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Os Ensaios Não Destrutivos (END) são técnicas utilizadas na inspeção de materiais e equipamentos sem danificá-los,
sendo executados nas etapas de fabricação, construção, montagem e manutenção.
Constituem uma das principais ferramentas do controle da qualidade de materiais e produtos, contribuindo para garantir
a qualidade, reduzir os custos e aumentar a confiabilidade da inspeção.
São largamente utilizadas nos setores petróleo/petroquímico, químico, aeronáutico, aeroespacial, siderúrgico, naval,
eletromecânico, papel e celulose, entre outros. Contribuem para a qualidade dos bens e serviços, redução de custo,
preservação da vida e do meio ambiente, sendo fator de competitividade para as empresas que os utilizam.
Os END incluem métodos capazes de proporcionar informações a respeito do teor de defeitos de um determinado
produto, das características tecnológicas de um material, ou ainda, da monitoração da degradação em serviço de
componentes, equipamentos e estruturas.
Os métodos mais usuais de END são: ensaio visual, líquido penetrante, partículas magnéticas, ultra-som, radiografia
(Raios X e Gama), correntes parasitas, análise de vibrações, termografia, emissão acústica, estanqueidade e análise de
deformações.
Para obter resultados satisfatórios e válidos, os seguintes itens devem ser considerados como elementos fundamentais
para os resultados destes ensaios:
Além do uso industrial, tem crescido significativamente a aplicação dos END para a conservação de obras de arte,
assim como na agropecuária - controle da camada de gordura de bovinos e suínos - e a própria utilização, largamente
difundida, na medicina.
Comparativamente, podemos afirmar que o "controle da qualidade" que o médico faz de um corpo humano na
avaliação da saúde ou da patologia de um paciente, é o mesmo aplicado na indústria, só que para materiais e produtos.
Detecta descontinuidades internas em materiais, baseando-se no fenômeno de reflexão de ondas acústicas quando
encontram obstáculos à sua propagação, dentro do material.
Um pulso ultra sônico é gerado e transmitido através de um transdutor especial, encostado ou acoplado ao material. Os
pulsos ultra sônicos refletidos por uma descontinuidade, ou pela superfície oposta da peça, são captados pelo
transdutor, convertidos em sinais eletrônicos e mostrados na tela LCD ou em um tubo de raios catódicos (TRC) do
aparelho.
Os ultra sons são ondas acústicas com freqüências acima do limite audível. Normalmente, as freqüências ultra sônicas
situam-se na faixa de 0,5 a 25 Mhz.
Geralmente, as dimensões reais de um defeito interno podem ser estimadas com uma razoável precisão, fornecendo
meios para que a peça ou componente em questão possa ser aceito, ou rejeitado, baseando-se em critérios de aceitação
da norma aplicável. Utiliza-se ultra-som também para medir espessura e determinar corrosão com extrema facilidade e
precisão.
As aplicações deste ensaio são inúmeras: soldas, laminados, forjados, fundidos, ferrosos e não ferrosos, ligas metálicas,
vidro, borracha, materiais compostos, tudo permite ser analisado por ultra-som. Indústria de base (usinas siderúrgicas) e
de transformação (mecânicas pesadas), indústria automobilística, transporte marítimo, ferroviário, rodoviário, aéreo e
aeroespacial: todos utilizam ultra-som. Mesmo em hospitais: a primeira imagem de um feto humano é obtida por ultra-
som !
O ensaio ultra sônico é, sem sombra de dúvidas, o método não destrutivo mais utilizado e o que apresenta o maior
crescimento, para a detecção de descontinuidades internas nos materiais.
Correntes Parasitas
O campo magnético gerado por uma sonda ou bobina alimentada por corrente alternada produz correntes induzidas
(correntes parasitas) na peça sendo ensaiada. O fluxo destas correntes depende das características do metal.
Praticamente as "bobinas" de teste tem a forma de canetas ou sensores que passadas por sobre o material detectam
trincas ou descontinuidades superficiais, ou ainda, podem ter a forma de circular, oval ou quadrada por onde passa o
material. Neste caso detectam-se descontinuidades ou ainda as características físico-químicas da amostra.
A presença de descontinuidades superficiais e sub-superficiais (trincas, dobras ou inclusões), assim como mudanças nas
características físico-químicas ou da estrutura do material (composição química, granulação, dureza, profundidade de
camada endurecida, tempera, etc.) alteram o fluxo das correntes parasitas, possibilitando a sua detecção.
O ensaio por correntes parasitas se aplica em metais tanto ferromagnéticos como não ferromagnéticos, em produtos
siderúrgicos (tubos, barras e arames), em auto-peças (parafusos, eixos, comandos, barras de direção, terminais, discos e
panelas de freio), entre outros . O método se aplica também para detectar trincas de fadiga e corrosão em componentes
de estruturas aeronáuticas e em tubos instalados em trocadores de calor, caldeiras e similares.
É um método limpo e rápido de ensaios não destrutivos, mas requer tecnologia e prática na realização e interpretação
dos resultados. Tem baixo custo operacional e possibilita automatização a altas velocidades de inspeção.
Ensaio Visual
A inspeção por meio do Ensaio Visual é uma das mais antigas atividades nos setores industriais, e é o primeiro ensaio
não destrutivo aplicado em qualquer tipo de peça ou componente, e está freqüentemente associado a outros ensaios de
materiais.
Utilizando uma avançada tecnologia, hoje a inspeção visual é um importante recurso na verificação de alterações
dimensionais, padrão de acabamento superficial e na observação de descontinuidades superficiais visuais em materiais
e produtos em geral, tais como trincas, corrosão, deformação, alinhamento, cavidades, porosidade, montagem de
sistemas mecânicos e muitos outros.
A inspeção de peças ou componentes que não permitem o acesso direto interno para sua verificação (dentro de blocos
de motores, turbinas, bombas , tubulações, etc), utilizam-se de fibras óticas conectadas a espelhos ou microcâmeras de
TV com alta resolução, alem de sistemas de iluminação, fazendo a imagem aparecer em oculares ou em um monitores
de TV. São soluções simples e eficientes, conhecidas como técnica de inspeção visual remota.
Na aviação, o ensaio visual é a principal ferramenta para inspeção de componentes para verificação da sua condição de
operação e manutenção.
Não existe nenhum processo industrial em que a inspeção visual não esteja presente. Simplicidade de realização e baixo
custo operacional são as características deste método, mas que mesmo assim requer uma técnica apurada, obedece a
sólidos requisitos básicos que devem ser conhecidos e corretamente aplicados.
Partículas Magnéticas
O ensaio por partículas magnéticas é usado para detectar descontinuidades superficiais e sub superficiais em materiais
ferromagnéticos. São detectados defeitos tais como: trincas, junta fria, inclusões, gota fria, dupla laminação, falta de
penetração, dobramentos, segregações, etc.
O método de ensaio está baseado na geração de um campo magnético que percorre toda a superfície do material
ferromagnético. As linhas magnéticas do fluxo induzido no material desviam-se de sua trajetória ao encontrar uma
descontinuidade superficial ou sub superficial, criando assim uma região com polaridade magnética, altamente atrativa
à partículas magnéticas. No momento em que se provoca esta magnetização na peça, aplica-se as partículas magnéticas
por sobre a peça que serão atraídas à localidade da superfície que conter uma descontinuidade formando assim uma
clara indicação de defeito.
Alguns exemplos típicos de aplicações são fundidos de aço ferrítico, forjados, laminados, extrudados, soldas, peças que
sofreram usinagem ou tratamento térmico (porcas e parafusos ), trincas por retífica e muitas outras aplicações em
materiais ferrosos.
Para que as descontinuidades sejam detectadas é importante que elas estejam de tal forma que sejam "interceptadas" ou
"cruzadas" pelas linhas do fluxo magnético induzido; conseqüentemente, a peça deverá ser magnetizada em pelo menos
duas direções defasadas de 90º. Para isto utilizamos os conhecidos yokes, máquinas portáteis com contatos manuais ou
equipamentos de magnetização estacionários para ensaios seriados ou padronizados.
O uso de leitores óticos representa um importante desenvolvimento na interpretação automática dos resultados.
Emissão Acústica
O princípio do método é baseado na detecção de ondas acústicas emitidas por um material em função de uma força ou
deformação aplicada nele. Caso este material tenha uma trinca, descontinuidade ou defeito, a sua propagação irá
provocar ondas acústicas detectadas pelo sistema.
Os resultados do ensaio por emissão acústica não são convencionais. Na realidade este método não deve ser utilizado
para determinar o tipo ou tamanho das descontinuidades em uma estrutura, mas sim, para se registrar a evolução das
descontinuidades durante a aplicação de tensões para as quais a estrutura estará sujeita, desde que as cargas sejam
suficientes para gerar deformações localizadas, crescimento do defeito, destacamento de escória, fricção, ou outros
fenômenos físicos.
Aplicamos a emissão acústica quando queremos analisar ou estudar o comportamento dinâmico de defeitos em peças
ou em estruturas metálicas complexas, assim como registrar sua localização. O ensaio por emissão acústica permite a
localização da falha, captados por sensores instalados na estrutura ou no equipamento a ser monitorado.
É o caso da monitoração de cilindros contendo gás sob pressão para abastecimento, do teste hidrostático e pneumático
em vasos de pressão, teste de fadiga, controle de processos de soldagem, e ainda da caracterização de materiais
Estanqueidade
A necessidade de uma perfeita estanqueidade em tanques ou tubulações contendo substâncias tóxicas que façam
parte de instalações de alto risco (área química, nuclear, aeroespacial, etc.), proporcionou utilização de novos
métodos capazes de detectar possíveis vazamentos de gás ou líquidos, a fim de obter uma efetiva garantia de
segurança e proteção ambiental.
Os métodos aplicados no ensaio de estanqueidade são: medir Pressão ou Vácuo com alta precisão, método da
Bolha, método da Variação de Pressão, detecção de vazamento por meio de Fluido Frigorígeno ou de aplicação de
gás Hélio com o respectivo aparelho detector e, modernamente, a localização de vazamentos de gases e líquidos
por ultra-som.
Uma das ameaças mais comuns ao meio ambiente, além de provocar acidentes, seja na área industrial,
doméstica ou pública, são os vazamentos de produtos perigosos, que quando armazenados em tanques ou
recipientes com falhas estruturais, produzem vazamentos de líquidos ou gases inflamáveis (indústria petrolífera),
ácidos ou produtos corrosivos (indústria química), no setor de transportes (rodoviário, ferroviário e por
tubulações), e tantos outros.
Portanto, como medida preventiva, no sentido de evitar tais ocorrências , o Ensaio de Estanqueidade tem sido
largamente empregado em testes de componentes pressurizados ou despressurizados onde existe o risco de
escape ou penetração de produtos, comprometendo o sistema de contenção, assumindo desta maneira, uma
importância muito grande quando se trata da proteção ao meio ambiente, onde a flora e fauna e ainda pessoas
ou populações podem ser atingidas seriamente.
Análise de Vibrações
O ensaio para vibrações mecânicas, em muitas fábricas, é um método indispensável na detecção prematura de
anomalias de operação em virtude de problemas, tais como falta de balanceamento das partes rotativas, desalinhamento
de juntas e rolamentos, excentricidade, interferência, erosão localizada, abrasão, ressonância, folgas, etc..
Um sensor piezoelétrico é acoplado ao mancal ou chassis da máquina ou componente em questão. Este sensor, através
de um aparelho indica a quantidade e direção da vibração detectada. Bom conhecimento teórico e prático do operador,
são essenciais ao sucesso do ensaio.
O método tem se provado particularmente útil na monitoração de operação mecânica de máquinas rotativas
(ventiladores, compressores, bombas, turbinas, etc.), na detecção e reconhecimento da deterioração de rolamentos, no
estudo de mau funcionamento típicos em maquinaria com regime cíclico de trabalho, laminadores, prensas, etc., e na
análise de vibrações dos processos de trincamento, notadamente em turbinas e outras máquinas rotativas ou vibratórias.
Este método também permite uma grande confiabilidade na operação de instalações e na interrupção de uma máquina
em tempo hábil, para substituição de peças desgastadas.
