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Destrutivos (END)
Convencionais
Itaguaí / 2022
Objetivo do curso
O minicurso tem por objetivo atualizar e capacitar os alunos aos Ensaios Não
Destrutivos com seus métodos, técnicas, procedimentos e Normas por meio de
explanação teórica dos princípios físicos, processos de fabricação, terminologia de
descontinuidades, interpretação e registro dos resultados com emissão de laudo de
inspeção.
Treinamento presencial
Durante o minicurso será realizado um treinamento nas diversas técnicas no
Laboratório de Ensaios de Materiais visando a capacitação técnica para execução
com eficácia na inspeção em juntas soldadas de topo com a emissão de laudo de
inspeção.
4) ANDREUCII R., revisão 2018, Ensaios por Ultrassom, ABENDI, São Paulo, SP, Brasil.
5)ANDREUCII R., revisão 2018, Partículas Magnéticas, ABENDI, São Paulo, SP, Brasil.
6) ANDREUCII R., revisão 2019, Líquidos Penetrantes, ABENDI, São Paulo, SP, Brasil.
7) ANDREUCII R., revisão 2003, Ensaio Visual e Dimensional, ABENDI, São Paulo, SP, Brasil.
8) ANDREUCII R., revisão 2017, Ensaio de Radiografia Industrial, ABENDI, São Paulo, SP, Brasil.
Ensaio Visual
Líquidos Penetrantes
Partículas Magnéticas
Ultrassom
Termografia
Correntes Parasitas
Emissão Acústica
Estanqueidade
Sistema Nacional de Qualificação e Certificação de Pessoas em
Ensaios não Destrutivos (SNCQ / END)
Introdução
a) ensaio visual
b) ensaio por líquidos penetrantes
c) ensaio por partículas magnéticas
d) ensaio radiográfico
e) ensaio por ultrassom
f) ensaio de corrente parasita
g) ensaio de emissão acústica
Sistema Nacional de Qualificação e Certificação de Pessoas em
Ensaios não Destrutivos (SNCQ / END)
Introdução
NOTA: O profissional certificado em Nível 1 (N-1) não pode ser responsável pela escolha do
método ou técnica do ensaio a ser usada, e nem pela interpretação dos resultados.
Nível 2 (N-2)
Uma pessoa certificada no Nível 2 deve demonstrar competência para
realizar um END de acordo com os procedimentos estabelecidos.
Dentro do escopo de competência definido no certificado, o profissional
de Nível 2 pode ser autorizado pelo empregador a:
Nível 2 (N-2)
1 - Objetivo
Esta Norma (PETROBRAS N-1590, revisão G) fixa as condições
exigíveis de qualificação de pessoal responsável pela execução de
ensaios não destrutivos.
2 - Definições
2.1 - Inspetor
Profissional qualificado e certificado, autorizado a executar, interpretar
resultados e emitir laudo em ensaio não destrutivo ( END).
3 - Condições Gerais
3.2 - Escolaridade
Os candidatos a inspetor devem possuir diploma ou certificado
reconhecidos de conclusão dos cursos Curso Técnico Industrial e seis
meses de experiência profissional ou ensino médio e 1 ano de
experiência.
3.3 - Experiência Profissional
Os candidatos a inspetor devem ter experiência comprovada na
modalidade de END na qual pretende ser qualificado.
O tempo requerido de experiência profissional pode ser
complementado em até 50 % de sua duração através de experiência
adquirida em um curso vivencial prático.
3.4 – Treinamento
O candidato a inspetor deve satisfazer os requisitos de treinamento
teórico e prático.
3.7 - Requalificação
Para cada END, a interrupção das atividades profissionais, por período
superior a 1 ano, causa perda da qualificação e torna necessária a
requalificação do inspetor.
Requisitos Mínimos para Treinamento
(curso vivencial prático)
Nota técnica:
Descontinuidade é a interrupção das estruturas típicas de uma peça, no
que se refere à homogeneidade de características físicas, mecânicas
ou metalúrgicas. Não é necessariamente um defeito. A descontinuidade
só deve ser considerada defeito, quando, por sua natureza, dimensões
ou efeito acumulado tornar a peça inaceitável por não satisfazer os
requisitos mínimos da norma técnica aplicável.
