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Ultrassom Nível 1


MEDIÇÃO DE ESPESSURA

Alexandre Galiani

Material:
Geraldo Carlos Pedrosa de Castro
Marcio Humberto Silva Siqueira
Ricardo Aurélio Fragoso de Souza
Wallace Silva Carmona

Recursos Humanos/Universidade Petrobras


US-N1-ME: Agenda
Segunda feira:
Processo de certificação – Introdução
Documentos relativos à certificação US-N1-ME (NA-001, IT-072, IT-114,
PR-036)
Teoria do ensaio de ME por US
Exercícios
Terça Feira:
Teoria do ensaio de ME por US (continuação)
Processos de fabricação e soldagem
Exercícios
Quarta Feira:
Conhecimentos básicos de END (EV, LP, PM, US, ER)
Aparelhos para ME
Procedimento PR-036
Exercícios A ordem de
Quinta Feira: apresentação
Treinamento teórico e prático dos tópicos pode
variar!!!
Sexta Feira:
Avaliação prática
Avaliação teórica.
Processos de Certificação

POR QUE ESTAMOS FAZENDO ESSE TREINAMENTO? NR-13

Reconhecimento;
Novos desafios;
Meta pessoal;
Aprendizado contínuo.
Processos de Certificação

POR QUE ESTAMOS FAZENDO ESSE TREINAMENTO? NR-13


Processos de Certificação

POR QUE ESTAMOS FAZENDO ESSE TREINAMENTO? NR-13


Processos de Certificação

POR QUE ESTAMOS FAZENDO ESSE TREINAMENTO? NR-13

– Portaria 349: Regulamento Técnico da Qualidade para SPIE, item 4.2.2.3: “(...)
A contratação de mão de obra ou serviços deve restringir-se às situações de
pico de serviços ou serviços especializados. São exemplos de serviços que
podem ser contratados:
a) ensaios mecânicos, metalográficos e não destrutivos. Os ensaios de
líquido penetrante e medição de espessura, somente podem ser
contratados em caso de pico de serviço;
(...)
Processos de Certificação

Mas por que precisa certificar?


Processos de Certificação

Terminologia
3.5
certificação
3.4
procedimento usado pelo organismo de certificação
organismo de certificação
para confirmar que as exigências de qualificação
organismo que administra os
para um método, Nível e setor foram atendidas,
procedimentos para a certificação de
resultando na emissão de um certificado. acordo com as exigências desta Norma.
Nota: A emissão de um certificado não autoriza seu portador
a exercer a função. Essa autorização só pode ser dada pelo
seu empregador.
3.7
centro de exame
3.25
um centro aprovado pelo organismo de
qualificação
certificação onde são realizados os
demonstração de aptidão física, conhecimento,
exames de qualificação.
habilidade, treinamento e experiência necessários
para o correto desempenho das tarefas de END.
3.2
candidato
3.3 indivíduo que busca a qualificação e
certificado certificação e que obtém experiência
documento emitido pelo organismo de certificação sob supervisão de pessoal devidamente
sob as condições desta Norma, indicando que a qualificado.
pessoa identificada demonstrou as competências
definidas no certificado.
Processos de Certificação

Atribuições segundo ABNT NBR NM ISO 9712:2014
Nível 1
6.1.1 Uma pessoa certificada no Nível 1 deve demonstrar
competência para realizar um END de acordo com as instruções
escritas e sob a supervisão de um profissional de Nível 2 ou 3. Dentro
do escopo de competência definido no certificado, o profissional de
Nível 1 pode ser autorizado pelo empregador a realizar as seguintes
tarefas, de acordo com as instruções do END:
a) preparar o equipamento de END;
b) realizar os ensaios;
c) registrar e classificar os resultados dos ensaios de acordo com os
critérios escritos;
d) relatar os resultados.

6.1.2 O profissional certificado em Nível 1 não pode ser responsável


pela escolha do método ou técnica do ensaio a ser usada, e nem pela
interpretação dos resultados.
Processos de Certificação

Atribuições segundo ABNT NBR NM ISO 9712:2014
Nível 2
Uma pessoa certificada no Nível 2 deve demonstrar competência para
realizar um END de acordo com os procedimentos estabelecidos.
Dentro do escopo de competência definido no certificado, o profissional de
Nível 2 pode ser autorizado pelo empregador a:
a) selecionar a técnica de END para o método de ensaio a ser usado;
b) definir as limitações da aplicação do método de ensaio;
c) traduzir códigos do END, normas, especificações e procedimentos em
instruções de END adaptadas às condições reais de trabalho;
d) preparar e verificar os ajustes dos equipamentos;
e) realizar e supervisionar os ensaios;
f) interpretar e avaliar os resultados de acordo com os códigos, normas,
especificações ou procedimentos aplicáveis;
g) realizar e supervisionar todas as tarefas de Nível 2 ou menor;
h) prover orientação aos profissionais de Nível 2 ou menor;
i) relatar os resultados dos END.
Processos de Certificação

Atribuições segundo ABNT NBR NM ISO 9712:2014
Nível 3
6.3.1 Uma pessoa certificada no Nível 3 deve demonstrar competência para
realizar e conduzir as operações de END para as quais está certificado. Os
profissionais de Nível 3 devem demonstrar:
a) competência para avaliar e interpretar os resultados referentes aos códigos,
normas, especificações e procedimentos existentes;
b) conhecimento prático suficiente dos materiais aplicáveis, tecnologia de fabricação,
processo e produtos aplicáveis para escolher os métodos de END, estabelecer
técnicas de END e auxiliar assistência no estabelecimento de critérios de aceitação
quando não existirem outros critérios disponíveis;
c) familiaridade geral com outros métodos de END.
6.3.2 Dentro do escopo de competência definido no certificado, um
profissional certificado para Nível 3 pode ser autorizado a:
a) assumir inteira responsabilidade por uma instalação de ensaio ou centro de exame
e seu pessoal;
b) estabelecer, avaliar e validar instruções e procedimentos de END quanto ao
conteúdo para verificar sua exatidão editorial e técnica;
c) interpretar códigos, normas, especificações e procedimentos;
d) designar os métodos específicos para o ensaio, procedimentos e instruções de END
a serem utilizados;
e) realizar e supervisionar todas as tarefas de todos os níveis;
f) orientar os profissionais de END de todos os níveis.
Processos de Certificação

Mas por que precisa certificar pelo SNQC/END?
Processos de Certificação

Mas por que precisa certificar pelo SNQC/END?
Processos de Certificação

Certificação de Produto
Processos de Certificação

Certificação de Produto
Processos de Certificação

Mas por que precisa certificar pela ABENDI?
Documentos / Certificação US-N1-ME

Mas como é o Processo de Certificação?

1. Atender aos requisitos de visão


2. Preencher documentos de solicitação e código de ética
3. Atender aos requisitos de treinamento
Documentos / Certificação US-N1-ME

Mas como é o Processo de Certificação?

6.2.3.5 Para a certificação em US-N1-ME a experiência necessária é de 50% do


total definido na Tabela 3.
6.4.1 O candidato a nível 1 deve ter concluído o ensino médio.
6.4.2 O candidato a nível 2 deve ter concluído o curso técnico de nível médio,
conforme relação de títulos profissionais aprovados pela Abendi.
Documentos / Certificação US-N1-ME

Mas como é o Processo de Certificação?
7.1 Tipos de Exames
Os candidatos a níveis 1 e 2 devem ser submetidos aos seguintes exames
de qualificação:
a) Exame geral;
b) Exame específico;
c) Exame prático.

Exame Geral: 40 questões, duração: 1h (70%)


Princípios fundamentais do ensaio relativo ao método de END
aplicável;
Conhecimentos básicos de outros métodos de END (US, ER, LP, PM);
Conhecimentos básicos de materiais, processos de fabricação e
descontinuidades;
Regras básicas de qualificação e certificação da Abendi.
Documentos / Certificação US-N1-ME

Mas como é o Processo de Certificação?
Exame específico: 20 questões, duração: 1h (70%)
Equipamentos;
Procedimento de ultrassom: PR-036;
Técnicas operacionais.

