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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

ESCOLA POLITÉCNICA UFRJ


CURSO DE ENGENHARIA NUCLEAR

Ana Carolina Barbosa de Barros - DRE 121100133


Isadora de Oliveira Silva Campolina - DRE 121099544

RELATÓRIO EXPERIMENTAL:
MEDIDA DO TEMPO DE QUEDA DE UMA MOEDA
EXPERIMENTO DE FÍSICA

Rio de Janeiro - RJ

2021
Ana Carolina Barbosa de Barros - DRE 121100133
Isadora de Oliveira Silva Campolina - DRE 121099544

RELATÓRIO EXPERIMENTAL:
MEDIDA DO TEMPO DE QUEDA DE UMA MOEDA
EXPERIMENTO DE FÍSICA

Relatório experimental integrante


da disciplina de Física experimental
(Físexp), apresentada ao curso de
Engenharia Nuclear, da Universidade
Federal do Rio de Janeiro.

Docente: Professora Jeannie Rangel


Borges

Rio de Janeiro – RJ
2021
SUMÁRIO

1. RESUMO .......................................................................................................................................... 4
2. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 5
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL .................................................................................................... 6
3.1. TOMADA DE DADOS ................................................................................................................ 7
3.1.1 TABELA DE MEDIDAS ........................................................................................................... 7
3.1.2 HISTOGRAMA ...................................................................................................................... 8
4. ANÁLISE ESTATÍSTICA DOS DADOS .................................................................................................. 9
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................................ 11
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1. RESUMO

O objetivo deste relatório é determinar o tempo de queda de uma moeda solta do repouso de uma
altura de 1,80m.

A coleta de dados foi obtida a partir de 240 repetições, divididos em dois grupos de 120, após isso, a
fim de estudos conceituais, foram feitos os devidos tratamentos estatísticos nos dados do tempo de
queda obtidos.

Assim concluímos que se faz necessário uma quantidade de dados para que se possa reduzir as
incertezas e se possa chegar a um valor mais próximo ao real.
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2. INTRODUÇÃO

A queda livre é o movimento de um objeto solto verticalmente a partir do repouso, onde o mesmo
percorre um trajeto até o solo e somente sob a influência da gravidade.

Como objeto de estudo deste relatório, foi feito uma série de repetições para determinar o tempo de
queda livre de uma moeda solta a partir do repouso de uma altura de 1,8 m, e essas repetições se
fazem necessárias para a redução de incertezas em torno do ser resultado.

O estudo da queda livre se dá por meio da física mecânica, onde é aplicada a lei horária da posição, e
√2𝐻
o tempo de queda se dá a partir de: t = .
g
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3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Esse procedimento foi dividido em dois subgrupos e realizado de forma remota. Para a primeira
amostragem, foi utilizado uma trena e marcado o valor de 1,80m na parede com o auxílio de um
lápis. Segurando uma moeda de R$0,25 pelas pontas dos dedos, foi feita contagem do tempo de
queda utilizando o cronometro do celular por 120 vezes e anotada em uma tabela para posterior
verificação e análise. A aluna responsável pela coleta de dados do primeiro subgrupo foi a Ana
Carolina Barbosa de Barros.

Já no segundo subgrupo, a marcação da altura se deu por uma fita métrica, na qual sua altura
máxima era de 1,50 m, então foi-se marcado a altura máxima na parede, com o auxílio de um lápis, e
em seguida acrescentados os 30 cm adicionais para prosseguir com o experimento. Neste subgrupo a
moeda utilizada foi de R$0,10, mas também foi solta a partir das pontas dos dedos e cronometrado o
seu tempo de queda utilizando o cronometro do celular por 120 vezes, e os valores obtidos também
foram anotados para posterior verificação e análise. Já neste subgrupo, a aluna responsável pela
coleta de dados foi a aluna Isadora de Oliveira Silva Campolina

Ao término da coleta de dados, foi feito o tratamento estatístico das dos dois subgrupos. Dentre os
tratamentos estatísticos foram trabalhadas o cálculo da média e do seu desvio padrão para então
chegarmos ao valor da incerteza.

