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LAUDO TÉCNICO - VISTORIA DE OBRA EXECUTADA


Objeto: Inspeção residencial para relatar e avaliar condições da obra entregue
identificando possíveis erros construtivos e eventuais manifestações patológicas.

Responsável técnico

Contratante

DATA.

I. CONSIDERAÇÕES INICIAIS:
1.1. Identificação:
Edificação:.
Endereço:.

Imagem satélite google maps, 2023.

1.2. Realização do Laudo:

Profissional Contratado: NOME

Responsável: XXXXXX.

RRT – Registro de Responsabilidade Técnica CAU-RS: nº XXXXXXXX

1.3. Data da Vistoria:

A vistoria foi realizada na residência nos dias DATA, no período da tarde.

1.4. Objeto da Inspeção:

Trata-se de um imóvel de uso residencial, com idade aproximada de 50 anos, sendo uma casa
térreo com sala de estar, jantar e cozinha integrados, 1 suíte, banheiro social, 2 dormitórios e
lavanderia. Com garagem externa aberta, e pátio frontal e de fundos. Totalizando uma
metragem de +/-180² interno.

Ao longo do tempo foi preservado características originais da casa, como telhado aparente em
telha francesa, tijolo maciço, aberturas.
Na parte interna da casa já havia sido feita uma reforma parcial, onde os clientes trocaram o
forro de estuque por forro de gesso convencional e a aplicação de cerâmica no piso de grande
parte dos ambientes.
O presente laudo técnico de inspeção residencial foi solicitado pelos proprietários Daniel
Alexandre Lodi Borges Grande, casado, inscrito no CPFº 663.390.300-68, brasileiro e residente
atualmente na ENDEREÇO, local onde foi realizada a inspeção.
O Laudo Técnico caracteriza-se pela inspeção do local em análise, tendo como foco central o
diagnóstico geral sobre as patologias identificadas no imóvel, sendo assim serão apontadas
anomalias construtivas e falhas decorrentes da mão de obra executada, além da realização da
análise de riscos oferecidos aos usuários, que prejudicam a utilização do espaço, frente ao
desempenho dos sistemas construtivos no que tange os elementos estruturais, as instalações
elétricas.
No contexto aqui apresentado a FALHA representa a irregularidade relativa à reforma realizada
e analisada no presente laudo.

1.6. Registro Fotográfico:

Apresentamos o registro fotográfico dos ambientes vistoriados que fazem parte da edificação e
que fora realizada a reforma no mês de novembro de 2022 à maio de 2023.

1.6.1 Área em que foi realizada a reforma

Foto 1: sala de jantar e cozinha Foto 2: cozinha


Foto 3: sala de estar Foto 4: circulação

Foto 5: dormitório Foto 6: banheiro suíte Foto 7: suíte

Foto 8: banheiro social Foto 9: dormitório hospedes Foto 10: circulação


externa

II. METÓDOLOGIA:
2.1. Critério Utilizado:
A inspeção residencial está baseada na vistoria da edificação, que tem como resultado a análise
técnica do fato ou da condição relativa à reforma realizada, mediante a verificação “in loco” de
cada detalhe construtivo, de acabamentos, no que tange a segurança e a execução que fora
realizada, de acordo com as diretrizes da Norma ABNT NBR 16747 – Inspeção Predial (2020) e
Norma de Inspeção Predial IBAPE/Nacional (2012).

A inspeção procede ao diagnóstico das anomalias construtivas e falhas de construção que


interferem e prejudicam o estado de utilização da residência e suas instalações, tendo como
objetivo verificar os aspectos de desempenho, vida útil, utilização e segurança que tenham
interface direta com os usuários.

Nota: Não foram realizados testes, medições ou ensaios na ocasião das vistorias, conforme
nível de inspeção estabelecido no escopo para realização.

2.2. Nível de Inspeção:


Esta inspeção é classificada como “Inspeção de Nível 01”, representada por análise expedida
dos fatos e da condição relativa à reforma realizada e vistoriada, com a identificação de suas
anomalias e de falhas que se apresentam de forma aparente.

2.3. Grau de Risco:


Conforme a referida Norma de Inspeção Predial do IBAPE, as anomalias e falhas são
classificadas em três diferentes graus de recuperação, considerando o impacto do risco
oferecido aos usuários, ao meio ambiente e ao patrimônio.