Termos e Definições
embicamento
deformação angular de junta soldada de topo (ver Figura A.9).
respingos
glóbulos de metal de adição transferidos durante a soldagem e aderidos à
superfície do metal de base ou à zona fundida já solidificada.
falta de fusão
fusão incompleta entre a zona fundida e o metal de base ou entre passes da
zona fundida, podendo estar localizada:
reforço excessivo
excesso de metal da zona fundida, localizado na face da solda (ver Figura A.22).
Ensaios não destrutivos têm sido praticados por muitas décadas, com rápido
desenvolvimento inicial na instrumentação estimulados pelos avanços tecnológicos que
ocorreram durante a Segunda Guerra Mundial e o esforço de defesa subsequente. Durante
os primeiros dias, o objetivo principal era a detecção de defeitos. Como parte do projeto de
"vida segura", pretendia-se que uma estrutura não desenvolvesse defeitos macroscópicos
durante sua vida útil, sendo a detecção de tais defeitos uma causa para a retirada do
componente de serviço. No início da década de 1970, ocorreram dois eventos que
causaram uma grande mudança no campo de END.
Com o advento dessas ferramentas, tornou-se possível aceitar estruturas contendo defeitos
se os tamanhos desses defeitos fossem conhecidos. Isso formou a base para a nova
filosofia "tolerante a danos". Componentes com defeitos conhecidos podem continuar em
serviço enquanto puder ser estabelecido que esses defeitos não crescerão a um tamanho
crítico, produzindo falhas.
Conceituação
Os END’s possuem uma natureza transversal e, tem como foco principal prover
confiabilidade, credibilidade, universalidade e qualidade aos resultados. Desempenham um
papel importante no controle de qualidade de produtos. É utilizado durante todas as etapas
processo de fabricação e monitora a qualidade:
A execução de END durante todas as etapas de fabricação resulta nos seguintes benefícios:
1) Aumenta a segurança e confiabilidade do produto durante a operação.
2) Diminui o custo do produto reduzindo sucata e conservando materiais, mão de obra e
energia.
3) Aumenta a reputação do fabricante como produtor de bens de qualidade. Todos os fatores
acima impulsionam as vendas do produto que trazem benefícios mais econômicos para o
fabricante. O END também é amplamente utilizado para determinação rotineira ou periódica
da qualidade das plantas industriais e estruturas durante o serviço. Isso não apenas
aumenta a segurança da operação, mas também elimina qualquer desligamento forçado das
plantas contribuindo para o desenvolvimento sustetável
Técnicas de Ensaios Não Destrutivos
Ensaio Visual
Superficial Líquidos Penetrantes
Partículas Magnéticas
Inspeção
Ultrassom
Volumétrica
Raios X
Radiografia Industrial
Raios Gama
Inspeção Visual
É uma técnica simples para detectar não somente descontinuidades na superfície ou distorções na
estrutura, mas também o grau de acabamento e de formato de uma peça.
Em algumas situações é utilizada a inspeção visual remota, na qual são utilizadas micro câmeras
juntamente com sistemas de iluminação, que permitem chegar até locais que dificilmente poderiam ser
ensaiados sem este tipo de técnica.
A inspeção visual, apesar da sua simplicidade, utiliza avançada tecnologia e, para isso, requer profissionais
capacitados. Apresenta como principal vantagem, simplicidade de operação e baixo custo operacional.
A rigor deve ser assinalado que a utilização de sistemas óticos suplementares deve ter em
consideração os seguintes requisitos para uma boa inspeção:
Deve ser lembrado que a utilização de lentes de aumento melhora a resolução, mais diminui
a área da superfície inspecionada
Inspeção por Líquidos Penetrantes
O nome “penetrante” vem da propriedade essencial que este produto deve ter, ou seja, sua habilidade de
penetrar em aberturas finas. Um produto penetrante com boas características, deve:
a) Viscosidade.
b) Tensão superficial.
A tensão superficial de um líquido é o resultado das forças de coesão entre as moléculas que formam a
superfície do líquido. Fonte: ABENDI, Ensaio por Líquidos Penetrantes, 2019.
Este efeito é bem intenso na água e no mercúrio, por exemplo, e pode ser percebido também com a ajuda
de outro fenômeno: A capilaridade. Fonte: ABENDI, Ensaio por Líquidos Penetrantes, 2019.
c) Molhabilidade
É a propriedade que um líquido tem em se espalhar por toda a superfície, não se juntando em porções ou
gotas. Melhor a molhabilidade, melhor o penetrante.
