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LAUDO DE INSPEÇÃO

COMUNIDADE SÃO MIGUEL ARCANJO

Salvador - BA

Setembro 2020
PRELIMINARES

Consoante os termos do contrato de consultoria técnica, a presente inspeção predial tem por
finalidade avaliar as conformidades técnicas e funcionais da Igreja Comunidade São Miguel
Arcanjo, localizada em Valéria, Salvador – BA.

Localização

A referida Inspeção servirá de subsidio técnico para realizar intervenções na edificação. Este
trabalho também visa o atendimento as exigências da Norma técnica NBR-5674 – Manutenção
das Edificações, sob os aspectos de Arquitetura e Engenharia, de modo a garantir o bom
funcionamento e a segurança das construções, e assim evitar danos materiais e humanos tanto
para o particular quanto para o público.
Fachada da Edificação

DILIGÊNCIA

O local de interesse foi vistoriado entre os dias 15 de Agosto de 2020 pela equipe técnica,
vistoriando todos os ambientes da edificação.

CRITÉRIO

O critério utilizado para a elaboração do Laudo será embasado na Análise do Risco associado ao
uso e exposição ambiental.

“A análise do risco consiste na classificação das anomalias e falhas identificadas nos diversos
componentes de uma edificação, quanto ao seu grau de urgência, relacionado com fatores de
conservação, depreciação, saúde, segurança, funci onalidade, comprometimento de vida útil e
perda de desempenho”.

METODOLOGIA

A metodologia adotada no presente trabalho fundamenta-se na Norma Básica para Perícias de


Engenharia do IBAPE (Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia) e na norma de
avaliação e perícia NBR 13752 e consistirá na abordagem e desenvolvimento dos seguintes itens:
 Determinação do nível e tipo de inspeção;
 Verificação da documentação apresentada;
 Informações pertinentes advindas dos usuários e proprietários;
 Vistoria de toda a edificação;
 Classificação e análise das anomalias e falhas de manutenção quanto ao grau de
urgência;
 Elaboração do laudo com indicação das orientações técnicas e ordem de prioridades;
 Conclusões finais e observações.

NÍVEL DA INSPEÇÃO PREDIAL

Os níveis de inspeção predial preconizados pela NBR-5674 são os seguintes:

NÍVEL1 – Identificação das anomalias e falhas aparentes, elaborada por profissionais habilitados.

NÍVEL 2 – Vistoria para a identificação de anomalias ou falhas aparentes, eventualmente


identificadas com auxílio de equipamentos e/ou aparelhos, bem como análises de documentos
técnicos específicos, consoante à complexidade dos sistemas construtivos existentes. A inspeção
predial neste nível é realizada por profissionais habilitados em uma ou mais especialidades.

NÍVEL 3 – Equivalente aos parâmetros definidos pelo nível 2, acrescida de auditoria técnica
conjunta ou isolada de aspectos técnicos, de uso e manutenção predial empregada no
empreendimento, além de orientações para a melhoria e ajuste dos procedimentos existentes
no plano de manutenção.

A presente inspeção predial se enquadra no NÍVEL 1, identificando as anomalias aparentes.

6 - RESPONSABILIDADES

A responsabilidade técnica deste trabalho está limitada pelo escopo e nível da inspeção
contratada.

A equipe técnica exime-se de qualquer responsabilidade quanto a não observância e correção


das falhas aqui apontadas, bem como, por quaisquer irregularidades decorrentes de projetos,
construtivas, de materiais, de modificações e de deficiência de manutenção.

CARACTERÍSTICAS DA EDIFICAÇÃO

A Igreja Comunidade São Miguel Arcanjo, localiza-se na Rua da José Guimarães, s/n, Valéria,
Salvador, Bahia. CEP: 41.300-220
A edificação é de baixo padrão de acabamento, com uma parte construída em estrutura pré-
moldada e anexo em estrutura de alvenaria de vedação e concreto armado para travamento e
blocos.
É constituído somente 01 pavimento térreo e um mezanino.