Exame prático: 01:30h (80%)


O exame prático consta da demonstração de habilidades gerais e
específicas conforme indicado a seguir:
Ajuste de velocidade sônica do aparelho medidor de espessura;
Calibração do aparelho medidor de espessura para espessuras e
materiais diferentes;
Verificação da técnica de acoplamento em superfícies curvas;
Medição de espessura em um conjunto de 8 tarugos;
Medição e Laudo em 2 tubos com diâmetro nominal de 3” a 6”.
Notas: O exame poderá ser realizado com consulta ao manual do aparelho.
Documentos / Certificação US-N1-ME

Alguns Outros Pontos Importantes da NA-001
7.5.2 Um candidato que não consiga obter a nota de aprovação para qualquer
parte do exame, pode ser reexaminado duas vezes na parte ou partes nas quais
tenha sido reprovado, desde que o reexame seja realizado após o período de um
mês, a não ser que treinamento específico adicional aceito pela Abendi tenha sido
completado nem nível satisfatório. Os exames devem ser completados no máximo
de dois anos do exame original.
8.3 Validade
8.3.1 O período máximo de validade do certificado é cinco anos. O período de
validade inicial (data de emissão da certificação) quando todos os requisitos
para a certificação (treinamento, experiência, acuidade visual, aprovação no
exame) são cumpridos.
8.5 Renovação
8.5.1 Antes do término do primeiro período de validade da certificação e a
cada 10 anos após este primeiro período, a certificação pode ser renovada pela
Abendi por um novo período de cinco anos, após o profissional atender
satisfatoriamente aos seguintes requisitos:
Evidência documental de acuidade visual satisfatória durante 12 meses anteriores.
Evidência documental verificável de atividade operacional satisfatória continua sem
interrupção significativa no método e setor para a qual a renovação é pretendida.
Documentos / Certificação US-N1-ME

Alguns Outros Pontos Importantes da NA-001
8.6 Recertificação
(...)
É de responsabilidade do profissional certificado iniciar o processo requerido para obter
recertificação. Caso a recertificação seja requerida após 12 meses da data de vencimento do
período de validade, um exame completo (geral, específico e prático) para o Nível 1 e Nível 2, e
um exame de método principal para Nível 3 deve ser refeito e aprovado.

8.6.1 Nível 1 e 2
(...)
8.6.1.2 O profissional deve completar satisfatoriamente um exame prático que demostre
competência continuada para executar o trabalho dentro do escopo do certificado. Isto deve
incluir corpos de prova apropriados ao escopo da cerificação e, para o Nível 2, a elaboração de
uma instrução escrita aplicável para o uso de profissionais de Nível 1. Caso o profissional não
alcance uma nota mínima de 70% para cada etapa do exame, são permitidos dois reexames
completos de recertificação após um período mínimo de 7 dias e dentro de seis meses da
primeira tentativa de retificação.

2.2.21 Interrupção Significativa


Ausência ou mudança de atividade que impeça o profissional certificado de exercer as atribuições
correspondentes ao nível no método e setor para o qual está certificado, seja por um período
contínuo superior a um ano ou dois ou mais períodos, por um tempo total que exceda dois anos.
Nota: Férias e feriados previstos na lei ou períodos de afastamento por doença ou treinamento
com duração inferior a 30 dias não devem ser considerados para o cálculo do tempo de
interrupção.
Documentos / Certificação US-N1-ME

Condutas Vedadas Segundo RI-005 (Código de Ética)
5. Das Condutas Vedadas
5.1 Realizar tarefas de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção sem que esteja certificado no nível e nas
técnicas envolvidas.
5.2 Executar atividades em modalidades ou subnível/setor industrial para o qual não esteja certificado.
5.3 Realizar relatórios profissionais com informações que possam levar a conclusão ou entendimentos
incorretos.
5.4 Omitir informações em relatórios profissionais indispensáveis a conclusão ou entendimento corretos.
5.5 Expressar opinião como testemunha técnica sem o conhecimento adequado dos fatos.
5.6 Assinar documentos de trabalho para os quais não tenha conhecimento profissional próprio e
controle de supervisão técnica direta, quando exigida.
5.7 Realizar atividades ou entabular negociações conflitantes aos interesses de seu empregador ou
cliente.
5.8 Aceitar compensação financeira ou de qualquer outra natureza de fornecedores de materiais ou
equipamentos para especificar seus produtos.
5.9 Solicitar ou aceitar ajuda financeira ou benefícios de qualquer natureza de fornecedores de
materias ou equipamento para especificar seus produtos.
5.10 Solicitar ou aceitar gratificações, diretas ou indiretas, dos contratantes, de seus representantes ou
outras partes que tratam com o cliente ou empregador, que estejam relacionados com o trabalho para o
qual é responsável.
5.11 Solicitar ou oferecer, direta ou indiretamente, qualquer suborno ou comissão para obter emprego,
com exceção do pagamento da comissão usual para assegurar posições assalariadas através de agências
de emprego licenciadas.
5.12 Permitir o uso de seu nome ou manter relações de qualquer natureza com pessoa ou empresa que
se tenha razões para acreditar de estar envolvida em negócios ou práticas profissionais de natureza
fraudulenta ou desonesta.
5.13 Falsificar ou permitir a adulteração de sua qualificação acadêmica ou profissional.
Documentos / Certificação US-N1-ME

Medidas Punitivas Segundo DC-027 (Aplicação de Medidas Punitivas)
4.1 Advertência
A advertência tem caráter preventivo com relação à reincidência pelo período de 5
anos.
4.2 Suspensão
Havendo a aplicação da pena de suspensão que pode vigorar pelo prazo de 3 a 11
meses, dependendo da infração, o infrator só pode voltar a exercer as funções
como profissional certificado após concluir um retreinamento supervisionado por
um profissional nível 3 no método respectivo, na forma e duração a serem definidas
pelo Bureau de Certificação.
No caso de modalidades que não possuem a certificação de um profissional nível 3,
o retreinamento deve ser feito em um Organismo que possua seu treinamento
reconhecido pela Abendi.
4.3 Cancelamento
No caso de cancelamento, o Conselho de Certificação deve deliberar sobre o
afastamento do infrator do quadro de profissionais certificados pelo prazo de 1 a 5
anos, findo o qual este pode reiniciar novo processo de certificação.
4.4 Exclusão do Candidato
O candidato excluído fica proibido de prosseguir com sua participação no Processo
de Certificação, devendo aguardar mais 1 ano para iniciar um novo processo de
certificação.
Documentos / Certificação US-N1-ME

Alguns Outros Pontos Importantes da NA-001


Documentos / Certificação US-N1-ME

Alguns Outros Pontos Importantes DA NA-001


Documentos / Certificação US-N1-ME

Tudo certo até então?

Mas quando que a gente vai medir espessura mesmo?


Certificação SNQC/END

Praticando

Procedimento utilizado pela Abendi para confirmar


que os requisitos de qualificação para um método,
nível e setor tenham sido atendidas, resultando na
emissão de um certificado, é chamado?

a) Exame Geral
b) Instrução de END
c) Procedimento de END
d) Certificação
Medição de Espessura por Ultrassom

Medição de Espessura por Ultrassom

E Por Que Medir Espessura?


Medição de Espessura por Ultrassom

Medição de Espessura por Ultrassom

Medição de Espessura por Ultrassom

Sumário
Aplicações
Vantagens
Desvantagens (limitações)
Introdução aos princípios físicos
Tipo de ondas
Comportamento das Ondas
Geração e Recepção das ondas Ultrassônicas
Técnicas de Inspeção
Aparelho de Ultrassom
Blocos V1 e V2
Verificação da Aparelhagem
Calibração da Sensibilidade
Aparelho de Medição de Espessura
Acoplante
Critério de Aceitação
ME POR US

Aplicações do US

Medicina Estética
Limpeza

Soldagem
Inspeção
ME POR US

Aplicações do US

Forjados

Laminados
ME POR US

Aplicações do US

Fundidos
Soldados
ME POR US

Aplicações do US
Nas industrias, técnicas ultrassônicas são utilizadas com diversas finalidades:
Detecção e avaliação de descontinuidades internas;
Detecção de descontinuidades superficiais;
Medição de espessuras;
Avaliação de corrosão;
Determinação de propriedades físicas:
Estrutura;
Tamanho;
Constantes elásticas.
ME POR US

Vantagens

O método ultrassônico possui alta sensibilidade na detectabilidade de


pequenas descontinuidades internas, como trincas devido a
tratamento térmico, fissuras e outros de difícil detecção por ensaio
de radiações penetrantes (radiografia ou gamagrafia).

Para interpretação das indicações, dispensa processos


intermediários, agilizando a inspeção. No caso de radiografia ou
gamagrafia, existe a necessidade do processo de revelação do filme,
que via de regra demanda tempo do informe de resultados.
ME POR US

Vantagens
O ensaio ultrassônico não requer planos especiais de segurança ou aumenta
os riscos à saúde do operador, ao contrário do ensaio radiográfico.

A localização, avaliação do tamanho e interpretação das descontinuidades


encontradas são fatores intrínsecos ao exame ultrassônico, enquanto que
outros exames não definem tais fatores. Por exemplo, um defeito mostrado
num filme radiográfico define o tamanho mas não sua profundidade e em
muitos casos este é um fator importante para proceder um reparo.