Na realização deste experimento, os instrumentos utilizados foram: Duas moedas (R$0,25 para a
primeira coleta de dados, e R$0,10 para segunda coleta), uma trena de 3m com precisão de + 0,02m,
uma fita métrica de 1,50m com precisão de + 0,02m, lápis para a marcação na parede e dois celulares
com cronometro com precisão de + 0,01s.
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3.1. TOMADA DE DADOS


3.1.1 TABELA DE MEDIDAS

Tabela 1: Medidas coletas pela aluna Ana Carolina

ti (s) ti (s) ti (s) ti (s) ti (s) ti (s) ti (s) ti (s)


1 0,75 16 0,65 31 0,51 46 0,72 61 0,64 76 0,50 91 0,59 106 0,70
2 0,60 17 0,54 32 0,56 47 0,65 62 0,55 77 0,52 92 0,54 107 0,60
3 0,72 18 0,62 33 0,78 48 0,59 63 0,52 78 0,64 93 0,67 108 0,61
4 0,58 19 0,53 34 0,45 49 0,58 64 0,56 79 0,72 94 0,58 109 0,55
5 0,51 20 0,56 35 0,52 50 0,76 65 0,67 80 0,53 95 0,52 110 0,59
6 0,53 21 0,72 36 0,53 51 0,49 66 0,48 81 0,59 96 0,42 111 0,55
7 0,66 22 0,52 37 0,53 52 0,73 67 0,75 82 0,67 97 0,56 112 0,75
8 0,59 23 0,50 38 0,63 53 0,62 68 0,53 83 0,59 98 0,49 113 0,62
9 0,50 24 0,60 39 0,56 54 0,55 69 0,50 84 0,63 99 0,53 114 0,58
10 0,75 25 0,73 40 0,58 55 0,70 70 0,63 85 0,67 100 0,63 115 0,56
11 0,50 26 0,52 41 0,77 56 0,59 71 0,57 86 0,59 101 0,63 116 0,63
12 0,49 27 0,54 42 0,60 57 0,64 72 0,52 87 0,75 102 0,45 117 0,55
13 0,53 28 0,55 43 0,56 58 0,56 73 0,79 88 0,52 103 0,73 118 0,73
14 0,56 29 0,63 44 0,61 59 0,62 74 0,49 89 0,65 104 0,56 119 0,78
15 0,55 30 0,51 45 0,57 60 0,63 75 0,57 90 0,50 105 0,72 120 0,65

Tabela 2: Medidas coletadas pela aluna Isadora


ti (s) ti (s) ti (s) ti (s) ti (s) ti (s) ti (s) ti (s)
1 0,61 16 0,58 31 0,66 46 0,65 61 0,61 76 0,64 91 0,66 106 0,68
2 0,66 17 0,65 32 0,58 47 0,62 62 0,63 77 0,68 92 0,67 107 0,55
3 0,52 18 0,71 33 0,63 48 0,65 63 0,67 78 0,68 93 0,52 108 0,67
4 0,65 19 0,59 34 0,65 49 0,67 64 0,58 79 0,72 94 0,72 109 0,59
5 0,71 20 0,58 35 0,59 50 0,59 65 0,61 80 0,67 95 0,6 110 0,63
6 0,65 21 0,59 36 0,61 51 0,61 66 0,67 81 0,71 96 0,61 111 0,62
7 0,56 22 0,66 37 0,67 52 0,63 67 0,69 82 0,67 97 0,58 112 0,71
8 0,63 23 0,61 38 0,62 53 0,66 68 0,59 83 0,63 98 0,59 113 0,68
9 0,61 24 0,68 39 0,57 54 0,63 69 0,67 84 0,63 99 0,66 114 0,61
10 0,63 25 0,55 40 0,64 55 0,71 70 0,66 85 0,66 100 0,62 115 0,69
11 0,71 26 0,56 41 0,62 56 0,52 71 0,71 86 0,61 101 0,63 116 0,63
12 0,59 27 0,64 42 0,71 57 0,72 72 0,51 87 0,71 102 0,61 117 0,59
13 0,66 28 0,72 43 0,59 58 0,67 73 0,57 88 0,66 103 0,71 118 0,58
14 0,61 29 0,60 44 0,61 59 0,63 74 0,62 89 0,67 104 0,59 119 0,71
15 0,58 30 0,69 45 0,62 60 0,64 75 0,59 90 0,62 105 0,67 120 0,62
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3.1.2 HISTOGRAMA

Histograma 1: Medidas coletas pela aluna Ana Carolina

Histograma 2: Medidas coletadas pela aluna Isadora

O número total de barras foi escolhido seguindo os padrões desejados, sendo assim, um total de 6
barras se tornou um número preciso (para ambos os casos) para englobar 120 medições, um número
pequeno pode ser ruim para uma perfeita análise gráfica, tendo como pressuposto a necessidade da
verificação de dados obtidos.

