CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA

CURSO ENGENHARIA CIVIL

Claudinéia Barbosa da Silva Fernandes 202010367

LAUDO TÉCNICO DE INSPEÇÃO PREDIAL

UBERLÂNDIA
2020
Claudinéia Barbosa da Silva Fernandes 202010367

LAUDO TÉCNICO DE INSPEÇÃO PREDIAL

Relatório técnico apresentado como requisito parcial

para obtenção de aprovação na disciplina Patologia das
Construções, no curso de Engenharia Civil, no Centro
Universitário Una de Uberlândia.
Orientador: Prof. Luan Serafim Mendes

UBERLÂNDIA
2020
 SUMÁRIO

I. INTRODUÇÃO 4

II. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 5

III. METODOLOGIA 7

IV. SISTEMAS CONSTRUTIVOS INSPECIONADOS 9

V. CONCLUSÃO 16

VI. REFERÊNCIAS 17
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I. INTRODUÇÃO

​O presente Laudo Técnico de Inspeção Predial foi solicitado pelo proprietário – e

tem o seu conteúdo embasado na Norma de Inspeção Predial 2009 do IBAPE (Instituto
Brasileiro de Avaliação e Perícias de Engenharia – Entidade Nacional) e da Norma de
Manutenção de Edificações NBR 5674, da ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas), que dispõe sobre as regras gerais e específicas a serem obedecidas na manutenção
e na conservação das edificações.
O objetivo deste laudo é vistoriar e identificar patologias na residência em questão,
citar quais foram os motivos que ocasionaram as patologias e propor uma solução coerente ou
mesmo achar uma tentativa corretiva pra os danos causados.
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II. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

2. Identificação

Edificação:​ Residencial unifamiliar.

Endereço:​ Rua Jorge Martins Pinto, n° 1282, Santa Mônica, Uberlândia-MG.

Vista de Satélite.

2.1. Realização do Laudo

Responsável: ​Estudante de Engenharia Civil CLAUDINEIA BARBOSA DA

SILVA FERNANDES.

2.2. Data da Vistoria

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A vistoria foi realizada na edificação que abriga a residência unifamiliar no dia 11.11.2020,
no período da tarde.

2.3. Objeto da Inspeção

Trata-se de um imóvel de uso residencial, com idade aproximada de 18 anos, com

aproximadamente 53m² de área construída, terreno com área de 180m², composto por dois
quartos, sala, cozinha, banheiro, área de serviço, garagem e uma área verde na frente do
imóvel. Sua estrutura é de concreto e alvenaria, portas de madeira, as esquadrias de ferro e
vidro denominadas de basculantes, cobertura de telha de fibrocimento e piso cimentado
vermelhão. Algumas intervenções foram realizadas e descaracterizaram parte da construção
inicial, como por exemplo, aplicação de cerâmica no piso e na parede do banheiro.

Vista Frontal.
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III. METODOLOGIA

3.1.1. ​Critério Utilizado

A inspeção predial está baseada na vistoria da edificação, que tem como resultado
a análise técnica do fato ou da condição relativa à utilização, mediante a verificação “in loco”
de cada sistema construtivo, no que tange a segurança e a manutenção predial, de acordo com
as diretrizes da Norma de Inspeção Predial do IBAPE – 2009 e da Norma de Manutenção em
Edificações - NBR 5674, da ABNT.
A inspeção procede ao diagnóstico das anomalias construtivas e falhas de
manutenção que interferem e prejudicam o estado de utilização do prédio e suas instalações,
tendo como objetivo verificar os aspectos de desempenho, vida útil, utilização e segurança
que tenham interface direta com os usuários.

Nota: Não foram realizados testes, medições ou ensaios na ocasião das vistorias,
conforme nível de inspeção estabelecido no escopo para realização deste trabalho.