Procedimento de execução
Ensaio por Líquidos Penetrantes
Introdução
Princípios básicos
O método consiste em fazer penetrar na abertura da descontinuidade um líquido. Após a
remoção do excesso de líquido da superfície, faz-se sair da descontinuidade o líquido retido
através de um revelador. A imagem da descontinuidade fica então desenhada sobre a
superfície. Podemos descrever o método em oito etapas principais no ensaio, quais sejam:
A última etapa é a limpeza de todos os resíduos de produtos, que podem prejudicar uma
etapa posterior de trabalho da peça (soldagem, usinagem, e etc.). Após a limpeza final a
superfície deve ficar isenta de resíduos provenientes do ensaio.
Condição do ensaio
Luz visível (luz branca)
A iluminação mínima durante todo ensaio por meio de penetrante colorido deverá ser de
1000 lux. Esta intensidade deve ser verificada através de um medidor calibrado (Luxímetro).
A verificação deverá ser feita a cada início, ou a cada oito horas ou sempre que ocorrer
mudança do local de trabalho (o que ocorrer primeiro). Se forem constatadas intensidades
inferiores à mínima, o ensaio deve ser repetido para as peças ensaiadas desde a última
comprovação satisfatória.
Luz ultravioleta (luz negra)
A iluminação máxima para penetrante fluorescente será de 20 lux.
No ensaio com líquido penetrante fluorescente, a luz ultravioleta (UV), na superfície em
ensaio, deve ter intensidade mínima de 1000 μW/cm2. A lâmpada deverá ser aquecida por
no mínimo 5 minutos antes de seu emprego.
A medição deve ser efetuada através de um medidor calibrado. Os filtros UV deverão ser
limpos e checados diariamente, e caso estiver quebrado ou trincado deverá ser substituído.
É proibida a utilização de óculos com lente fotossensível (escurecem com o aumento da
luminosidade). A verificação deverá ser feita a cada início, ou a cada oito horas ou sempre
que ocorrer mudança do local de trabalho (o que ocorrer primeiro). Se forem constatadas
intensidades inferiores à mínima, o ensaio deve ser repetido para as peças ensaiadas desde
a última comprovação satisfatória.
O inspetor deve estar no local do ensaio pelo menos 1 minuto antes de iniciar a inspeção,
para adaptação de seus olhos.
Requisitos adicionais
As inspeções devem ser conduzidas em locais ventilados, para se evitar intoxicações por
inalação de vapores provocados por aerosóis ou solventes, quando em ambiente confinado
será usada ventilação mecânica, ou realizada em uma capela de exaustão
Como alguns materiais utilizados no ensaio por líquido penetrante são inflamáveis, os
mesmos devem ser utilizados longe de locais onde possam haver chamas ou
superaquecimento.
Em função dos locais de inspeção e dos produtos a serem utilizados, o inspetor deve avaliar
a necessidade de uso de equipamento de proteção individual (EPI) apropriado.
Vantagens
Poderíamos dizer que a principal vantagem do método é a sua simplicidade. É fácil de
realizar e de interpretar os resultados. O aprendizado é simples, requer pouco tempo de
treinamento do inspetor.
Como a indicação assemelha-se a uma fotografia da descontinuidade, é muito fácil de
avaliar os resultados.
Em contrapartida o inspetor deve estar ciente dos cuidados básicos a serem tomados
(limpeza, tempo de penetração, etc), pois a simplicidade não deve ser subestimada.
Não há limitação para o tamanho e forma das peças (geometria complexa) a ensaiar, nem
do tipo de material; por outro lado, as peças devem ser susceptíveis à limpeza e sua
superfície não pode ser muito rugosa e nem porosa.
O método pode revelar descontinuidades (trincas) extremamente finas (da ordem de 0,001
mm de abertura ).
Limitações
Só detecta descontinuidades abertas para a superfície, visto que o penetrante tem que
entrar na descontinuidade para ser posteriormente revelado. Por esta razão, a
descontinuidade não deve estar preenchida com material estranho.
A superfície do material não pode ser porosa ou absorvente, visto que não haveria
possibilidade de remover totalmente o excesso de penetrante, causando mascaramento de
resultados.
A aplicação do penetrante deve ser feita numa determinada faixa de temperatura.
Superfícies muito frias (abaixo de 10º C) ou muito quentes (acima de 52º C) não são
recomendáveis ao ensaio.
Algumas aplicações das peças em inspeção fazem com que a limpeza seja efetuada da
maneira mais completa possível após o ensaio (caso de maquinário para indústria
alimentícia, material a ser soldado posteriormente e etc). Este fato pode tornar-se limitativo
ao exame, especialmente quando esta limpeza for difícil de realizar.
