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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS

CAMPUS VARGINHA

BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

FÍSICA EXPERIMENTAL I

EXPERIMENTO 1: MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME E


VARIADO

COM TRILHO DE AR.

Felipe Silvério Silva

Tauan Oliveira Santos

Thober de Matos Vicente Filho

William Teles

Varginha, 22 de agosto de 2019.

i
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................1

2 OBJETIVOS.......................................................................................................................1

3 MATERIAIS.......................................................................................................................2

4 EXPERIMENTOS REALIZADOS....................................................................................3

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES......................................................................................4

6 CONCLUSÃO....................................................................................................................7

ii
1 INTRODUÇÃO

trabalho será apresentado, experimentalmente, uma discussão sobre a validade das


equações do movimento retilíneo uniforme. A discussão será realizada a partir de dados
coletados durante as aulas de laboratório de física. Foram utilizadas para a realização dos
experimentos: um trilho de ar, compressor de ar, cronometro digital, carrinho, eletroímã,
cinco sensores de tempo, duas massas diferentes e uma trena. Com esses objetos foi possível
diminuir o atrito do sistema, se aproximando ao máximo da teoria do movimento retilíneo
uniforme, estudada em sala de aula. Confeccionamos um gráfico a partir das variáveis: espaço
em metros versus tempo em segundo. Foi provado que as equações relacionadas a esse tipo de
movimento possuem uma grande precisão na previsão do movimento de uma partícula.

No movimento retilíneo uniforme o vetor velocidade é constante no decorrer do tempo,


ou seja, sua aceleração é nula. A partícula se desloca distâncias iguais em tempos iguais. A
partir dessa ideia obtemos:

v ∆ xi
m=
∆ ti

Onde:

v m = velocidade média.

∆ x i = posição final – posição inicial.

∆ t i = tempo final – tempo inicial.

A partir desta equação consegue-se encontrar a equação horária do movimento


uniforme, sendo assim temos:

∆S S−S0
v=v m = → v= → S−S 0=v (t−t 0 )
∆T t−t 0

Entretanto, como t0 é atribuído um valor nulo, então a equação passa a ter o seguinte
formato.

S=S 0+ vt

2 OBJETIVOS

Os objetivos são encontrar uma equação S(t) que vale para um móvel (carrinho) que se
move num plano horizontal (sem inclinação) e sem atrito, além de aprender a interpretar os
resultados obtidos via gráficos, considerando a teoria dos erros. Por meio dos valores obtidos,

1
e com o auxilio de fórmulas matemáticas espera-se determinar o valor da velocidade média do
corpo.

3 MATERIAIS

 Cronômetro lcd digital timer modelo azb-20 modulo local


 Fixador metálico sensor s/ batente trilho de ar
 Carrinho trilho de ar linear preto
 Sensor fotoelétrico c/ entrada usb modelo azb-20
 Eletroímã completo c/ bornes e haste de fixação
 Fonte chaveada 12v/2a
 Cabo de ligação eletroímã cronometro digital timer azb-20
 Cabo para conexão dos sensores
 Fixador eletroímã p/ trilho ar linear c/ manipulo
 Massa aferida 10g c/ furo central 2,2mm
 Massa aferida 20g c/ furo central 2,5mm
 Sup. Massas aferidas c/ base de plástico
 Y final de curso c/ roldana raiada
 Manipulo cabeça de plástico m6x16
 Massa aferida 20g c/ furo central 5mm
 Massa aferida de latão 50g c/ furo central de 5mm
 Massa aferida 10g c/ furo central de 5mm
 Arruela lisa inox m4
 Manipulo de latão niquelado m4x13
 Elástico p/ dinheiro
 Carretel de linha 10 pipa c/ 120m
 Pino p/ carrinho trilho de ar c/ gancho
 Pino p/ carrinho trilho de ar c/ fixador p/ eletroímã
 Pino p/ carrinho de trilho de ar p/ interrupção sensor
 Mangueira 2m
 Trilho 2m
 Trilho 1200mm p/ trilho de ar
 Unidade de fluxo de ar (110v).

2
Figura 01 - Equipamentos utilizados, Trilho de Ar. Fonte Google.

4 EXPERIMENTOS REALIZADOS

Inicialmente, montou-se o trilho de ar e seus componentes, a conexão entre o gerador de


fluxo de ar e o trilho de ar já estava conectado, posicionou-se do eletroímã em uma das
extremidades do trilho, em seguida montou-se o cavaleiro com os pinos correspondentes. Em
seguida foi posicionado os cinco sensores ópticos, sendo o primeiro (S 1) colocado a uma
distância de 27 cm do centro do cavaleiro e os demais sensores (S 2, S3 e S4) a uma distância de
10 cm entre eles. Em seguida foi amarrou-se a linha no pino de ar com ganho do cavaleiro e
passando pela roldana raiada, logo após anexou-se suporte para massas aferidas na outra
extremidade da linha, que continha duas massas aferidas de 10 g cada uma. Cada sensor foi
conectado de maneira ordenada e conectado ao cronômetro digital, sendo o sensor 1 ligado ao
entrada S1 do cronômetro e assim, respectivamente. Depois da conexão correta dos cabos
entre sensores e cronômetro, este último foi ligado a fim de verificar se todos os cinco
sensores foram identificados. Em seguida foi montado o eletroímã e depois ligado ao
cronômetro, selecionou-se a opção “STANDBY” em sua tela. Assim foram configurados os
seguintes dados no cronômetro:

● Volt: 11,1 V (Tensão de saída)


● Sns: 5 (Número de sensores identificados)
● Bobin: off (indicando a bobina desligada)

3
Selecionou-se a função a ser executada pelo cronômetro F1 pressionando a tecla
“FUNC”. Para iniciar a contagem do tempo no primeiro sensor, foi configurado a opção “Init”
no modo “Init: t:Sns”. Após essas operações pressionou-se a tecla “START/RESET” para
voltar à tela inicial onde apareceu o sinal “stand by” (*) de modo intermitente, indicando que
a bobina estava energizada e o sistema pronto para iniciar o experimento. Ligou-se o fluxo de
ar e pressionou-se novamente em “START” para desligar a bobina e iniciar o experimento.
No final do experimento o cronômetro apresentou na tela o intervalo de tempo decorrido
para cada deslocamento ∆Xi do móvel. Com a tecla “MEM” os dados de cada intervalo de
tempo foram apresentados na tela e anotados pelo grupo. O procedimento foi executado cinco
vezes pelo grupo.