Equipamentos portáteis e requer acesso apenas por um dos lados da peça.


ME POR US

Desvantagens
Requer grande conhecimento teórico e experiência por parte do inspetor;

O registro permanente do teste não é facilmente obtido;

Geometrias complexas, superfícies irregulares e faixas de espessuras


muito finas constituem uma dificuldade para aplicação do método;

Requer o preparo da superfície para sua aplicação. Em alguns casos de


inspeção de solda, existe a necessidade da remoção total do reforço da
solda, que demanda tempo de fábrica;

Limitações quanto a temperaturas;

Requer blocos de referências e blocos padrões.


ME POR US

Introdução aos Princípios Físicos
ME POR US

Introdução aos Princípios Físicos
ME POR US

Introdução aos Princípios Físicos
ME POR US

Introdução aos Princípios Físicos
ME POR US

Introdução aos Princípios Físicos

Ondas mecânicas ou acústicas;

Oscilações de partículas no meio em que se propaga;

Movimento oscilatório em torno da posição de equilíbrio;

Amplitude diminui com o tempo em decorrência da perda de


energia por atritos e atenuações.
ME POR US - Introdução aos Princípios Físicos

Propriedades de uma Onda Plana

Frequência:

As ondas acústicas ou som propriamente dito, são classificados de acordo


com suas frequências e medidos em ciclos por segundo, ou seja o número de
ondas que passam por segundo pelo nossos ouvidos. A unidade “ciclos por
segundos” é normalmente conhecido por “Hertz”, abreviatura “Hz”.

Assim sendo se tivermos um som com 280 Hz, significa que por segundo
passam 280 ciclos ou ondas por nossos ouvidos. Note que frequências acima
de 20.000 Hz são inaudíveis denominadas frequência ultrassônica.
ME POR US - Introdução aos Princípios Físicos

Propriedades de uma Onda Plana
Velocidade de propagação:
Existem várias maneiras de uma onda sônica se propagar (tipos de onda), e
cada uma com características particulares de vibrações diferentes.

Definimos “Velocidade de propagação” como sendo a distância percorrida


pela onda sônica por unidade de tempo.

É importante lembrar que a velocidade de propagação é uma característica


do meio, sendo uma constante, independente da frequência.
ME POR US - Introdução aos Princípios Físicos

Propriedades de uma Onda Plana
Relação entre velocidade, comprimento de onda e frequência.

Considerando uma onda sônica se propagando num determinado material


com velocidade V, frequência f, e comprimento de onda λ, temos a
seguinte relação:

V  f
Em geral, utiliza-se esta relação para definir o comprimento de onda, uma
vez que a velocidade do som no material normalmente é conhecida e a
frequência depende somente da fonte emissora, que é conhecida.
ME POR US - Introdução aos Princípios Físicos

ME POR US - Introdução aos Princípios Físicos

Exemplo de aplicação:
Uma onda longitudinal ultrassônica, com frequência 2 MHz é utilizada
para examinar uma peça de aço. Qual o comprimento de onda gerado
no material ?
ME POR US - Introdução aos Princípios Físicos

Exemplo de aplicação:
Uma onda longitudinal ultrassônica, com frequência 2 MHz é utilizada
para examinar uma peça de aço. Qual o comprimento de onda gerado
no material ?

Solução:
f = 2 x 106 Hz
V = 5900 m/s

Como V = λ . f ---> λ = V / f

λ = 5900 / (2 x 106) = 2,95 x 10-3 m = 2,95mm


ME POR US - Introdução aos Princípios Físicos

O conhecimento do comprimento de onda é muito importante, pois


relaciona-se diretamente com o tamanho do defeito a ser
detectado.
Em geral, o menor diâmetro de uma descontinuidade a ser detectada
no material deve ser da ordem de λ /2.
Assim se inspecionarmos um material de velocidade de propagação de
5900 m/s com uma frequência de 2 MHz, a mínima descontinuidade
que poderemos detectar será de aproximadamente 1,5 mm de
diâmetro.
ME POR US

Praticando mais um pouco...


As ondas de som com frequência superior à máxima
que pode ser captada pelo ouvido humano são
chamadas de ondas ultrassônicas. Este termo se
aplica a todas as ondas com frequência superior a:
a) 2 megaciclos por segundo.
b) 2 quilociclos por segundo.
c) 20.000 ciclos por segundo.
d) 200 quilociclos por segundo.

A maioria dos exames por meio de ultrassom é


feita na frequência de:
a) de 1 a 25 megaciclos.
b) de 1 a 25 quilociclos.
c) de 1 a 1000 quilociclos.
d) de 15 a 100 megaciclos.
ME POR US

Tipos de Ondas
ME POR US

Tipos de Ondas
ME POR US - Tipos de Ondas

Ondas Longitudinais ou de Compressão

São ondas cujas partículas oscilam na direção de propagação da onda,


podendo ser transmitidas a sólidos, líquidos e gases.
Nota-se que aparecerá “zonas de compressão” e “zonas diluídas”. As
distâncias entre duas zonas de compressão determinam o comprimento de
onda (λ).
Em decorrência do processo de propagação, este tipo de onda possui uma alta
velocidade de propagação, característica do meio.
ME POR US - Tipos de Ondas Ensaio por Ultra- Som Ricardo Andreucci


Ondas Longitudinais ou de Compressão
Em decorrência do processo de propagação, este tipo de onda
velocidade de propagação, característica do meio.

Velocidades de Propagação das Ondas Longitudina

Material Velocidade m/s


Ar 330
Alumínio 6300
Cobre 4700
Ouro 3200
Aço 5900
Aço inoxidável 5800
Nylon 2600
Óleo(SAE30) 1700
Água 1480
Prata 3600
Titânio 6100
Níquel 5600
Tungstênio 5200
Magnésio 5.800
Acrílico 2.700
Aço Inoxidável 5.800
Aço Fundido 4.800

Ondas transversais (ou ondas de cizalhamento):

Uma onda transversal é definida, quando as partículas do meio vi


perpendicular ao de propagação. Neste caso, observamos que
partículas, mantém-se na mesma distância um do outro, move
verticalmente.
ME POR US - Tipos de Ondas
Ensaio por Ultra- Som Ricardo Andreucci 8

— Em decorrência do processo de propagação, este tipo de onda possui uma alta


velocidade de propagação, característica do meio.

Ondas Transversais ou de Cisalhamento


Velocidades de Propagação das Ondas Longitudinais

Material Velocidade m/s


Ar 330
Alumínio 6300
Cobre 4700

São ondas cujas partículas do meio vibram na direção perpendicular ao de


Ouro
Aço
3200
5900
Aço inoxidável
propagação. Neste caso, observamos que os planos de partículas, mantêm-se
5800
Nylon 2600
Óleo(SAE30) 1700
na mesma distância um do outro, movendo-se apenas verticalmente.
Água
Prata
1480
3600
Titânio 6100
Níquel 5600

Podendo ser transmitidas somente a sólidos. As ondas transversais são


Tungstênio 5200
Magnésio 5.800
Acrílico 2.700
praticamente incapazes de se propagarem nos líquidos e gases, pela
Aço Inoxidável
Aço Fundido
5.800
4.800
características das
Ondas transversais (ou ondas ligações entre partículas, destes meios. O comprimento de
de cizalhamento):

onda é transversal
Uma onda a distância entre
é definida, quando doisdo“vales”
as partículas meio vibram naou dois “picos”.
direção
perpendicular ao de propagação. Neste caso, observamos que os planos de
partículas, mantém-se na mesma distância um do outro, movendo-se apenas
verticalmente.

repouso

Onda transversal
ME POR US - Tipos de Ondas As partículas oscilam na direção transversal a direção de prop

— ser transmitidas somente a sólidos. As ondas transversais s


incapazes de se propagarem nos líquidos e gases, pela ca
ligações entre partículas, destes meios . O comprimento de on
Ondas Transversais ou de Cisalhamento
entre dois “vales” ou dois “picos”.

Velocidades de Propagação das Ondas Transversa

Material Velocidade m/s


Ar -
Alumínio 3100
Cobre 2300
Acrílico 1100
Alumínio 3100
Ouro 1200
Aço 3200
Aço Inoxidável 3100
Aço Fundido 2400
Nylon 1100
Óleo(SAE30) -
Água -
Prata 1600
Titânio 3100
Níquel 3000
Magnésio 3000
F onte: Ultrasonic Testing, Krautkramer

Ondas superficiais ou Ondas de Rayleigh.