TRABALHOS TÉCNICOS

A metodologia aplicada para a elaboração do presente laudo observou os preceitos da Norma


Brasileira para Perícias de Engenharia na Construção Civil – NBR 13752 da Associação Brasileira
de Normas Técnicas – ABNT.
Para o perfeito entendimento dos resultados apresentados por este trabalho, faz-se necessário o
conhecimento dos seguintes termos técnicos a serem utilizados neste laudo:

FISSURAS – São micro aberturas inferior a 0,5mm e pouco profunda em um elemento


construtivo (paredes, lajes, vigas...). São bastante comuns em edificações e em geral, tem origem
na camada superficial não representando risco quanto à solidez da edificação.

TRINCAS - São aberturas em forma de linha que aparece na superfície de qualquer material
sólido, proveniente de evidente ruptura de parte de sua massa, com espessura de 0,5mm a
1,00mm. Normalmente são originadas por problemas em fundações, estruturas ou alvenarias.
Apesar de não comprometer a solidez da edificação, deverão ser investigadas e tratadas.

RACHADURA - é uma abertura expressiva que aparece na superfície de qualquer material sólido,
proveniente de acentuada ruptura de sua massa, podendo-se “ver” através dela e cuja espessura
varia de 1,00mm até 1,5mm. Devem ser investigadas a suas causas e tratadas imediatamente,
sob pena de comprometimento da solidez da edificação.

PINTURA – É uma composição de resinas, pigmentos e solventes que além da função estética e
decorativa, tem como função primordial a proteção do elemento ou substrato, garantindo a
durabilidade da superfície e prolongando a sua vida útil. No caso específico das fachadas em
edificações, a pintura protege contra a passagem de umidade para o interior do imóvel e impede
o crescimento de fungos, bactéria e micro-organismos.

EFLORESCÊNCIA – Manchas esbranquiçadas na superfície pintada, causada pelo depósito de sais


solúveis em água. Além de alterar a aparência da pintura pode provocar a desagregação do
revestimento.

DESCASCAMENTO - É o desprendimento da película de tinta do substrato (Reboco).

DESAGREGAÇÃO – Destruição da pintura que se esfarela, destacando-se da superfície


juntamente com o substrato (reboco).

DESCORAMENTO – Perda de cor devido a incidência de raios solares.

DEGRADAÇÃO – Desgastes dos componentes e sistemas da edificação em decorrência do efeito


do transcurso do tempo, uso e interferências do meio.
DEPRECIAÇÃO – Perda do valor de um bem devido ao seu estado ou qualidade em que se
encontra.

DETERIORAÇÃO – Desgaste em razão do mau uso ou manutenção inadequada.

MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM UMA EDIFICAÇÃO – São as “doenças” da edificação, ou


seja, falhas de projeto, falhas construtivas, falhas de utilização ou deterioração natural causada
pelo envelhecimento da edificação.

INSPEÇÃO PREDIAL – É a avaliação isolada ou combinada das condições técnicas de uso e de


manutenção da edificação.

ANOMALIA – Anormalidade, irregularidade em uma edificação. Pode ser:

1- Endógena – Proveniente da própria edificação, sendo vícios de projeto, materiais ou


execução.
2- Exógena – Decorrente de danos causados por fatores externos ou terceiros.
3- Naturais – Oriundas de danos causados por fenômenos da natureza.
4- Funcionais – Provenientes do término da vida útil ou degradação pelo uso.

GRAU DE RISCO – Critério de classificação das anomalias e falhas constatadas na inspeção
predial considerando o impacto do risco oferecido aos usuários, meio ambiente e ao patrimônio.
Classifica-se em:

1- Crítico – Impacto irrecuperável, relativo ao risco contra a saúde, segurança do usuário e do


meio ambiente, bem como perda excessiva de desempenho, recomendando intervenção
imediata. Provoca aumento de custo, comprometimento da vida útil e desvalorização acentuada
da edificação.

