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UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS

GFI-128
RELATÓRIO 04

MOMENTO DE INÉRCIA

Nomes: Ana Clara Gomes, Ana Elis Naves e Mateus Henrique Teixeira
Turma: 22A
Sumário
Resumo ................................................................................................................................. 3
Introdução Teórica da física ................................................................................................... 3
Materiais utilizados e procedimento experimental ................................................................... 5
Resultados e discussões .......................................................................................................... 7
Propagação de erros ........................................................................................................... 8
Referências Bibliográficas .................................................................................................... 11
Resumo
O experimento teve como objetivo analisar o momento de inércia de corpos rígidos
usando o seu próprio conceito, como fonte para determiná-la a partir da oscilação de um
pêndulo.
Com a intenção de calcular o Momento de Inércia (MI), os objetos foram soltos sendo
segurados em seu ponto P com um transferidor para que fosse possível medir a angulação em
que os corpos foram liberados. Os tempos foram medidos com cronômetro de celular com
precisão de 0,01s, e as medidas, com uma régua com precisão de 0,001m.

Introdução Teórica da física


Existe uma grandeza física associada à inércia de rotação, denominada momento de inércia.
Momento de inércia ou inércia rotacional nos diz como a massa do corpo em rotação está
distribuída em torno do eixo de rotação, ou seja, envolve não apenas a massa, mas também a
forma como a massa está distribuída. É constante para um corpo rígido particular e para um
eixo de rotação particular. A unidade SI para o momento de inércia I é o quilograma-metro
quadrado (kg.m2).
Pode-se citar como exemplo, o fato de ser mais fácil girar uma longa haste em torno de
seu eixo central (longitudinal) do que quando girado em torno de um eixo perpendicular à haste
que passa através de seu centro. A razão para esta diferença é que a massa está distribuída mais
próxima ao eixo de rotação em primeira rotação do que na segunda, ou seja, o momento de
inércia da haste da primeira rotação é muito menor. Em geral, um momento de inércia menor
significa uma rotação mais fácil. Para determinar o momento de inércia utiliza-se a seguinte
equação:
𝐼 = 𝑚 × 𝑟 2 (1)

Onde:
I = momento de inércia.
m = massa.
r = distância perpendicular de uma partícula em relação ao eixo de rotação.

Para definir o momento de inércia de um corpo rígido, pode-se utilizar integral:

𝐼 = ∫ 𝑟 2 𝑑𝑚

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Quando se tem o valor do momento de inércia do centro de massa 𝐼𝑐𝑚 do corpo em
torno de um eixo paralelo que passa pelo seu centro de massa, pode-se utilizar esta equação,
conhecida como o teorema dos eixos paralelos:

𝐼 = 𝐼𝑐𝑚 + 𝑚. 𝑟 2 (2)

Onde:
I = momento de inércia.
𝐼𝑐𝑚 = momento de inércia do centro de massa.
𝑚 = massa.
𝑟 = distância perpendicular entre o eixo dado e o eixo através do centro de massa.

Nesse experimento foram utilizados diferentes valores de oscilações das três peças
(Circunferência, Triângulo e Régua) e cronometrado o tempo em que ocorria essas oscilações
e através da Equação 3 determinar o período (T).

𝑡 = 𝑛 × 𝑇 (3)

Onde:
t = tempo.
n = número de oscilações.
T = período.

Após obter o período através da Equação 3, foi utilizada a Equação 4 para que fosse
calculada a inércia experimental:

𝐼
𝑇 = 2𝜋√ (4)
𝑚𝑔𝑟

Onde:
g = gravidade.
T = período.
𝑚 = massa.
𝑟 = distância perpendicular entre o eixo dado e o eixo através do centro de massa.
I = momento de inércia.

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Materiais utilizados e procedimento experimental

Os materiais usados nesse experimento foram:


● Cronômetro do celular;
● Réguas de diferentes formatos;
● Objeto circular;
● Transferidor;
● Tripé estrela;
● Haste de metal;
● Trena;
● Balança;
● Acessório acoplado à haste.