2.3.1. GRAU DE RISCO CRÍTICO – IMPACTO IRRECUPERÁVEL – é aquele que provoca danos
contra a saúde e segurança das pessoas e meio ambiente, com perda excessiva de
desempenho e funcionalidade, causando possíveis paralisações, aumento excessivo de custo,
comprometimento sensível de vida útil e desvalorização imobiliária acentuada.

2.3.2. GRAU DE RISCO REGULAR – IMPACTO PARCIALMENTE RECUPERÁVEL – é aquele que


provoca a perda parcial de desempenho e funcionalidade da edificação, sem prejuízo à
operação direta de sistemas, deterioração precoce e desvalorização em níveis aceitáveis.

2.3.3. GRAU DE RISCO MÍNIMO – IMPACTO RECUPERÁVEL – é aquele causado por pequenas
perdas de desempenho e funcionalidade, principalmente quanto à estética ou atividade
programável e planejada, sem incidência ou sem a probabilidade de ocorrência dos riscos
relativos aos impactos irrecuperáveis e parcialmente recuperáveis, além de baixo ou nenhum
comprometimento do valor imobiliário.

2.4. Documentação Analisada:


2.4.1 Escritura do Imóvel Registrado em Cartório.

III. SISTEMAS CONSTRUTIVOS INSPECIONADOS:


Os seguintes sistemas construtivos da residência foram inspecionados em seus elementos
aparentes.

● Alvenaria Estrutural;

● Vedação e Alvenarias – Revestimentos e Fachadas;

● Laje e Pisos;

● Forros;

● Instalações Elétricas – Entrada de Energia, Quadros Elétricos, Pontos de Força e Iluminação;

Os sistemas são relatados genericamente, seguindo-se a descrição e localização das anomalias


e falhas detectadas, com a classificação do grau de risco atribuído a cada sistema: Grau Crítico
(C), Grau Regular (R) ou Grau Mínimo (M)

3.1. Alvenaria Estrutural


A alvenaria estrutural do imóvel possui uma idade de utilização de aproximadamente 60 anos e
é constituída por alvenaria estrutural em tijolo maciço.

Entende-se que a concepção de uma construção durável implica na adoção de um conjunto de


decisões e procedimentos que garantam à estrutura e aos materiais que a compõem um
desempenho satisfatório ao longo da vida útil do mesmo.

O conceito de vida útil aplica-se à estrutura como um todo ou às suas partes. Dessa forma, a
durabilidade da estrutura requer cooperação e esforços coordenados de todos os envolvidos
nos processos de projeto, construção e utilização.

As falhas construtivas aplicadas nesta alvenaria estrutural acarretam a redução de sua vida útil
projetada.

Na vistoria efetuada foram verificadas as seguintes anomalias e falhas de manutenção da


estrutura de concreto armado:

3.1.1. Falta de Viga estrutural;

A base da casa é em alvenaria estrutural dado a época de construção, fora removido duas
paredes na área social, entre o estar/jantar e jantar/cozinha, para criar os vãos 100% abertos
entre os ambientes. O método utilizado para sustentar o restante da alvenaria que serve como
“viga” sendo o material de tijolo maciço, na extensão transversal dos ambientes foi de amarrar
a “viga” com arames e duas cantoneiras de ferro na ponta das vigas. Os arames foram
amarrados na estrutura de madeira do telhado.

Visto que arames não tem força para sustentar a o cisalhamento da “viga” em alvenaria
amarrada, podendo comprometer a estrutura e durabilidade do serviço realizado.

• Classificação do Problema: FALHA;


• Manifestações: possível cisalhamento na alvenaria e rachaduras que poderão causar
o colapso.
• Causa: não execução de viga ou verga de concreto no local indicado;
• Risco: Mínimo a Regular.

Foto 11: ambiente estar e jantar Foto 12: ambiente estar jantar

**fotos da execução realizada.

3.1.2. Falta de Verga de Concreto;


• Classificação do Problema: ANOMALIA;
• Manifestações: fissuras que podem contribuir com o destacamento de revestimentos
e reboco;
• Causa: não execução de verga e contra verga de concreto na janela;
• Intervenção: execução de verga e contraverga de concreto;
• Risco: Mínimo
Foto 13: banheiro suíte Foto 14: banheiro suíte Foto 15: banheiro suíte