2- Regular – Impacto parcialmente recuperável relativo ao risco quanto a perda parcial de


funcionalidade e desempenho, recomendando programação e intervenção a curto prazo.
Provoca perda pontual de desempenho (possibilidade de recuperação), deterioração precoce e
pequena desvalorização.

3- Mínimo – Impacto recuperável relativo a pequenos prejuízos, sem incidências ou


probabilidades de ocorrência dos riscos expostos, recomendando programação e intervenção a
médio prazo. Provoca baixo e até mesmo nenhum tipo de comprometimento do valor
imobiliário.

ESTADO DE MANUTENÇÃO – É a situação em que se encontra a edificação no momento da


inspeção predial. Classifica-se em:

1- Crítico – Quando o empreendimento contém anomalias e/ou falhas classificadas com grau de
risco crítico.
2- Regular – Quando o empreendimento contém anomalias e/ou falhas classificadas com grau
de risco regular.

3- Satisfatório – Quando o empreendimento não contém anomalias e/ou falhas significativas


com grau de risco mínimo.

Serão consideradas anomalias construtivas aquelas que prejudicam o desempenho, a


funcionalidade, a vida útil e a utilização de correntes de problemas de projetos, execução,
especificação de materiais, informações defeituosas sobre manutenção, uso e operação de
sistemas.

Serão consideradas falhas, as não conformidades decorrentes de ações de manutenção.

A constatação de anomalias foi realizada dentro do escopo do trabalho de inspeção, buscando


identificar possíveis e prováveis causas para as mesmas, sugerindo medidas saneadoras a serem
tomadas e indicando o grau de urgência para o reparo. As recomendações técnicas são
orientativas e constam no relatório fotográfico de cada evento identificado.
IDENFICAÇÃO DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS

FOTO 01 EXTERNO
RISCO CRÍTICO
CLASSIFICAÇÃO
ANOMALIA ENDÓGENA
FALHA PROJ/EXEC
DEFICIÊNCIAS
Recobrimento quase nulo.
Elementos estruturais sem
proteção de agentes externos,
causando rápida degradação
das armaduras dos pilares,
vigas, lajes e fundações.

MEDIDAS CORRETIVAS
Escarificar toda a região,
comprometida ou não pela
corrosão, executar o
tratamento especificado na
conclusão. Em linhas gerais,
deve-se refazer tratar e/ou
reforçar os locais
comprometidos e refazer o
recobrimento em todos os
elementos estruturais.
FOTO 02 EXTERNO
RISCO CRÍTICO
CLASSIFICAÇÃO
ANOMALIA ENDÓGENA
FALHA PROJ/EXEC
DEFICIÊNCIAS
Falta de amarração entre o
pilar e o bloco.

MEDIDAS CORRETIVAS
Retirar a argamassa, aplicar
tela malha soldada para
reforço de fachadas disposta
na região da ligação entre
pilares, onde houver esta
mesma ligação. Realizar cura
úmida do chapisco por 3 dias.
FOTO 03 EXTERNO
RISCO CRÍTICO
CLASSIFICAÇÃO
ANOMALIA ENDÓGENA
FALHA PROJ/EXEC
DEFICIÊNCIAS
Corrosão das armaduras.

MEDIDAS CORRETIVAS
Escarificar o elemento
estrutural, realizar o
tratamento disposto na
conclusão deste laudo e
realizar o correto
recobrimento do elemento
estrutural, no mínimo de 3cm,
com base na NBR 6118.
FOTO 04 MEZANINO
RISCO CRÍTICO
CLASSIFICAÇÃO
ANOMALIA ENDÓGENA
FALHA PROJ/EXEC
DEFICIÊNCIAS
Corrosão das armaduras.

MEDIDAS CORRETIVAS
Escarificar o elemento
estrutural, realizar o
tratamento disposto na
conclusão deste laudo e
realizar o correto
recobrimento do elemento
estrutural, no mínimo de 3cm,
com base na NBR 6118.
FOTO 05 MEZANINO
RISCO CRÍTICO
CLASSIFICAÇÃO
ANOMALIA ENDÓGENA
FALHA PROJ/EXEC
DEFICIÊNCIAS
Corrosão das armaduras.

