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ESTRUTURAS DE CONCRETO I
PEF - Engenharia de Estruturas e Geotécnica
Fundação
Direta ou Rasa
Fundação Profunda
PEF 3303 Estruturas de Concreto I
Concepção Estrutural 2023 3
CONCEPÇÃO ESTRUTURAL AÇÕES CARACTERÍSTICAS EXEMPLO
PEF - Engenharia de Estruturas e Geotécnica
▪ Vigas
elemento de barra sujeita a flexão, apoiada nos pilares e, geralmente, embutidas nas
paredes; transfere para os pilares o peso da alvenaria apoiada diretamente sobre ela e as
reações das lajes;
▪ Pilares
elementos de barra sujeita a compressão, fornecendo apoio às vigas; transfere as cargas
para as fundações.
• a tranferência de cargas deve ser a mais direta possível; desta forma, deve-se evitar,
na medida do possível, a utilização de apoio de vigas importantes sobre outras vigas
(chamadas apoios indiretos), bem como, o apoio de pilares em vigas (chamadas vigas
de transição);
Diretrizes Básicas • a construção está sujeita a ações (por exemplo o efeito do vento) que acarretam
solicitações nos planos verticais da estrutura; estas solicitações são, normalmente,
resistidas por “pórticos planos”, ortogonais entre si, os quais devem apresentar
resistência e rigidez adequadas; para isso, é importante a orientação criteriosa das
seções transversais dos pilares; também, é importante lembrar, a necessidade da
estrutura apresentar segurança adequada contra a estabilidade global da construção,
em geral, conseguida através da imposição de rigidez mínima às seções transversais
dos pilares.
• as dimensões contínuas da estrutura, em planta, devem ser, em princípio, limitadas
a cerca de 30 m para minimizar os efeitos da variação de temperatura ambiente e da
retração do concreto; assim, em construções com dimensões em planta acima de
30 m, é desejável a utilização de juntas estruturais ou juntas de separação que
decompõem a estrutura original, em um conjunto de estruturas independentes entre si,
para minimizar estes efeitos;
Pré-dimensionamento
LAJES
dos elementos estruturais
Pré-dimensionamento
dos elementos estruturais
VIGAS
Pré-dimensionamento
VIGAS
dos elementos estruturais
• altura (h) da seção transversal da viga pode ser estimada em (L / 10) a (L / 12,5), onde
L é o vão da viga (normalmente, igual a distância entre os eixos dos pilares de apoio).
• nas vigas contínuas de vãos comparáveis
(relação entre vãos adjacentes entre 2/3 e 3/2),
costuma-se adotar altura única estimada através do vão médio Lmédio.
No caso de vãos muito diferentes entre si,
deve-se adotar altura própria para cada vão como se fossem independentes.
• no caso de apoios indiretos (viga apoiada em outra viga),
recomenda-se que a viga apoiada tenha altura menor ou igual ao da viga de apoio.
• adota-se alturas múltiplas de 5 cm, com um mínimo de 25 cm.
A altura mínima induz a utilização de vãos l 2,5 m.
Em geral, não devem ser utilizados vãos superiores a 6 m,
face aos valores usuais de pé direito (em torno de 2,8 m)
que permitem espaço disponível, para a altura da viga, em torno de 60 cm.
Viga normal e invertida • as vigas podem ser normais ou invertidas, conforme a posição da sua alma em relação
à laje.
PEF 3303 Estruturas de Concreto I
Concepção Estrutural 2023 9
CONCEPÇÃO ESTRUTURAL AÇÕES CARACTERÍSTICAS EXEMPLO
PEF - Engenharia de Estruturas e Geotécnica
Pré-dimensionamento
dos elementos estruturais PILARES
Pré-dimensionamento
dos elementos estruturais PILARES
Vigas de Transição
Ac = Ptot / sadm
Pré-dimensionamento
dos elementos estruturais
PILARES
Esquema Estrutural
Desenhos da Estrutura
• desenho de forma;
• desenho de armação.
Cada tipo de desenho é elaborado conforme
diretrizes específicas
Desenhos de Armação
Deverá constar dos desenhos de armação o cálculo das quantidades de aço empregadas.