Na usinagem mecânica com ferramental sofisticado, a medição das vibrações é essencial para a melhoria da qualidade
final do produto. 0 método é aplicado na engenharia civil para o estudo do comportamento das estruturas sujeitas a
carregamento provocados por um tráfego de alta velocidade.
Ensaio de Análise de Vibrações é um método muito valioso, pois a identificação das falhas no monitoramento de
máquinas e motores é feito por medições eletrônicas das vibrações, não percebidas por nossos ouvidos, eliminando
assim a subjetividade do técnico.
Líquido Penetrante
O ensaio por Líquidos Penetrantes é considerado um dos melhores métodos de teste para a detecção de
descontinuidades superficiais de materiais isentos de porosidade tais como: metais ferrosos e não ferrosos, alumínio,
ligas metálicas, cerâmicas, vidros, certos tipos de plásticos ou materiais organo-sintéticos. Líquidos penetrantes
também são utilizados para a detecção de vazamentos em tubos, tanques, soldas e componentes.
O líquido penetrante é aplicado com pincel, pistola, ou com lata de aerossol ou mesmo imersão sobre a superfície a ser
ensaiada , que então age por um tempo de penetração. Efetua-se a remoção deste penetrante da superfície por meio de
lavagem com água ou remoção com solventes. A aplicação de um revelador (talco) irá mostrar a localização das
descontinuidades superficiais com precisão e grande simplicidade embora suas dimensões sejam ligeiramente
ampliadas.
Este método está baseado no fenômeno da capilaridade que é o poder de penetração de um líquido em áreas
extremamente pequenas devido a sua baixa tensão superficial. O poder de penetração é uma característica bastante
importante uma vez que a sensibilidade do ensaio é enormemente dependente do mesmo.
Descontinuidades em materiais fundidos tais como gota fria, trinca de tensão provocados por processos de têmpera ou
revenimento, descontinuidades de fabricação ou de processo tais como trincas, costuras, dupla laminação, sobreposição
de material ou ainda trincas provocadas pela usinagem, ou fadiga do material ou mesmo corrosão sob tensão, podem
ser facilmente detectadas pelo método de Líquido Penetrante.
Termografia
A inspeção termográfica (Termografia) é uma técnica não destrutiva que utiliza os raios infravermelhos, para medir
temperaturas ou observar padrões diferenciais de distribuição de temperatura, com o objetivo de propiciar informações
relativas à condição operacional de um componente, equipamento ou processo. Em qualquer dos sistemas de
manutenção considerados, a termografia se apresenta como uma técnica de inspeção extremamente útil, uma vez que
permite: realizar medições sem contato físico com a instalação (segurança); verificar equipamentos em pleno
funcionamento (sem interferência na produção); e inspecionar grandes superfícies em pouco tempo (alto rendimento).
Os aplicativos desenvolvidos para a posterior análise das informações termográficas obtidas, como a classificação de
componentes elétricos defeituosos, avaliação da espessura de revestimentos e o cálculo de trocas térmicas, permitem
que esses dados sejam empregados em análises preditivas.
Aplicações de termografia: Manutenção preditiva dos sistemas elétricos de empresas geradoras, distribuidoras e
transmissoras de energia elétrica; Monitoramento de sistemas mecânicos como rolamentos e mancais; Vazamentos de
vapor em plantas industriais; Análise de isolamentos térmicos e refratários; Monitoramentos de processos produtivos do
vidro e de papel; Acompanhamento de performance de placas e circuitos eletrônicos; Pesquisas científicas de trocas
térmicas, entre outras possibilidades.
O objetivo do Ensaios por Líquido Penetrante é assegurar a confiabilidade do produto, por meio de:
a) Obtenção de uma imagem visual, que revela a descontinuidade na superfície da peça (mancha);
b) Revelação da natureza da descontinuidade sem danificar a peça;
c) Separação das peças aceitáveis das não aceitáveis segundo o critério estipulado.
Aplicações Industriais e finalidade
Devido às características básicas do Ensaio por Líquido Penetrante, eles podem ser aplicados em grande variedade
de produtos metálicos e não metálicos, ferrosos e não ferrosos, sejam forjados, fundidos, cerâmicos de alta
densidade e etc., desde que não sejam porosos, com resultados técnicos e economicamente satisfatórios na
revelação de descontinuidades superficiais, por menores que sejam. Pode ser aplicado durante o processo de
fabricação, ao final deste ou durante a manutenção, aqui para detectar as o surgimento das descontinuidades em
serviço.
Considerando que alguns materiais podem ser afetados pelos produtos utilizados no ensaio, devem ser realizados
testes para assegurar que o material a ser ensaiado não seja danificado.
Vantagens:
- E capaz de ensaiar peças de tamanhos e formas variadas bem como pequenas áreas isoladas em uma
superfície;
- É capaz de detectar descontinuidades muito pequenas. É um dos ensaios mais sensíveis para detectar
descontinuidades superficiais;
- Pode ser aplicado em materiais ferrosos, não ferrosos, cerâmicas de alta densidade, vidros e etc.,
desde que não sejam porosos;
- É relativamente barato e não requer equipamentos sofisticados. Para pequena quantidade de peças ou
pequenas regiões, pode-se utilizar um sistema portátil;
- O líquido penetrante fornece uma indicação ampliada da descontinuidade, tornando-a mais visível;
- As descontinuidades detectadas são analisadas quanto a localização, orientação, dimensões, tornando
fácil a interpretação e avaliação;
- As instalações podem ser adaptadas ao tamanho e quantidade de peças;
- Permite automação do sistema;
- A sensibilidade do ensaio pode ser ajustada, selecionando os materiais e técnicas de ensaio.
Limitações:
Quando um líquido penetrante é aplicado numa peça, deve-se aguardar o tempo suficiente para ocorrer a penetração
nas descontinuidades superficiais Como elas são normalmente pequenas e estreitas, o fenômeno da capilaridade
propicia a penetração.
Indicação da Descontinuidade
Terminada a penetração, o excesso de líquido penetrante deve ser escoado e o residual que ainda permanecer sobre
a superfície deve ser removido,
Visibilidade da Indicação
O sucesso deste ensaio depende da visibilidade da indicação. Por isso o penetrante contém agente químico corante
(de cor usualmente vermelha) para ser analisado sob luz branca, ou agente químico fluorescente (de cor usualmente
amarelo-esverdeada) para ser analisado sob luz negra (ultravioleta), este muito mais sensível que o visível.
Classificação dos penetrantes, processos e materiais (de acordo com a ASTM 1417)
Tipo - Classificação dos Penetrantes
Tipo I – fluorescente
Tipo II - visível
Método - Classificação dos Métodos
Método A – Lavável com água
Método B – Pós emulsificável, Lipofílico
Método C – Removível com solvente
Método D – Pós emulsificável, Hidrofílico
Sensibilidade : Os níveis de sensibilidade aplicam-se somente aos sistemas de penetrante Tipo I
Sensibilidade Nível 1/2 - Muito baixa
Sensibilidade Nível 1 - Baixa
Sensibilidade Nível 2 - Média
Sensibilidade Nível 3 - Alta
Sensibilidade Nível 4 - Ultra alta
Reveladores - Classificação dos Reveladores :
Forma a – pó seco
Forma b – solúvel em água
Forma c – suspenso em água
Forma d – não-aquoso
Forma e – aplicação específica
Solventes - Classificação dos Solventes :
Classe 1 – halogenados
Classe 2 – não halogenados
Classe 3 – aplicação específica.
ETAPAS DO Ensaio
As etapas do ensaio são praticamente as mesmas, tanto para o penetrante visível, como para o penetrante
fluorescente, variando ou alternando algumas seqüências devido aos métodos de remoção do excesso do penetrante
e o tipo de revelador utilizado.
Umas das etapas mais importantes neste ensaio é a preparação da superfície e a pré-limpeza. Podemos considerar
as etapas do ensaio como sendo:
Estudo prévio do documento aplicável: norma técnica, manual do fabricante da peça a ser ensaiada, boletins de
serviço e etc. Nestes documentos podem ser encontradas as especificações do ensaio ou seja, a técnica de ensaio,
onde são estabelecidas as regras para a execução do ensaio, bem como os critérios de aceitação e rejeição, onde
são descritos os limites quanto aos tipos, tamanho, quantidade e localização das descontinuidades aceitáveis.
- Preparação da superfície/limpeza:
- Pré-limpeza;
- Aplicação do penetrante;
- Tempo de penetração;
- Remoção do excesso do penetrante;
- Secagem da peça, se o revelador utilizado for o seco ou o não aquoso;
- Aplicação do revelador
- Tempo de revelação;
- Inspeção, verificar a revelação das indicações e enquadrá-las no critério de aceitação e rejeição;
- Elaboração do registro dos resultados obtidos no ensaio;
- Limpeza após ensaio, para a retirada do revelador e penetrante da superfície e do penetrante do interior das
descontinuidades;
- Proteção da superfície, embalagem e identificação.
Preparação da superfície das peças para ensaio - limpeza
Consideremos aqui a preparação da superfície ou limpeza, como sendo a remoção de camadas de óxido, tintas,
produtos de queima de óleos, combustíveis ou qualquer lubrificante ou outros tipos de contaminantes que possam
interferir no ensaio. Tais contaminantes não devem ser removidos pelos executantes do ensaio pois, geralmente
exige-se para tais remoções, conhecimento e técnicas específicas, tais como a aplicação de substâncias ácidas e
alcalinas ou algum processo mecânico específico.
Métodos ou produtos impróprios podem causar danos irreversíveis à superfície em ensaio, como por exemplo a
corrosão. Por esse motivo, o método de limpeza deverá ser criteriosamente especificado.
Como preparação da superfície consideramos: remoção de oxidação e carepas, Remoção de tintas, Etching /
Deslustre e etc..
Pré-limpeza
Esta etapa é de responsabilidade do operador, que deverá remover qualquer resíduo proveniente da preparação da
superfície.O objetivo desta etapa é deixar a superfície a ser ensaiada, completamente limpa e seca.
Atenção: na pré-limpeza, não estamos limpando apenas a superfície mas também a entrada e se possível. o interior
das possíveis descontinuidades, pois quanto mais limpas estivem, mais penetrante irá penetrar em seu interior, que
por conseqüência, provocará uma indicação de maior visibilidade
TIPO I - Penetrante fluorescente, mais sensível porque possibilita melhor visualização sob luz negra
TIPO II - Penetrante visível (vermelho), menos sensível, com utilização proibida em peças de motores e turbinas, a
menos que apresente uma técnica aprovada.
Selecionar o TIPO de penetrante e o MÉTODO de remoção adequado para o ensaio, é uma tarefa que implica em
certo grau de dificuldade, pois requer algum conhecimento sobre os processos de fabricação de cada peça a ensaiar,
as condições de cada superfície a ser submetida a ensaio, as descontinuidades esperadas, o material, o tamanho e o
peso de cada peça e, ainda, a disponibilidade de água, eletricidade, ar comprimido, etc..
A função de selecionar o tipo e método não deve ser do operador. Em caso de dúvidas, utilize o mais sensível, aliado
ao melhor método de remoção do excesso, de acordo com o tipo de material, processo de fabricação e acabamento
superficial.
A maneira de aplicar o líquido penetrante vai depender da quantidade de peças, tamanho e localização.
Podem ser aplicados por "spray", derramamento, pincelamento ou imersão (banho) e spray eletrostático. O
penetrante aplicado deve permanecer em contato com a superfície em ensaio por um determinado tempo (tempo de
penetração)
Tempo de Penetração
O tempo mínimo de penetração deve ser de 10 (dez) minutos e o tempo máximo de 2 (duas) horas. Para tempos
maiores que duas horas, o penetrante deve ser reaplicado para evitar a sua secagem.
O tempo de penetração deve ser determinado por procedimento escrito, pelo fabricante da peça em ensaio(manual)
ou através de uma técnica desenvolvida, em um corpo de prova, de preferência uma peça igual, contendo uma
descontinuidade conhecida e feita por um profissional qualificado nível III em END.
Temperatura de ensaio
A temperatura da peça, o líquido penetrante fluorescente e o ambiente devem estar na faixa de 4 a 49° C. A
temperatura da peça, o líquido penetrante visível e o ambiente devem estar na faixa de 16 a 52° C. Penetrantes
especiais para alta temperatura podem ser utilizados desde que aprovados pelo manual do fabricante da peça em
ensaio ou por um acordo entre as partes e sempre com base numa técnica testada e aprovada.
