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Sumário – Aula 03 Morfologia das Estruturas -

Conceitos Fundamentais
Estrutura
Resistência dos Materiais 


Conceitos Fundamentais;
Cargas;
É o conjunto de elementos resistentes de uma construção

 Classificação das Estruturas;


 Aplicações;
Universidade Federal de Sergipe - UFS  Referências.
Departamento de Arquitetura e Urbanismo – DAU
Curso Arquitetura e Urbanismo
Profa. Fernanda Alves Góis Meneses Cada parte portante da construção, também denominada peça estrutural,
deve resistir aos esforços incidentes e transmiti-los a outras peças, através dos
vínculos que as unem, com a finalidade de conduzi-los ao solo.
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Morfologia das Estruturas - Projeto Estrutural Sistemas e Elementos Estruturais


Conceitos Fundamentais Projetar uma estrutura significa prever a associação de seus
Estrutura
Parte da construção que resiste às diversas
diferentes elementos e componentes, de modo a atingir ações e garante o equilíbrio das edificações.
objetivos de ordem estrutural, funcional, econômica e estética.
Peças que compõem uma estrutura com uma ou
Elementos
duas dimensões preponderantes sobre as demais.
Estruturais
Vigas Lajes Pilares

Sistemas O modo como são


Estruturais arranjados os elementos.

Alguns comportamento são dependentes


desse arranjo, não influindo o material com
que são feitos os elementos.

Viga biapioada

Seção
Transversal I Concreto
4 5 Aço Armado 6

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Sistemas e Elementos Estruturais Sistemas e Elementos Estruturais Sistemas e Elementos Estruturais
Interpretação Estrutura Real x Modelo Computacional
Comportamento real de uma estrutura
e Análise
Complexas Difíceis Impossíveis

Montar modelos físicos e matemáticos Técnica da Discretização

Desmembrar e analisar a estrutura


com resultados satisfatórios A laje de concreto (plana) suporta seu peso, os revestimentos
e mais alguma carga acidental (água da chuva, pessoas, etc.)
Advento computadores e sem o uso da
Estudo Global As vigas recebem os esforços da laje (placa de concreto)
programas sofisticados de cálculo Discretização
e os transmitem, com seu próprio peso
(mais peso de parede, se houver), para os pilares.
Importante! funcionamento cada um dos elementos que
Compreender formam o conjunto estrutural Estes recebem todas as cargas e as transmitem também com
comportamento
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seu peso, para as fundações (no caso, blocos e estacas).
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Soluções Estruturais Estrutura como Caminho das Forças Estrutura como Caminho das Forças
A estrutura é um conjunto de elementos, o qual torna-se o Uma estrutura com muitos caminhos tende a tê-los mais estreitos.
caminho pelo qual as forças que atuam sobre ela devem
transitar até chegar ao seu destino final, o solo. A com poucos caminhos sofre um maior acúmulo de forças em
cada um, obrigando-os a serem mais largos.

O caminho natural que as forças gravitacionais (peso dos


objetos e das pessoas) tendem a tomar é o vertical.

Para transferir um conjunto de forças até o solo podemos usar


poucos ou muitos caminhos.

Proposta arquitetônica Já o mesmo não ocorre com a estrutura


Estruturas como a treliça espacial de cobertura do
do Memorial América Latina (Arq. Oscar
Espaço Cultural José Lins do Rego (Arq. Sérgio
Niemeyer), em São Paulo/SP, na qual
Bernardes), em João Pessoa/PB, é um exemplo
vigas e pilares transmitem a maior parte
de estrutura com muitos caminhos.
da carga ao solo.
As barras que constituem a treliça são É fácil perceber, o peso físico e visual
bastante esbeltas, produzindo uma leveza dessas vigas e pilares.
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tanto física como visual.