Desenhos de Armação
LAJES
Desenhos de Armação
VIGAS
Desenhos de Armação
PILARES
• A estrutura de um edifício é, na realidade, um pórtico espacial enrigecido por placas (lajes) em diferentes
níveis, em uma construção incremental;
• Cada novo nível é construido apoiando-se nos níveis inferiores já construidos;
• Os diversos níveis apresentam concretos de idades diferentes, carregados (peso próprio parcial) em
épocas diferentes, gerando uma intensa redistribuição de esforços;
• Assim, o tratamento numérico desta estrutura, sem uma adequada análise estrutural, torna-se
extremamente complexo;
• Por isso adotam-se, como base daquela análise, algumas hipóteses simplificadoras.
Síntese Estrutural
• A adequação dos modelos estruturais primários adotados na etapa
de análise estrutural, deverá ser complementada numa segunda
etapa do processo denominada de síntese estrutural;
• A síntese estrutural detectará a necessidade de estabelecerem-se
outros modelos estruturais (secundários, terciários, etc.) para o
mesmo elemento estrutural;
• O dimensionamento correto dos elementos estruturais deve levar
em conta a envoltória dos esforços solicitantes obtidos nos vários
comportamentos considerados.
• As figuras apresentam as cargas verticais e a ação do vento, e os
seus respectivos modelos simplificados para avaliar os seus efeitos;
Síntese Estrutural
• Para a análise global da viga, não seria permissível, por exemplo, • O projetista de estrutura, antes de realizar a
admitirem-se articulações em todos os seus apoios, pois a estrutura análise e a síntese estruturais, necessita adotar
tridimensional do edifício seria hipostática, sem nenhuma condição um arranjo estrutural inicial com o
de suportar cargas horizontais, como aqueles provenientes da ação predimensionamento dos elementos estruturais
do vento; componentes;
• Assim, sob a ação de cargas verticais, as vigas tem um • Após a determinação dos esforços solicitantes,
comportamento primário de peça fletida; decorrentes desse arranjo, o projetista poderá
• Entretanto, sob a ação de cargas horizontais, as vigas tem um verificar se existe a necessidade de efetuar
comportamento secundário, por participarem de um pórtico plano ajustes na concepção adotada;
juntamente com os pilares; • No caso positivo, dependendo da magnitude
• Por outro lado, se as cargas verticais forem excêntricas, as vigas destes ajustes, poderá ser necessário repetir-se o
terão um comportamento terciário de peça sujeita à torção; ciclo percorrido na primeira etapa do trabalho
para se conseguir o desejado refinamento de
• A finalidade da síntese estrutural é considerar adequadamente as
projeto.
combinações mais desfavoráveis de todos esses esforços
solicitantes.
Ações Características
Ações Características
Cargas Permanentes
cargas fornecidas por pêso especifico
Estas cargas são constituidas pelo pêso
próprio da estrutura e pelos pesos de ▪ concreto simples 24 kN/m3
todos os elementos construtivos fixos e ▪ concreto armado 25 kN/m3
instalações permanentes. ▪ argamassa 19 kN/m3
▪ alvenaria:
Na falta de determinação experimental,
poderão ser usados os seguintes valores. de tijolo maciço 18 kN/m3
de tijolo furado (ceramico) 13 kN/m3
de blocos de concreto 13 kN/m3
▪ material de enchimento:
entulho 15 kN/m3
argila expandida 9 kN/m3
terra 18 kN/m3
Cargas Permanentes
cargas fornecidas por unidade de área (m2)
Estas cargas são constituidas pelo pêso
próprio da estrutura e pelos pesos de ▪ revestimentos de pisos 1 kN/m2
todos os elementos construtivos fixos e ▪ telhados:
instalações permanentes. telha de barro 0,7 kN/m2
telha de fibro-cimento 0,4 kN/m2
Na falta de determinação experimental,
telha de alumínio 0,3 kN/m2
poderão ser usados os seguintes valores.