A velocidade da onda transversal é
São assim chamadas, pela características de se propagar n
aproximadamente
sólidos. Devido 50% daoscilatório
ao complexo movimento longitudinal.
das partícula
velocidade de propagação da onda superficial entre duas fases
aproximadamente 10% inferior que a de uma onda transversal.
Para o tipo de onda superficial que não possui a componente no
propaga em movimento paralelo a superfície e transversal em rela
ME POR US - Tipos de Ondas

Ensaio por Ultra- Som Ricardo Andreucci 8


Ensaio por Ultra- Som Ricardo Andreucci 9

Em decorrência do processo de propagação, este tipo de onda possui uma


As partículas oscilamalta
na direção transversal a direção de propagação, podendo
velocidade de propagação, característica do meio. ser transmitidas somente a sólidos. As ondas transversais são praticamente
incapazes de se propagarem nos líquidos e gases, pela características das
ligações entre partículas, destes meios . O comprimento de onda é a distância
Velocidades de Propagação das Ondas Longitudinais
entre dois “vales” ou dois “picos”.

Material Velocidade m/s Velocidades de Propagação das Ondas Transversais


Ar 330 Material Velocidade m/s
Alumínio 6300 Ar -
Cobre 4700 Alumínio 3100
Ouro 3200 Cobre 2300
Acrílico 1100
Aço 5900 Alumínio 3100
Aço inoxidável 5800 Ouro 1200
Nylon 2600 Aço 3200
Óleo(SAE30) 1700 Aço Inoxidável 3100
Aço Fundido 2400
Água 1480 Nylon 1100
Prata 3600 Óleo(SAE30) -
Titânio 6100 Água -
Prata 1600
Níquel 5600 Titânio 3100
Tungstênio 5200 Níquel 3000
Magnésio 5.800 Magnésio 3000
Acrílico 2.700 F onte: Ultrasonic Testing, Krautkramer

Aço Inoxidável 5.800


ME POR US - Tipos de Ondas

Ondas Superficiais

São caracterizadas pelo movimento das ondas ao longo da interface


entre um corpo sólido e um gás (ar). Pequenas trincas superficiais e
descontinuidades localizadas próximas a superfície podem ser
detectadas por estas ondas, porém, em geral, elas possuem pequeno
alcance por serem fortemente atenuadas.

Existem dois tipos de ondas superficiais: Creeping e Rayleigh.


ME POR US - Tipos de Ondas

Ondas Superficiais
Ondas de Creeping: geradas quando uma onda
longitudinal percorre a superfície do material
sólido (primeiro ângulo crítico).

Existem cabeçotes projetados especialmente


para produzir este tipo de onda para detecção de
descontinuidades sub-superficiais em soldas.

São fortemente atenuadas, pois a cada ponto


em seu deslocamento são geradas ondas
transversais para o interior do material.
ME POR US - Tipos de Ondas

Ondas Superficiais

Ondas de Rayleigh: geradas quando uma onda transversal percorre a


superfície do material sólido. Sua penetração é da ordem de um
comprimento de onda e devido a sua divergência também percorre a
região sub-superficial. VRayleigh = 90% VTransversal = 45% VLongitudinal

Quando seu movimento é perpendicular ao deslocamento da onda,


porém paralelo a superfície, são chamadas de ondas de Love.
ME POR US - Tipos de Ondas

Praticando
Dois feixes de ondas ultrassônicas longitudinais,
com as mesmas características, exceto a
frequência, se propagam no mesmo meio.
A velocidade de propagação:

a) Do feixe de frequência mais alta é maior.


b) É a mesma para os dois feixes.
c) Do feixe de frequência mais baixa é maior.
d) Do feixe de frequência mais baixa é maior
quando a densidade do meio de propagação é
menor do que 2.710 kg/mm3, passando a ser
menor para densidades mais altas.
ME POR US - Tipos de Ondas

Praticando
Em geral as ondas transversais são mais sensíveis
a pequenas descontinuidades do que as ondas
longitudinais, para a mesma frequência e o
mesmo material, porque:
a) As ondas transversais possuem menor
comprimento de onda.
b) b) As ondas transversais não são facilmente
dispersadas no material.
c) c) O sentido em que as partículas vibram quando
estimuladas por ondas transversais permite
detectar as descontinuidades com maior
eficiência.
d) d) As ondas transversais possuem maior
comprimento de onda
Comportamento das Ondas

Impedância Acústica

Quando as ondas que percorrem o material atingem a interface com


um segundo material, parte da energia acústica incidente é refletida
de volta para o meio e o restante é transmitido para o segundo meio.

A característica que determina a quantidade de energia refletida ou


transmitida é a impedância acústica dos materiais que compõem a
interface. Se as impedâncias acústicas dos dois materiais forem
iguais, não haverá reflexão, e toda a energia será transmitida; se as
impedâncias forem muito diferentes (como na interface metal-ar, por
exemplo), haverá apenas reflexão.
Comportamento das Ondas

Impedância Acústica
A impedância acústica é utilizada no ensaio de US para calcular a quantidade
de energia refletida e transmitida por descontinuidades e para selecionar
materiais adequados para uma efetiva transmissão de energia acústica entre
componentes.

A impedância acústica (Z – kg/m2s) é definida como o produto da massa


específica (r - kg/m3) pela velocidade sônica do material (V – m/s):

Z=r.V
A porcentagem de energia que será transmitida pela interface depende da
razão entre as impedâncias acústicas (Z2/Z1) e do ângulo de incidência (a).
Comportamento das Ondas

Velocidade
Peso específico Impedância acústica % Para
Material longitudinal
(kg/m3) (106 kg/m2s) aço
(M/s)
aço carbono 7850 5920 46,472 100%
aço baixa liga 7850 5940 46,629 100%
aço inoxidável
7900 5640 44,556 96%
304L
aço inoxidável 410 7670 5390 41,3413 89%
acrílico 1180 2730 3,2214 7%
água gelo 900 3980 3,582 8%
água 20ºC 1000 1480 1,48 3%
alumínio 2700 6320 17,064 37%
ferro fundido 6900 5300 36,57 79%
Comportamento das Ondas

Para incidência normal, o coeficiente de reflexão (R – razão entre


o feixe incidente e o feixe refletido) e o coeficiente de
transmissão (T – razão entre o feixe incidente e o transmitido),
podem ser expressos pelas seguintes equações:

R
Z 2  Z1 
2

Z 2  Z1 2

Z1 4  Z 2  Z1 
T
Z2
Z 2  Z1  2

12$0%
- , )3 &$, )456471)8//9:;;, < ( =' >< =?>/=#+%
=9/;#;' &$, ;' - >( +>&$;
Comportamento das Ondas

Se tivéssemos uma peça imersa em água, como se comportaria o


feixe sônico? Quanto de energia seria transmitida e refletida?

Zágua = 1,48

Zaço = 46,472

( Z2 - Z1 ) 4  Z 2  Z1 
2

R= T
( Z2 + Z1 )
2
Z 2  Z1  2
Comportamento das Ondas

Se tivéssemos uma peça imersa em água, como se comportaria o


feixe sônico? Quanto de energia seria transmitida e refletida?

Zágua = 1,48

Zaço = 46,472

R1 R1 
Z 2  Z1 
2

46,472  1,48
2
 0,88
T3 Z 2  Z1  46,472  1,482
2

T1 4  Z 2  Z1 
R3
T1   1  R  0,12
Z 2  Z1  2

R2 R2  0,12 * 0,88  0,105 R3  0,105 * 0,88  0,093


T2
T2  0,12 * 0,12  0,014 T3  0,105 * 0,12  0,013
Comportamento das Ondas

E se Z1 = Z2?
Comportamento das Ondas

Com a incidência normal, ocorre apenas a transmissão e/ou reflexão


da onda (sem a mudança na direção do feixe sônico).
Contudo, quando ocorre uma incidência em qualquer outro ângulo, os
fenômenos de conversão de modo (mudança do tipo de onda) e
refração (mudança na direção de propagação) deverão ser
considerados.
Comportamento das Ondas

Reflexão / Refração

Incidência
Longitudinal Longitudinal
Transversal

Reflexão

Meio 1 Superficial

Meio 2

Longitudinal

Refração

Transversal

Fonte: Adaptado de Ultrassom. Técnica e Aplicação. Jorge Luiz Santin. 2º edição. 2003 (Modificado).
Comportamento das Ondas

Lei de Snell
A lei geral que descreve este comportamento das ondas sônicas é conhecida como Lei
de Snell. Embora originalmente ter sido concebida para ondas de luz, a mesma se
aplica a ondas sonoras e outros tipos de ondas, sendo expressa como:

Incidência

α
sen (a ) V1
=
sen ( b ) V2 Meio 1

Meio 2

Refração
β
Comportamento das Ondas

Exemplo 1
Calcule o ângulo de propagação da onda longitudinal no aço para o caso
abaixo.