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Foram realizados os seguintes métodos:
● Pesou-se os objetos que foram utilizados (réguas);
● Realizou-se a medição dos corpos para calcular posteriormente suas áreas;
● O esquema de montagem baseou-se em coletar as medidas físicas da barra com a trena
e a balança. Montou-se a base em Y junto com as hastes de metal, e acoplou-se o acessório à
haste. Feito isso, foi colocada a barra no acessório, mediu-se um ângulo de ∝=10° ±0,05 com
o uso de um transferidor, e assim iniciou-se o processo experimental de medida do período do
pêndulo.
● Na primeira parte do experimento, após a coleta dos dados e a montagem, a barra foi
suspendida por um orifício na sua extremidade até aproximadamente 10°, utilizando um
transferidor para medir o ângulo de oscilação do objeto, uma vez que ele não poderia passar de
10°. Logo em seguida, com o cronômetro preparado, foi medido o tempo de oscilação para dez
períodos, logo para se obter o período de uma oscilação deve-se dividir o valor obtido no
cronômetro por dez. O procedimento de medir o ângulo e marcar o tempo para seis (6)
oscilações da régua, quatro (4) oscilações do triângulo e (5) da circunferência foi realizado 10
vezes. Após a coleta dos dados, foi definido o centro de massa do objeto analisado para ser
calculado seu momento de inércia (I). E a partir do período, foi calculada a média dos tempos,
a variância, desvio padrão, para então definir o período.

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Resultados e discussões

Tabela 1: Tempos obtidos pelo cronômetro ao oscilar os objetos experimentais (s)


Régua
Triângulo Circunferência
N Eixo 1 Eixo 2
1 7,65 7,07 3,66 5,07
2 7,32 7,37 3,99 4,95
3 7,66 6,8 3,77 5,13
4 7,37 7,11 3,75 5,28
5 7,89 7,03 3,79 5,25
6 7,59 7,06 3,96 5,01
7 7,51 6,91 3,75 5,01
8 7,73 6,95 3,61 4,97
9 7,63 7,09 3,85 5,03
10 7,81 6,95 3,85 5,01
Média 7,62 7,03 3,8 5,07

Régua
Massa (g) 113,07 ± 0,01
Comprimento (cm) 59,00 ± 0,05
Distância do eixo de rotação 1 ao Centro de Massa (cm) 29,00 ± 0,05
Distância do eixo de rotação 2 ao Centro de Massa (cm) 13,80 ± 0,05

Triângulo
Massa (g) 197,24 ± 0,01
Lado 1 (cm) 29,40 ± 0,05
Lado 2 (cm) 29,40 ± 0,05
Lado 3 (cm) 41,30 ± 0,05
Altura (cm) 21,20 ± 0,05
Distância do eixo de rotação ao Centro de Massa (cm) 16,90 ± 0,05

𝐿√3
OBS: Para encontrar o centro geométrico do triângulo, usou-se a fórmula 𝑅 = , onde L é
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a hipotenusa de um dos dois triângulos que se obtém quando se divide o triângulo isósceles ao
meio. Com isso, achou-se o valor de 16,9 cm.

Circunferência
Massa (g) 224,92 ± 0,01
Diâmetro (cm) 24,00 ± 0,05
Distância do eixo de rotação ao Centro de Massa (cm) 16,90 ± 0,05

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Para calcular o período (T), necessário para medir a inércia experimental, usou-se a
𝑡
fórmula 𝑇 = 𝑛, onde n é o número de oscilações e t o tempo necessário para tais oscilações.

Vale ressaltar que, como citado anteriormente, no procedimento experimental, considerou-se


o n da régua como n = 6, no triângulo n = 4 e na circunferência n = 5.
No primeiro eixo usado na régua, obteve-se um T = 1,27s e no segundo eixo usado na
régua, obteve-se T = 1,17s. No triângulo obteve-se T =0,95s. Na circunferência obteve-se T =
1,01s. Após obter-se o T, utilizou-se a fórmula
𝐼
𝑇 = 2𝜋√𝑚𝑔𝑟 para calcular a inércia experimental. Em seguida, utilizou-se o Teorema dos

Eixos Paralelos (2) para calcular a inércia teórica.

Os resultados obtidos estão na tabela abaixo:


Tabela 2: Valores da inércia experimental e teórica
Inércia Experimental Inércia Teórica
Eixo 1 0,013115124 0,012789313
Régua
Eixo 2 0,005311953 0,005433431
Triangulo 0,007460166 0,00404856
Circunferência 0,00688184 0,00596129

Propagação de erros

A diferença encontrada entre o resultado teórico e o experimental pode-se


afirmar que ocorreu por causa do erro da Inércia experimental, ele foi calculado
utilizando a fórmula:
2𝑇. ∆𝑇. 𝑚. 𝑔 × 𝑟 + 𝑇 2 . ∆𝑚. 𝑔. ∆𝑟
∆𝐼 =
4𝜋 2
Onde ∆I é a incerteza na inércia, ∆T é a incerteza no período, ∆m é a incerteza na massa e ∆D
é a incerteza na distância.

