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Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Instituto de Física Armando Dias Tavares


Departamento de Física Teórica e Experimental I

EXPERIMENTO I

MEDIDA DO TEMPO DE QUEDA DE UMA ESFERA

Aluno:
Matrícula:
Curso: Engenharia Elétrica
Sala: 119FISFEN
Professor: Bruno Werneck Mintz

Rio de Janeiro, 15 de Dezembro

2022
MEDIDA DO TEMPO DE QUEDA DE UMA ESFERA

1. Objetivo

Medir, sessenta vezes, o tempo de queda de uma esfera metálica a


uma altura de 90 cm até uma mesa utilizando um cronômetro manual. O
mesmo experimento de medição será usado utilizando os recursos do
laboratório e com um cronômetro eletrônico. A partir dos dados coletados nos
dois casos, verificar os resultados e as incertezas determinar a melhor
estimativa de tempo de queda. Construir histograma com os dados coletados
nos dois casos. Verificar se os tempos de queda são compatíveis com o
calculado, usando o valor de referência para g no Rio de Janeiro.

2. Materiais
 Cronômetro do celular (precisão + cs);
 Uma esfera metálica;
 Uma esfera de plástico;
 Trena ou régua (milimetrados);
 Cronômetro eletrônico - marca PASCO - (precisão + ms);
 Microsoft Office Excel;
 Caderno de anotações.

Imagens de alguns dos materiais utilizados:

Figura 1: Bola metálica Figura 2: Trena

Figura 3: Cronômetro eletrônico


3. Esquema experimental

Figura 4: Esfera sendo lançada sobre uma superfície a 0,90cm de altura

Obs: A bolinha está posicionada a 0,90 cm de altura da superfície horizontal.

4. Procedimento Experimental Manual:

1. Um dos integrantes do grupo segurava a


bolinha metálica fixada na régua metálica na
posição de 0,90 cm de distância da mesa e o
outro integrante estava de posse do cronômetro
manual (celular).
2. Quando ambos estavam prontos, a bola
era solta e os tempos eram apurados e
anotados.
3. Foi anotado o tempo de queda da esfera
em centésimos de segundo, entre a altura da
régua de 90 cm a mesa.
4. A partir de 60 medidas anotadas, foi calculada a média aritmética entre
elas para se encontrar o valor médio das anotações.
5. Logo depois, calculou-se o desvio padrão com o valor da média
analisada, para se saber o comportamento de variação dos elementos
observados.
6. O próximo passo foi descobrir a incerteza estatística que se dá por
meio da divisão do desvio padrão e a raiz quadrada das sessenta medidas
anotadas, para se saber o grau de confiabilidade das informações
apresentadas.
7. Por último, foi montado um histograma, em ordem crescente, que
relaciona o conjunto de dados coletados com o número de frequência que eles
aparecem, a fim de se obter o resultado mais preciso possível.

5. Procedimento Experimental Automático

1. A utilização do equipamento
eletrônico funcionou com a regulagem da
altura em 90 cm entre a parte inferior da
esfera metálica e o sensor de contato, que se
encontra numa bancada;
2. A bola de metal fica presa entre uma
placa de soltura e um parafuso de contato na
parte superior do equipamento, que ao ser
solta aciona o cronômetro eletrônico ligado ao
sistema. A partir do momento que a esfera se
desprende do sensor de contato e atinge o
sensor de precisão na bancada, é registrado o
tempo de queda da bola;
3. Mais uma vez a dupla se dividiu em
tarefas, enquanto um soltava a bolinha
metálica, o outro fazia as anotações dos
tempos de queda.
4. Esse tempo de queda foi anotado 60 vezes, em milésimos de segundo,
coletando assim diferentes dados;
5. Assim como no Procedimento Experimental Manual, foi calculada,
respectivamente, a média aritmética, o desvio padrão e elaborado o histograma
do experimento, tudo em milésimos de segundo, concluindo assim o
experimento eletrônico no Laboratório.
6. Coleta e Análise de Dados Experimento Manual

1. Na tabela 1, são apresentados os dados do tempo de queda da esfera


a uma altura de 90 cm até atingir a mesa.

Tabela 1
Resultado dos Dados (0,01s)
33 32 21 25 27 27
31 45 20 31 34 28
32 33 26 38 45 26
32 13 32 32 40 33
18 34 33 31 27 59
31 34 26 18 40 32
44 33 20 31 32 33
18 31 25 31 27 26
45 33 21 45 20 33
32 33 21 25 26 20

2. Na Tabela II foi retirada a média aritmética entre os 60 dados


coletados, através da fórmula: =MÉDIA(núm1:núm2), ou seja, retoma a média
aritmética dos valores de núm1 até núm2, neste caso abrange todos os valores
dos Resultados dos Dados. Contudo, estará sendo observado apenas o valor
de duas casas decimais pois o ultimo algarismo se apresenta como duvidoso
para o experimento. Além disso, os resultados dos dados foram anotados em
centésimos de segundo.

Tabela II
Média Aritmética (s) Média Arredondada (0,01s)
30,4 0,30
3. Posteriormente, na Tabela III, é dado o desvio padrão para se saber o
quanto os dados estão dispersos, ou seja, distantes em relação à média
aritmética. A fórmula do desvio padrão é dada por: =DESVPAD.A(núm1:núm2),
ou seja, são selecionados todos os valores da Tabela I. Como na Tabela II o
valor do desvio padrão será arredondado para duas casas decimais.