MEDIDAS CORRETIVAS
Escarificar o elemento
estrutural, realizar o
tratamento disposto na
conclusão deste laudo e
realizar o correto
recobrimento do elemento
estrutural, no mínimo de 3cm,
com base na NBR 6118.
FOTO 06 MEZANINO
RISCO CRÍTICO
CLASSIFICAÇÃO
ANOMALIA ENDÓGENA
FALHA PROJ/EXEC
DEFICIÊNCIAS
Corrosão das armaduras.

MEDIDAS CORRETIVAS
Escarificar o elemento
estrutural, realizar o
tratamento disposto na
conclusão deste laudo e
realizar o correto
recobrimento do elemento
estrutural, no mínimo de 3cm,
com base na NBR 6118.
FOTO 07 EXTERNO
RISCO CRÍTICO
CLASSIFICAÇÃO
ANOMALIA ENDÓGENA
FALHA PROJ/EXEC
DEFICIÊNCIAS
Corrosão das armaduras.

MEDIDAS CORRETIVAS
Escarificar o elemento
estrutural, realizar o
tratamento disposto na
conclusão deste laudo e
realizar o correto
recobrimento do elemento
estrutural, no mínimo de 3cm,
com base na NBR 6118.
FOTO 08 MEZANINO
RISCO CRÍTICO
CLASSIFICAÇÃO
ANOMALIA ENDÓGENA
FALHA EXECUÇÃO
DEFICIÊNCIAS
Corrosão das armaduras e
descolamento do reboco.

MEDIDAS CORRETIVAS
Escarificar a laje, realizar o
tratamento disposto na
conclusão deste laudo para as
vigotas. Realizar cura úmida
de, no mínimo, 3 dias no
chapisco.
FOTO 09 MEZANINO
RISCO CRÍTICO
CLASSIFICAÇÃO
ANOMALIA ENDÓGENA
FALHA PROJ/EXEC
DEFICIÊNCIAS
Corrosão das armaduras.

MEDIDAS CORRETIVAS
Escarificar o elemento
estrutural, realizar o
tratamento disposto na
conclusão deste laudo e
realizar o correto
recobrimento do elemento
estrutural, no mínimo de 3cm,
com base na NBR 6118.
FOTO 10 MEZANINO
RISCO CRÍTICO
CLASSIFICAÇÃO
ANOMALIA ENDÓGENA
FALHA PROJ/EXEC.
DEFICIÊNCIAS
Trinca a 45º. Pilar nascendo na
laje, sem armadura adequada.

MEDIDAS CORRETIVAS
Retirar todo o concreto do
elemento estrutural e refazê-
lo até a sua fundação.
FOTO 11 MEZANINO
RISCO CRÍTICO
CLASSIFICAÇÃO
ANOMALIA ENDÓGENA
FALHA MANUTENÇÃO
DEFICIÊNCIAS
Corrosão das armaduras.

MEDIDAS CORRETIVAS
Escarificar o elemento
estrutural e refazê-lo até a sua
fundação.
FOTO 12 EXTERNO
RISCO CRÍTICO
CLASSIFICAÇÃO
ANOMALIA ENDÓGENA
FALHA PROJ/EXEC.
DEFICIÊNCIAS
Flecha alta e baixa ancoragem
da marquise. Laje fora do
limite de aceitabilidade
sensorial.

MEDIDAS CORRETIVAS
Demolir e refazer uma nova
estrutura com ancoragem na
viga ou na laje do mezanino.
FOTO 13 MEZANINO
RISCO CRÍTICO
CLASSIFICAÇÃO
ANOMALIA ENDÓGENA
FALHA PROJ/EXEC.
DEFICIÊNCIAS
Corrosão das armaduras.

