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Conceitos básicos
Tobias E. Schmitzhaus
Conceitos Básicos
Pode-se definir corrosão como a deterioração de um material, geralmente metálico,
por ação química ou eletroquímica do meio ambiente associada ou não a esforços mecânicos. A
deterioração causada pela interação Físico-química entre o material e o seu meio operacional
representa alterações prejudiciais indesejáveis, sofridas pelo material, tais como desgaste,
variações químicas ou modificações estruturais.
Os problemas de corrosão são frequentes e ocorrem nas mais variadas atividades,
como, por exemplo, nas indústrias química, petrolífera, petroquímica, naval, construção civil,
transporte aéreo, ferroviário, metroviário, etc.
As perdas econômicas que atingem essas atividades podem ser classificadas em
diretas e indiretas.
Custos Brasil:
PIB – US$500 Bilhões
Perdas Diretas: Perdas Indiretas: Custo com corrosão – US$15
Bilhões (3%)
• Custos de substituição de peças • Paralisações acidentais; Com práticas de prevenção
ou equipamentos deteriorados; • Perda de produto; economiza-se 1%
• Custos e manutenção dos • Perda de eficiência; (Fonte: ABRACO)
processos de proteção. • Contaminação de produtos;
• Superdimensionamento de
projetos.
Reações eletroquímicas
Reações Eletroquímicas:
( ) +2 ( ) ( )+ ( )
Em meio aquoso o ácido clorídrico e o cloreto de ferro estão sob a forma iônica:
+2 +2 +2 +
Reações eletroquímicas
Como os íons de cloro não participam diretamente da reação, esta pode ser
simplificada:
+2 + (1)
A reação (1) é a reação global, composta por duas reações parciais: a reação parcial de
oxidação, ou reação parcial anódica, e a reação parcial de redução, ou reação parcial catódica.
Fe +2 çã ó
2 +2 ( çã ó )
+2 + ( çã )
Na interface material/solução há
Elemento Elemento redutor
transferência de cargas entre um condutor eletrônico,
redutor oxidado
chamado eletrodo, e um condutor iônico (eletrólito).
+ +
Esse tipo de fenômeno é chamado de reação
Elemento Elemento oxidante
eletroquímica, sendo responsável pela corrosão dos
oxidante reduzido
materiais.
Pilha eletroquímica
A transferência de elétrons da região anódica para a região catódica pode ser
visualizada separando-se as duas regiões.
• Eletrólito: Condutor iônico. Os íons positivos tendem a se difundir para o catodo, e os íons
negativos, para o anodo. A corrente iônica total depende da mobilidade dos íons na solução.
• Catodo: Eletrodo em que ocorre redução. A corrente elétrica (iônica) sai do eletrólito ou a
corrente elétrica é consumida na superfície do eletrodo pela reação de redução.
• Circuito metálico: Ligação metálica de baixa resistividade por onde circulam os elétrons no
sentido anodo-catodo.
Potencial eletroquímico
Potencial eletroquímico de um eletrodo
Quando um metal é imerso em uma solução, a diferença de potencial químico entre o
metal e a solução faz com que íons metálicos se dissolvam ou íons da solução penetrem no metal.
Isso gera uma diferença de potencial elétrico entre a fase sólida e a fase líquida. Assim, chama-se
este de diferença de potencial eletroquímico.
O termo eletrodo, pode também indicar uma reação de transferência de cargas na
interface eletrodo/eletrólito, chamada de reação de eletrodo ou reação de meia pilha.
2 +2 =
+2 =
Os eletrodos ou meias pilhas são respectivamente representados por ǀ e
ǀ . A barra vertical simboliza a interface entre a espécie reduzida e a solução contendo os
íons.
Mǀ 0,01 , ,
Potencial eletroquímico
Potencial reversível de um eletrodo
Se um metal M de valência n é imerso em uma solução de seus sais , íons de vão
passar para a solução deixando o metal com cargas elétricas negativas.
M→ +2
Onde passa uma densidade de corrente anódica.
A passagem de íons de para a solução é limitada no tempo, pois, para deixa o metal, esses
íons devem vencer a repulsão dos íons que já se encontram na solução e a atração dos elétrons
em excesso que carregam negativamente o metal. A partir de um certo momento, íons metálicos
podem se redepositar:
+2 →M
Quando as velocidades de dissolução e de redeposição se igualam, o potencial de
eletrodo, atinge um valor estacionário; chamado de potencial reversível.
=
Quando uma reação é espontânea?