Remoção do excesso de penetrante
Após a aplicação do penetrante e decorrido o tempo de penetração, o excesso de penetrante deve ser removido da
superfície, mantendo-se apenas o penetrante que está alojado no interior das possíveis descontinuidades.
Os métodos de remoção são os seguintes:
Método A – Penetrante lavável com água
Devem ser removidos com jato d’água controlando a pressão e temperatura, ou por imersão.
Quando utilizando o penetrante Tipo I (fluorescente), o enxágüe deve ser feito sob luz negra.
Método B – Penetrante pós-emulsificável lipofílico
O emulsificador deve ser aplicado por imersão ou derramamento. Não pode ser aplicado através de pincel ou spray e
não deve ser agitado enquanto estiver sobre a superfície da peça.
Método C – Penetrante removível com solvente
O penetrante é removido inicialmente através de panos secos ou toalhas absorventes, e quando o excesso não mais
puder ser removido assim, aplica-se o solvente em panos ou papeis limpos e secos, de uma forma que não fiquem
encharcados. Procede-se então a remoção sob iluminação adequada, luz negra para os penetrantes fluorescentes e
luz branca para penetrantes visíveis.
Método D– Penetrante pós-emulsificável hidrofílico
Após passado o tempo de penetração, seguem-se as etapas:
- pré-enxágue: para retirar o que for possível do excesso do penetrante
- aplicação do emulsificador hidrofílico
- enxágüe: proceder da mesma maneira que já descrito para o método A
Emulsificadores
Introdução.
Penetrantes Pós Emulsificáveis são óleos contendo tintas coloridas altamente visíveis ou fluorescentes. Eles são
formulados e produzidos com características de alta penetração e capacidades de alta visibilidade. Eles diferem do
penetrante lavável com água porque eles resistem à remoção por água. Estes penetrantes não contêm um
emulsificador em sua fórmula original. Um processo separado de emulsificação é requerido para a sua remoção. Isto
é feito por um dos dois métodos: processo lipofílico ou processo do hidrofílico.
O emulsificador lipofílico é utilizado como fornecido pelo fabricante. É usualmente aplicado por derramamento sobre
a peça ou pela imersão da peça em um tanque de emulsificador. A aplicação por spray ou por fluxo contínuo não é
recomendável.
A remoção do excesso de penetrante da superfície usando emulsificador hidrofílico pode ser efetuado através do uso
de imersão ou spray, ou uma combinação de ambos.
Quando a difusão do emulsificador alcançar o resultado desejado (final do tempo de emulsificação), o processo é
seguido pelo enxágüe com água, que interrompe o processo de difusão. Este enxágüe deve retirar apenas o
penetrante emulsificado da superfície da peça e não do interior das descontinuidades.
Seguindo-se as orientações sobre a pressão da água e sua temperatura, dificilmente irá se retirar o penetrante não
emulsificado do interior das descontinuidades.
Nesta etapa, acompanha-se a remoção do excesso do penetrante para que ao final da operação, a peça esteja
completamente livre de acúmulos indesejáveis de penetrante na superfície. Desejamos apenas manter na peça, o
penetrante que encontra-se no interior das descontinuidades.
Quando é utilizado um penetrante do TIPO I, a remoção deve ser feita sob luz negra, para um maior controle no
enxágüe.
Se o penetrante for do TIPO II, o simples fato de não se constatar traços vermelhos na peça ou no pano utilizado,
assegura uma completa remoção.
Secagem
Esta é uma etapa necessária antes de aplicar o revelador seco e o não aquoso. No caso de utilizar o revelador em
solução ou suspensão em água, apenas retira-se o excesso de água aplica-se o revelador e só então a peça é
levada à estufa para a secagem do revelador.
Normalmente são usadas estufas com controles que permitem regulagem de temperatura, entre 0 e 100 oC e a
temperatura máxima permitida é de 71oC.
Reveladores
Como regra geral, o tempo de revelação não deverá ser menor que a metade do tempo de penetração.
É importante salientar que para a aplicação dos reveladores secos e não aquosos, a peça deverá esta
completamente limpa e seca.
Métodos de aplicação: os reveladores podem ser aplicados por:
Spray;
Spray eletrostático;
Imersão;
Ventilação;
Polvilhamento
Sopro;
Mergulho e etc.
Podem ser aplicados por processos manuais ou automáticos. Isso dependerá das necessidades.
Para linhas de produção seriada, existem sistemas automáticos não apenas para a aplicação do revelador, mas para
toda a seqüência do ensaio, desde a pré-limpeza até a limpeza final.
Tipos de Reveladores
Forma a - pó seco
Forma b - solúvel em água
Forma c - suspenso em água
Forma d - não-aquoso
Forma e aplicação específica
Luz negra
Intensidade:A lâmpada deve estar acesa pelo menos 5 (cinco) minutos antes do início do ensaio ou até atingir a
intensidade requerida de 1.000 micro watts/cm2.
Local da inspeção
A inspeção deve ser feita em local apropriado, com iluminação apropriada e limpo, para evitar que a peça venha a
ser contaminada com resíduos que possam interferir não ensaio.
Quando utilizando o penetrante Tipo I (fluorescente): necessita-se de uma fonte de luz ultravioleta (luz negra), com
uma intensidade luminosa mínima de 1.000 micro watts/cm 2, na
Deve ser controlada a intensidade de luz branca deve ser controla.
A luz negra deve ser posicionada de tal maneira que não incida diretamente nos olhos do operador.
Quando utilizando o penetrante Tipo II (visível): deve se inspecionar a peça em local limpo e que tenha uma
iluminação mínima de 1.000 lux.
Inpeção
Fazer incidir sobre a área a ser inspecionada, o foco de luz negra ou branca.
Observar atentamente a área a ser inspecionada; havendo descontinuidades elas serão denunciadas pela
manifestação do fenômeno da fluorescência ou indicações vermelhas no caso do penetrante visível.
Descontinuidades
As descontinuidades podem ser surgir durante a fabricação da peça, isso dependerá do processo, podem ser: bolhas
de gás, porosidade, inclusão, contração, dobras, costura, delaminação, trincas e etc..
Quando as peças são aprovadas após a fabricação, são montadas em um conjunto de uma aeronave, esta peça esta
sujeita a esforços estáticos e dinâmicos bem como variações de temperatura, umidade e contaminantes.
As descontinuidades mais encontradas nas peças em serviço são as trincas. Corrosão por tensão também é comum.
Interpretação e avaliação dos resultados do ensaio
Os termos Interpretação e avaliação são muitas vezes confundidos:
- Interpretar significa identificar o que causou a indicação da descontinuidade ( trinca, porosidade, etc.);
- Avaliar significa fazer a apreciação e, em conseqüência, decidir, no caso de existir a descontinuidade, se a peça
deve ser aceita, retrabalhada ou condenada;
O ensaios por Líquido Penetrante exige a correta aplicação das técnicas de ensaio e um grande conhecimento e
prática para a interpretação e avaliação das indicações, conhecimento prévios sobre os documentos aplicáveis ao
ensaio, o tipo de material, o processo de fabricação da peça e uma grande dose de bom senso, somando tudo isso à
qualificação nível I para o operador e nível II para o inspetor.
Indicações
A imagem obtida após a revelação é chamada de indicação e podem ser de 3 naturezas: indicações falsas,
indicações não relevantes e indicações verdadeiras.
Indicações Falsas
São indicações observadas durante a inspeção e que ocorrem, mais comumente em conseqüência da permanência
de resíduos remanescentes do penetrante nas superfícies das peças.
A causa mais comum da permanência desses resíduos é a remoção deficiente do penetrante.
Indicações não relevantes
São as indicações causadas por descontinuidades superficiais, contudo, inerentes ao projeto e/ou processos de
fabricação da peça ou montagem.
Devemos ter em mente também, que não podemos considerar normal ou não relevante as marcas de ferramentas
introduzidas durante a montagem ou desmontagem de um componente.
Indicações verdadeiras
São as indicações de descontinuidades reais, que efetivamente podem comprometer a resistência estrutural da peça.
Não havendo dúvidas de é uma indicação verdadeira, inicia-se a etapa de interpretação da causa responsável pela
indicação da descontinuidade superficial detectada. O resultado dessa interpretação permitirá avaliar o destino a ser
dado à peça. O inspetor deverá estar familiarizado com cada tipo de indicação.
Remoção das descontinuidades
Quando permitido, a trinca ou outras descontinuidades podem ser removidas, e um novo ensaio deverá ser realizado.
Identificação
Depois da limpeza após ensaio, a peça deve ser devidamente identificada através de etiquetas ou por cores que
indiquem se ela está aprovada ou rejeitada. O tipo de identificação deve estar descrito no procedimento de ensaio e o
operador ou inspetor deverá encaminhar a peça para a operação subseqüente, seja a montagem no sistema da
aeronave ou uma outra etapa do processo de fabricação.
Nunca esquecer de preencher a ficha de acompanhamento da peça ou lote de peças.
Quando é necessário registrar uma descontinuidade, adotar o hábito de desenhar as descontinuidades uma a uma
num desenho, torna-se demorado e impreciso. Pode-se utilizar o desenho da peça para indicar a região das
descontinuidades.
Pode-se adotar alguns meios de registro, tais como: líquidos registradores, fitas adesivas transparentes, fotografias
digitais fotografias convencionais e etc..
Estações de ensaio:
Devem ser escolhidas e montadas de acordo com o tipo de penetrante a ser utilizado, a quantidade e o tamanho das
peças que serão ensaiadas.
Geralmente estas estações de um sistema de ensaio por líquido penetrante são fabricadas em aço inox e são
compostas de tanques específicos para cada etapa do ensaio. Cabine de inspeção e iluminação adequada
Materiais Portáteis
Quando utilizamos um conjunto portátil disponível em "spray" nos TIPOS I e II, pode-se ensaiar qualquer peça ou
parte dela, independentemente de sua localização, desde que os produtos sejam da mesma família, ou seja, da
mesma marca, tanto o penetrante quanto o removedor e o revelador.
Para assegurar que o ensaio será realizado dentro das condições ideais, deveremos manter alguns controles que
garantam a eficiência dos produtos, isoladamente, bem como a eficiência de um sistema de ensaio por líquido
penetrante e acessórios. Para assegurar a eficiência dos penetrantes, emulsificadores e reveladores, certos controles
devem ser feitos periodicamente a fim de garantir que as recomendações dos fabricantes (limites aceitáveis de
contaminação e diluição) não sejam ultrapassadas. Os controles requeridos são:
Para melhor sensibilidade do ensaio por partículas magnéticas, a descontinuidade deve estar orientada a 90 o
em relação à direção do campo magnético.
Tipos de correntes de magnetização
- Corrente alternada (monofásica);
- Corrente contínua;
- Corrente retificada de meia onda (monofásica);
- Corrente retificada de onda completa (monofásica);
- Corrente retificada de onda completa (trifásica).
Curva de histerese
Esta curva mostra a magnetização e desmagnetização de um material, indicando algumas propriedades, tais
como:
- Permeabilidade:
- Relutância:
- Magnetismo Residual:
- Magnetismo Remanente:
- Retentividade
- Força Coercitiva
Magnetização circular
Magnetização circular com máquina estacionária: (entre cabeças, entre cabeçotes, entre garras, contato
direto, passagem direta de corrente de corrente)
Consiste em posicionar a peça entre contatos elétricos, feitos nas extremidades da peça em ensaio através
de placas, malhas de cobre ou placas de chumbo, possibilitando um bom contato. A corrente passa pela
peça criando um campo magnético circular, que irá detectar as descontinuidades longitudinais.
Magnetização circular com condutor central
Consiste em introduzir uma barra de material condutor (cobre), no interior de peças (tubos, anéis, porcas
arruelas, furos e etc.), e fazer passar uma corrente elétrica por este material, gerando um campo magnético
circular ao redor deste, que será induzido na peça magnetizando-a.