Longitudinal
V1=VLongitudinalÁgua = 1480m/s 10°

V2=VLongitudinalAço = 5920m/s

sena  V1
Água

 Aço

sen  V2 44°

Longitudinal

sen10 1480  5920 


    asen .sen10    44
sen  5920  1480 
Comportamento das Ondas

Exemplo 2
Calcule o ângulo de propagação da onda longitudinal no aço para o caso
abaixo.
V1=VLongitudinalAcrílico = 2730m/s
Longitudinal
V2=VLongitudinalAço = 5920m/s
25°

Acrílico

sena  V1 Aço


sen  V2
66° Longitudinal

sen25 2730  5920 


    asen .sen25    66
sen  5920  2730 
Comportamento das Ondas

Exemplo 3
Mas e se a velocidade fosse a da onda transversal no aço?

V1=VLongitudinalAcrílico = 2730m/s Longitudinal


25°
V2=VTransversalAço = 3250m/s

Acrílico
Aço

sena  V1 30°

sen  V2 Transversal

sen25 2730  3250 


    asen .sen25    30
sen  3250  2730 
Comportamento das Ondas

Ângulos Críticos
Considerando uma onda longitudinal incidente, se o ângulo de incidência for
pequeno, haverá conversão de modo na interface, resultando na propagação
simultânea de ondas longitudinais e transversais no segundo meio.

Longitudinal
25°

Acrílico
Aço
66° Longitudinal
30°

Transversal
Comportamento das Ondas

Ângulos Críticos
Qual seria o valor do primeiro ângulo crítico para um cabeçote com cunha
em acrílico emitindo ondas em uma peça de aço carbono? Ou seja, qual o
valor do ângulo da cunha de acrílico para que a onda longitudinal gerada no
aço seja superficial?

sena  V1 V1=VLongitudinalAcrílico = 2730m/s



sen  V2 V2=VLongitudinalAço = 5920m/s

sen90 5920  2730 


    asen   27,46125
sen  2730  5920 

Qual é o nome deste tipo de onda?


Comportamento das Ondas

Ângulos Críticos
Se o ângulo de incidência for aumentado, o ângulo da onda longitudinal refratada se
aproximará da interface.
Para um determinado ângulo de incidência, o ângulo da onda refratada será
exatamente 90o, ficando no segundo meio apenas a onda transversal refratada. Este
ângulo da onda incidente é chamado de primeiro ângulo crítico (onda de Creeping).

Longitudinal

Acrílico Creeping

Aço

Transversal
Comportamento das Ondas

Ângulos Críticos

Sendo assim, qual seria o valor do ângulo da onda transversal


gerada?

sena  V1 V1=VLongitudinalAcrílico = 2730m/s



sen  V2 V2=VTransversalAço = 3250m/s

sen90 3250  2730 


  a  asen  sen(90)   33,29
sen  2730  3250 

Qual é o nome deste tipo de onda?


Comportamento das Ondas

Ângulos Críticos
Se o ângulo de incidência continuar a ser aumentado além do primeiro
ângulo crítico, a onda transversal refratada irá rotacionar até alcançar a
superfície da interface. Quando isto acontecer, temos o segundo ângulo
crítico (onda de Rayleigh).

Longitudinal

Acrílico Rayleigh

Aço
Comportamento das Ondas

Modos de Propagação
Diferentes modos de propagação podem coexistir dentro do material.
Ex. Transdutor de acrílico com sapata de 25,7º.

vLAcrílico  2730 m s
sena1  v1 1  v2 
vLAço  5920 m s   a 2  sen   sena1 
vTAço  3250 m s sena 2  v2  v1 
Onda longitudinal no aço

 vLAço 
a 2  sen 1
 sen25  70
 vL 
 Acrílico 
Onda transversal no aço
 vLAço 
a 2  sen 1
 sen25  31
 vT 
 Acrílico 
Comportamento das Ondas

Modos de Propagação
Onda longitudinal 70º
Comportamento das Ondas

Modos de Propagação
Onda transversal 31º
Comportamento das Ondas

Modos de Propagação
Ondas longitudinal 70º e transversal 31º
Comportamento das Ondas - Modos de Propagação

Sobreposição de sinais
Somente longitudinal

Somente transversal

Somente longitudinal
Comportamento das Ondas

Conversão de Modo

Os ângulos críticos são de extrema importância no ensaio por


ultrassom. Valores de ângulo de incidência entre o primeiro e o
segundo ângulos críticos são os utilizados na inspeção com feixe
angular (cabeçotes angulares).

Na realização dos ensaios convencionais é desejável ter apenas um


tipo de onda propagando no material. A razão está em que as ondas
longitudinais e transversais propagam-se com diferentes velocidades,
podendo originar ecos de difícil interpretação e erros de julgamento.

Em geral, a inspeção é feita com ângulo de incidência calculado de


modo a obter uma onda transversal refratada com ângulo de 45o, 60o
ou 70o.
Comportamento das Ondas

Conversão de Modo

20° L
T
T
L T

Fonte: Adaptado de Ultrassom. Técnica e Aplicação. Jorge Luiz Santin. 2º edição. 2003 (Modificado).
Comportamento das Ondas

Conversão de Modo
Localização aparente da descontinuidade

T
T

Fonte: Adaptado de Ultrassom. Técnica e Aplicação. Jorge Luiz Santin. 2º edição. 2003 (Modificado).
Comportamento das Ondas

Praticando
O produto da velocidade do som num material pela
densidade deste material é conhecido por:

a) Valor da refração do material.


b) Constante elástica do material.
c) Impedância acústica do material.
d) Coeficiente de Poisson do material.

Numa interface entre água e aço, o ângulo de


incidência na água é de 20 graus, o modo de
vibração principal que existe no aço é:

a) Ondas longitudinais.
b) Ondas longitudinal e transversal.
c) Ondas superficiais.
d) Ondas transversais.
Comportamento das Ondas

Atenuação

Definição:
Perda gradual de energia ultrassônica que ocorre a medida que o
feixe se propaga em uma peça.

Fatores:
Perda por transmissão;
Efeito de interferência;
Dispersão do feixe.
Comportamento das Ondas - Atenuação

Perdas por Transmissão: Impedância Acústica
Comportamento das Ondas - Atenuação

Perdas por Transmissão: Absorção (Atrito)
Comportamento das Ondas - Atenuação

Perdas por Transmissão: Espalhamento
Comportamento das Ondas - Atenuação

Efeitos de Interferência: Difração
Comportamento das Ondas - Atenuação

Dispersão: Geometria do Feixe
Comportamento das Ondas - Atenuação

Curva de Atenuação
Comportamento das Ondas - Atenuação

Definição de “Bel”

O bel (símbolo B) é uma unidade de medida de razões.


Ele é principalmente usado nas telecomunicações, eletrônica, e acústica.
Foi inventado por engenheiros do Bell Labs para quantificar a redução no
nível acústico sobre um cabo telefônico padrão com 1 milha de
comprimento.
Originalmente era chamado de unidade de transmissão ou TU, mas foi
renomeado entre 1923 e 1924 em homenagem ao fundador do
laboratório Alexander Graham Bell.
Comportamento das Ondas - Atenuação

O Nível de intensidade sonora (NIS) é medido em Bel:

2
A
I=
2 rV
N.A.S. = 10log (A)2 dB (Nível de amplitude sonora).
Comportamento das Ondas - Atenuação
(A0)2

N.A.S. = 20 log A dB
CálculoA0
mo sendo a comparação efetuada por um sistema eletrônico de duas amplitudes de sinais, emitida e
Exemplo de aplicação:
o, ou simplesmente conhecido por “Ganho”.
Quais são os ganhos correspondentes a uma queda de 50 % e 20 % nas
amplitudes de dois sinais na tela do aparelho de ultrassom, como
mostrado
es a uma queda de 50 %na figura
e 20 % nasabaixo?
amplitudes de dois sinais na tela do aparelho de ultra-som ,
cterísticas elásticas de ponto num mesmo material denominamos anisotropia , que é mais significativo quando o
Comportamento
r 1/10 das Ondas - Atenuação
do comprimento de onda.


sorção ocorre sempre que uma vibração acústica percorre um meio elástico. É a energia cedida pela onda para que
meio execute um movimento de oscilação , transmitindo a vibração às outras partículas do próprio meio.