▪ impermeabilização de pisos 1,0 kN/m2
▪ divisória de madeira 0,2 kN/m2
▪ caixilhos:
de ferro 0,3 kN/m2
de alumínio 0,2 kN/m2
Cargas Acidentais ou Variáveis Os valores mínimos a serem adotados para eles são:
Cargas Acidentais ou Variáveis Os valores mínimos a serem adotados para eles são:
Cargas Acidentais ou Variáveis Os valores mínimos a serem adotados para eles são:
vi. cinemas e teatros
São as cargas que podem atuar sobre as
estruturas de edificações em função de palco 5,0 kN/m2
seu uso (pessoas, móveis, materiais platéia com assentos fixos 3,0 kN/m2
diversos, veículos, etc.). platéia com assentos móveis 4,0 kN/m2
Estas cargas são fixadas pela Norma banheiros 2,0 kN/m2
NBR6120 - Cargas para o cálculo de vii. clubes
estruturas de edificações.
salas de assembleias com assentos fixos 3,0 kN/m2
• cargas verticais salas de assembleias com assentos móveis 4,0 kN/m2
As cargas verticais que se consideram salão de danças ou esporte 5,0 kN/m2
atuando nos pisos das edificações, além banheiros 2,0 kN/m2
das que se aplicam em carater especial, ginásio de esportes 5,0 kN/m2
referem-se a carregamentos devidos a viii. hospitais
pessoas, móveis, utensílios e veículos, e dormitórios, enfermarias, salas de cirurgia e banheiros 2,0 kN/m2
são supostas uniformemente distribuidas. corredores 3,0 kN/m2
𝐹𝑎 = 𝐶𝑎 . 𝑞. 𝐴𝑒 .10 -3
onde:
Fa = Força resultante (kN)
Ca = Coeficiente de arrasto em função da relação geométrica q (KN/m²)
entre as dimensões em planta e a altura
q = Pressão dinâmica de vento na fachada (N/m²)
Ae = Área de impacto do vento na fachada (m²) Fa (KN)
q = 0,613 Vk²
com Vk = velocidade característica do vento em m/s
PEF 3303 Estruturas de Concreto I
Concepção Estrutural 2023 43
CONCEPÇÃO ESTRUTURAL AÇÕES CARACTERÍSTICAS EXEMPLO
PEF - Engenharia de Estruturas e Geotécnica
Sendo:
• V0 = Velocidade básica do vento (m/s)
• S1 = Fator topográfico
• S2 = Fator de rugosidade do terreno, que depende das dimensões
da edificação e da altura considerada a partir do terreno
• S3 = Fator estatístico
Ação do Vento em Edifícios • A velocidade básica do vento depende da região do país em que a
Velocidade Básica do Vento – V0 edificação está sendo construída.
• É definida pela velocidade de uma rajada de 3s, excedida em
média uma vez em 50 anos, a 10m acima do terreno, em campo
aberto e plano.
• A NBR6123/88 apresenta as velocidades básicas de vento em
todas as regiões do país.
• Essas curvas que mostram as velocidades de vento são chamadas
de isopletas.
• Algumas observações:
• O velocidade básica de vento é maior na região sul e vai
decrescendo à medida que se caminha para o norte.
• Depois, em parte do Amazonas e Roraima, as velocidades
voltam a crescer.
• No Estado de São Paulo, Campinas, Vinhedo e região tem
velocidades que podem chegar a 48 m/s.
• Para projetos de edificações na cidade de São Paulo, o valor
utilizado para a velocidade básica de vento é de 38 m/s.
Fator – S2 he = lg/2
lg 4. 𝑙𝑔
𝑝
• Com os diversos valores de z, serão obtidos vários valores S2, Fa (KN) z = 3.lg (m) he = lg
𝑆2 = 𝑏 𝐹𝑟
10
um para cada andar.
• A partir daí, obteremos uma velocidade característica (vk)
para cada andar e, portanto, uma pressão para cada andar. lg 2. 𝑙𝑔
𝑝
ae
lg
PEF 3303 Estruturas de Concreto I
Concepção Estrutural 2023 48
CONCEPÇÃO ESTRUTURAL AÇÕES CARACTERÍSTICAS EXEMPLO
PEF - Engenharia de Estruturas e Geotécnica
Calcular a ação do vento para exemplo da torre de reservatório de água. - O enunciado diz para se considerar apenas o
Como simplificação, considerar a ação do vento atuando somente sobre vento atuando sobre as faces do reservatório.
as faces do reservatório. - Portanto a força resultante de vento (Fa) será
Dados: aplicada na metade da altura da parede.