3.1.2. ​Nível da Inspeção

Esta inspeção é classificada como “Inspeção de Nível 1”, representada por

análise expedita dos fatos e sistemas construtivos vistoriados, com a identificação de
suas anomalias e falhas aparentes. Caracteriza-se pela verificação isolada ou
combinada das condições técnicas de uso e de manutenção do sistema da edificação,
de acordo com a Norma de Inspeção Predial do IBAPE, respeitado o nível de inspeção
adotado, com a classificação das deficiências encontradas quanto ao grau de risco que
representa em relação à segurança dos usuários, à habitabilidade e à conservação do
patrimônio edificado.
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3.1.3. ​Grau de Risco:

Conforme a referida Norma de Inspeção Predial do IBAPE, as anomalias e

falhas são classificadas em três diferentes graus de recuperação, considerando o
impacto do risco oferecido aos usuários, ao meio ambiente e ao patrimônio.
GRAU DE RISCO CRÍTICO – IMPACTO IRRECUPERÁVEL – é aquele que
provoca danos contra a saúde e segurança das pessoas e meio ambiente, com perda
excessiva de desempenho e funcionalidade, causando possíveis paralisações, aumento
excessivo de custo, comprometimento sensível de vida útil e desvalorização
imobiliária acentuada.
GRAU DE RISCO REGULAR – IMPACTO PARCIALMENTE
RECUPERÁVEL – é aquele que provoca a perda parcial de desempenho e
funcionalidade da edificação, sem prejuízo à operação direta de sistemas, deterioração
precoce e desvalorização em níveis aceitáveis.
GRAU DE RISCO MÍNIMO – IMPACTO RECUPERÁVEL – é aquele
causado por pequenas perdas de desempenho e funcionalidade, principalmente quanto
à estética ou atividade programável e planejada, sem incidência ou sem a
probabilidade de ocorrência dos riscos relativos aos impactos irrecuperáveis e
parcialmente recuperáveis, além de baixo ou nenhum comprometimento do valor
imobiliário.

3.1.4. ​Documentação Analisada

O proprietário não forneceu nenhuma documentação para serem analisadas, as

informações foram passadas por ele mesmo verbalmente.

IV. SISTEMAS CONSTRUTIVOS INSPECIONADOS

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Os seguintes sistemas construtivos da residência unifamiliar foram inspecionados,

considerando as informações passadas pelo proprietário.
● Estrutura de concreto
● Vedação e Alvenarias
● Cobertura
Os sistemas são relatados genericamente, seguindo-se a descrição e localização das
anomalias e falhas detectadas, com a classificação do grau de risco atribuído a cada sistema:
Grau Crítico (C), Grau Regular (R) ou Grau Mínimo (M).

Patologias

Segundo LIMA (2005), a problemática da habitação esta relacionada à consideração

dos seguintes parâmetros: quantidade, qualidade, custo e durabilidade. A quantidade diz
respeito ao déficit habitacional, a qualidade abrange outros conceitos como desempenho e
construtibilidade, além de estar diretamente relacionado com custo e durabilidade. (LIMA,
2005)
De acordo com Zanzarini (2016), o processo de construção de uma edificação
envolve as fases de projeto, execução e edificação. A ocorrência de falhas em uma ou mais
destas fases pode provocar defeitos e comprometer a segurança, a durabilidade e o
desempenho futuro das edificações.

1. Estrutura de Concreto

O principal objetivo da armadura de concreto estrutural é oferecer resistência às

tensões de compressão e tração. A estrutura do imóvel esta bem degradada e com isso
apresenta fissuras em vários comandos da casa, e isso tem reduzido a vida útil projetada. ​Nas
vistorias efetuadas foram verificadas as seguintes anomalias e falhas de manutenção da
estrutura de concreto armado:

Falta de Verga de Concreto

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● Manifestações​: fissuras que podem contribuir com o destacamento de

revestimentos e reboco;
● Causa: ​não execução de verga de concreto acima da porta;
● Intervenção: ​execução de verga de concreto;
● Risco: ​M

Fissura causada pela falta de verga de concreto.