Potencial eletroquímico
Exemplo
ǀ 0,001 ǀǀ 1 ǀ
Potencial padrão do zinco é -0,763V
n= 2
Atividade do zinco no estado reduzido é 1 e no estado oxidado é considerada igual a
concentração = 0,001 M. Substituindo- se chegamos a -0,85V
Potencial padrão do cobre é 0,337V. Verifica-se que o cobre apresenta potencial de redução
maior do que o zinco. O zinco é então o anodo.
= 0,337 – (-0,85) = 1,187V
Potencial eletroquímico
Exercícios:
1. Calcular a ddp da pilha abaixo abaixo, utilizando a equação de Nernst.
Zn(s) | Zn2+ (0,024 M) || Zn2+ (2,4 M) | Zn(s)
Quando dois materiais metálicos, com diferentes potenciais, estão em contato em presença
de um eletrólito, ocorre uma diferença de potencial e a consequente transferência de elétrons.
Tem-se então a corrosão galvânica, que resulta do acoplamento de materiais dissimilares imersos
em um eletrólito, causando uma transferência de carga elétrica de um para outro.
Mecanismo
Além desse ataque inicial o metal formado se deposita sobre a superfície de alumínio e cria
várias micropilhas galvânicas, nas quais o alumínio funciona como anodo , sofrendo corrosão
acentuada.
Tipos de Corrosão
Casos
• Trocadores de calor
• Tubos de caldeiras
Cu2+ Cu2+
Flange Isolante
Fe2+ Fe2+
≫1
ó
Neste caso a corrosão não será muito prejudicial, pois a área catódica é quem fornece os
íons que são na verdade os agentes oxidantes.
Tipos de Corrosão
Proteção para corrosão galvânica
• Inibidores de corrosão
• Proteção catódica
• Intensidade da corrente e sua densidade na área onde ela abandona a estrutura metálica e
penetra no eletrólito;
• Distância entre a estrutura interferente e a interferida e ainda a localização da fonte de
alimentação do sistema gerador da interferência;
• Existência, ou não, de um revestimento da estrutura interferida e qualidade deste
revestimento;
• Resistividade elétrica do meio onde se encontram as estruturas interferentes
Tipos de Corrosão
Corrosão Eletrolítica
Mecanismos
→ +
Casos
• Trilhos de trem
• Grandes geradores elétricos para geração de energia.
Proteção
• Proteção catódica
• Barreiras elétricas que consistem, basicamente, na instalação de um leito de anodos
galvanicos ou de sucata em volta das áreas de captação de corrente pela tubulação
interferida.
Tipos de Corrosão
Corrosão Grafítica
• É a corrosão que ocorre no ferro fundido cinzento a temperaturas ambientes, na qual o ferro sofre
corrosão, restando a grafita intacta.
• Esta corrosão acontece preferencialmente no ferro fundido cinzento, pois a quantidade de carbono livre
(C) é maior do que no ferro fundido branco, que boa parte do carbono esta combinado sob a forma de
carbeto de ferro, cementita (Fe3C).
• Em alguns casos, neste tipo de corrosão, a forma e o tamanho original do material é mantido, alterando
apenas suas propriedades mecânicas. Este fato é explicado pelo fato de que os produtos de corrosão
(óxido de ferro), vedam todos os poros. Então, embora a estrutura corroída, por vezes é possível que a
mesma continue operando em pressões e tensões não muito elevadas.
Proteção
• Inibidores
• Revestimento
• Proteção catódica
Tipos de Corrosão
Dezincificação
• Área anódica:
→ +2
• Área catódica:
+ 1⁄ 2 + 2 → 2
• Proteção
• Emprego de latões, ou ligas de cobre, com teores não elevados de zinco
• Adicionar certos elementos (estanho, arsênio, antimônio ou fosforo) que atuam como
inibidores
• Tratamento térmico adequado para evitar a formação de áreas ricas em zinco.
Tipos de Corrosão
Corrosão Microbiologica
• Casos
• Tubulações para condução de gás. O sulfato, pode ser reduzido a sulfeto por bactérias,
corroendo o aço e contaminando o gás com excesso de gás sulfídrico, H2S.
• Uma pilha de aeração diferencial se forma quando dois metais de natureza idêntica são
imersos em uma solução com diferentes concentrações de gases oxidantes (O2) dissolvidos. A
diferença de concentração do oxigênio gera uma diferença de potencial, funcionando o
eletrodo menos aerado (concentrado) como anodo e o mais aerado como catodo.