Magnetização circular com Prods
Prods são dispositivos usados aos pares, são compostos por manoplas isoladas e os contatos elétricos,
feitos de s barras cilíndricas de cobre. Em um dos prod, é mantido o interruptor de acionamento da corrente
elétrica, que será ativado somente quando os dois contatos estiverem devidamente posicionados na
superfície a ser ensaiada. Estando os contatos devidamente posicionados, aplica-se a corrente que irá fluir
entre os contatos e a região da peça que estiver entre eles. Isso produzirá um campo magnético circular em
torno dos contatos e nas regiões da peça ao redor dos pontos de contato.
Os prods são geralmente usados para ensaios de chapas, juntas soldadas e peças de grande porte, onde não
é possível o posicionamento entre garras.
Geralmente após a utilização de prods, deve-se fazer um ensaio por líquido penetrante na peça, nas regiões
de contato.
OBS.: Não é permitida a utilização de prods para ensaiar peças aeronáuticas, a menos que seja determinado
pelo manual do fabricante.
As dimensões dos contatos, devem ser suficientes para garantir um perfeito contato com a peça a ser
ensaiada.
Os contatos, devem estar limpos, e as áreas de contato das peças devem estar livres de tinta, sujeira, graxa,
óleo, carepas ou outro material isolante.
Partículas Magnéticas
As partículas são feitas de material ferromagnético. Geralmente utiliza-se uma combinação de ferro e óxido
de ferro, tendo alta permeabilidade e baixa retentividade.
Tendo alta permeabilidade magnética, são facilmente atraídas pelo campo de fuga gerado pela
descontinuidade.
A baixa retentividade é requerida para evitar que fiquem magnetizadas.
Podem ser visíveis (com luz branca), nas cores: vermelha, preta, cinza e etc., ou fluorescentes (com luz
negra).
As partículas fluorescentes são as mais sensíveis e devem ser adotadas para peças aeronáuticas
Formas de aplicação
O meio de aplicação das partículas magnéticas interfere diretamente na mobilidade das mesmas devido à
maior ou menor facilidade que elas encontram de se deslocar até um campo de fuga. Existem dois tipos de
forma de aplicação que se resumem basicamente em:
- Via Seca : Veículo "ar"
- Via Úmida: Veículos "água, destilados de petróleo e óleos especiais".
A via úmida é a adotada para uso aeronáutico
Concentração das partículas em suspensão
De acordo com a norma ASTM 1444, as concentrações são:
Partículas fluorescentes: de 0,1 a 0,4 ml em 100 ml
Partículas visíveis: de 1,2 a 2,4 ml em 100 ml
Nota:
A norma ASTM 1444 e outras normas militares não permitem a utilização de partículas fluorescentes e
visíveis juntas.
Métodos de Ensaio
Método contínuo
É mais rápido e eficiente que o residual e não limita-se às descontinuidades superficiais.
Consiste em aplicar as partículas tanto pela técnica seca como pela técnica úmida durante a magnetização,
ou seja, durante o período em que a força magnetizante está sendo aplicada.
Método residual
Consiste em aplicar as partículas magnéticas após a força de magnetização ter sido removida.
*Para peças aeronáuticas, utiliza-se o método contínuo úmido fluorescente.
Para casos especiais o método residual será aplicado mas somente tendo em mãos uma técnica
devidamente elaborada e aprovada. Existem casos em que fabricantes de aeronaves recomendam o método
residual, mas a técnica detalhada deverá ser encontrada no manual ou boletim.
Inspeção
Uma vez estando a peça corretamente magnetizada e as partículas aplicadas, a peça estará pronta para ser
inspecionada sob luz negra. O operador, para sua segurança, não deve olhar diretamente para o foco de luz
ultravioleta.
Fazer incidir sobre a área a ser inspecionada, o facho de luz negra ou branca
Observar atentamente a área a ser inspecionada; havendo descontinuidades elas serão denunciadas pela
manifestação do fenômeno da fluorescência ou indicações características da cor das partículas visíveis.
O operador deve deixar que seus olhos acostumem-se com a cabine escura e com a luz negra acesa, por um
período mínimo de 1 (um) minuto antes de iniciar a inspeção.
O tempo de permanência do operador dentro da cabine deve ser de no máximo 2 (duas) horas, necessitando
após este período, de um intervalo de 15 (quinze) minutos para evitar a fadiga visual.
Após a desmagnetização, deve-se realizar a limpeza final, para eliminar os resíduos provenientes do ensaio.
Após a limpeza final, se a peça for para o estoque ou se for passível de corrosão, deve ser aplicada uma
camada de óleo protetor.
Identificação
Depois da limpeza após ensaio, a peça deve ser devidamente identificada através de etiquetas ou por cores
que indiquem se ela está aprovada ou rejeitada. O tipo de identificação deve estar descrito no procedimento
de ensaio e o operador ou inspetor deverá encaminhar a peça para a operação subseqüente, seja a
montagem no sistema da aeronave ou uma outra etapa do processo de fabricação.
Nunca esquecer de preencher a ficha de acompanhamento da peça ou lote de peças.
Registrar uma descontinuidade
Quando é necessário registrar uma descontinuidade, adotar o hábito de desenhar as descontinuidades uma a
uma, torna-se demorado e impreciso. Pode-se utilizar o desenho da peça para indicar a região das
descontinuidades.
Pode-se adotar alguns meios de registro:
- Líquidos registradores;
- Fitas adesivas transparentes
- Fotografias digitais, e
- Fotografias convencionais.
Para a realização deste ensaio necessita-se de uma fonte de radiação, que pode ser natural ou artificial, de um obj
(peça) e um meio de registro, no caso o filme radiográfico.
Chamaremos de radiografia o resultado da exposição de um filme utilizando raios-X e gamagrafia o resultado da utilizaç
de raios gama.
Importante
- A radiação é invisível e não causa dor no instante de uma exposição acidental. Portanto, atenção quando optar pela
utilização da radiação como ferramenta de detecção de descontinuidades.
- Deve-se ter em mente que as boas condições dos irradiadores são de fundamental importância e de responsabilidade
incontestável de seu proprietário.
- O operador não deve fazer a manutenção dos irradiadores, bem como manusear as fontes.
- Para a utilização dos irradiadores, os operadores devem passar por treinamentos específicos, não apenas um curso
sobre como radiografar uma peça.
- Os isótopos não podem ser adquiridos sem permissão e autorização de operação. Isso compete à CNEN.
- Nunca manipular ou utilizar os irradiadores ou aparelhos de raios-X, sem os devido treinamento para a radioproteção.
- Qualquer acidente com uma fonte radiativa ou aparelho de raios-X, deve ser imediatamente notificado à CNEN.
- O ensaio radiográfico exige um aparato especial para a radioproteção.
Propriedades dos raios-X e dos raios gama
Ambos são utilizados para a obtenção de uma imagem
Têm características e a mesma forma da luz visível. Fazem parte do espectro eletromagnético.
Como a luz, ambos são refratados quando passam através de vidro, lente ou outro meio.
Os raios-X podem ser focalizados mas nas técnicas aplicadas aos ensaios não destrutivos, não é aplicável.
As propriedades dos raios-X, Gama e luz visível, são similares. As diferenças estão nas aplicações e nos efeitos que
raios-x e gama diferem da luz.
Uma particularidade dos raios-X e gama é a capacidade de penetrar a matéria.
Algumas propriedades dos raios-x e gama:
- são invisíveis;
- em casos especiais, são refletidos, refratados e polarizados, mas em grau muito menor;
- propagam-se a uma velocidade e 3x108 metros por segundo, como a luz;
- raios-X têm energia entre 1 keV e 50 MeV;
- raios-x para os ensaios não destrutivos, são produzidos pela interação de elétrons de alta energia ou íons,
com a matéria;
- raios Gama são produzidos em transformações nucleares;
- raios x e gama impressionam(escurecem) filmes fotográficos
- estimulam fluorescência e fosforescência em alguns materiais
- são capazes de ionizar gases e mudar as propriedades elétricas de alguns líquidos e sólidos
- são capazes de causar danos em células e produzir mutações genéticas
- são diferencialmente absorvidos e dispersados por diferentes meios;
- não afetam combustíveis e munições.
As propriedades acima auxiliam no entendimento do processo radiográfico.
O mais importante nos ensaios não destrutivos, são as diferenças de absorção da radiação em materiais e a habilidade
radiação impressionar os filmes.
Os raios-X são mais usados em radiografias na área aeronáutica, porém em alguns casos, a utilização dos raios gam
necessária.
Uma vantagem na utilização dos raios gama na obtenção de uma imagem, é o fato das fontes serem pequenas
permitirem um melhor acesso à espaços limitados e não exigir energia elétrica.
Algumas desvantagens são:
- Tempo de exposição mais longo ;
- Qualidade da imagem inferior
Fontes de radiação
Muitos átomos exibem uma propriedade chamada radioatividade, que é um fenômeno de desintegração espontânea
chamada também de decaimento.
Esta característica é causada pela instabilidade da complexa estrutura de um átomo sobre a ação de forças elétric
magnéticas e gravitacionais.
O rádio é um dos elementos com um desbalanceamento natural que emite energia em forma de raios gama, para alcan
uma condição mais estável.
Juntamente com os raios gama, são emitidos as partículas alfa e partículas beta.
As partículas beta e alfa são facilmente absorvidas mas os raios gama são mais penetrantes pois a sua energia é mu
alta.
A energia dos raios gama é incontrolável, pois é resultado de forças no átomo.
Muitos das estruturas atômicas podem ser artificialmente levadas a liberar energia, expondo-as a forte campos
nêutrons gerados em reatores nucleares. Esses campos de nêutrons somam energia ao átomo, que desbalanceando
núcleo, fazem que o átomo emita um ou mais tipos de energia. O Cobalto é um elemento radioativo artificial, usado
ensaios não destrutivos para a obtenção de gamagrafias
Absorção da radiação pela matéria.
Uma descontinuidade em um material, como um vazio ou uma mudança de geometria, alteram a espessura de u
material e essa mudança causa diferenças no grau de absorção da radiação.
Quando um feixe de radiação incide num material, parte é absorvida ou dispersada e uma parte é transmitida. A pa
transmitida vai variar com as mudanças na espessura do material.
A radiação transmitida é a parte do feixe utilizada para detectar as descontinuidades.
Uma descontinuidade, sendo uma inclusão ou um vazio, irá ocasionar uma diferença na intensidade da radiaç
transmitida.
O grau da diferença de transmissão varia de acordo com as diferenças entre o material e as descontinuidades existente
Algumas descontinuidades não são facilmente detectáveis, seja pelo seu tamanho, orientação ou localização em relaç
ao feixe de radiação.
Exposição do filme
Como num filme fotográfico que é sensibilizado pela luz, o filme radiográfico será sensibilizado não somente pela luz m
também pela radiação. Neste processo consiste em proteger o filme contra raios de luz e permitir que incida sobre
apenas a radiação durante a exposição.
A exposição consiste em expor os filmes que possuem uma camada chamada de emulsão, contendo sais de prata.
As áreas escuras observadas num filme radiográfico, indicam que uma maior quantidade de radiação passou por aqu
região correspondente na peça ensaiada.
Quando utilizar o ensaio radiográfico
Quando a descontinuidade causar uma diferença detectável na espessura, na densidade ou na composição do material.
- Quando o material for consideravelmente homogêneo, onde uma indicação de descontinuidade pode ser reconhecida
- Quando a configuração da peça a ser radiografada permitir o acesso aos dois lados. Um lado para posicionar o filme
outro a fonte.
- Quando a descontinuidade a ser detectada estiver devidamente orientada em relação ao feixe de radiação.
Exemplos de aplicação
- Detectar descontinuidades internas em diversos materiais
- Aplicada na inspeção de fundidos, soldas e componentes montados em sistemas ou conjuntos;
- Aplicada em vários metais: ferrosos e não ferrosos e materiais não metálicos, tais como cerâmicas e plásticos.
INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO COM A MATÉRIA
Mecanismos de absorção
Os fótons da radiação-X ou gama são ondas eletromagnéticas de energia. Não têm massa ou carga elétrica e po
penetrar materiais densos.
Essas ondas são dimensionalmente tão curtas que têm o comprimento de onda menor que o espaço entre os elétrons d
átomos. Portanto, podem passar através da estrutura atômica.
A absorção de fótons é o resultado da colisão destes fótons com elétrons ou pela interação com o campo nuclear
átomo.