Exposição da armadura de aço

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• Manifestações: ​Corrosão
• Possível Causa: ​Destacamento do concreto
• Intervenção: Cobrimento do aço de modo a evitar seu contato direto com o ambiente
agressivo.
• Risco: ​C
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2. Vedação e Alvenaria

A alvenaria de vedação tem a função de proteger a estrutura contra intempéries que

podem causar desconforto e danos ao ambiente e seus usuários. A residência unifamiliar é
construída com tijolo baiano, revestimento argamassados e no acabamento foi utilizado
somente à tinta.
Nas vistorias efetuadas foram verificadas as seguintes anomalias e falhas de
manutenção da estrutura de concreto armado:

• Umidade
• Manifestações:​ Manchas.
• Causa:​ Ocasionadas pela água da chuva e cobertura incorreta.
• Intervenção: ​Retirar toda a pintura e o reboco das áreas atingidas e aplicar um
impermeabilizante na alvenaria. A argamassa que será recolocada também deverá
receber produtos impermeabilizantes, assim como a tinta que será aplicada na parede,
que também deverá ser impermeabilizante. Dessa forma, irá se formar uma camada
protetora que impedirá a água de ser absorvida novamente.
• Risco:​ R
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Descascamento da Pintura

• Manifestações:​ A tinta começa a descascar ou soltar da parede.

• Causa: Infiltração da agua da chuva através de vazamento pelo teto falha de
reposicionamento da cobertura da residência.
• Intervenção: ​Retirar a camada de pintura; ​raspar e lixar toda superfície​, removendo
os contaminantes; realizar a devida manutenção caso houver material solto ou
desagregado; eliminar causas de umidade e aquecimento da superfície se for o caso,
ou usar tintas especifica para as áreas.
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3. Cobertura

A cobertura do imóvel é determinante quanto ao surgimento de patologias na estrutura. É uma

etapa que deve ser bem executada, para evitar infiltrações e garantir a eficiência térmica. O
imóvel vistoriado possui um telhado com caibros e ripas em madeira. Tem uma face para
escoamento de chuva feito com telha fibrocimento ondulada, detalhes no anexo. Nas vistorias
efetuadas foram verificadas as seguintes e falhas:

Deslocamento de telhas
• Manifestações: ​Infiltração da água da chuva através da coberta, que
ocasionam vazamentos;
• Causa: ​Falta de reposicionamento periódica de telhas e de substituição das
peças danificadas, intervenções mal executadas;
• Intervenção: ​Substituição das peças danificadas e reposicionamento de todas
as telhas existentes na coberta;
• Risco: ​C
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V. CONCLUSÃO

Este laudo atestou após vistoria de toda imóvel e verificação das patologias existentes,
que a falta de manutenção e correção preventiva durante todos esses anos ocasionaram
problemas que afetaram toda a estrutura de forma geral. Sendo assim esta analise classifica a
residência unifamiliar com um grau de risco regular, onde pode ser recuperada, porém estas
patologias afetam as suas funcionalidades e interferem diretamente no valor.

ENCERRAMENTO:

Este Laudo Técnico de Inspeção Predial da Residência unifamiliar composto por dezoito
folhas impressas e numeradas, foi elaborado pela estudante de Engenharia Civil - Claudineia Barbosa
da Silva Fernandes.

Uberlândia, 15 de Novembro de 2020​.

VI. REFERÊNCIAS
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ZANZARINI, José Carlos​. Análise das causas e recuperação de fissuras em edificação

residencial em alvenaria estrutural: estudo de caso. 2016.​ 82 f. Trabalho de Conclusão de
Curso (Graduação) – Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Campo Mourão, 2016,
acesso 13 nov. 2020.

LIMA, P. R. B. Consideração do projeto no desempenho dos sistemas construtivos e

qualidade da edificação – Proposição de um modelo de banco de dados, Dissertação - UFMG.
Belo Horizonte, 2005

NBR 5674: Manutenção de edificações — Requisitos para o sistema de gestão de

Manutenção. Rio de Janeiro, 2012.

IBAPE, Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia – Norma de inspeção

predial nacional. São Paulo, 2018.

< ​https://www.totalconstrucao.com.br/laudo-tecnico/​>. Acesso: em 13 nov.2020

<​https://www.meiacolher.com/2015/08/tecnicas-de-protecao-da-madeira-perante.html >.
Acesso em: 11 nov. 2020.