O fenômeno
do dos efeitos da atenuação
de dispersão e absorção quando somados é resultam
importante quando
na atenuação sônica. Nainspecionamos
prática, este fenômeno peças
ado, quandoem que este
observamos na telafator pode
do aparelho inviabilizar
de ultra-som, o de
vários ecos ensaio.
reflexão de fundo provenientes de uma
es paralelas. As alturas dos ecos diminuem com a distância percorrida pela onda.
É o caso de soldas em aços inoxidáveis austeníticos, peças forjadas
nuação é importante quando inspecionamos peças em que este fator pode inviabilizar o ensaio. É o caso de soldas
em aços inoxidáveis, que são exemplos clássicos desta dificuldade.
is austeníticos , peças forjadas em aços inoxidáveis , que são exemplos clássicos desta dificuldade. O controle e
ação nestes casos é razão para justificar procedimentos de ensaio especiais.
O controle e avaliação da atenuação nestes casos é razão para
justificar
presenta alguns procedimentos de ensaio especiais.
valores de atenuação.

Tabela 3.3
Material aço Cr-Ni Atenuação Sônica em ( dB/mm)
Forjados 0,009 a 0,010
Laminados 0,018
Fundidos 0,040 a 0,080

Ondas Ultra-Sônicas

cas são geradas ou introduzidas no material através de um elemento emissor com uma determinada dimensão e que
ta frequência. Este emissor pode se apresentar com determinadas formas (circular, retangular).Tanto o elemento
são denominados transdutores, também designados por cabeçotes.
ME POR US – Geração e Recepção das Ondas

EFEITO PIEZOELÉTRICO

TIPOS DE CRISTAIS

CAMPO PRÓXIMO

TRANSDUTORES
ME POR US – Geração e Recepção das Ondas

Efeito Piezoelétrico
Propriedade que certos cristais possuem de transformar energia elétrica em
energia mecânica e mecânica em elétrica.
ME POR US – Geração e Recepção das Ondas

Efeito Piezoelétrico
ME POR US – Geração e Recepção das Ondas

Tipos de Cristais
ME POR US – Geração e Recepção das Ondas

Tipos de Cristais
ME POR US – Geração e Recepção das Ondas

Tipos de Cristais

emissor

Tendência ao
envelhecimento
ME POR US – Geração e Recepção das Ondas

Tipos de Cristais

emissor
Elevado amortecimento
interno (pulsos curtos)

Baixa resistência
mecânica

Excelente emissor sônico


TITANATO ZIRCONATO
DE CHUMBO Baixo amortecimento
ME POR US – Geração e Recepção das Ondas

Transmissor e
Transmissor Receptor Resolução
Receptor

Quartzo 5º 3º 5º 3º

Metaniobato de
3º 4º 3º 2º
Chumbo

Sulfato de Lítio 4º 1º 4º 1º

Titanato de
2º 5º 2º 5º
Bário
Titanato
Zirconato de 1º 2º 1º 4º
Chumbo
ME POR US – Geração e Recepção das Ondas

Campo Próximo
ME POR US – Geração e Recepção das Ondas

Campo Próximo
ME POR US – Geração e Recepção das Ondas

Campo Próximo
ME POR US – Geração e Recepção das Ondas

Campo Próximo
ME POR US – Geração e Recepção das Ondas

Campo Próximo
Definição do campo próximo

Nota: Premissa de
que a amplitude
Amplitude do furo
máxima é oriunda
(linha central) mais
do centro da
próximo -4,8dB do
descontinuidade
furo mais distante
nem sempre é
verdadeira.

Curso END Não convencional - Efeito de campo próximo - 2D - Feixe Sônico - 02 SDH
ME POR US – Geração e Recepção das Ondas

Campo Próximo
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Ângulo de Divergência
ME POR US – Geração e Recepção das Ondas

Ângulo de Divergência
ME POR US – Geração e Recepção das Ondas

Tipos de Transdutores
A frequência ultrassônica gerada pelo cristal dependerá da sua espessura,
cerca de 1 mm para 4 MHz e 2 mm para 2 MHz.
Os cristais mencionados são montados sobre uma base de suporte (bloco
amortecedor) e junto com os eletrodos e a carcaça externa constituem o
transdutor ou cabeçote propriamente dito. Existem três tipos usuais de
transdutores: Reto ou Normal, o angular e o duplo - cristal.
ME POR US – Geração e Recepção das Ondas

Transdutores Normais ou 0°
São assim chamados os cabeçotes monocristal geradores de ondas
longitudinais normal a superfície de acoplamento.
Os transdutores normais são construídos a partir de um cristal
piezelétrico colado num bloco rígido denominado de amortecedor e
sua parte livre protegida por uma membrana de borracha ou uma
resina especial. O bloco amortecedor tem função de servir de apoio
para o cristal e absorver as ondas emitidas pela face colada a ele.
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Transdutores 0°
ME POR US – Geração e Recepção das Ondas

Transdutores 0°
ME POR US – Geração e Recepção das Ondas

Transdutores 0°
O transdutor emite um pulso ultrassônico que atravessa o material a
inspecionar e reflete nas interfaces, originando o que chamamos ecos.
Estes ecos retornam ao transdutor e geram, no mesmo, o sinal elétrico
correspondente.
A face de contato do transdutor com a peça deve ser protegida contra
desgastes mecânicos podendo utilizar membranas de borracha finas e
resistentes ou camadas fixas de epóxi enriquecido com óxido de alumínio.
Em geral os transdutores normais são circulares, com diâmetro de 5 a 24
mm, com frequência de 0,5; 1; 2; 2,5; 4; 5; 6 MHz. Outros diâmetros e
frequências existem, porém para aplicações especiais.
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Transdutores Angulares
A rigor, diferem dos transdutores retos ou normais pelo fato do cristal formar
um determinado ângulo com a superfície do material.
O ângulo é obtido, inserindo uma cunha de plástico entre o cristal
piezelétrico e a superfície. A cunha pode ser fixa, sendo então englobada pela
carcaça ou intercambiável. Neste último caso temos um transdutor normal
que é preso com parafusos que fixam a cunha à carcaça. Como na prática
operamos normalmente com diversos ângulos (35, 45, 60, 70 e 80 graus) esta
solução é mais econômica já que um único transdutor com várias cunhas é de
custo inferior, porém necessitam de maiores cuidados no manuseio.
ME POR US – Geração e Recepção das Ondas

Transdutores Angulares
ME POR US – Geração e Recepção das Ondas

Transdutores Angulares
ME POR US – Geração e Recepção das Ondas

Transdutores Angulares
ME POR US – Geração e Recepção das Ondas

Transdutores Angulares
ME POR US – Geração e Recepção das Ondas

Transdutores Duplo Cristal ou SE
Neste caso, somente um transdutor que separa a emissão da recepção pode
ajudar. Para tanto, desenvolveu-se o transdutor de duplo-cristal, no qual dois
cristais são incorporados na mesma carcaça, separados por um material
acústico isolante e levemente inclinados em relação à superfície de contato.
Cada um deles funciona somente como emissor ou somente como receptor,
sendo indiferente qual deles exerce qual função. São conectados ao aparelho
de ultrassom por uma cabo duplo; o aparelho deve ser ajustado para
trabalhar com 2 cristais.
ME POR US – Geração e Recepção das Ondas

Transdutores SE (Sender-Empfänger)
ME POR US – Geração e Recepção das Ondas

Transdutores SE (Sender-Empfänger)
ME POR US – Geração e Recepção das Ondas

Transdutores SE
Os cristais são montados sobre blocos de plástico especial de baixa
atenuação. Devido a esta inclinação, os transdutores duplos não podem ser
usados para qualquer distância (profundidade). Possuem sempre uma faixa de
inspeção ótima, que deve ser observada. Fora desta zona a sensibilidade se
reduz. Em certos casos, estes transdutores duplos são utilizados com
“focalização”, isto é, o feixe é concentrado em uma determinada zona do
material para a qual se deseja máxima sensibilidade.
O transdutor duplo-cristal é o mais indicado e largamente utilizado nos
procedimentos de medição de espessura por ultrassom.
ME POR US – Geração e Recepção das Ondas

Transdutores
ME POR US – Geração e Recepção das Ondas

Transdutores
ME POR US – Geração e Recepção das Ondas

Transdutores
ME POR US

Praticando
À medida que a frequência aumenta no teste
ultrassônico, o ângulo da divergência do feixe de
ondas produzido por um cristal (Sen α = KV/Def x F):

a) Permanece inalterado.
b) Aumenta.
c) Diminui.
d) Varia uniformemente através de cada comprimento de
onda.