3.1.3. Umidade nas Alvenarias;


• Classificação do Problema: ANOMALIA CORRIDO DE FALHA;
• Manifestações: degradação dos blocos cerâmicos e revestimentos pelo ataque de
sais (cloretos, sulfatos e nitratos);
• Causa: execução inadequada da impermeabilização e a falta de execução de sistema
de barreira contra a umidade, que permite a percolação da água do solo que sobe nas
alvenarias por capilaridade;
• Intervenção: remoção do reboco na área afetada até atingir a alvenaria de bloco
cerâmico, com posterior aplicação de reboco com aditivo impermeabilizante;
• Risco: Regular

Foto 16: estar/jantar Foto 17: estar/jantar

Foto 18: corredor íntimo Foto 19: corredor intimo


Foto 20: corredor dormitório Foto 21: dormitório

3.1.4. Forro de gesso convencional;


• Classificação do Problema: FALHA;
• Manifestações: fissuras e trincas no forro de gesso convencional, que pode ocasionar
o desabamento de parte do elemento;
• Causa: falta de execução de uma estrutura independente para fixação do forro de
gesso, que proporciona esforços não previstos na estrutura da coberta. E quantidade
não adequada de tirantes para suporte do gesso e promoção da perfeita sustentação.

• Intervenção: abrir rasgos no gesso e fixar novos tirantes ou demolição do forro de


gesso existente e execução de estrutura em metalon parafusadas nas alvenarias no
nível entre forro e as telhas para fixação das tirantes de um novo forro a ser executado.

• Risco: Regular a Crítico.


Foto 22: telhado

Foto 23: forro gesso suíte

Foto 24: forro gesso suíte

3.1.6. Não cumprimento de Normas Técnicas;


• Classificação do Problema: ANOMALIA;
• Manifestações: redes elétricas aparentes, com emendas sem isolamento e extensões
precárias; total desatenção às normas técnicas quanto aos aspectos de
dimensionamento e segurança das instalações ao choque e ao curto-circuito elétrico;

• Causa: falta de comprometimento com a execução das instalações elétricas de


acordo com os parâmetros das normas técnicas.
• Intervenção: reorganização do sistema elétrico, passagem de tubulações do tipo
corrugadas novas para organização das fiações dentro das normas.
Verificação do dimensionamento dos disjuntores existentes e avaliar real necessidade
de substituição deles, assim como verificar necessidade de novo arranjo dos circuitos
elétricos.

• Risco: Crítico.

Foto 25: Cabeamento protegido, Foto 26: Cabeamento mal organizado


porém mal fixado e organizado. com parte protegido e parte desprotegido.

Foto 27: Necessidade de medição dos disjuntores para averiguar sobre o atendimento das normas
técnicas.

Classificado quanto ao grau de risco como CRÍTICO, com impacto irrecuperável em


determinados pontos, onde deverá ser passada toda a infraestrutura nova e deverá
ficar organizada conforme normativas. O comprometimento do desempenho e
funcionalidade do sistema elétrico em geral, necessitando de intervenção para sanar as
irregularidades verificadas, levando-se em consideração o risco à segurança do usuário
e ao patrimônio.

3.1.6. Pisos;
• Classificação do Problema: FALHA;
• Manifestações: descolamento e falta de nivelamento de partes do elemento;
• Causa: falta de execução correta do contrapiso e nivelador de piso, ocasionando
falhas visuais e descolamento em partes do piso.
• Intervenção: remoção do piso existente novo contrapiso e nivelador para
assentamento correto do piso novo.
• Risco: Crítico.

Foto 28: fissura na quina do piso. Foto 29: desnivelamento do piso


com diversas imperfeições visíveis, causando buracos.
Foto 30: descolamento do piso aplicado Foto 29: desnivelamento do piso com
imperfeições visíveis, causando buracos.

V. CONCLUSÃO

Diante das inconformidades técnicas construtivas e da falta de desempenho nos sistemas


verificados no imóvel vistoriado, classificamos a edificação residencial, como de GRAU DE
RISCO REGULAR à CRÍTICO, principalmente no que diz respeito às condições encontradas na
nas alvenarias, fiações elétricas e piso da edificação, que possuem em vista o impacto de
desempenho tecnicamente irrecuperável, sendo necessária a intervenção imediata para sanar
os problemas apontados no laudo de inspeção.

VI. ENCERRAMENTO

Este Laudo Técnico de Inspeção é composto por quinze folhas impressas e numeradas, foi
elaborado pela Arquiteta e Urbanista Yane Santos Martins Rodrigues, que o subscreve.

CIDADE, DATA.

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RESPONSAVEL
PROSSIONAL AREA X - XXXXXXXXXXX

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