Anodo Catodo
Tipos de Corrosão
Corrosão Microbiologica
• Corrosão em frestas
Material inerte
Interstício
Camada passiva
Corrosão
Tipos de Corrosão
Corrosão Associada a solicitações mecânicas.
• Considerações gerais.
Quando esses aços são aquecidos na faixa de temperatura compreendida entre 425oC – 815 oC,
tornam-se sensitizados ou suscetíveis à corrosão intergranular. A teoria mais aceita para este fenômeno
baseia-se no empobrecimento de cromo nas áreas adjacentes ao contorno de grão, devido à precipitação
de Cr , de acordo com o esquematizado na Figura abaixo.
CORROSÃO INTERGRANULAR DE AÇOS INOXIDÁVEIS
(AUSTENÍTICOS)
A fase da liga com menor concentração de cromo, no contorno de grão, torna-se muito menos
resistente à corrosão. Abaixo de uma concentração de 12% de Cr, o filme de óxido de cromo formado na
superfície de liga, torna-se pouco passivante. Forma-se, portanto, uma pilha entre o contorno do grão (zona
anódica) e a região central do grão (zona catódica). Com o agravante da relação desfavorável entre as áreas
anódicas e catódicas (Aanodica<<Acatódica) inicia-se o processo de corrosão localizada que progride por entre os
grãos (intergranular).
CORROSÃO INTERGRANULAR DE AÇOS INOXIDÁVEIS
(AUSTENÍTICOS)
Velocidade de corrosão
principalmente devido a ação :
• Umidade
• Íons de Cl-
• Teor de dióxido de enxofre SO2
A condensação da umidade é
influenciada pela:
• A temperatura do metal está inferior à
temperatura do ar ambiente;
• A superfície metálica contém sais;
• A superfície é porosa. Umidade (%)
Corrosão Atmosferica
Princípio
3. Propriedades e os mecanismos de ação dos inibidores a serem usados: verificar sua compatibilidade
com o processo em operação para evitar efeitos secundários prejudiciais.
4. Condições adequadas de adição e controle: para evitar a formação excessiva de espuma, depósitos
muito espessos que dificultam trocas térmicas, feitos tóxicos, ação poluente.
Métodos para Combate a Corrosão
Inibidores Anódicos
Os inibidores anódicos atuam reprimindo reações anódicas, ou seja, retardam ou impedem a reação
do anodo.
Este inibidor funciona reagindo com o produto de corrosão inicialmente formado, ocasionando um
filme aderente e extremamente insolúvel, na superfície do metal.
Substâncias como hidróxidos, carbonatos, silicatos, boratos, são inibidores anódicos porque reagem
com os íons metálicos Mn+ produzidos no anodo, formando produtos insolúveis que têm ação protetora.
Deve-se tomar cuidado ao se empregar inibidores anódicos, pois existe uma concentração crítica
acima da qual HÁ inibição, caso contrário, o produto insolúvel não irá se formar sobre toda superfície
metálica, podendo ocorrer corrosão localizada na região não protegida.
Métodos para Combate a Corrosão
Inibidores Catódicos
Os inibidores catódicos atuam reprimindo reações catódicas, ou seja, retardam ou impedem a reação
do catodo. São substâncias que fornecem íons metálicos capazes de reagir com a alcalinidade catódica,
produzindo compostos insolúveis. Esses compostos insolúveis envolvem a área catódica, impedindo a
difusão do oxigênio e a condução de elétrons, inibindo assim o processo catódico.
Substâncias como sulfatos de zinco, de magnésio e de níquel são usados como inibidores catódicos.
Como o metal, no catodo, não entra em solução , não haverá corrosão localizada nessas áreas. Logo,
esses inibidores, quaisquer que sejam as suas concentrações, são considerados mais seguros.
Pode-se combinar o uso de inibidores anódicos com os catódicos.
Métodos para Combate a Corrosão
Inibidores de Adsorção
Funcionam como películas protetoras. Algumas substâncias têm a capacidade de formar películas
sobre as áreas anódicas e catódicas, interferindo com a ação eletroquímica.
Nesse grupo estão incluídas substâncias orgânicas com grupos fortemente polares que dão lugar à
formação de películas por adsorção. Sabões de metais pesados e substâncias orgânicas com átomos de
oxigênio, nitrogênio ou enxofre.
As películas de proteção ocasionadas pelos inibidores de adsorção são afetadas por diversos fatores,
tais como velocidade do fluido, volume e concentração do inibidor usado para tratamento, temperatura do
sistema.