Inspeção por Líquidos Penetrantes
(a) Preparação e limpeza (+ tempo de secagem);
(b) Aplicação do LP (+ tempo de penetração);
(c) Remoção do excesso de LP (+ tempo de secagem);
(d) Aplicação do revelador (+ tempo de interpretação);
(e) Avaliação do resultado e limpeza.
Inspeção por Partículas Magnéticas
Vantagens
• O resultado do ensaio é imediato;
• Detecta descontinuidades subsuperficiais ;
• Pode ser aplicado a alta e baixa temperatura;
• Alta sensibilidade;
• Pode ser automatizado;
• Rapidez de aplicação
Desvantagens
• Só se aplica em materiais ferromagnéticos;
• Algumas técnicas prejudicam a superfície da peça;
• Em algumas técnicas, as indicações não são facilmente observadas
Polos Magnéticos
Quando estudamos uma barra imantada, verificamos que as características magnéticas da
barra não são iguais ao longo da mesma, porém verificamos que ocorre uma concentração
da força magnética de atração ou repulsão nas extremidades. A estes pontos onde se
manifestam a atração com maior intensidade damos o nome de polos magnéticos.
Desmagnetização
Verificamos que alguns materiais, devido as suas propriedades magnéticas, são capazes de
reter parte do magnetismo após a interrupção da força magnetizante. Conforme a aplicação
subsequente destes materiais, o magnetismo residual ou remanescente poderá criar
problemas, sendo necessário a desmagnetização da peça.
Podemos resumir as razões para desmagnetização de uma peça como sendo:
O ensaio por ultrassom, caracteriza-se num método não destrutivo que tem por objetivo a
detecção de defeitos ou descontinuidades internas, presentes nos mais variados tipos ou
forma de materiais ferrosos ou não ferrosos.
Portanto, o exame ultrassônico, assim como todo exame não destrutivo, visa diminuir o grau
de incerteza na utilização de materiais ou peças de responsabilidades.
Ensaio por Ultrassom (US)
O ensaio por ultrassom, caracteriza-se num método não destrutivo que tem por objetivo a
detecção de defeitos ou descontinuidades internas, presentes nos mais variados tipos ou
forma de materiais ferrosos ou não ferrosos.
Portanto, o exame ultrassônico, assim como todo exame não destrutivo, visa diminuir o grau
de incerteza na utilização de materiais ou peças de responsabilidades.
Vibrações Mecânicas
Tipos de ondas
Como já vimos, o teste ultrassônico de materiais é feito com o uso de ondas mecânicas ou
acústicas propagadas no meio em inspeção, ao contrário da técnica radiográfica, que usa
ondas eletromagnéticas ou radiação ionizante. Qualquer onda mecânica é composta de
oscilações de partículas discretas no meio em que se propaga. A passagem de energia
acústica no meio faz com que as partículas que compõem o mesmo, execute o movimento
de oscilação em torno na posição de equilíbrio, cuja amplitude do movimento será diminuído
com o tempo em posição de equilíbrio em decorrência da perda de energia adquirida pela
onda. Se assumirmos que o meio em estudo é elástico, ou seja, que as partículas que o
compõem rigidamente ligadas, mas que podem oscilar em qualquer direção, então podemos
classificar as ondas acústicas em quatro tipos:
Ondas longitudinais (Ondas de compressão)
São ondas cujas partículas oscilam na direção de propagação da onda, podendo ser
transmitidas a sólidos, líquidos e gases.
De uma forma prática podemos dizer que a qualidade da radiação (energia) se relaciona
com a capacidade de penetração nos materiais, enquanto que a intensidade está
intimamente ligada com o tempo de exposição.
Para que possamos julgar a qualidade da imagem de uma certa radiografia são
empregadas pequenas peças chamadas Indicadores de Qualidade de Imagem (IQI), e que
são colocadas sobre o objeto radiografado. Os IQI's são também chamados como
“Penetrametros”. O tipo ou norma de fabricação do IQI deve ser aquela que o projeto de
construção do equipamento a ser radiografado requerer ou mesmo por especificações
contratuais. O IQI é uma pequena peça construída com um material radiograficamente
similar ao material da peça ensaiada, com uma forma geometricamente simples e que
contem algumas variações de forma bem definidas tais como furos ou entalhes.