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Soluções Estruturais Soluções Estruturais Classificação das Estruturas
Qual a melhor solução estrutural? Qual a melhor solução estrutural?
Estruturas Lineares
Barras e reticulados planos
Grelhas e vigas-balcão

Proposta Permite a passagem de


Passagem mais ampla possível Estruturas Superficiais (folhas)
Simples e Direta pessoas por baixo
Chapas
Placas e membranas
Na verdade a melhor solução estrutural não existe. Existe, sim, uma boa
solução que resolve bem alguns pré-requisitos. Cascas

Estruturas Volumétricas
Blocos
É função de quem concebe a estrutura fazer com que, apesar de
hierarquizados, os requisitos sejam atendidos da forma mais eficiente
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possível. 14 15

Classificação das Estruturas Classificação das Estruturas Classificação das Estruturas


Estruturas Lineares
Viga
Barras e reticulados planos
As barras se caracterizam por apresentar uma de suas dimensões predominando
sobre as outras duas.

Cabo
Os reticulados planos são as estruturas formadas por uma ou mais barras que se
acham no mesmo plano de atuação das cargas externas.
Pórtico

Viga - É formada por barras alinhadas

Arco - É formado por barra cujo eixo é uma curva única

Pórtico - É formado por barras não alinhadas


Treliça
Treliça - É formada por barras dispostas de modo a formar uma rede de
triângulos

Cabo – É a barra flexível, sem resistência à flexão 16 17 18


Arco

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Classificação das Estruturas Classificação das Estruturas Classificação das Estruturas
Estruturas Lineares Estruturas Superficiais
Grelhas e vigas-balcão Chapas
Placas e membranas Placa

Estruturas Superficiais
As grelhas e as vigas-balcão são as estruturas formadas por barras que se acham
em um mesmo plano, no qual não agem as cargas externas. Cascas
As estruturas superficiais são caracterizadas por apresentar duas de suas
dimensões predominando sobre a terceira.

Nas chapas, as cargas estão aplicadas no mesmo plano definido pelas dimensões
predominantes da estrutura

Nas placas, as cargas estão aplicadas em um plano diferente daquele definido


pelas dimensões predominantes da estrutura (ex.:lajes)
Chapa
As membranas são placas sem resistência à flexão

As cascas são as estruturas limitadas por duas superfícies curvas, próximas uma
da outra
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Classificação das Estruturas Classificação das Estruturas Classificação das Estruturas


Estruturas Superficiais Estruturas Superficiais

Membrana
Casca

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Classificação das Estruturas Cargas Cargas
Estruturas Volumétricas As estruturas funcionam como caminho das
Blocos forças para levá-las ao solo.
As estruturas volumétricas, ou blocos, são caracterizadas por apresentar as três As forças que atuam nas edificações precisam ser  Peso próprio da estrutura
dimensões na mesma ordem de grandeza. muito bem conhecidas (intensidade, direção e sentido)  Peso dos revestimentos
para que a concepção estrutural seja coerente com o
caminho que essas forças devem percorrer até o solo e  Peso das paredes
para que os elementos estruturais sejam adequadamente
dimensionados. [Ref. 9].

Cargas Permanentes Toda a vida útil  Peso de ocupação das pessoas


Bloco de fundação  Peso dos mobiliários
 Peso de veículos
Cargas Acidentais Eventualmente
 Força do vento

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Forças que atuam nas Estruturas Forças que atuam nas Estruturas Forças que atuam nas Estruturas
Idealização de força Força que se distribui sobre a superfície do corpo.
Forças de Superfície Forças de Superfície
concentrada Força de (Barragens) (Vento)
São causadas pelo contato direto de um corpo
superfície com a superfície de outro.

Força Força que, por agir sobre faixa muito estreita da


linearmente superfície do corpo, para efeito de cálculo, é suposta
distribuída sobre uma linha.
Força de superfície distribuída

Força que, por agir sobre área muito pequena da


Força superfície do corpo, para efeito de cálculo, é
concentrada considerada aplicada em um ponto.
Força de massa
Idealização de
Força linearmente distribuída Força de massa Força proveniente de aceleração aplicada aos
(ou de corpo) elementos do corpo.