A energia perdida pelo feixe de radiação quando passa pela matéria acontece devido a interação dos fótons com
matéria. Nessa interação, a energia dos fótons é transmitida principalmente por três processos que são: absorç
fotoelétrica, efeito Compton e produção de pares.
Absorção Fotoelétrica:
Quando os fótons têm energia de 100 keV ou menos, são facilmente absorvidos pelos elétrons orbitais dos átomos
matéria atingida pelo feixe de radiação.
A energia do fóton é transferida para os elétrons, freqüentemente desalojando os elétrons de sua órbita e o restante
energia do fóton é usada para a energia cinética ou velocidade aos elétrons. Esses elétrons ejetados são chamados
fotoelétrons e o processo é conhecido como absorção fotoelética.
Esse mecanismo de absorção ocorre quando a radiação é de baixa energia, 100 kV ou menor.
Efeito Compton:
Quando os fótons têm uma energia de 100 keV a 1 Mev, toda energia não é requerida para desalojar um elétron orbita
acelerá-lo por indução de energia cinética.
Neste caso a fotoabsorção pode ocorrer mas o fóton continua a sua trajetória, porém com sua energia reduzida, p
perdeu energia para o elétron.
Por esse mecanismo de absorção, a trajetória do fóton é alterada e sua energia diminuída. Esse mecanismo de absorç
é chamado de efeito Compton. Este efeito acontece com energias entre 100 keV e 1 Mev.
Produção de pares:
Quando a energia da radiação excede 1,02 MeV, poderá causar a produção de pares. Neste caso, um fóton de a
energia é desintegrado pelo campo nuclear que circunda o núcleo do átomo.
A energia do fóton é convertida em um par "elétron-pósitron".
Raios-x ..são produzidos quando alguma forma de matéria é bombardeada elétrons em alta velocidade. Para isso s
necessários três requisitos básicos:
- Fornecimento de elétrons
- Movimento dos elétrons
- Bombardeamento de elétrons em um alvo
Geradores de radiação X
Os geradores de radiação x, são aparelhos com dispositivos elétricos e eletrônicos fabricados pelo homem, portanto n
constituem uma fonte natural de radiação.
Muitos tipos de geradores de raios-x são encontrados no mercado. Podem ser portáteis ou estacionários e variam mu
em termos de características de ajustes e potência.
Componentes e propriedades de um tubo de raios-X
A ampola de raios-X tem em seu interior, o ânodo (terminal positivo) e o cátodo (terminal negativo)sob vácuo. Geralme
o tubo de raios-X é uma ampola de vidro de alta resistência ao calor.
O vácuo reduz o problema da colisão dos elétrons com moléculas de ar, absorvendo-os e fazendo uma isolação entr
ânodo e o cátodo.Cátodo
A estrutura conhecida como cátodo serve como fonte de elétrons. Consiste de um filamento ou bobina de liga
tungstênio que emite elétrons quando aquecidos a uma temperatura muito elevada.
Ânodo
O material do alvo geralmente é de tungstênio. A escolha deste material deve-se à ao seu alto número atômico e out
características.
Ponto focal
O ponto focal é a área do alvo bombardeada pelos elétrons. Tem grande importância na qualidade da imagem obtida
uma radiografia.
Quanto menor o ponto focal, melhor serão os detalhes da imagem.
Sistema de refrigeração
Como a produção de raios-X gera altas temperaturas dentro do tubo, necessita-se de técnicas eficazes para a remoção
calor. Alguns aparelhos contam com um radiador de óleo que circular nas proximidades do ânodo, promovendo a troca
calor. Esse óleo que circula, retorna ao radiador, onde é refrigerado por água, de um outro radiador que envolve o circu
de óleo.
Outros aparelhos contam com a dissipação de calor utilizando membranas de radiador térmico, contando com
dissipação de calor pelo cobre que envolve o alvo e externamente ao tubo os dissipadores secos.
A troca de calor é fundamental para o bom funcionamento do tubo. É uma parte que merece constante atenção.
Unidade de Comando
Dependendo do modelo, contamos com sistemas de memória, facilitando em muito quando são feitas radiografias c
técnicas distintas. Opção de idioma, também disponível em alguns modelos. Dispositivos de monitoramento de todo
sistema, fornecendo informações sobre a refrigeração do tubo, porta aberta ou chave de segurança interna aciona
Controle de aquecimento automático, que dependerá das informações do operador, sobre quanto tempo o aparelho nã
operado.
Controle da corrente de filamento (miliamperagem) do tubo, desde "0" até 10 miliamperes em geral . Esse contr
permite aumentar ou diminuir a quantidade de radiação que atinge a peça a ser radiografada.
Controle de voltagem aplicada no tubo (kilovoltagem) numa faixa de zero até o máximo permitido pelo mod
adotado, permitindo selecionar a penetração dos raios-x no material ensaiado.
Em diferentes aparelhos, diferentes métodos são usados para acelerar os elétrons. Num pequeno gerador a aceleraçã
feita utilizando transformadores ligados à rede elétrica, e ligados entre o ânodo e o cátodo do tubo de raios-X.
Efeitos da voltagem
O aparelho de raios-X é operado com altas voltagens e a unidade usada é o kV . Quando a kilovoltagem (ener
necessária para acelerar os elétrons), é alterada, a energia cinética dos elétrons também se altera, alterando a energi
radiação resultante.
Efeitos da amperagem
Amperagem é a medida da quantidade de corrente elétrica aplicada no filamento. É a medida direta do número de elétro
livres no tubo e é independente das variações de kilovoltagem.
A escolha da energia é importante pois, uma energia muito baixa não penetrará numa determinada espessura, bem co
se for muito alta, irá reduzir o contraste radiográfico.
Escolha do equipamento
Para escolher um equipamento deve-se verificar o material e espessura a ser radiografada, se o trabalho é limitado
laboratório ou serão feitos trabalhos em campo, exigindo assim um aparelho portátil. Também devem ser analisadas
técnicas e exigências das normas aplicáveis.
Outros fatores devem ser analisados para a escolha correta.
Escolha do tubo
O tubo pode ser direcional ou panorâmico.
O direcional possui uma janela que permite uma radiografia limitada à uma área de cobertura do feixe direcionado.
O panorâmico possui uma janela circunferencial, emitindo um feixe em 360 o, facilitando o ensaio de peças tubulares
tubos.
O tubo direcional apresenta menor risco de radiação espalhada e a qualidade da imagem é melhor, pois o ponto foca
menor que no panorâmico.
Escolha do ponto focal
Quanto menor for o ponto focal, melhor será a qualidade da imagem
Isótopos radiativos
Energia De Fonte.
A unidade internacional para referência da energia da fonte é o Becquerel (Bq). O Becquerel é definido como uma
desintegração por segundo. Portanto, 1 Curie (Ci) = 3.7 x 1010 Bq.
Tamanho do Ponto Focal.
Para isótopos, o tamanho físico da fonte radioativa pode ser interpretado como o " ponto focal". Desde que o Becquerel
unicamente relaciona o número de desintegrações por segundo, esta unidade não tem relação com o volume de massa
tamanho da fonte radioativa.
O termo atividade específica é usado para definir a quantidade de radiatividade de um grama de substância e é express
como Becquerel por grama. Para um determinado número de Becquerel, as dimensões da fonte radiativa são governada
pela atividade específica.
Para aplicações em radiografias (gamagrafias), um pequeno tamanho de fonte é desejável para produzir imagens com b
resolução e nitidez, caso semelhante ao ponto focal do aparelho de raios-X.
Decaimento radiativo.
Consiste na quantidade cada vez menor de átomos instáveis em um material radiativo. Com o passar do tempo e
material radiativo vai se tornando menos e menos radiativo. Isótopos diferentes têm diferentes valores de decaimento.
Sensibilidade dos isótopos (qualidade de imagem)
A definição radiográfica obtida com isótopos radiativos, é menor quando comparada quando utilizando-se os raios-X
qualidade da imagem é mais baixa.
Blindagem dos isótopos:
Os isótopos emitem radiação continuamente e esta radiação não pode ser interrompida ou desligada como num aparelh
de raios-X.
Esses isótopos são armazenados em um recipiente do blindado, para reduzir o nível de radiação no ambiente e ass
proteger os operadores.
Câmara de isótopo ou irradiador gama
Consiste numa caixa blindada onde é recolhido o isótopo radiativo e dispositivos que permitam a abertura da blindag
em uma distância segura para o operador
Existem tipos diferentes de irradiadores, dos mais simples aos mais sofisticados. As câmeras mais simples, são caixas
com uma janela que é aberta a distância. Neste caso a caixa toda é levada até as proximidades da peça a ser ensaiada
feixe de radiação limita-se à janela. Outro tipo mais sofisticado, permite que a fonte seja retirada do interior da blindagem
passando por mangueiras e conduzida até a área de interesse. Através de comandos, pode-se liberar uma pequena
blindagem que envolve a fonte. Pode-se obter radiografias panorâmicas dependendo do modelo do dispositivo
O modelo mais utilizado, por permitir melhor posicionamento consiste de:
- Os telecomandos, mecânicos ou elétricos, que são manuseados pelo operador;
- Uma blindagem (ou "container"), onde tem a função de vedar as radiações emitidas pela fonte, a níveis permissíveis p
efetuar o ensaio, por um sistema mecânico especial;
- Um mangote, que conduz a fonte da blindagem até o ponto determinado para irradiação.
Os irradiadores podem ser encontrados em vários fabricantes porém devemos mencionar algumas características básic
- As mangueiras, tanto de comando, quanto do mangote, devem ser bastantes flexíveis e leves, possibilitando um desl
perfeito dos cabos de aço e da fonte, internamente.
- A blindagem de preferência deve ser leve, pois os trabalhos, na maioria das vezes, são executados em condições
acesso bastante difíceis.
Importante
A radiação é invisível e não causa dor no instante de uma exposição acidental. Por isso atenção quando optar p
utilização da radiação como ferramenta de detecção de descontinuidades.
Deve-se ter em mente que as boas condições dos irradiadores são de fundamental importância e de responsabilida
incontestável de seu proprietário.
O operador não deve fazer a manutenção dos irradiadores, bem como manusear as fontes.
Para a utilização dos irradiadores, os operadores devem passar por treinamentos específicos, não apenas um curso so
como radiografar uma peça.
Os isótopos não podem ser adquiridos sem permissão e autorização de operação. Isso compete à CNEN.
Nunca manipular ou utilizar os irradiadores ou aparelhos de raios-X, sem os devidos treinamentos para a radioproteção.
Qualquer acidente com uma fonte radiativa deve ser imediatamente notificado à CNEN.
Filmes radiográficos
Filmes são usados como meio de registro, pois a sua emulsão depois de ser sensibilizada pela radiação e posteriorme
processada, irá mostrar as diferenças de quantidade e intensidade da radiação que ultrapassou a peça, revelando
diferenças de densidade (grau de enegrecimento), as variações de espessura e grau de absorção da radiação.
Após a exposição do filme e o processamento dele, obteremos a radiografia.
Radiografia: obtida com raios-X
Gamagrafia: obtida com raios gama
Geralmente chamadas de radiografia, podem incluir as obtidas por raios gama
Como é o filme
Consiste de uma base com uma camada de emulsão contendo cristais de prata, usualmente o brometo de prata.
A base usualmente é de poliéster transparente, com uma suave coloração azulada.
Emulsão
Consiste de um material gelatinoso contendo grãos ou cristais de brometo de prata, sensíveis a radiação e distribuíd
uniformemente.
Imagem Latente.
A imagem latente é formada por interações da radiação eletromagnética com os cristais de brometo de prata.. E
imagem é formada após a exposição e somente será vista após o processamento do filme.
Revelação
O produtos utilizados na revelação, reduzem os cristais contendo a imagem latente em prata metálica enegrecida mas t
um menor efeito naqueles cristais que não foram expostos radiação. A prata metálica é opaca e forma a imag
radiográfica.
Qualidade da imagem
Uma imagem de qualidade consiste em apresentar: definição, contraste, resolução e nitidez.
