
e um fluxo adequado. Esse conjunto é aquecido a altas temperaturas, permitindo a difusão do metal no
material metálico. Processo pode ser utilizado para revestimentos com alumínio, zinco e silício.
Alumínio – calorização
Zinco – sherardização
Silício – siliconização
Deposição em fase gasosa
Nesse processo, a substância volatilizada, contendo sal do metal a ser usado como revestimento, é
passada sobre o material aquecido a ser revestido, resultando em deposição do metal ou em formação de
uma liga com o metal-base do substrato.
Métodos para Combate a Corrosão
Revestimentos Não Metálicos Inorgânicos
Anodização
O alumínio apresenta uma grande resistência à corrosão
atmosférica devido à camada de óxido que recobre o metal e se forma
tão logo é exposto ao ar.
Essa camada é de grande aderência e alta resistividade elétrica,
portanto, resistente a corrosão.
Pode-se então, potencializar esta proteção utilizando meios
químicos ou eletroquímicos para aumentar a camada deste óxido
protetor.
A oxidação eletrolítica utiliza tratamento do metal em solução
adequada, colocando-se o material metálico como anodo, daí o processo
ser chamado de anodização.
Proteção catodica
Mecanismo
O processo corrosivo de uma estrutura metálica enterrada ou submersa se
caracteriza sempre pelo aparecimento de áreas anódicas e catódicas na superfície do
material metálico, com a consequente ocorrência de um fluxo de corrente elétrica. A
ocorrência dessas áreas de potenciais diferentes ao longo de uma tubulação de aço ou
chapa metálica mergulhada em um eletrólito, como solo ou água, tem sua explicação por :
• Variações na composição química;
• Presença de inclusões;
• Tensões internas (conformação ou soldagem).
Proteção catódica
Mecanismo
As heterogeneidades do solo, em conjunto com as heterogeneidades existentes
no material metálico, agravam os problemas de corrosão, uma vez que tais variações
(resistividade elétrica, grau de aeração, composição química, grau de umidade e outras dão
origem, também, a pilhas de corrosão severas nas superfícies dos materiais metálicos
enterrados. Dentre essas variações, as que causam problemas mais sérios são as que dizem
respeito às resistividades elétricas e ao teor de oxigênio.

Pilha de corrosão causada pela variação da


resistividade elétrica do solo
Pilha de corrosão causada pela
variação do grau de aeração do solo
Proteção catódica
Mecanismo
Pela natureza eletroquímica da corrosão verifica-se que há um fluxo de corrente
através do eletrólito e do metal, de tal maneira que os cátions saem do anodo para a
solução ao mesmo tempo em que os elétrons se dirigem do anodo para o catodo seguindo
o circuito metálico.
A taxa de corrosão depende então da intensidade da corrente que flui no
sistema, dependendo essa intensidade da força eletromotriz total da pilha formada e das
várias resistências ôhmicas e não-ôhmicas do circuito.

Proteger catodicamente uma estrutura


significa eliminar, por processo artificial, as
áreas anódicas da superfície do metal
fazendo com que toda a estrutura adquira
comportamento catódico. Como
consequência, o fluxo de corrente elétrica
anodo/catodo deixa de existir e a corrosão
é totalmente eliminada.
Proteção catódica
Mecanismo
Se um novo circuito for estabelecido (figura abaixo) – compreendendo um bloco
metálico (C) imerso no eletrólito e uma fonte de força eletromotriz com o polo positivo
ligado a (C) e o polo negativo ligado a (A) e (B), tornando-os, assim, mais negativos por
causa dos eléconsequentemente os polos (A) e (B) funcionam como catodo e ficam,
portanto, protegidostrons que escoam por eles para o eletrólito –.
Proteção catódica
Mecanismo
São três os mecanismos que podem ocasionar a redução da corrosão quando se
aplica a proteção catódica:
• O potencial do metal atinge um valor tal que, em todas as áreas do metal, só ocorre um
processo catódico, isto é, impede-se a reação
→ +
• O eletrólito adjacente à superfície metálica se torna mais básico devido à redução do
íons hidrogênio, H+, ou à redução do oxigênio
2 +2 → +2
+ 1⁄2 + 2 → 2
No caso de materiais metálicos ferrosos a elevação do valor do pH, devida à formação de
OH-, pode servir de inibição para a corrosão:
• A elevação do pH pode acarretar a precipitação de substâncias insolúveis, como CaCO3
e Mg(OH)2, que podem depositar-se sobre o metal produzindo camada protetora.
Sistemas de Proteção Catódica
Considerações Gerais
Para a obtenção da proteção catódica, dois sistemas são utilizados, ambos
baseados no mesmo princípio de funcionamento, que é o de injeção de corrente elétrica na
estrutura através do eletrólito. São eles a proteção catódica galvânica ou por anodos
galvânicos ou de sacrifício e a proteção catódica por corrente impressa ou forçada.
Proteção Catódica Galvânica
Neste processo o fluxo de corrente elétrica fornecido origina-se da diferença de
potencial existente entre o metal a proteger e outro escolhido como anodo e que tem
potencial mais negativo na tabela de potenciais.
Os materiais utilizados, na prática, como anodos galvânicos são ligas de
magnésio, zinco ou alumínio. Estes anodos devem satisfazer a certas exigências, tais como:
• Bom rendimento teórico da corrente em relação às massas consumidas;
• A corrente não deve diminuir com o tempo (formação de películas passivantes);
• O rendimento prático da corrente não deve ser muito inferior ao teórico.
Sistemas de Proteção Catódica
Proteção Catódica Galvânica
Como é de fundamental importância a composição da liga para o bom desempenho do
anodo galvânico, procura-se adicionar elementos para que o anodo apresente as
características desejadas:
• Potencial de corrosão suficientemente negativo: razão da adição de manganês nos
anodos de magnésio;
• Alta eficiência do anodo: não deve conter impuerezas que possam originar
autocorrosão ou torná-lo ineficiente. Daí se procurar, em todos os anodos, manter
baixos teores de ferro: a presença de ferro, mesmo em quantidades menores que
0,001%, nos anodos de zinco, causa a formação de um revestimento denso sobre o
zinco que inibe o fluxo da corrente.
• Estado ativo para que o anodo seja corroído uniformemente, evitando que ocorra sua
passivação: caso da adição de mercúrio ou de Índio, em anodos de aluminio.
Sistemas de Proteção Catódica
Proteção catódica por corrente Impressa
Neste processo o fluxo de corrente fornecido origina-se da força eletromotriz (fem) de uma
fonte geradora de corrente elétrica contínua, sendo largamente utilizados na prática os
retificadores que, alimentados com corrente alternada, fornecem a corrente elétrica
contínua necessária à proteção da estrutura metálica.
Para a dispersão dessa corrente elétrica no eletrólito são utilizados anodos especiais,
inertes, com características e aplicações que dependem do eletrólito onde são utilizados.
A grande vantagem do método por corrente impressa consiste no fato de a fonte geradora
poder ter a potência e a tensão de saída de que se necessite, em função da resistividade
elétrica do eletrólito, o que leva a concluir que esse método se aplica à proteção de
estruturas em contato com eletrólito de baixa, média, alta e altísissima resistividade
elétrica.
A figura mostra , de forma simplificada, duas aplicações comuns dos sistemas por corrente
impressa.
Quando os anodos inertes são enterrados no solo há necessidade, na maioria das vezes,
envolve-los com um enchimento condutor de coque metalúrgico moído, com as seguintes
finalidades:

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