✓ Velocidade básica: V0 = 40 m/s ➢ z = 30 + (6/2) → z = 33,0 m
✓ Terreno: Categoria III
✓ S1 = 1,0 33
➢ 𝑆2 = 0,94. (10)0,1 → 𝑆2 =1,059
✓ S2 = 0,94 (z/10) 0,1
✓ S3 = 1,0 ➢ 𝑉𝑘 = 1,0.1,059.1,0.40 → 𝑉𝑘 =42,37 m/s
✓ Coeficiente de arrasto: Ca = 1,0 ➢ 𝑞 = 0,613. 42,372 → 𝑞 = 1100,4 𝑚2
𝑁
➢ 𝐹𝑎 = 1,0.1100,4.6 ∗ 6. 10−3
𝑭𝒂 = 39,6 KN
EXEMPLO
EXEMPLO
EXEMPLO
EXEMPLO
EXEMPLO
EXEMPLO
LAJE L1 L2 L3
lx (m) 1,26(*) 3,00 2,00
A 3ª parcela é constituida de duas partes: ly (m) 4,50 4,50
• g3 = reação da carga permanente da laje g(kN/m2) 6,57 4,87 6,50
• q = reação da carga acidental que atua sobre a laje q(kN/m2) 4,48 1,5 1,5
p=g+q 11,05 6,37 8,00
Para o exemplo, tem-se: px = p lx / 4 (**) 4,78 4,00
py = px (2 - lx / ly) 13,92(**) 6,37 6,22
25 0,12 0,50 = 1,50kN / m − V1 e V2 (cargas px e py em kN/m)
g 1 = 25b w h =
25 0,12 0,45 = 1,35kN / m − V3 e V4
(*) - a laje é em balanço, e o seu vão foi definido como lx ;
Adimitindo-se que as paredes sejam de tijolo maciço, as (**) - por tratar-se de laje em balanço,
externas com 25 cm e as internas com 15 cm, tem-se: a reação é dada por p . lbal = 11,05 . 1,26 = 13,92 kN/m.
0,25 (3,0 − 0,50) 16 = 10,0kN / m − V1 e V2
g2 = epar (PD - h) alv = 0,25 (3,0 − 0,45) 16 = 10,2 kN / m − V3 e V5
0,15 (3,0 − 0,45) 16 = 6,12 kN / m − V
4
Vigas no perímetro
Vigas opcionais
Esquema Estrutural
Esquema Estrutural
• lajes
Esquema Estrutural
• vigas
Esquema Estrutural
• pilares
Esquema Estrutural
• Lajes
• vigas
• pilares
Planta de Formas
• Lajes
• vigas
• pilares
𝑔𝑝𝑝,𝑙𝑎𝑗𝑒 = ℎ . 𝛾𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜
𝑔𝑟𝑒𝑣 = 1,0 𝑘𝑁/𝑚²
𝑔𝑒𝑛𝑐ℎ = ℎ . 𝛾𝑒𝑛𝑐ℎ𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
𝑒. 𝑙. 𝑃𝑑. 𝛾𝑎𝑙𝑣
𝑔𝑎𝑙𝑣,𝑙𝑎𝑗𝑒 =
𝑙𝑥 . 𝑙𝑦
py
ly lx
45
px
lx
𝑝 . 𝑙𝑥
𝑝𝑥 =
4
𝑙𝑥
𝑝𝑦 = 𝑝𝑥 2−
𝑙𝑦
parede em
alvenaria:
PD pode conter:
janelas e
portas
ealv
bw viga
𝑔𝑝𝑝,𝑣𝑖𝑔𝑎 = 𝑏 . ℎ . 𝛾𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜
𝑔𝑎𝑙𝑣,𝑣𝑖𝑔𝑎 = 𝑒 . 𝑃𝑑 − ℎ . 𝛾𝑎𝑙𝑣