No aço, a velocidade do som é maior em qual dos


seguintes modos de vibração?

a) Ondas de corte.
b) Ondas superficiais.
c) Ondas longitudinais.
d) A velocidade do som é a mesma em todos os modos
de vibração, num dado material.
ME POR US

Praticando

A divergência do feixe é função das dimensões de


um cristal e do comprimento de onda do feixe
transmitido através de um meio, e...:

a) Aumenta-se a frequência ou o diâmetro do


cristal diminuem.
b) Diminui-se a frequência ou o diâmetro do
cristal diminuem.
c) Aumenta-se a frequência se o diâmetro do
cristal diminui.
d) Diminui-se a frequência se o diâmetro do
cristal diminui.
ME POR US

Praticando

A divergência de um cristal de quartzo é função


principalmente:

a) Do tipo de exame que está sendo executado.


b) Do aperto com que o cristal é montado no
cabeçote.
c) Da duração do pulso.
d) Do tamanho e da frequência do cristal.
ME POR US

Técnicas de Inspeção
ME POR US

Técnicas de Inspeção
ME POR US - Técnicas de Inspeção

Técnica da Transparência
ME POR US - Técnicas de Inspeção

ME POR US - Técnicas de Inspeção

Técnica Tandem
ME POR US - Técnicas de Inspeção

Ressonância
Uma onda entra em ressonância quando a espessura é igual a um número inteiro de
meios comprimentos de onda (exame por meio de onda contínua).

Espessura da ordem de
grandeza do comprimento
de onda

A frequência é variada até que a peça entre em ressonância (sistema ressonante - motor
que modifica frequência ou modificada por processo eletrônico)
ME POR US - Técnicas de Inspeção

Técnica ToFD
ME POR US - Técnicas de Inspeção

Técnica Phased Array
ME POR US - Técnicas de Inspeção

Por Contato
ME POR US - Técnicas de Inspeção

Imersão

Evitar que ecos de descontinuidades sejam


mascarados pelo eco da coluna d’água.
ME POR US

Praticando

A indicação na tela do osciloscópio que representa


a superfície oposta àquela em que se apoia o
cabeçote na peça em exame é denominada:

a) Pico.
b) Pulso inicial.
c) Eco de fundo.
d) Eco principal.

A profundidade de uma descontinuidade não pode


ser determinada:

a) Quando a peça for examinada pelo método da


transparência.
b) Quando for usado cabeçote normal.
c) Quando a peça for examinada com ondas
superficiais.
d) Quando for usado cabeçote angular.
ME POR US

Praticando

Ao examinar uma peça por meio de ultrassom,


usando a técnica de imersão, pode ocorrer que o
eco inicial tenha a aparência de uma reflexão
múltipla da superfície da peça próxima do
cabeçote. Isto pode ser eliminado:

a) Aumentando a espessura da camada de água


entre o cabeçote e a peça em exame.
b) Reduzindo a sensibilidade do aparelho.
c) Usando um dispositivo curvo para correção na
frente do cabeçote.
d) Usando uma frequência diferente.
ME POR US

Praticando

O princípio da ressonância ultrassônica é


geralmente usado para:

a) Medir a espessura da parede.


b) Detectar grandes descontinuidades.
c) Detectar porosidade.
d) Nenhuma das respostas citadas está correta.

A perda gradual da energia sônica que ocorre à


medida que um feixe de ondas ultrassônicas se
propaga numa peça é denominada:

a) Reflexão.
b) Reprodutibilidade.
c) Atenuação.
d) Refração.
ME POR US - Aparelho de US

Esquema de Funcionamento
ME POR US - Aparelho de US

Mostradores de Sinal

Mostrador tipo A-Scan


ME POR US - Aparelho de US

Mostradores de Sinal

Mostrador tipo B-Scan


ME POR US - Aparelho de US

Mostradores de Sinal

Mostrador tipo C-Scan


ME POR US - Aparelho de US

ME POR US - Aparelho de US

Analógico
ME POR US - Aparelho de US

Simuladores
ME POR US - Aparelho de US

Analógico / Digital
ME POR US - Aparelho de US

Digital
ME POR US - Blocos

Blocos V1
ME POR US - Blocos

Blocos V1
ME POR US - Blocos

Blocos V2
ME POR US - Blocos

Blocos V2
ME POR US - Blocos

ASME V T-434.2.1 (Non-piping) – “ASME 20”
ME POR US - Blocos

ASME V T-434.3.1 (Piping)
ME POR US - Blocos

Blocos para ME – ASTM E797
ME POR US - Verificações e Calibrações

Tela do Aparelho

MDE

MDE = MENOR DIVISÃO DA ESCALA


ME POR US - Verificações e Calibrações

Calibração da Escala Horizontal
Escala desejada: 100mm
MDE?

Quantidade de picos na tela

Posição dos picos


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Calibração da Escala Horizontal

MDE MDE

MDE

MDE
ME POR US - Verificações e Calibrações

Calibração da Escala Horizontal
ME POR US - Verificações e Calibrações

Calibração da Escala Horizontal
ME POR US - Verificações e Calibrações

Outras Calibrações
ME POR US - Verificações e Calibrações

Outras Calibrações
ME POR US - Verificações e Calibrações

Outras Calibrações
ME POR US

Praticando
A principal finalidade dos blocos de referência é:
a) Reproduzir as condições da peça em exame,
podendo ou não conter defeitos naturais ou
artificiais.
b) Obter o máximo de reflexão da superfície
posterior.
c) Obter a maior sensibilidade possível do
aparelho.
d) Nenhuma destas respostas está correta.

O processo para comparação do instrumento ou


dispositivo com um padrão é denominado:

a) Calibração.
b) Correlação.
c) Conformação.
d) Angulação.
ME POR US

ME POR US

Aparelhos
ME POR US

Aparelhos
São aparelhos bastante úteis para medição de espessuras de chapas, tubos,
taxas de corrosão em equipamentos industriais, porém para a obtenção de
bons resultados é necessário sua calibração antes do uso, usando blocos com
espessuras calibradas e de mesmo material a ser medido, com o ajuste
correto da velocidade de propagação do som do aparelho.

Os aparelhos medidores modernos de espessura digitais são dotados de


circuitos de memória que podem armazenar centenas de dados referente a
espessuras medidas e após, conectando na impressora, pode-se obter um
relatório completo das medidas efetuadas e as condições usadas.
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Tipos de Aparelhos (Classificação Olympus)

Precisão (0°) Corrosão (SE)


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Calibração por um Ponto (Ajuste de Velocidade)

10,0
5,4
9,8
3200
5920 m/s
5800

Aparelho não faz ajustes dos


delays (0 offset)
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Calibração por um Ponto (Ajuste de Velocidade)
ME POR US

Calibração Recomendada (2 Pontos)
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Acoplantes
Ao encostarmos o transdutor sobre a peça a ser inspecionada, imediatamente
estabelece uma camada de ar entre a sapata do transdutor e a superfície da
peça.
Esta camada ar impede que as vibrações mecânicas produzidas pelo
transdutor se propaguem para a peça em razão das características acústicas
(impedância acústica) muito diferente do material a inspecionar.
Por esta razão, deve-se usar um líquido que estabeleça uma redução desta
diferença e permita a passagem das vibrações para a peça. Tais líquidos,
denominados líquidos acoplantes são escolhidos em função do acabamento
superficial da peça, condições técnicas, tipo da peça.
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Acoplantes
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Medição de Espessura a Quente
Danos nos equipamentos

Riscos de queimaduras

Incertezas nas medições

Conventional ultrasonic transducers will tolerate temperatures up to approximately


50° C or 125° F. At higher temperatures, they will eventually suffer permanent
damage due to internal disbonding caused by thermal expansion. Thus if the
material being tested is hotter than approximately 50° C or 125° F, then high
temperature transducers and special test techniques should be employed.

Sound velocity in all materials changes with temperature, slowing down as the
material heats up. In steel, this velocity change is approximately 1% per 55° C or
100° F change in temperature. (The exact value varies depending on the alloy).

http://www.olympus-ims.com/en/ndt-tutorials/flaw-detection/high-temp-testing/
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Medição de Espessura a Quente


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Medição de Espessura a Quente
Metodo A (teórico)
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Medição de Espessura a Quente
Metodo B (preciso)
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Medição de Espessura Sobre Película
Velocidade das ondas longitudinais no aço ~ 5.900 m/s

Velocidade das ondas longitudinais em revestimento (tinta) ~ 2.500 m/s

Caso seja considerada a espessura total, ocorrerá um erro na medição:

0,5
10

http://www.olympus-ims.com/en/applications/measuring-metal-thickness-paint/
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Medição de Espessura Sobre Película
Para corrigir este fator, existem aparelhos microprocessados que realizam a
correção da medida, eliminando a camada de tinta. Para este processo, os
aparelhos desconsideram o primeiro eco de fundo (referente à camada de tinta).