Métodos para Combate a Corrosão
Inibidores para proteção temporária
Um material metálico, ou contendo componentes metálicos, se não for adequadamente protegido, durante
sua fabricação, estocagem ou transporte, pode sofrer corrosão antes mesmo de sua utilização. Entre os
materiais sujeitos a este problema estão:
• Ferro e peças de aço;
• Zinco e peças zincadas ou galvanizadas – caso da oxidação ou corrosão branca de peças ou chapas
superpostas;
• Cobre e suas ligas – ocorrência de pátina ou azinhavre;
• Alumínio e suas ligas – machas em chapas de alumínio superpostas;
• Prata – escurecimento (tranishing) de objeto prateados, devido à formação de Ag2S ou Ag2O2 que, de
acordo com a espessura desses produtos, pode apresentar coloração azulada ou ligeiramente violácea,
tornando-se preta com o tempo.
Métodos para Combate a Corrosão
Inibidores para proteção temporária
A corrosão durante a fabricação, estocagem ou transporte, mesmo sendo muito pequena, pode tornar a
peça ou componente inadequados para uso, devido à perda das dimensões críticas, ou mesmo devido aos
problemas estéticos, causando prejuízos que poderiam, em muitos casos, ser evitados se tivessem sido
consideradas as medidas usuais de proteção.
As medidas usuais de proteção temporária contra corrosão podem ser apresentadas da seguinte forma.
Controle do meio ambiente – ventilação, desumidificação, controle de impurezas do ar;
Emprego de subtâncias anticorrosivas formadoras de películas de proteção – óleos protetores, graxas
protetoras, etc;
Uso de embalagem adequada, usando papéis impregnados com inibidores voláteis e desidratantes(como
sílica gel, alumina ativada, óxido de cálcio, etc.);
Uso combinado das medidas anteriores.
Métodos para Combate a Corrosão
O método de proteção usando protetivos temporários é baseado na obtenção de uma película
superficial, fácil de aplicar e remover, que atua como uma barreira de proteção, impedindo a
penetração de umidade e de substância agressivas. Geralmente esses protetivos são dissolvidos,
ou dispersos, em solventes para facilitar sua aplicação e dar uma película mais uniforme, após
evaporação. Devem ser usados de preferência em superfícies limpas e secas, a não ser quando
são usados desengraxantes na formulação do protetivo.
Nas formulações de protetivos temporários são usados componentes com diferentes
propriedades:
• Materiais formadores de películas como óleos, graxas, ceras, resinas e vaselina;
• Solventes – água e solventes orgânicos como querosene e solventes clorados;
• Inibidores de corrosão, geralmente compostos polares de enxofre e nitrogênio;
• Neutralizadores de ácidos;
• Eliminadores de impressões digitais.
Métodos para Combate a Corrosão
Protetivos temporários contra corrosão, aplicados por diluição em água:
Protetivos emulsionáveis em água que deixam, por evaporação, uma película oleosa;
Óleos protetivos solúveis em água, usados durante a usinagem;
Produtos químicos solúveis em água que deixam por evaporação uma película protetora.
Protetivos temporários contra corrosão, tipo óleo:
Óleos anticorrosivos para proteger superfícies metálicas expostas;
Óleos anticorrosivos para proteger superfícies internas de conjuntos montados;
Óleos anticorrosivos para tanques de navios similares.
Protetivos temporários contra corrosão aplicados por diluição em solventes voláteis – são
líquidos anticorrosivos que, após a evaporação do solvente, deixam uma película:
Oleosa ou graxa do tipo não-secativo;
Semi-secativa, cerosa e firme;
Secativa dura, elástica e transparente, semelhante a um verniz;
Plástica, facilmente destacável.
Protetivos temporários aplicados a quente:
Produtos à base de vaselina e ceras que formam uma película macia, espessa e graxosa;
Produtos termoplásticos formadores de película grossa, resistente e facilmente destacável.
Métodos para Combate a Corrosão
Grupo I – usados em ambiente interno, para proteção de peças de ferro ou de aço, durante
operações intermediárias de usinagem (retificação, fresa, trefilação e outras), ou durante um
pequeno tempo de armazenato ou transporte.
Grupo II – proteção de chapas, fitas, peças estampadas, forjadas ou fundidas, compressores,
bombas, motores e caixas de engrenagens, bem como proteção de tanques de lastro de navios.
Gripo III – proteção de máquinas, eixos, ferramentas, peças de reposição, brocas e ferragens.