Granulação
É a impressão visual de não uniformidade de densidade em uma imagem radiográfica
Geralmente a granulação aumenta com o aumento da energia da radiação
Relação sinal-ruído
A variação acidental na densidade da imagem torna mais difícil identificar a variação deliberada na densidade da imag
que resulta do uso do filme. A relação entre estas duas variações de densidade é conhecida como relação sinal-ruído
Tipos de filme
Existem vários tipos de filmes para raios-X industrial. Eles variam de acordo com a relação sinal-ruído, velocidade
resposta à radiação e granulação. De acordo com algumas publicações, é mais apropriada a classificação pela relaç
sinal-ruído. Filmes de granulação muito fina apresentam uma alta relação sinal ruído, requerem comparativame
maiores quantidades de radiação na exposição para produzirem imagens com excelentes resolução de detalhes.
Existem quatro classes de filmes, de acordo com algumas normas são elas:
Classe 1, Classe 2, Classe3 e Classe 4.
Outras normas estabelecem:
Classe especial, Classe I, Classe II, Classe III
De acordo com a ASTM
Classe especial: essa classe apresenta altíssima relação sinal-ruído. São filmes considerados de alta resolução
detalhes. Devem ser utilizados quando a máxima sensibilidade é requerida. São filmes muito lentos.
Classe I: essa classe é considerada com de alta relação sinal-ruído
Classe II: considerada de moderada relação sinal-ruído.
Classe III: aqui estão classificados os filmes de baixa relação sinal-ruído. São filmes de alta velocidade.
Contraste do filme
É a medida da diferença na densidade do filme em regiões expostas com diferentes quantidades de radiação.
Relação sinal-ruído
A variação acidental na densidade da imagem torna mais difícil identificar a variação deliberada na densidade da imagem
que resulta do uso do filme. A relação entre estas duas variações de densidade é conhecida como relação sinal-ruído
Densidade do filme
Num filme que é exposto à radiação, a densidade óptica ou grau de enegrecimento depende da quantidade de radiação
absorvida pela emulsão radiográfica.
Curva Característica
A curva de característica é a resposta de um tipo de filme à radiação de uma energia particular. Isso é obtido plotand
densidade da imagem do filme contra o logaritmo de exposição relativa.
Como a densidade é um logaritmo , escalas log-log são usadas para plotar os valores.
Escalas log-log não fazem apenas a interpretação gráfica mas também todos os valores da exposição relativa podem
derivados facilmente, subtraindo um valor logaritmo de outro.
As curvas características podem também ser usadas para calcular as mudanças necessárias para otimizar a técn
quando altera-se o tipo de filme ou a densidade desejada.
Velocidade do filme
E um fator que determina a quantidade de radiação que o filme deve receber para obter uma dada densidade.
A velocidade do filme varia com a granulação do filme. Quanto maior a granulação, maior será a velocidade do filme.
Geralmente os filmes mais rápidos custam menos, então é um fator a ser analisado, a "economia".
Contraste do filme
É a medida da diferença na densidade do filme em regiões expostas com diferentes quantidades de radiação.
O contraste do filme não deve ser confundido com o contraste do objeto (peça).Armazenamento de filmes não expost
A emulsão dos filmes é sensível ao calor, umidade, certos vapores ou fumaça química e radiação. Devem ser
armazenados corretamente.
Data de validade do filme radiográfico
A data de validade dos filmes vem expressa na caixa e deve ser respeitada. O melhor é adquirir somente quantidad
necessárias para uso por determinado período, evitando grandes estoques.
Fazendo-se o rodízio de prateleira, usa-se primeiro o filme com data mais antiga.
O filme quando está com sua ata de validade vencida, não deve ser descartado, alguns testes permitidos por norm
podem ser feitos para verificar se ainda podem ser utilizados.
Identificação dos filmes
É necessária e obrigatória a identificação dos filmes expostos. Esta identificação pode ser feita durante ou após a
exposição. Podem ser utilizados:
Letras e números de chumbo
Fita de chumbo que aceita inscrições
Fitas adesivas, chapas de impressão ou outro método que não contamine a radiografia (após o processamento)
Local das identificações: canto direito superior do filme.
Cartas técnicas
As características do equipamento de raios-X, devem ser conhecidas para que sejam obtidos os melhores resultados
utilização do equipamento com a exposição adequada e menor perda de tempo para várias espessuras, será possí
consultando as cartas técnicas, que geralmente são fornecidas pelos fabricantes dos aparelhos de raios-X.
Devido as diferenças entre os aparelhos, pode ser necessário preparar cartas técnicas adicionais para os objetivos
condições específicas de utilização do aparelho.
As cartas técnicas podem ser usadas como um guia que auxiliará na preparação de cartas técnicas específicas.
Marcadores de posição
São letras, números, setas ou outros símbolos que auxiliam identificar qual peça ou região dela corresponde à imag
registrada na radiografia. Estes marcadores podem ser colocados sobre a peça ou sobre o filme. O importante é sa
localizar na peça o local da descontinuidade detectada.
Sobreposição
Quando radiografar áreas extensas onde é necessária a utilização de mais de um filme, deve-se posicionar os filmes
maneira que não exista uma região entre um filme e outro que não seja radiografada. Para evitar que isso ocorra, os film
devem ser sobrepostos.
Processamento de filmes
- Revelador
O revelador tem as funções:
- Escurecer as partes da emulsão que foram expostas.
- Temperatura: a temperatura do revelador deve estar próxima dos 20 o C, pois acima desta temperatura perde
sensibilidade, resolução e contraste.
Deve-se seguir as recomendações do fabricante do produto.
- Tempo de revelação: a temperatura influencia no tempo de revelação. Quanto maior a temperatura, menor será o tem
de revelação.
O tempo de revelação deve ser consultado nas especificações do fabricante, de acordo com a temperatura da solução.
- Banho de parada
É usado para interromper rapidamente a ação do revelador.
Muitos utilizam apenas a água como banho de parada. Isso pode ser feito mas a vida do fixador será mais curta.
- Solução fixadora
Após a revelação, a emulsão contem ainda todos os grãos de brometo de prata não expostos e não revelados. Es
brometos devem ser removidos da emulsão se a imagem obtida for considerada permanente.
Se a radiografia não passar pelo fixador, em pouco tempo irá adquirir uma tonalidade marrom, que inutilizará a imag
registrada no filme.
- Solução umectante
Consiste numa solução contendo um agente molhador, ou seja, um agente que diminui a tensão superficial da ág
evitando que o filme apresente manchas de gotas de água na emulsão.
Esta etapa fica entre a lavagem e a secagem.
- Secagem
Tem a finalidade de fazer evaporar a água da emulsão.
- Câmara escura
Geralmente é separada em duas áreas, a seca e a úmida. A área seca é o local onde os film-holders são carregado
descarregados.
A área úmida é o local onde o filme é processado, deve contar com luzes de segurança, timer para controlar os tempos
cada operação e termômetros.
Processadoras automáticas
A vantagem é sentida quando existe uma grande quantidade de filmes a serem processados. Apresentam alta velocida
de processamento e controlam o processo de revelação. Possibilitam uma revelação mais uniforme.
A qualidade final pode ser inferior se comparada com o processamento manual.
Exige constante limpeza interna e uma atenção especial aos roletes que conduzem os filmes, pois retêm contaminan
que afetam e marcam os filmes
Controle das soluções
Tanto para o processamento manual como para o automático, as soluções devem ser verificadas diariamente.
Densidade dos filmes
A densidade da área de interesse das radiografias devem estar entre 1,5 e 4,0 (inclusive).
Qualificação de radiografias
Toda radiografia, bem como toda gamagrafia industrial, deve ser executada seguindo normas básicas de ensaio (ABN
MIL, ASME, API, ASTM, etc.). As recomendações ou especificações presentes no filme radiográfico são de fundamen
importância para atingir os níveis da qualidade exigidos, a saber:
a) Inscrições no Filme
b) Indicador da Qualidade de Imagem (IQI) ou Penetrômetros.
Qualidade da radiografia
A radiografia deve ser analisada primeiramente quanto à sua qualidade ou seja, não deve apresentar manchas nas regiõ
de interesse, não deve apresentar riscos, dobras, impressão digital ou outra anormalidade.
Não apresentando nenhum problema que possa reprovar a radiografia, deve-se verificar:
As identificações
A densidade
Presença do indicador da qualidade de imagem IQI
Verificar se o nível de sensibilidade está sendo visto na radiografia através do IQI.
Sensibilidade é definida como o diferencial em espessura, em termos de porcentagem da total espessura que s
registrada na radiografia.
Para assegurar a qualidade e a sensibilidade da imagem, deve-se utilizar o penetrômetro.
Definição na radiografia é a nitidez dos contornos. O tamanho do ponto focal, as condições físicas da exposição e
resolução do filme determinam a resolução.
Interpretação radiográfica
Esta é uma etapa que exige conhecimento e prática do inspetor. Uma dedução errada de alguma indicação, pod
reprovar uma peça em boas condições ou aprovar uma peça com descontinuidades acima do limite estabelecido p
norma aplicável.
De posse do critério de aceitação e rejeição e das referências radiográficas, inicia-se a interpretação (laudo radiográfic
que deve ser feito em sala escura, com o auxílio de um negatoscópio.
Instalações
A CNEN deve receber o projeto das futuras instalações destinadas ao uso de fontes de radiação X ou gama, bem co
um plano de radioproteção.
As instalações somente serão aprovadas para funcionamento após uma avaliação criteriosa.
Dentre os itens obrigatórios para o funcionamento de um laboratório para ensaio por raios-X estão:
Monitoramento e classificação das áreas
Blindagem das paredes
Blindagem das portas
Sinalização luminosa
Interruptores no interior da sala onde ficará o aparelho (para interromper a irradiação em caso de emergência)
Interlock nas portas (interrompe a irradiação se a porta for aberta)
Medidores de radiação
Monitores de área (sonoro)
Sinalização
Plano de radioproteção
Pessoal treinado e qualificado pela CNEN
Pessoal
O pessoal envolvido nas atividades com raios-X, deve ser treinado e qualificado (radioproteção).
A empresa deverá ser responsável pelas instalações e pelo pessoal envolvido com as atividades com radiação.
O pessoal que for trabalhar em ensaios não destrutivos, deverá ser treinado e qualificado para a execução dos ensai
Na área aeronáutica, de acordo com a norma NAS 410.
O operador e pessoal envolvido com radiografia deverá portar durante as atividades:
Dosímetro
Monitor/alarme individual
Caneta dosimétrica
Deve ser submetido aos exames médicos periódicos.
Todas as informações necessárias podem ser obtidas no site da CNEN www.cnen.gov.br
Ensaio por ultra-som
FINALIDADE DO ENSAIO
A principal finalidade do ensaio por ultra som é a detecção de descontinuidades internas em materiais ferrosos
não ferrosos, metálicos e não metálicos, através da introdução de um feixe sônico com característic
compatíveis com a estrutura do material a ser ensaiado. Este feixe sônico se for introduzido numa direç
favorável em relação a descontinuidade (interface), se for refletido por esta descontinuidade, será mostrado
tela do aparelho como um pico (eco). Algumas descontinuidades superficiais também podem ser detectadas co
este ensaio não destrutivo.
O que é necessário para o ensaio
- Operador treinado e qualificado
- Norma técnica, manuais e procedimentos
- Um aparelho
- Transdutores
- Acoplante
- Blocos de calibração e de referência
- Material a ser ensaiado
Ondas mecânicas
São aquelas originadas pela deformação de uma região de um meio elástico e que, para se propagare
necessitam de um meio material. Daí decorre que as ondas mecânicas não se propagam no vácuo.
Quando transmitidas ao nosso sentido da audição, são por ele captados como uma impressão fisiológi
denominada som.
"Som" é o fenômeno acústico que consiste na propagação de ondas sonoras produzidas por um corpo que vib
em um meio material elástico".
As ondas sonoras propagam-se nos sólidos, líquidos e gases.
Ondas Periódicas
As ondas são periódicas quando e repetem identicamente, em intervalos de tempo iguais.
Ondas Sonoras
A parte da Física que estuda o som, denomina-se acústica; nela são descritos os fenômenos relacionados com
oscilações mecânicas (vibrações) que originam as ondas sonoras ocorrentes, bem como a propagação dess
ondas nos sólidos, líquidos e gases.
As ondas sonoras são ondas periódicas; classificadas em audíveis e inaudíveis, dependendo do número
períodos que ocorram na unidade de tempo (freqüência).