Nitidamente, podemos enxergar um padrão sendo formado, embora as maiores barras entornem o
valor médio, as barras das extremidades não oferecem um valor de frequência significante de
comparação, concluindo assim, uma certa simetria em torno do valor médio, e uma assimetria
quando t se afasta de t médio, comportamento que foi observado em ambos os casos, tanto o caso
da aluna Ana Carolina, quanto o caso da aluna Isadora de Oliveira.
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4. ANÁLISE ESTATÍSTICA DOS DADOS

Tabela 3: Valor médio, desvio padrão e incerteza para subgrupos de 120


medições independentes.
Medições N tm (s) σ (s) ξ (s)
Ana Carolina 120 0,60 0,08 0,008
Isadora 120 0,63 0,05 0,004

Como podemos observar a partir da análise da tabela 3, os conjuntos de medidas obtidas estão
variando entre seus subgrupos, sendo a sua maior média tm(s) nas 120 últimas mensurações.
Apresentando também uma variação entre seu desvio padrão σ (s) e em sua incerteza ξ (s) em cada
subgrupo.

Sendo assim, podemos concluir que 240 medidas se tornam insuficientes para a amostragem do
tempo de queda de uma moeda por demonstrar uma flutuação em seus resultados.

Ainda analisando a tabela 3, percebemos que o valor obtido no experimento não se iguala ao valor
de referência tq = (0, 6064661 ± 0,0000002) s. Essa diferença se dá pela existência de efeitos
sistemáticos presentes na execução do experimento. Tais erros, provavelmente, estão presentes
devido às incertezas aleatórias da altura de lançamento e a marcação do tempo de queda, devido ao
fator de erro nos equipamentos de medição utilizados, e, tendo em vista, que tais tarefas foram
realizadas por dois integrantes, em momentos diferentes, e são passíveis de erros humanos, como
posição de soltura da moeda.

Como apontado, os valores de σ (s) apresentam diferença de 0,07s para o primeiro subgrupo, e de
0,04s para o segundo subgrupo. Isso se dá a possíveis flutuações aleatórias durante a determinação
do valor de tq entre as medidas, sendo assim, quanto maior for o número de medições realizadas,
menor será o valor desta incerteza. Em contrapartida, o σ do cronometro utilizado independe da
quantidade de medições, sendo de sua natureza sistemática tais flutuações. Posto isso, concluímos
que o segundo subgrupo obteve uma média de tempo mais próxima ao valor referencial.

Tabela 4: frações de intervalos


[t − 1σ, t +1σ] [t − 2σ, t +2σ] [t − 3σ, t +3σ]
Referência 68,30% 95,40% 99,70%
Ana Carolina 70,83% 95,83% 100%
Isadora 70,83% 96,67% 100%

Como podemos deduzir a partir da análise da tabela 4, ambos subgrupos obtiveram uma variação em
suas frações de intervalos. Onde o primeiro subgrupo obteve um intervalo entre [0,51; 0,68] e neste
intervalo foram encontradas 85 medidas, equivalentes a 70,83% do conjunto. Durante o intervalo
[0,43; 0,76], foram encontradas 115 medidas, equivalentes a 95,83% do conjunto, e durante o
intervalo [0,35; 0,85], foram encontradas 120 medidas, equivalentes a 100% do conjunto.
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Já no segundo subgrupo, durante o intervalo [0,59; 0,68], foram encontradas 85 medidas


equivalentes a 70,83% do conjunto. Já durante o intervalo [0,54; 0,73], foram encontradas 116
medidas equivalentes a 96,67% do conjunto, e durante o intervalo [0,49; 0,78], foram encontradas
120 medidas equivalentes a 100% do conjunto.

Assim concluímos que, durante os primeiros e os últimos intervalos de tempo obtidos em cada
subgrupo, ambos tiveram uma porcentagem de incertezas de acordo com as estimativas estatísticas.
Enquanto durante a segunda variação de intervalos, o primeiro subgrupo obteve uma porcentagem
mais próxima a estimativa referencial de incerteza, de apesar de maior diferença entre as flutuações
de tempo.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Concluímos então que, mesmo com um grande número de medições (240), a insuficiência para
demonstrar um resultado padrão e significativo é nítida, tendo como base, o pressuposto de
influências externas e desafios enfrentados por cada aluna durante a experiência. Um número
maior de medições certamente mudaria os valores encontrados e daria uma precisão mais
detalhada em cada caso. Entretanto, mesmo assim, é perceptível que exista uma extrema
importância quando o assunto é calcular desvio, valor médio, e englobar flutuações e incertezas.
Todos esses cálculos contribuem para a aproximação de um valor hipotético esperado, tornando
a experiência mais precisa, seja lá quantas forem as repetições realizadas.

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