Grupo IV – proteção de peças usinadas ou retificadas, ferramentas, matrizes, tubos roscados e
cabos de aço.
Emprego dos inibidores
Decapagem ácida. Soluções aquosas de ácidos são usadas para retirar a carepa ou casca de
laminação, para permitir uma boa aderência do revestimento a ser aplicado. Essa carepa ou casca
de laminação contém os óxidos FeO, Fe3O4 e Fe2O3, sendo o mais solúvel o FeO, que é também o
que se encontra adjacente à superfície do metal, ocorrendo então, na decapagem ácida, a
reação:
FeO + 2H+ Fe+2 ( H+ : HCl, H2SO4)
Com a solubilização da camada de FeO, as outras se desprendem exponde o material metálico à
ácido, de acordo com a reação:
Fe + 2H+ Fe+2 + H2
Em superfícies com predominância de Fe2O3 e/ou Fe3O4, têm-se as reações de solubilização
desses óxidos
Métodos para Combate a Corrosão
Essa reação traz alguns inconvenientes, como:
Consumo excessivo do ácido;
Consumo do metal;
Arraste de vapores ácidos para a atmosfera, pelo hidrogênio desprendido;
Possibilidade de fragilização do metal e empolamento ocasionados pelo hidrogêmio.
Para evitar, então, que o ácido ataque o metal, à medida que este vai ficando limpo, adicionam-se
inibidores de adsorção.
Limpeza química de caldeiras. Costuma-se adicionar inibidores ao ácido clorídrico, utilizado para
solubilizar as incrustrações calcárias, com o objetivo de evitar o ataque das tubulações pelo ácido,
pois com a eliminação do carbonato de cálcio aderido nas paredes dos tubos:
CaCO3 + 2HCl CaCl2 + H2O + CO2
Poder-se-ia ter em seguida a reação do ácido com o metal:
Fe + 2HCl FeCl2 + H2
Industria petrolífera. Os inibidores são usados em grande escala, pois permitem o emprego de
material metálico de construção mais barata, diminuindo o custo do equipamento. Assim, os
tubos de aço com 9% de Ni, usados nos poços de extração de óleo cru, são substituídos pelos de
aço-carbono, que são mais baratos, quando são injetados inibidores no líquido: nos poços de gás
condensado os prejuízos causados pelo CO2, H2S e ácidos orgânicos diminuem com o emprego
de inibidores, como carbontato de sódio ou aminas orgânicas complexas com diferentes nomes
comerciais. Nos poços de petróleo, a corrosão das hastes, bombas e tubulações pode ser
Métodos para Combate a Corrosão
Sistemas de refrigeração. Os inibidores usados com maior frequência são polifosfatos, fosfonatos,
ácidos fosfino e fosfono carboxílicos, nitrito de sódio (em sistema de ar-condicionado) e cromato.
Também se utiliza esse tipo de proteção em sistemas de refrigeração, tubos de condensadores,
salmoura de refrigeração , sistemas de geração de vapor, tubulações de água potável, tubulações
de cobre para água quente, solventes clorados. Etc.
Modificações de processo, de propriedades de metais e de projetos
Métodos para Combate a Corrosão
Revestimentos Metálicos
Funções:
• Decorativo – ouro, prata, níquel, cromo;
• Resistência ao atrito – índio, cobre;
• Resistência à oxidação em contatos elétricos – estanho, prata, ouro;
• Endurecimento superficial – cromo;
• Resistência à corrosão - cromo, níquel, alumínio, zinco , estanho;
• Recuperação de peças desgastadas – cromo.
Os metais empregados para revestimentos anti-corrosivos podem ter suas ações protetoras explicadas
por diversos fatores:
Formação de películas protetoras de óxidos, hidróxidos ou outros compostos.
Os metais utilizados serem bastante nobres, o que acarreta um aumento de resistência a corrosão.
Métodos para Combate a Corrosão
Revestimentos Metálicos
Cladização
A cladização ou cladeamento é um método de revestimento, para controle de corrosão, muito usado
na indústria química.
Pode ser feito pela laminação conjunta, a quente de chapas do metal-base e do revestimento, pelo
processo de explosão ou por solda. O conjunto chapa-revestimento é chamado de clad. A espessura da
camada do metal de revestimento é de 2-4 mm, normalmente.
A Cladização do aço-carbono com aço inoxidável, níquel, titânio e tântalo tem sido muito usada em
vasos de pressão, reatores e tanque de armazenamento.