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Forças que atuam nas Estruturas Forças que atuam nas Estruturas Forças que atuam nas Estruturas
 Forças de Superfície:  Forças de Superfície:

São uma forma de tratar cargas distribuídas atuando em A resultante de uma carga distribuída é dada pela área
Força Concentrada compreendida entre a linha que define este
áreas muito pequenas em relação às dimensões da
Força de Massa carregamento e o eixo da barra solicitada. O ponto de
estrutura. Exemplo: roda de um carro.
aplicação da resultante é o centro de gravidade da área
Forças Linearmente
referida acima.
Distribuídas
Os tipos mais comuns de cargas distribuídas que
ocorrem na prática são as cargas uniformemente
distribuídas e as cargas triangulares (empuxos de terra
e de água).
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Forças atuantes na Estrutura Forças atuantes na Estrutura Tipos de Solicitações


Um trem passando sobre uma ponte é um A fotografia ao lado é da Ponte
exemplo de carga móvel aplicada a uma Verrazano, em Nova Iorque durante a
estrutura. A fotografia é da Ponte Firth of maratona de Nova Iorque. Nesse caso, os
Forth. Veja ainda o Viaduto Garabit, participantes da maratona são a carga
também solicitado pela passagem de um acidental que solicita a estrutura.
trem.

Um navio sendo solicitado pela ação das Outra importante ação sobre uma
ondas é um dos exemplos em que não se estrutura é a força exercida pelo vento.
conhece com exatidão os esforços que a Um exemplo bastante conhecido desse
estrutura deverá ser capaz de suportar, e tipo de solicitação é a Ponte de Tacoma,
nesse caso o dimensionamento da que acabou por entrar em colapso devido
estrutura é feito com base em dados a ação do vento.
estatísticos.
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Alguns Critérios de Projeto: Equilíbrio Alguns Critérios de Projeto: Estabilidade Alguns Critérios de Projeto: Resistência
Conceber um arranjo estrutural capaz de A configuração de equilíbrio do arranjo O material das peças estruturais deve ser capaz de absorver o nível
absorver às solicitação externas e transmiti- estrutural não pode ser alterado de solicitação interna gerado pela ações externas sem comprometer
las aos elementos de apoio mantendo-se em drasticamente na presença das imperfeições a sua integridade física.
repouso. e das ações perturbadoras.

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Alguns Critérios de Projeto: Rigidez Alguns Critérios de Projeto: Economia Alguns Critérios de Projeto:
As peças estruturais devem ser capazes de absorver as ações Durabilidade
externas sem apresentar grandes deslocamentos que comprometam
sua funcionalidade.

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Referências Bibliográficas Próxima Aula
BEER, F. P. & JOHNSTON JR, E. R. Resistência dos Materiais. 3º Edição. McGraw-
Hill, 2008.

BEER, F. P.; JOHNSTON JR, E. R; MAZUREK, D. F.; EISENBERG, E. R. Mecânica


Vetorial para Engenheiros – Estática. 9a edição revisada. McGraw Hill. 2011.

GASPAR. Ricardo. Notas de aulas da disciplina de Resistência dos Materiais do curso de


Engenharia Civil – Professor Leandro Mouta Trauntwein – Centro Universitário
Nove de Julho. 2005.
HIBBELER R. C.. Estática - Mecânica Para Engenharia. 12 Ed. Editora: Pearson
Education, 2012.
HIBBELER R. C.. Resistência dos Materiais. 7. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. Corpo Rígido
LIMA. Flávio Barboza. Notas de aulas da disciplina de Teoria das Estruturas I do curso Partícula
de Engenharia Civil – Universidade Federal de Alagoas. 2009.1

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