Tabela III
Desvio Padrão (s) Arredondando Desvio Padrão (0,01s)
8,149451474 0,08

4. Logo após, foi necessário descobrir a incerteza estatística, sua fórmula


se dá pela divisão do desvio padrão pela raiz quadrada dos sessenta valores
dos resultados dos dados, que encontra na Tabela IV. Também estão sendo
considerados os valores até a segunda casa decimal.

Tabela IV
Incerteza Estatística (s) Arredondando Incerteza Estatística (0,01s)
1,052089661 0,01

5. Finalmente, foi montado um histograma para saber como os dados


estão distribuídos. Ele foi montado da seguinte maneira:

Eixo do Tempo (0,01s)


5.1 Encontra-se o maior e o menor número dos dados
coletados, que foram, respectivamente, os valores da Tabela V.

Tabela V
Maior Número (0,01s) Menor Número (0,01s)
59 13
5.2 Em seguida, faz-se a diferença entre o maior e o menor
número entre os dados, para se encontrar a amplitude, que é referente à
diferença entre o maior e o menor tempo de queda do conjunto de dados.

Tabela VI
Amplitude (0,01s)
46

5.3 Agora, precisa-se encontrar o número de classes, ou seja,


quantos intervalos serão divididos os 46 centésimos de segundos (amplitude).
Para isso foi utilizada a Regra de Sturges que apresenta a seguinte fórmula:
1+3,3xlog10(N), onde N é a quantidade de dados da amostra, neste caso,
sessenta. Para o Excel, utilizou-se a seguinte fórmula:
=LOG10(CONT.NÚM(N))*3,3+1, no qual, N são os intervalos dos valores dos
meus dados. O resultado desta fórmula encontra-se na Tabela VII.

Tabela VII
Tamanho da Classe Arredondando Classe
6,867899126 7

Portanto, as classes começarão a partir de 13 (centésimos de segundos), que


é o menor valor, e será somado por 7, que é o tamanho da classe, assim
sucessivamente, até o valor mais próximo que ultrapasse o maior valor, que é
59 (centésimos de segundos).

Eixo da Frequência
5.4. A frequência é a quantidade de vezes que cada
dado foi repetido, ou seja, o número de vezes que eles apareceram. Para isso,
foi utilizada a seguinte função no Excel:=CONT.SES(Resultado dos
Dados;">="&Menor Valor da Classe;Resultado dos Dados;"<"&Segundo
Menor Valor da Classe). Todos os valores foram tratados no Excel, tanto
linhas quanto colunas, ou seja, utilizou-se o cifrão ($). Assim, obtivemos os
seguintes valores, segundo a Tabela IX.
Tabela IX
Classe Frequência
13 4
20 15
27 29
34 6
41 5
48 0
55 1

Na Imagem logo abaixo, encontra-se o histograma montado em papel


quadriculado com suas Frequências e seus Tempos (em centésimos de
segundos), mostrando os valores de maiores ocorrências.
6. Coleta e Analise de Dados Experimento Automático:

6.1. Na Tabela I são apresentados os dados, em milésimos de


segundos, conforme seus respectivos tempos de quedas de uma altura de 90
cm de altura.

Tabela I
Dados (0,001s)
427 410 424 420 428 418
418 427 427 424 424 421
418 413 420 418 421 423
409 414 424 413 417 417
417 412 430 410 416 424
399 411 423 417 425 423
416 410 418 415 451 422
414 413 424 430 419 425
424 424 418 425 426 422
413 413 420 425 423 426

6.2. Em seguida foi retirada a média aritmética de todos os dados


coletados usando a seguinte formula no Excel: =MÉDIA (Todos os Dados),
obtendo o seguinte valor e seu arredondamento, como mostra na Tabela II.

Tabela II
Média (s) Arredondando Média (0,001s)
419,9666667 0,42
6.3. Adiante foi feito o desvio padrão com o mesmo objetivo do
Experimento Manual, conforme Tabela III.

Tabela III
Desvio Padrão (s) Arredondando Desvio Padrão (0,001s)
7,318346267 0,007

6.4. Também foi feito a Incerteza Estatística seguindo os mesmo


critérios já mostrados, logo abaixo o valor é visto na Tabela IV.

Tabela IV
Incerteza Estatística (IE) (s) Arredondando IE (0,001s)
0,944794441 0,0009

7. Depois disso foi montado o histograma.

Eixo Tempo (0,001s)


A Tabela V mostra, respectivamente, o maior e o menor número, em
centésimos de segundos, dos dados.

Tabela V
Maior Número Menor Número
451 399

7.1 A Tabela VI mostra a Amplitude, que é a diferença entre o maior


e o menor número registrado.

Tabela VI
Amplitude
46
7.2. Em seguida, fomos utilizadas a Regra de Sturges, como no
Experimento I, e foi encontrado o tamanho das Classes, encontrando o valor da
Tabela VII.

Tabela VII
Tamanho da Classe Arredondando a Classe
6,867899126 7

Logo, as classes serão divididas de sete em sete a partir do menor valor,


que é 399, até um número que supere o maior valor da classe, que é 455.

Eixo da Frequência
Utilizando os mesmos critérios da função usada no primeiro experimento se
obteve os seguintes valores, ilustrados na Tabela VIII abaixo.

Tabela VIII
Classe Frequência
399 1
406 6
413 21
420 25
427 6
434 0
441 0
448 1
A partir dos dados informados foi montado o histograma do Experimento
Automático, como mostra na imagem abaixo:

8. Conclusão:

Conclui-se, portanto, que houve diferença grande nos tempos marcados


entre os métodos manual e eletrônico, mas que apesar disso, o resultado
obtido entre os dois experimentos possuem compatibilidade entre os tempos
registrados, levando em conta as incertezas estatísticas e sistemáticas.

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