MEDIDAS CORRETIVAS
Escarificar o elemento
estrutural, realizar o
tratamento disposto na
conclusão deste laudo e
realizar o correto
recobrimento do elemento
estrutural, no mínimo de
3cm, com base na NBR
6118.
FOTO 14 EXTERNO
RISCO CRÍTICO
CLASSIFICAÇÃO
ANOMALIA ENDÓGENA
FALHA PROJ/EXEC.
DEFICIÊNCIAS
Recobrimento quase nulo.
Elementos estruturais sem
proteção de agentes
externos, causando rápida
degradação das armaduras
dos pilares, vigas, lajes e
fundações.

MEDIDAS CORRETIVAS
Escarificar o elemento
estrutural, realizar o
tratamento disposto na
conclusão deste laudo e
realizar o correto
recobrimento do elemento
estrutural, no mínimo de
3cm, com base na NBR
6118.
CONCLUSÃO E ORIENTAÇÕES DE MANUTENÇÃO

De modo geral vimos que a edificação encontra-se num estado de condição crítica em relação à
estrutura da edificação, onde há algumas manifestações patológicas que devem ser reparadas a
curto prazo. As armaduras expostas, com pouco ou sem qualquer tipo de proteção contra
agentes agressivos presentes na atmosfera, podem trazer o prédio a ruída se não for recuperado
adequadamente. Dessa forma, a edificação se enquadra no grau de risco crítico.

Além das fissuras referentes à corrosão, é imprescindível realizar sondagem no local e conferir as
fundações, se elas existem e se tem recobrimento de no mínimo 4,5cm, recomendado pela NBR
6118 para elementos estruturais em contato com o solo.

Seguem algumas orientações para serem seguidas em cada caso apresentado, levando em
consideração sua relevância:

A) Fissura devido à corrosão (Fotos 03 à 09,13,14): Inicialmente, no processo de recuperação,


deverá ser feita a remoção do reboco e do concreto desagregado até 10 cm além da parte que a
armadura apresente corrosão. Em seguida, fazer a avaliação da seção da armadura. Caso a
armadura apresente redução de seção superior a 20%, substituir utilizando transpasse ou outro
método de igual ou superior performance. Caso a armadura esteja com seção íntegra, deverá ser
feita a limpeza da armadura com uma escova de aço, depois, aplicar o produto Armatec OX 7
para remoção da ferrugem. Por fim, aplicar o produto Armatec Zn para tratar e proteger toda a
armadura.

Após o tratamento da armadura, aplicar um novo cobrimento de armadura com argamassa


estrutural ou graute, com 3 cm de recobrimento para elementos da superestrutura (acima do
solo) e 4,5cm de recobrimento para elementos em contato com o solo (infraestrutura),
conforme a situação. Depois, aplicar chapisco com cura úmida de, pelo menos, 3 dias, reboco e
revestimento.

B) Deformação excessiva na marquise (Foto 12): Marquise com alta deformação e sem
travamento.

SOLUÇÃO: demolir a marquise existente e executar uma nova estrutura. Caso seja de concreto
armado, deve-se engastar na viga e reforçar a mesma com a armadura de pele, para absorver os
novos esforços de torção. Outra possibilidade é engastar na laje do mezanino. Nesse caso, deve-
se demolir parte da laje do mezanino (no mínimo a mesma profundidade da marquise) para
gerar a rigidez necessária para o engaste da marquise em balanço.

Uma sugestão para não mexer tanto na estrutura é fazer uma marquise com perfis metálicos em
balanço e painel wall ou placa cimentícea, conforme figura abaixo. O objetivo dessa solução é
evitar sobrecargas desnecessárias na estrutura, promover o mesmo padrão estético e executar
uma estrutura leve, de fácil execução e segura.
1- marquise em balanço de placa cimentícea

C) Recobrimento inadequado (Foto 01): As consequências de falta de proteção contra agentes


agressivos é devastador para a estrutura de concreto armado. Em todos os elementos
vistoriados, foi evidenciado corrosão da armadura. Em todos estes elementos o recobrimento
quase não existe.