A- direção da detonação
B- explosivo
C- metal do clad
D- jato
E- metal a ser revestido
Métodos para Combate a Corrosão
Revestimentos Metálicos
Imersão a quente.
É o revestimento metálico que se obtém por imersão do material metálico em um banho do metal
fundido. Processo muito utilizado para revestimento de aço com estranho, com cobre, com alumínio e
zinco.
Estanho – Estanhagem de chapas ou chapas terneplate.
Cobre – copperweld
Alumínio – aluminização
Zinco – zincagem ou galvanização
Métodos para Combate a Corrosão
Revestimentos Metálicos
Aspersão térmica – Metalização
O processo de aspersão térmica ou metalização consiste na aplicação de um revestimento, metálico
ou não, usando-se uma pistola de aspersão ou de metalização.
Esta basicamente é dotada de chama oxiacetilenica e é alimentada com fio ou pó do material metálico
a ser usado como revestimento . A liga, ou o metal, é aquecida até fusão e por meio de ar comprimido é
projetada, sob forma de finíssimas partículas, em um substrato adequadamente preparado. Quando as
partículas metálicas tocam o substrato se solidificam , ligando-se ao substrato em camadas lamelares.
O aquecimento pode ser feito por arco elétrico, quando o ponto de fusão dos materiais envolvidos
são altos, onde gera-se plasma. Neste caso um gás inerte é usado para ionizar o gás.
Métodos para Combate a Corrosão
Revestimentos Metálicos
Eletrodeposição
É um processo comumente utilizado, pois se consegue revestimento muito fino e relativamente livre
de poros. É economicamente importante porque se consegue proteção adequada com uma camada bem
fina, evitando-se excesso do material eletrodepositoado, que pode ser caro.
Neste processo, o material a ser protegido é colocado como catodo de uma cuba eletrolítica, onde o
eletrólito contém sal do metal a ser usado no revestimento podendo o anodo ser também do metal a ser
depositado.
• Anodo insolúvel
: + → = , , ,…
:2 → + 1⁄ 2 + 2
• Anodo solúvel
: + → = , ,…
: → +
Métodos para Combate a Corrosão
Revestimentos Metálicos
Cementação- Difusão
O material metálico é posto no interior de tambores rotativos em contato com mistura de pó metálico
e um fluxo adequado. Esse conjunto é aquecido a altas temperaturas, permitindo a difusão do metal no
material metálico. Processo pode ser utilizado para revestimentos com alumínio, zinco e silício.
Alumínio – calorização
Zinco – sherardização
Silício – siliconização
Deposição em fase gasosa
Nesse processo, a substância volatilizada, contendo sal do metal a ser usado como revestimento, é
passada sobre o material aquecido a ser revestido, resultando em deposição do metal ou em formação de
uma liga com o metal-base do substrato.
Métodos para Combate a Corrosão
Revestimentos Não Metálicos Inorgânicos
Anodização
O alumínio apresenta uma grande resistência à corrosão
atmosférica devido à camada de óxido que recobre o metal e se forma
tão logo é exposto ao ar.
Essa camada é de grande aderência e alta resistividade elétrica,
portanto, resistente a corrosão.
Pode-se então, potencializar esta proteção utilizando meios
químicos ou eletroquímicos para aumentar a camada deste óxido
protetor.
A oxidação eletrolítica utiliza tratamento do metal em solução
adequada, colocando-se o material metálico como anodo, daí o processo
ser chamado de anodização.
Proteção catodica
Mecanismo
O processo corrosivo de uma estrutura metálica enterrada ou submersa se
caracteriza sempre pelo aparecimento de áreas anódicas e catódicas na superfície do
material metálico, com a consequente ocorrência de um fluxo de corrente elétrica. A
ocorrência dessas áreas de potenciais diferentes ao longo de uma tubulação de aço ou
chapa metálica mergulhada em um eletrólito, como solo ou água, tem sua explicação por :
• Variações na composição química;
• Presença de inclusões;
• Tensões internas (conformação ou soldagem).
Proteção catódica
Mecanismo
As heterogeneidades do solo, em conjunto com as heterogeneidades existentes
no material metálico, agravam os problemas de corrosão, uma vez que tais variações
(resistividade elétrica, grau de aeração, composição química, grau de umidade e outras dão
origem, também, a pilhas de corrosão severas nas superfícies dos materiais metálicos
enterrados. Dentre essas variações, as que causam problemas mais sérios são as que dizem
respeito às resistividades elétricas e ao teor de oxigênio.