Som, Infra-som e Ultra-som
Quando as ondas sonoras têm freqüência entre 20 Hz e 20.000 Hz, são audíveis = SOM
Quando as ondas sonoras têm freqüências inferiores a 20 Hz são inaudíveis = INFRA-SOM.
Quando as ondas sonoras têm freqüências superiores a 20.000 Hz são também inaudíveis = ULTRA-SOM.
Para aplicação no ensaios de materiais por ultra-som, a faixa de freqüência geralmente utilizada está entre 0
MHz e 20 MHz.
COMPRIMENTO DA ONDA ( l ), que é a distância entre duas cristas ou dois vales consecutivos ou du
zonas de compressão e diluição. l = V/F.
Sempre dependerá da freqüência e da velocidade.
PERÍODO (T), que é o menor intervalo de tempo de repetição do fenômeno periódico. Pode ser defini
também, como o tempo que uma onda completa gasta para percorrer a distância " l ";
FREQÜÊNCIA (F), que é o número de períodos por segundo; é, portanto, o inverso do período:
F = 1/T
A unidade de freqüência é o Hertz (Hz) que significa "um ciclo por segundo".
Utilizaremos MHz, milhões de ciclos por segundo.
A freqüência depende somente do período e não varia ao passar por meios diferentes.
Quanto maior a freqüência (F), maior será o número de oscilações (ciclos) por segundo, menor será a distânc
entre as cristas ou vales, ou zonas de compressão e diluição. (l ).
Um transdutor utilizado neste método de ensaio, tem a sua freqüência fixa, ou seja, ele é adquirido para s
utilizado em uma determinada freqüência. Este transdutor terá sempre a mesma freqüência, mesmo que se
utilizado em materiais diferentes. Para ensaiar materiais com características muito diferentes, teremos q
utilizar transdutores de freqüências diferentes.
AMPLITUDE (A) que é a elongação máxima, isto é, um ponto de máximo no eixo "Y" .
Interferência de Ondas
Com relação às ondas emitidas por fontes diferentes, o fenômeno da interferência ocorre também como se ca
sistema de ondas estivesse só, isto é, nos pontos de cruzamento, adicionam-se ou subtraem-se geometricamen
e esses pontos são sede da onda resultante. A intensidade de uma onda sonora resultante varia de um som fo
que se ouve em dado instante para um silêncio quase total, seguido de um som forte e assim por diante. Os so
fortes ocorrem quando as ondas interferem construtivamente reforçando-se umas às outras, e o silêncio oco
quando há interferência destrutiva e as anulam total ou parcialmente.
Ressonância
Ressonância é o fenômeno pelo qual um corpo vibra ao ser atingido por vibrações produzidas por um out
corpo, quando o período das vibrações do primeiro coincide com o período natural de vibrações do segundo,
com o período de um dos seus harmônicos, ou seja, quando a freqüência de vibração induzida (externa) no cor
coincide com sua freqüência natural.
Aplicando-se uma vibração ultra-sônica num corpo a ser ensaiado, dependendo das características acústic
desse corpo, ele entrará em ressonância na medida em que o período da vibração aplicada se aproxime do s
período natural de vibração.
VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO
A velocidade é uma característica de cada material. Dependerá de muitos fatores, como, tipo de material e lig
tratamento térmico e etc. Cada material apresenta um comportamento em relação a propagação de um fei
sônico de tipos de ondas diferentes. Existindo vários tipos de ondas, teremos também alguns diferentes valor
de velocidade.
EFEITO PIEZELÉTRICO E EFEITO LIPPMANN
Efeito piezelétrico
É a designação que recebeu o fenômeno que ocorre com os cristais anisotrópicos, nos quais desenvolvem-
cargas elétricas quando submetidos a deformações mecânicas.
Este fenômeno, manifesta-se da seguinte forma: aplicando-se cargas mecânicas nas duas faces opostas de um
lâmina de cristal de quartzo, ocorre a formação de cargas elétricas de polaridades contrárias nessas faces, isto
em uma das faces formam-se cargas positivas e na outra cargas negativas.
Experiências diversas mostraram que as cargas elétricas desenvolvidas na lâmina de cristal, são proporcionais
cargas mecânicas aplicadas.
Efeito lippmann
É a designação que recebeu o fenômeno que ocorre com os cristais anisotrópicos, nos quais observam-
deformações mecânicas quando submetidos a tensões elétricas. É o efeito recíproco do efeito piezelétrico.
Se na lâmina de cristal for aplicada agora uma tensão alternada, ela sofrerá deformações sucessivas passando
vibrar. A lâmina se contrairá na primeira metade do ciclo da corrente alternada e se expandirá na outra metad
A freqüência de vibração mecânica será a mesma da tensão alternada
Como vimos, o dispositivo transforma uma energia em outra, isto é, transforma energia elétrica em energ
mecânica. Todos os dispositivos que transformam uma espécie de energia em outra são chamados transdutor
No ensaio por de ultra-som, o transdutor é conhecido também como cabeçote
Podem-se produzir vibrações mecânicas desde alguns ciclos por segundo (Hertz) até cerca de 25.000.000
ciclos por segundo (25 MHz). A faixa de utilização nos ensaios por Ultra-Som é de 0,5 MHz a 15 MHz, poden
chegar a 20 MHz em transdutores de aplicações especiais.
ONDAS ULTRA-SÔNICAS
Propagação das ondas ultra-sônicas
O ensaio de materiais por ultra-som é feito mediante uso de ondas ultra-sônicas.
Qualquer onda provoca oscilações das partículas do meio em que se propaga. A passagem da onda ultra-sôni
pelo meio de propagação faz com que as partículas que compõem esse meio executem um movimento
oscilação em torno da sua posição de equilíbrio, cuja amplitude irá diminuindo gradativamente em decorrênc
da perda de energia da onda.
Tipos de ondas ultra-sônicas
Ondas longitudinais (ondas de compressão)
Uma onda é longitudinal quando as partículas do meio em que ela se propaga vibram na mesma direção
propagação da onda nesse meio.
A distância entre duas zonas de compressão e duas de diluição temos o comprimento de onda (l )
Este tipo de onda propaga-se nos sólidos, líquidos e gases.
É a onda de maior velocidade de propagação.
Ondas transversais (ondas de corte ou cisalhamento)
A onda é transversal quando as partículas do meio em que ela se propaga, vibram perpendicularmente à direç
de propagação da onda nesse meio. Nesse caso, os planos de partículas no meio de propagação mantêm à mesm
distância uns dos outros.
Não se propagam nos líquidos e nos gases, pois nesses meios não existe ligações mecânicas
Sua velocidade de propagação é aproximadamente a metade da velocidade da onda longitudinal
O comprimento de onda ( l ) é a distância entre dois vales ou dois picos.
Este tipo de onda é utilizado no ensaio com transdutores angulares e de ondas superficiais.
Ondas superficiais
São obtidas após a refração da onda longitudinal. É utilizada em transdutores de ondas superficiais.
Existem três tipos de ondas superficiais, que são: ondas de Rayleigh, ondas de Love e ondas de Lamb.
As ondas de Rayleigh são as mais utilizadas nos ensaios não destrutivos e as demais são utilizadas em cas
específicos.
LEI DE SNELL
sen a 1 / V.L 1 = sen b T / V.T 2
Onde:
VL1 = velocidade longitudinal do MEIO 1 que sempre será a velocidade do plexiglass = 2,73 km/seg
VT2 = velocidade do meio 2
A lei de SNELL, é aplicada na construção de transdutores. Desejando-se um determinado angulo b T, pode-
calcular o angulo (a 1), e conhecendo o valor de (a 1), chega-se ao angulo b T.
Na prática, a lei de SNELL será aplicada com o objetivo de determinar qual o angulo de um determina
transdutor pois, os transdutores mais utilizados trazem os ângulos determinados para o aço e quando ensaiam
outros materiais com outras velocidades, o angulo marcado no transdutor já não será o mesmo para este out
material. Resumindo, um transdutor de 45o para o aço, não terá 45o para o alumínio.
Transdutores
Os transdutores são responsáveis pela emissão das ondas ultra-sônicas porque dentro deles está localizado
cristal piezelétrico que vibrará quando estimulado por pulsos elétricos vindos de um dispositivo controlador
pulsos, localizado no aparelho de ultra-som. Os pulsos elétricos são levados aos transdutores pelos cab
coaxiais.
Transdutores são acessórios frágeis. Devem ser manuseados com cuidado, evitando as quedas, pancadas e a
mesmo batidas mais secas na superfície da peça em ensaio.
São acessórios enquadrados como material de consumo pois, desgastam-se com facilidade se manuseados se
os devidos cuidados. Quando utilizados de maneira correta e cuidadosa, funcionam durante muitos anos se
apresentam problemas sérios. São caros.
Existem no mercado transdutores de várias formas, tamanhos, ângulos e freqüências.
Os transdutores são divididos em categorias que são: Transdutores normais, transdutores de duplo cristal (S/E
transdutores angulares, transdutores de ondas superficiais e os especiais, para aplicações específicas.
Transdutores Normais: são aqueles que trabalham com ondas longitudinais no interior das peças. S
encontrados em vários diâmetros e freqüências. O cristal é circular.
Dentro desta categoria, encontramos os transdutores normais para ensaio por contato direto e os transdutor
normais blindados, que são aplicados no ensaio por imersão.
A faixa de diâmetros de cristais mais utilizados, varia de 6,25 a 30,0 mm e é nesta faixa que as norm
aeronáuticas recomendam. Existem os transdutores em miniatura com cristais de diâmetros reduzidos, be
como os de diâmetros bem maiores que 30,0.
São utilizados para detectar as descontinuidades cuja área de maior reflexão está paralela à superfície de conta
São montados com um único cristal, que atua como emissor e receptor.
Os transdutores normais para ensaio por imersão, são encontrados em vários diâmetros e freqüências. O que
diferencia dos transdutores para contato direto, é a blindagem necessária para trabalharem submersos e algum
variações na região de saída do feixe, já que não terá existirá contato direto com a superfície da peça.
Transdutores com duplo cristal (S/E ou T/R): são transdutores que trabalham com ondas longitudinais
interior das peças. São encontrados em vários diâmetros e freqüências. Os cristais numa pequena inclinação.
O S/E foi projetado para suprir as deficiências do transdutor normal. É um transdutor muito utilizado quando
varredura com um transdutor normal não é possível devido ao campo próximo, comum aos transdutores
apenas um cristal.
* campo próximo é uma região de distúrbios onde as indicações não são confiáveis.
Estes transdutores são montados com dois cristais que funcionam separadamente. Um cristal é o emissor e
outro cristal é o receptor. É como se existissem dois transdutores completamente isolados, dispostos num
mesma carcaça maior.
Possuem contatos e conectores separados para cada cristal e uma blindagem interna que evita que as ondas ult
sônicas emitidas pelo cristal emissor chegue ao cristal receptor sem passar pela peça. E
É bastante utilizado na medição de espessuras e em peças de paredes finas.
Apresentam menor sensibilidade se comparados com os transdutores normais.
Estes transdutores não têm campo próximo mas têm uma zona semelhante à zona morta, que tem de 1 a 3 m
de profundidade. Nesta região nada é detectado, necessitando de um outro ensaio para ensaiar a superfície
subsuperfície.
Não é aplicado no ensaio de grandes espessuras pois seu campo útil é limitado.
Transdutores angulares: são aqueles que trabalham com ondas transversais no interior das peças. S
encontrados em vários tamanhos de carcaça e cristais. O cristal deste transdutor é retangular.
Sua construção é bastante similar aos outros, tendo em seu interior os mesmos dispositivos. O que difere é
forma do cristal e seu posicionamento pois, devem ser inclinados num angulo pré estabelecido, para que quan
o feixe encontrar a interface _"transdutor - superfície da peça" (MEIO 1 e- MEIO 2), seja refratado e forme co
a normal, o angulo indicado.
Os transdutores angulares são encontrados na faixa de ângulos de 30 o a 80o. Os mais utilizados são os de 45
60o e 70o.
Quando recém adquiridos, estes transdutores geralmente apresentam o angulo muito próximo do indicado e
sua carcaça mas com o desgaste da sapata de acrílico, o angulo poderá aumentar ou diminuir. Exige a constan
calibração do ponto de saída do feixe sônico e do angulo de incidência.