2- Reforço estrutural em pilares de concreto armado

SOLUÇÃO: Nesse caso, é recomendado escarificar o concreto em volta da armadura corrida,


eliminando a ferrugem com escova de aço. Substituir a armadura caso tenha perdido a partir de
20% da seção transversal. Após a limpeza das armaduras com a escova de aço, aplicar
recuperador e inibidor de corrosão nas armaduras. Por fim, molhar a superfície que receberá a
argamassa de reparo estrutural e aplica-la, deixando no mínimo 3cm de recobrimento.
D) Trinca por falta de amarração e movimentação da estrutura (Foto 02): Concreto e bloco de
vedação são materiais de composições completamente diferentes. Sendo assim, esses
elementos dilatam de formas diferentes. Essas tensões se concentram na ligação desses
materiais e, por falta de amarração adequada, é comum abrir uma fissura na ligação.

SOLUÇÃO: Aplicação de tela soldada, galvanizada, em toda a extensão da ligação a fim de


reforçar o local. A tela deve ser aplicada no chapisco, que deve ser executado utilizando cura
úmida de, no mínimo, 3 dias.

3- Tela Galvanizada para reforço de fachada

D) Rachadura por equívoco no modelo estrutural (Foto 10 e 11): Nesse caso, foram criados
pilares em cima da laje. Rachaduras a 45º em pilares não perigosas. Como o pilar não está
nascendo em nenhuma viga de transição, entende-se que o modelo estrutural não é adequado,
pois não foi feito nenhuma base para sustentar esse elemento.

SOLUÇÃO: Encamisar o pilar, descer até o térreo com um reforço estrutural e executar uma
fundação para sustenta-lo.
4- Encamisamento do pilar e fundações
OBSERVAÇÕES

 Escavar e verificar se existe fundação e quais as condições da mesma.


 Os dados técnicos presentes neste laudo foram extraídos em vistoria in loco.
 O laudo refere-se apenas às áreas visitadas;
 Na elaboração do Laudo, observaram-se as Normas Técnicas, pertinentes, da ABNT e
IBAPE/SP:
o NBR 14.037/1998 – Manual de Operação, Uso e Manutenção das Edificações

o BR 5674/1999 – Manutenção de Edificações – Procedimentos

o NORMA INSPEÇÃO PREDIAL/2011/IBAPE/SP

o NBR 6118: 2014 - Projeto de estruturas de concreto — Procedimento

 Os profissionais são responsáveis única e exclusivamente pelo escopo e nível de inspeção


contratado.

 Exime-se de qualquer responsabilidade técnica os profissionais deste laudo, quando as


observações existentes no Laudo de Inspeção Predial não forem implementadas pelo
proprietário ou responsável legal da edificação.

 A inspeção se enquadra no Nível 1, para identificação apenas das anomalias aparentes,


utilizando somente a constatação visual, análise de documentos e orientações para a
correta manutenção preditiva.

 A distribuição quanto a criticidade, seguiu a classificação do Grau de Risco da norma de


inspeção predial do IBAPE/2011/SP, qual seja:

o Mínimo: Quando não existirem anomalias significativas. Risco de desvalorização


precoce. Impacto recomendando programação de médio prazo.

o Regular: Quando a incidência de anomalias encontradas for considerada como


sendo de risco a funcionalidade, deterioração e comprometimento de uso,
implicando na necessidade de reparos. Recomenda-se programação e
intervenção a curto prazo.

o Crítico: Quando a incidência de anomalias encontradas for considerada como


sendo de risco à saúde, segurança e solidez, implicando em falta de condições de
uso e falta de condições de reparos. Recomenda-se intervenção imediata.
Anexos:

I- ART de inspeção predial.

Salvador, 08 de Setembro de 2020.

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Representante Comunidade São Miguel Ícaro Lima Mota


Arcanjo Engenheiro Civil

Contratante CREA BA: 051790684-8

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