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os resultados obtidos por meio dos equipamentos utilizados no experimento e


anotados pelo grupo estão dispostos nas tabelas a seguir, junto com os resultados obtidos
através da aplicação das fórmulas.

Tabela 01
Massa Sensor t(i) ∆t(i)
0 0 0
1 0,150715 0,150715
40g 2 0,305604 0,154889
3 0,444620 0,139016
4 0,603210 0,158590
Tempo total: 0,603210
Tabela 1 - Resultados experimento 01

Aplicando a fórmula da velocidade relacionando os valores encontrados temos:

0,10 (m)
Vm(1) = = 0,165 m/s
0,603210(s)

Tabela 02
Massa Sensor t(i) ∆t(i)
0 0 0
1 0,146475 0,146475
40g 2 0,296970 0,150495
3 0,432034 0,135064
4 0,585735 0,153701

4
Tempo total: 0,585735
Tabela 2 - Resultados experimento 02

0,10 (m)
Vm(2) = = 0,170 m/s
0,585735(s)

Tabela 03
Massa Sensor t(i) ∆t(i)
0 0 0
1 0,146196 0,146196
40g 2 0,296363 0,150167
3 0,431146 0,134783
4 0,584540 0,153394
Tempo total: 0,584540
Tabela 3 - Resultados experimento 03

0,10 (m)
Vm(3) = = 0,171 m/s
0,584540(s)

Tabela 04
Massa Sensor t(i) ∆t(i)
0 0 0
1 0,146889 0,146889
40g 2 0,297907 0,151018
3 0,433366 0,135459
4 0,587923 0,154557
Tempo total: 0,587923
Tabela 4 Resultados experimento 04

0,10 (m)
Vm(4) = = 0,171 m/s
0,587923(s)

Tabela 05
Massa Sensor t(i) ∆t(i)
0 0 0
1 0,147369 0,147369
40g 2 0,298975 0,151377
3 0,434481 0,135735
4 0,588950 0,154469
Tempo total: 0,588950
Tabela 5 - Resultados experimento 05

0,10 (m)
Vm(5) = = 0,169 m/s
0,588950(s)

A partir desses valores encontramos a média das velocidades:

5
5

∑ ❑Vm (i)
i=1
i

(Vm (1)+Vm (2)+Vm (3)+ Vm(4)+ Vm(5))


5

(0,165+ 0,170+ 0,171+0,169+0,169)


= 0,169 (m/s)
5

Teste Vm(i) Desvios


1 0,165780 -0,003654
2 0,170726 0,170726
3 0,171075 0,171075
4 0,169794 0,169794
5 0,169794 0,169794
Tabela 6 - Tabela com os erros

Com os resultados obtidos e os desvios encontrados e admitindo a variação de 5%


podemos afirmar que a velocidade permaneceu constante.

Abaixo temos os gráficos relacionando posição pelo tempo X=f(t).

Gráfico X=f(t)
0.85
0.68
Tempo (s)

0.51
0.34
0.17
0.00
47.5 50 52.5 55 57.5 60 62.5 65 67.5 70 72.5 75 77.5 80 82.5 85 87.5 90
Deslocamento (cm)

Gráfico 01 - Gráfico da velocidade.

Observando o gráfico percebe-se que o gráfico apresenta o aspecto de reta, sendo


assim, pode-se concluir que a velocidade é constante. Como o gráfico apresenta a forma de
uma reta com inclinação tem-se um coeficiente angular de 0,022 e o coeficiente linear com o
valor de -0,68.

A equação horária do cavaleiro é: S=0,475+0,17 t

A seguir temos o gráfico da velocidade pelo tempo V=f(t).

6
Gráfico V=f(t)
0.17
0.15
0.14
0.12
0.11
Tempo (s)

0.09
0.08 Velocidade
0.06
0.05
0.03
0.02
0.00
0.16 0.16 0.16 0.16 0.17 0.17 0.17 0.17
Velocidade (m/s)

Gráfico 02 - Gráfico da velocidade versus tempo.

Desta forma, podemos afirmar que a velocidade é constante em relação ao tempo. No


caso o movimento entre um sensor e outro é de velocidade constante em praticamente todo
instante de tempo, sendo assim a aceleração no movimento é nula. Considerando o desvio a
velocidade é constante em praticamente todo intervalo de tempo de deslocamento do
cavaleiro de um sensor para outro.

6 CONCLUSÃO

Após realizar o experimento, verificou-se que o cavaleiro comportou-se de maneira


diferente do previsto, isto é, com velocidade constante. Pode-se explicar tal fato devido a
fatores como a força de atrito com o ar, do trilho de ar desnivelado e além disso, temos a
resistência do ar, esses fatores podem apresentar uma interação mínima. Apesar disto, pode-se
concluir que as leis e fórmulas do movimento retilíneo uniforme (MRU) são válidas.

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