Sua utilização não é tão simples como o transdutor normal pois, o feixe caminha em um angulo então n
existirá um eco de fundo (eco de espessura). Enquanto não houver uma interface para refletir o feixe sônico, e
percorrerá o interior do material até ser totalmente atenuado.
Transdutores de ondas superficiais: são aqueles que trabalham com ondas superficiais. São encontrados e
vários tamanhos de carcaça e cristais. O cristal é retangular.
São semelhantes aos transdutores angulares.
O cristal deste transdutor é montado num angulo de inclinação em relação a normal, que faz com que a on
transversal refratada, seja levada para a superfície (2o angulo crítico)
FREQÜÊNCIA
Para a detecção de descontinuidades, geralmente são usadas as freqüências entre 2,25 e 10 MHz.
Freqüências maiores que 10 MHz, permitem maior sensibilidade para a detecção de pequenas descontinuidad
mas apresenta baixo poder de penetração.
Freqüências altas são afetadas pela própria estrutura metalúrgica do material, ou seja, a granulação, compost
intermetálicos, precipitados ou qualquer outra característica proveniente do processo de fabricação.
Os sinais destes pequenos refletores podem interferir na detecção de pequenas descontinuidades e s
conhecidas como "ruído" ou "grama".
Se o tamanho da descontinuidade ou defeito a ser detectado deve ser a primeira consideração a ser feita quan
seleciona-se a freqüência de ensaio.
Se o objetivo é detectar grandes descontinuidades, pode-se optar por freqüências mais baixas, principalmen
quando for requerida maior penetração.
ACOPLANTE
Substância líquida ou pastosa, que tem por finalidade, favorecer a transmissão das ondas ultra-sônicas
transdutor para a peça em ensaio, não deixando ar entre os meios 1 e 2.
A escolha do acoplante dependerá das condições superficiais da peça e do tipo de material está sendo ensaiado
Numa superfície com bom acabamento, bastará uma camada de um óleo fino. Em superfícies com rugosida
excessiva, será necessário um acoplante mais viscoso, podendo até ser necessária a utilização de gel ou graxa.
Os acoplantes típicos são: água, óleo em geral, gel, graxa, vaselina líquida e em pasta ou uma mistura das du
metilcelulose (não para metais ferrosos) e etc..
Deve-se verificar a compatibilidade entre o acoplante e o material a ser ensaiado. Esse cuidado justifica-se p
possíveis reações e ataques, propiciando a corrosão.
Após o término do ensaio, a peça deverá ser totalmente limpa, eliminando-se os resíduos do acoplante.
No ensaio por imersão, a água é o acoplante. Portanto, quando forem ensaiadas peças de material ferroso, de
adicionar à água, aditivos para evitar corrosão da peça em ensaio além de anti-espumante e bactericida.
ATENUAÇÃO ACÚSTICA
Sabemos que uma das causas da diminuição da pressão sônica é a divergência do feixe, a outra é a atenuaç
acústica.
Atenuação acústica não é causada pela geometria do campo sônico, é uma característica dos materiais.
A pressão sônica decresce como resultado da atenuação, que é medida em dB/mm.
Dispersão e absorção são as responsáveis pela atenuação acústica.
Dispersão do feixe sônico: ocorre devido ao desvio de partes do feixe por pequenos refletores existentes
interior dos materiais (descontinuidades tais como tamanho de grão, vazios, inclusões etc.), fazendo com que
ondas percam um pouco de energia e se propaguem em todas as direções.
Absorção: Uma parte da energia ultra-sônica é perdida por atrito, transformando-se em calor. Esse "atr
interno" aumenta com a freqüência.
Aparelhos de ultra-som
São encontrados no mercado, vários tipos e modelos de aparelhos de ultra-som. Com o desenvolvimento
eletrônica e informática, temos aparelhos capazes de fornecer excelentes resultados, com as facilidades
memória para arquivar os dados de calibração e resultados obtidos no ensaio. Podem ser acoplados
impressoras ou computadores, permitindo que os registros do ensaio sejam transferidos para os relatórios, co
um maior número de informações, evitando falhas ou esquecimento do operador.
Basicamente os aparelhos de ultra-som apresentam os mesmos controles e ajustes, sendo diferenciados apen
no grau de modernização, com recursos que agilizam o ensaio.
Falaremos sobre os controles e ajustes principais.
Escolha do método (impulso-eco ou duplo cristal/transdutor)
Permite selecionar se o ensaio será feito com um único transdutor ou se serão utilizados dois transdutores ou
será utilizado um transdutor de duplo cristal (S/E).
Ajuste de ganho (dB):
É considerado o mais importante, juntamente com o controle de escala.
Existem dois controles de ganho. Um que permite aumentar ou diminuir o ganho em posições de 10 em 10dB
de 20 em 20 dB e um outro controle ou ajuste fino que permite aumentar ou diminuir em 1dB ou 2 dB de ca
vez.
Tem a função de regular a recepção do sinal de uma reflexão. Compara-se ao controle de volume de um rádio.
Quanto maior for o ganho, maior será a altura do eco na tela do aparelho, que poderá ser aumentado
diminuído, simplesmente aumentando ou diminuindo o ganho.
Determinará a amplitude de todas as reflexões na tela e permitirá quantificar as reflexões e diferenças entre
amplitudes dos sinais recebidos.
A unidade utilizada neste controle é o decibel (dB). Sempre que for mencionado o ganho, certamente exist
uma quantidade de decibéis.
Durante a calibração do aparelho, é utilizado um ganho de calibração que deverá ser anotado sempre.
Existira também um outro valor de ganho, que será o ganho operacional, que é a soma do ganho de calibração
ganho de norma, a correção de transferência e o ganho do operador.
Quando uma descontinuidade for detectada, terá a sua amplitude comparada à amplitude de uma reflex
padronizada, e esta reflexão será avaliada conforme a quantidade de dB acima ou abaixo da reflexão
referência.
Ajuste de escala:
Este controle é o que possibilita posicionar a reflexão de uma determinada espessura ou percurso sônico, na te
horizontal do aparelho, ou seja, a distância percorrida pelo feixe sônico dentro do material.
Se o feixe sônico estiver percorrendo uma espessura de 300 mm e a escala estiver calibrada em 100 mm, n
será mostrado o eco desta espessura (eco de fundo), na tela do aparelho.
Dependendo do aparelho, a escala pode chegar a 5 metros, porém o limite maior de escala encontrada n
aparelhos portáteis, não ultrapassa os 2 metros.
Existem dois controles ou ajustes de escala, um deles é chamado de ajuste grosso, que tem as posições de 25, 5
100, 250, 500, 1500mm, indo até o limite máximo da escala. O outro ajuste existente, o ajuste fino, permite q
seja possível estabelecer exatamente a escala desejada, posicionando e eco de fundo ou o eco ou de qualqu
outra reflexão, em qualquer local na escala horizontal da tela, permitindo calibrar escalas por exemplo, de 157
mm, 975 mm. Este ajuste permite aproximar ou afastar os ecos.
Permite ajustar o aparelho para que possa trabalhar com um ou mais ecos de fundo.
O eixo horizontal da tela geralmente apresenta uma graduação que vai de "0" zero a "10" dez.
Quando temos por exemplo uma espessura de 273 mm e posicionamos na tela do aparelho, o eco inicial em ze
e o eco de fundo, que corresponde a espessura de 273 mm em 10, temos aí uma escala de 273 mm.
Ajuste do ponto zero:
É o controle que movimenta os ecos para a direita e esquerda, sem alterar a distância entre eles. Perm
posicionar o eco inicial no zero e com o auxílio do ajuste de escala, que afasta ou aproxima os ecos, é possív
posicionar os outros ecos de acordo com a calibração utilizada
Ajuste de freqüência:
Permite selecionar no aparelho, a freqüência do transdutor utilizado.
Nos aparelhos atuais, este ajuste é automático.
Ajuste da Velocidade de Propagação:
Ao ser alterada no aparelho a velocidade de propagação, nota-se claramente na tela que o eco de reflexã
produzido por uma interface, muda de posição na tela, alterando muito pouco a posição do eco inicial.
Com esse ajuste pode-se comparar velocidades de vários materiais.
O aparelho de ultra-som é ajustado para medir o tempo de propagação do som numa determinada distância.
Supressor de ruídos:
Tem a função de um filtro, elimina da tela do aparelho os ecos as pequenas reflexões decorrentes
acoplamento e de estruturas internas de materiais de granulação grosseira (grama).
Deve-se muita atenção na utilização do supressor de ruídos porque se houver pequenas reflexões
descontinuidades muito pequenas, corre-se o risco de eliminá-las da tela.
Blocos de calibração
São blocos utilizados para que se possa verificar as características dos transdutores e fazer a calibração d
escalas que serão utilizadas no ensaio.
Devem ser confeccionados ou adquiridos do mesmo material ou de um material ultrassonicamente similar
material a ser ensaiado. Deve ter suas dimensões calibradas e podem ou não ter descontinuidades naturais
artificiais. Dois blocos muito utilizados nas calibrações de escala, características e angulo de incidência são
blocos conhecidos como bloco V1 e bloco V2.
Blocos de referência
São os blocos específicos para se fazer a comparação entre as reflexões das descontinuidades detectadas
alguma outra característica específica da peça em ensaio. Podem ser a referência para descontinuidad
estrutura interna do material (atenuação), espessura e etc..
O melhor bloco de referência é feito com uma peça igual a peça a ser ensaiada e se possível contendo
descontinuidades naturais.
Quando são para referência e comparação de reflexão de descontinuidades, possuem furos de fundo plano, co
diâmetros padronizados e variados. São utilizados para traçar as curvas de referência.
Ao se detectar uma descontinuidade, é necessário compará-la com alguma referência senão não se terá uma idé
de seu tamanho aproximado. São necessários porque todos os resultados obtidos neste ensaio, devem s
comparados com uma referência calibrada.
Antes de iniciar o ensaio é feita a verificação das condições dos transdutores, calibração da escala e em segui
é traçada a curva de referência.
Os aparelhos devem ser verificados quanto a sua linearidade vertical e linearidade horizontal.
Linearidade vertical
O aparelho deve apresentar linearidade vertical, que deve ser verificada antes de cada ensaio, deve apresentar
ecos em alturas correspondentes com mudanças no controle de decibéis.
Linearidade Horizontal
O aparelho deve ter linearidade horizontal dentro de mais ou menos 2% da escala de distância empregada.
verificação pode ser feita colocando-se no mínimo quatro ecos na tela do aparelho provenientes de um blo
padrão, e verificando-se o posicionamento dos mesmos em relação à faixa de tolerância acima especificada.
bloco V1 pode ser usado, utilizando-se uma escala de 100,0 mm e transdutor na espessura de 25,0 mm. Deve-
conseguir a calibração, posicionando os ecos em: eco inicial "0" - 2,5 - 5 - 7,5 - e 10.
Correção de transferência
Consiste numa correção de ganho (dB) devido a alguma diferença entre o bloco e a peça, por exemplo ,
acabamento superficial.
Temperatura
A aparelhagem deve permitir a operação em condições satisfatórias, nas seguintes faixas de temperatura:
- Aparelhos: de 5 a 40o C
- Transdutores: de 5 a 85o C
Temperaturas abaixo ou acima das faixas especificadas são permitidas somente se comprovadas através de tes
e técnicas detalhadas, especificações de manuais e normas aplicáveis.
Deve-se manter o aparelho, o transdutor, o bloco de calibração e a peça em ensaio, na mesma temperatura.
Cuidados devem ser tomados para que nenhuma fonte de calor ou refrigeração interfira na calibração ou ensaio
Vibração
Deve-se evitar que o aparelho e a peça em ensaio, sofram vibrações durante o ensaio.
Determinação da extensão ou área de uma grande descontinuidade
A curva de referência é utilizada para pequenas descontinuidades. Para as grandes, onde é necessário u
mapeamento e uma demarcação ou uma descontinuidade linear, onde é necessário medir a sua extensão, utiliz
se os métodos 6 dB, 12 dB e 20 dB.
Variáveis do material em ensaio
- Condição superficial,
- Geometria da peça:
- Diminuição da reflexão de fundo (eco de fundo):
- Superfícies côncavas
- Para superfícies convexas
-Estrutura interna:
VARIÁVEIS DA DESCONTINUIDADE