Existem dois métodos típicos:


Medição eco a eco;
Tecnologias patentes (processamento).

Limitações para tipo de revestimento (devem ser não metálicos) e espessura


mínima (0,125mm), acabamento superficial, transdutores especiais e limites de
temperatura (50°C), limites quanto a corrosão (reflexão).

http://www.olympus-ims.com/en/applications/measuring-metal-thickness-paint/
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Praticando

O processo para comparação do instrumento ou


dispositivo com um padrão é denominado:

a) Calibração.
b) Correlação.
c) Conformação.
d) Angulação.

O movimento de um cabeçote ao longo de uma


superfície, produzido por processo manual ou
mecânico, é denominado:

a) Atenuação.
b) Angulação.
c) Varredura.
d) Ressonamento.
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Praticando
O fator que determina a quantidade de energia
refletida na interface de dois materiais
dissimilares é:

a) O índice de refração.
b) A frequência das ondas ultrassônicas.
c) A impedância acústica específica.
d) O módulo de Young.

Na tela de um aparelho com representação do


tipo “A-scan”, uma linha horizontal é marcada na
tela fluorescente do tubo de raios catódicos pelo
movimento uniforme e repetido de um feixe de
elétrons. Esta linha é denominada:

a) Marcador.
b) Escala DGS.
c) Onda quadrada.
d) Linha de varredura.
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Procedimento PR-036
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Critério de Aceitação
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Critério de Aceitação

http://www.ndt.net/article/wt1097/hammond/hammond.htm
Processos de Fabricação
Processos de Fabricação

Fundição;

Conformação:
Laminação;
Forjamento.

Soldagem;

Usinagem.
Processos de Fabricação

Descontinuidades de Fabricação

Por que conhecer?

Sequência das operações:


Detectar;
Identificar;
Avaliar;
Registrar.
Processos de Fabricação

Fabricação do Aço
Conversor a Oxigênio ou Processo Linz-Donawitz ou LD

Redução do
minério de ferro Injeção de oxigênio
Fe2O3 para Fe para remoção carbono
com alto teor de na forma CO e CO2.
C (ferro gusa).
Processos de Fabricação

Solidificação dos Metais

Contração:

Contração no
Contração no Contração de
estado sólido
estado líquido solidificação
corresponde à
corresponde ao corresponde a variação
variação de volume
abaixamento da de volume que ocorre
que ocorre já no
temperatura até o durante a mudança do
estado sólido,
início da estado líquido para
desde a
solidificação. sólido.
temperatura final
de solidificação até
a temperatura
ambiente.
Processos de Fabricação

Solidificação dos Metais

Segregação:
Região com elementos químicos diferentes.

Inclusões não metálicas:


Óxidos;
Alumina;
Sulfetos;
Silicatos.
Processos de Fabricação

Fundição
Conformação de um metal ou liga metálica no estado líquido.
Processos de Fabricação

Fundição – Descontinuidades Típicas

Bolsa de Gás (Porosidade)

Características:
Vazios arredondados de paredes lisas.

Localização:
Geralmente interna.

Causas:
Alta velocidade de solidificação que impede a saída
de gases.
Processos de Fabricação

Fundição – Descontinuidades Típicas


Processos de Fabricação

Fundição – Descontinuidades Típicas

Gota fria

Características:
Gota aderida a superfície da peça.

Localização:
Superficial.

Causas:
Gota de metal que respingou e se solidificou na superfície
interna do molde.
Processos de Fabricação

Fundição – Descontinuidades Típicas

Gota fria

AA
Processos de Fabricação

Fundição – Descontinuidades Típicas

Inclusão de Areia

Características:
Areia que soltou do molde ficando aprisionada na peça.

Localização:
Internas.

Causas:
Falta de compactação ou limpeza.
Processos de Fabricação

Fundição – Descontinuidades Típicas


Processos de Fabricação

Fundição – Descontinuidades Típicas

Junta Fria

Características:
Interface entre duas frentes de solidificação preenchida com
óxido.

Localização:
Qualquer.

Causas:
Baixa temperatura no encontro de correntes de metal líquido.
Processos de Fabricação

Fundição – Descontinuidades Típicas

Junta Fria

Metal fundido Metal fundido

Molde
Processos de Fabricação

Fundição – Descontinuidades Típicas

Junta Fria
Processos de Fabricação

Fundição – Descontinuidades Típicas

Rechupe

Características:
Vazios de diversos tipos e formas.

Localização:
Região superior interna.

Causas:
Contração, segregação.
Processos de Fabricação

Fundição – Descontinuidades Típicas

Rechupe

Cabeça Rechupe

Região de
segregação
Processos de Fabricação

Fundição – Descontinuidades Típicas

Rechupe
Processos de Fabricação

Fundição – Descontinuidades Típicas

Trincas de Contração

Características:
Intercristalinas, irregulares e de grande extensão.

Localização:
Regiões de variação brusca de seção.

Causas:
Altas tensões de contração (seção mais fina solidifica antes da
mais grossa).
Processos de Fabricação

Fundição – Descontinuidades Típicas

Trincas de Contração
Processos de Fabricação

Fundição – Descontinuidades Típicas

Trincas de Tensão

Características:
Transgranulares, geralmente retas e passantes.

Localização:
Superficiais.

Causas:
Tensões residuais.
Processos de Fabricação

Fundição – Descontinuidades Típicas
Trincas de Tensão
Processos de Fabricação

Forjamento

Conformação de um metal ou
liga metálica no estado sólido
por martelo ou prensa.
Processos de Fabricação

Forjamento – Descontinuidades Típicas

Dobra

Características:
Lâmina fina dobrada sobre a superfície.

Localização:
Superficial.

Causas:
Desalinhamento das matrizes ou grande variação de seção.
Processos de Fabricação

Forjamento – Descontinuidades Típicas

Dobra de
forjamento

Dobra
Processos de Fabricação

Forjamento – Descontinuidades Típicas

Trinca de Flocos

Características:
Como chocolate no sorvete de flocos.

Localização:
Nos contornos dos grãos.

Causas:
Presença de hidrogênio.
Processos de Fabricação

Forjamento – Descontinuidades Típicas
Processos de Fabricação

Laminação

Produto da transformação mecânica de um lingote,


forçando-se sua passagem entre dois cilindros.
Processos de Fabricação

Laminação – Descontinuidades Típicas

Dobra

Características:
Bidimensional quase paralelo a superfície.

Localização:
Superficial.

Causas:
Deformação excessiva.
Processos de Fabricação

Laminação – Descontinuidades Típicas

Dobra
Processos de Fabricação

Laminação – Descontinuidades Típicas

Dupla Laminação

Características:
Bidimensional paralela a superfície.

Localização:
Interna, geralmente no meio da chapa.
Processos de Fabricação

Laminação – Descontinuidades Típicas

Dupla Laminação
Processos de Fabricação

Laminação – Descontinuidades Típicas

Inclusão não metálicas

Porosidade
Processos de Fabricação

Soldagem
Processos de Fabricação

Soldagem - Terminologia

Tipos de juntas  Tipos de soldas

De aresta De aresta
Sobreposta Em ângulo
De topo De topo
De ângulo Em ângulo

Em ângulo
Em quina
Em L
Em T
Processos de Fabricação

Fonte: Paulo J. Modenesi. Terminologia Usual de Soldagem e Símbolos de Soldagem - UFMG.


Processos de Fabricação

Juntas de topo

Juntas de canto

Fonte: Paulo J. Modenesi. Terminologia Usual de Soldagem e Símbolos de Soldagem - UFMG.


Processos de Fabricação

Juntas de aresta

Juntas
sobrepostas

Juntas de ângulo

Fonte: Paulo J. Modenesi. Terminologia Usual de Soldagem e Símbolos de Soldagem - UFMG.


Processos de Fabricação

Soldagem - Terminologia

Face
Face de Fusão
Margem
Zona de ligação Zona fundida

ZAC
MB MB

Margem Raiz
Processos de Fabricação

Soldagem - Descontinuidades Típicas
Processos de Fabricação

Soldagem - Descontinuidades Típicas

Concavidade Convexidade
excessiva excessiva

Deformação
angular
Processos de Fabricação

Soldagem - Descontinuidades Típicas

Desalinhamento

Embicamento
Processos de Fabricação

Soldagem - Descontinuidades Típicas

Reforço excessivo

Respingos
Processos de Fabricação

Soldagem - Descontinuidades Típicas
Processos de Fabricação

Soldagem - Descontinuidades Típicas
Processos de Fabricação

Soldagem - Descontinuidades Típicas
Processos de Fabricação

Soldagem - Descontinuidades Típicas
Processos de Fabricação

Soldagem - Descontinuidades Típicas
Fim

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