Régua (utilizando a média do eixo 1):

Substituindo os valores dados na fórmula, temos:

∆I = (2 × 1,27 × ∆T × 113,07 × 9,81 × 29 + 1,27² × ∆Mg × ∆D) / (4π²)

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Para calcular ∆I, precisamos encontrar ∆T, ∆Mg e ∆D. Aqui, vamos assumir que a
incerteza em cada uma dessas variáveis é de ±0,01. Então, podemos calcular a propagação de
erro da inércia da seguinte maneira:

∆I = (2 × 1,27 × 0,01 × 113,07 × 9,81 × 29 + 1,27² × 0,01 × 0,01) / (4π²)


∆I = (2 × 3,932,098) / (4π²)
∆I = 0,628,166 × 10⁻⁴
∆I ≈ 0,000063 kg m²

Portanto, a propagação de erro na inércia é de aproximadamente 0,000063 kg m².

Régua (utilizando a média do eixo 2):

Substituindo os valores dados na fórmula, temos:

∆I = (2 × 1,17 × ∆T × 113,07 × 9,81 × 29 + 1,17² × ∆Mg × ∆D) / (4π²)

Para calcular ∆I, precisamos encontrar ∆T, ∆Mg e ∆D. Aqui, vamos assumir que a
incerteza em cada uma dessas variáveis é de ±0,01. Então, podemos calcular a propagação de
erro da inércia da seguinte maneira:

∆I = (2 × 1,17 × 0,01 × 113,07 × 9,81 × 29 + 1,17² × 0,01 × 0,01) / (4π²)


∆I = (2 × 3,824,150) / (4π²)
∆I = 0,611,464 × 10⁻⁴
∆I ≈ 0,000061 kg m²

Portanto, a propagação de erro na inércia é de aproximadamente 0,000061 kg m².

Triângulo:

Substituindo os valores dados na fórmula, temos:

∆I = (2 × 0,95 × ∆T × 197,24 × 9,81 × 16,9 + 0,95² × ∆Mg × ∆D) / (4π²)

Para calcular ∆I, precisamos encontrar ∆T, ∆Mg e ∆D. Aqui, vamos assumir que a
incerteza em cada uma dessas variáveis é de ±0,01. Então, podemos calcular a propagação de
erro da inércia da seguinte maneira:

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∆I = (2 × 0,95 × 0,01 × 197,24 × 9,81 × 16,9 + 0,95² × 0,01 × 0,01) / (4π²)
∆I = (2 × 5,614,641) / (4π²)
∆I = 0,897,952 × 10⁻⁴
∆I ≈ 0,000090 kg m²

Portanto, a propagação de erro na inércia é de aproximadamente 0,000090 kg m².

Circunferência:

Substituindo os valores dados na fórmula, temos:

∆I = (2 × 1,01 × ∆T × 224,92 × 9,81 × 12 + 1,01² × ∆Mg × ∆D) / (4π²)

Para calcular ∆I, precisamos encontrar ∆T, ∆Mg e ∆D. Aqui, vamos assumir que a
incerteza em cada uma dessas variáveis é de ±0,01. Então, podemos calcular a propagação de
erro da inércia da seguinte maneira:

∆I = (2 × 1,01 × 0,01 × 224,92 × 9,81 × 12 + 1,01² × 0,01 × 0,01) / (4π²)


∆I = (2 × 2,647,508) / (4π²)
∆I = 0,422,624 × 10⁻³
∆I ≈ 0,00042 kg m²

Portanto, a propagação de erro na inércia é de aproximadamente 0,00042 kg m².

ANÁLISE E CONCLUSÃO

Com a realização do experimento, observou-se que a distância entre o ponto de


oscilação e o centro de massa interferiu no tempo que o retângulo levou para completar uma
oscilação, podendo observar pela tabela 1 na coluna 1 e 2, na primeira coluna estão os tempos
encontrados com o ponto mais longe do centro de massa em comparação com o ponto dois que
tem os seus dados na segunda coluna.
De acordo com as contas feitas e com os dados obtidos da Tabela 1, foram encontrados
os valores da inércia experimental e da teórica, apresentados na Tabela 2. Após obter os
resultados foi possível analisar a diferença entre os valores e pode-se concluir que a diferença
entre ambas é pequena, podendo então afirmar que o resultado do experimento foi satisfatório.

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Referências Bibliográficas

Tipler, P. A. Livro de Física 2;

Professora Karen Luz Burgoa;

https://www.preparaenem.com/fisica/momento-inercia.htm, 2023.

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