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ESPECIALIZAÇÃO EM ESTRUTURAS METÁLICAS

Projeto e Detalhes Construtivos

MÓDULO: Análise de Estruturas

Introdução à Análise de Estruturas, Tipos de


Vínculos, Modelos Teóricos e
Estruturas Compostas por Barras Prismáticas

Prof. M.Sc. Paulo Cavalcante Ormonde

Fortaleza, 2017
Professor
Prof. Me. Paulo Cavalcante Ormonde

Mestre em Estruturas e Construção Civil pela UFSCAR (2013). Especializado em Engenharia de


Estruturas pela Unilins - São Paulo (2010). Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade
São Francisco - Itatiba (2001). Cursou disciplinas de extensão na área de construções rurais e
ambiência na Universidade Estadual de Campinas - FEAGRI (2002 - 2005). Possui extensão em
dimensionamento de estruturas metálicas pela FIPAI / UFSCAR - São Carlos (2005). Engenheiro de
projetos estruturais da Ormond Projetos (2002-atual). Professor de estruturas em cursos de
engenharia civil (2007-atual) nas instituições PUC-Minas, Kroton, FAAT de Atibaia, Unisal, Devry-

MetroCamp e Uniso de Sorocaba.

Currículo LATTES
http://lattes.cnpq.br/1823332342715008
Material didático / complementar

Material na aba AÇO → INBEC


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TRAME 4.2.1
Análise linear e não linear de pórticos planos em estruturas metálicas.

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método dos deslocamentos,
que se destina ao ensino do
comportamento estrutural
de pórticos planos.

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estruturas incluindo não
linearidade física, geométrica
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aproximam os modelos
matemáticos do modelo real
da estrutura.

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Introdução
- A Disciplina de Análise de Estruturas foi desenvolvida para o
estudo da teoria da Análise Estrutural aplicada a Treliças, Vigas e
Pórticos.

- Desenvolver a capacidade de Modelar e Analisar uma Estrutura.

- Considerando as tecnologias atuais, os Métodos Clássicos devem


ser bem fundamentados.

- Aplicar os Métodos com desenvolvimento profundo na aplicação


prática sobre Estruturas em Aço.
Introdução
- Uma estrutura pode ser concebida como um empreendimento por si
próprio, como no caso de pontes e estádios de esporte, ou pode ser
utilizada como o parte de outro empreendimento, como no caso de
edifícios e teatros.
Introdução
- Uma estrutura pode ainda ser projetada e construída em aço,
concreto, madeira, pedra, materiais não convencionais (materiais que
utilizam fibras vegetais, por exemplo), ou novos materiais sintéticos
(plásticos, por exemplo).
Introdução
- Ela deve resistir a ventos fortes, a solicitações que são impostas
durante a sua vida útil e, em muitas partes do mundo, a terremotos.
Introdução
Denomina‐se estrutura o conjunto de elementos
estruturais adequadamente agrupados de forma a
resistir às solicitações atuantes (esforços ativos e
reativos, variação de temperatura, recalques de
apoios, etc.).

Os elementos estruturais são classificados em


função de suas dimensões, formas e carregamentos
Introdução
Outros nomes a estes
elementos
estruturais são dados
conforme suas
particularidades.
Este é o caso de vigas
e pilares, que de um
modo geral são
barras.
Introdução
Introdução
- O projeto estrutural tem como objetivo a concepção de uma
estrutura que atenda a todas as necessidades para as quais ela será́
construída, satisfazendo questões de: segurança, utilização,
econômica, estética, ambientais, construtivas e restrições legais.

- O resultado final do projeto estrutural é a especificação de uma


estrutura de forma completa, isto é, abrangendo todos os seus
aspectos gerais, tais como locação, e todos os detalhes necessários
para a sua construção.
Introdução
- A Análise Estrutural é a fase do projeto estrutural em que é feita a
Idealização do comportamento da estrutura. Esse comportamento
pode ser expresso por diversos parâmetros, tais como pelos campos
de Tensões, Deformações e Deslocamentos na estrutura.

- De uma maneira geral, a análise estrutural tem como objetivo a


determinação de Esforços Internos e Externos (cargas e reações de
apoio), e das correspondentes Tensões, bem como a determinação
dos deslocamentos e correspondentes Deformações da estrutura que
está sendo projetada.
Introdução
Introdução
- O desenvolvimento das Teorias que descrevem o comportamento
de estruturas se deu inicialmente para Estruturas Reticuladas, isto
é, para estruturas formadas por barras (elementos estruturais que têm
um eixo claramente definido). Estes são os tipos mais comuns de
estruturas, tais como a estrutura de uma cobertura ou a estrutura de
um Edifício Metálico.
Análise Estrutural
A análise estrutural moderna trabalha com quatro níveis em
relação à estrutura que está sendo analisada:
- O Primeiro é o nível que representa a Estrutura Real tal como é
construída. Trata da transformação do modelo estrutural no modelo
discreto para o caso de estruturas formadas por barras.
- O Segundo nível da análise estrutural é o Modelo Analítico
utilizado para representar matematicamente a estrutura que está
sendo analisada. Incorpora todas as teorias e hipóteses elaboradas
para descrever o comportamento da estrutura em função das diversas
solicitações.
Modelo Estrutural
- Na Concepção do modelo estrutural faz-se uma idealização do
comportamento da estrutura real em que se adota uma série de
hipóteses simplificadoras. Estas estão baseadas em teorias físicas e
em resultados experimentais e estatísticos, e podem ser divididas nos
seguintes tipos:

• hipóteses sobre a geometria do modelo;


• hipóteses sobre as condições de suporte (ligação com o meio
externo, por exemplo, com o solo);
• hipóteses sobre o comportamento dos materiais;
• hipóteses sobre as solicitações que atuam sobre a estrutura (cargas
de ocupação ou pressão de vento, por exemplo).
Modelo Estrutural
Estrutura (real) de um edifício construído com perfis metálicos:
Modelo Estrutural
‐ Modelagem (ato de criar o modelo) utilizando um pórtico
espacial, cujo domínio geométrico compreende a estrutura como
um todo. Todos os perfis metálicos da estrutura real são
considerados em um único modelo tridimensional. A análise de um
modelo desse tipo é relativamente sofisticada, mas atualmente
existem programas de computador que possibilitam essa tarefa
sem grandes dificuldades.
Modelo Estrutural
‐ Entretanto, uma análise tridimensional pode não ser necessária.
Uma fase inicial de pré‐dimensionamento, pode‐se definir com
análises mais simples. Em outras situações, uma análise
tridimensional tem um grau de sofisticação incompatível com os
recursos disponíveis para o projeto, pois pode acarretar custos altos
no uso de programas de computador e duração excessiva para a
criação do modelo estrutural.

‐ É bastante usual a concepção de modelos que abstraem o


comportamento da estrutura real em domínios geométricos
isolados e de menor dimensão. Os modelos isolados podem ser
unidimensionais.
Modelo Estrutural
‐ Esses modelos abstraem de forma simplificada o comportamento
longitudinal e o comportamento transversal da estrutura real.
Dessa forma, o comportamento tridimensional da estrutura pode
ser representado, de maneira aproximada, pela composição das
respostas dos modelos bidimensionais.
Modelo Estrutural
‐ Entretanto, essa não é a questão mais complicada. A consideração
das outras hipóteses simplificadoras que entram na idealização do
comportamento da estrutura real pode ser bastante complexa.

‐ Considere como exemplo o modelo estrutural de um simples


Galpão Industrial. A representação das Solicitações (cargas
permanentes, cargas acidentais etc.) pode envolver alto grau de
simplificação ou pode ser muito próxima da realidade. O mesmo
pode ser aplicado com respeito à consideração do comportamento
dos Materiais ou das Fundações (condições de apoio).
Modelo Estrutural
Modelo Estrutural
- No exemplo a Ligação da Estrutura com o Solo foi modelada por
Apoios que impedem os Deslocamentos horizontal e vertical, mas
que permitem o giro da base das colunas. Outro tipo de hipótese
poderia ter sido feito para esses apoios: por que não considerá‐los
como engastes perfeitos (que impedem também o giro da base),
como no caso dos pórticos vistos anteriormente?

‐ No modelo as cargas verticais representam o peso próprio da


estrutura, e as cargas horizontais representam o efeito do vento. De
quantas maneiras se pode considerar os efeitos do vento ou de
outras solicitações?
Modelo Estrutural
‐ Questões como essas indicam que existem diversas possibilidades
para a Concepção do modelo de uma estrutura. Nesse sentido
pesam diversos fatores, como a Experiência do analista estrutural e
a Complexidade da Estrutura e de suas solicitações.
Modelo Discreto
- O Terceiro Nível utilizado na análise estrutural é o do Modelo
Discreto, que é concebido dentro das metodologias de cálculo dos
Métodos de Análise.

‐ De forma geral, os métodos de análise utilizam um conjunto de


variáveis ou parâmetros para representar o comportamento de uma
estrutura. Nesse nível, o comportamento Analítico do modelo
estrutural é substituído por um comportamento Discreto, em que
soluções analíticas contínuas são representadas pelos valores
discretos dos parâmetros adotados. A passagem do modelo
matemático para o modelo discreto é denominada Discretização.
Modelo Discreto
‐ Os tipos de parâmetros adotados no modelo discreto dependem
do método utilizado. No Método das Forças, os parâmetros são
forças ou momentos, e, no Método dos Deslocamentos, são
deslocamentos ou rotações.

‐ A figura a seguir mostra a discretização utilizada na solução de um


pórtico plano pelo Método das Forças. A solicitação externa
atuante, denominada carregamento, é constituída de uma força
lateral (horizontal) e uma força vertical uniformemente distribuída
na viga (barra horizontal).
Modelo Discreto
Modelo Discreto
‐ Na figura, as setas indicadas com um traço no meio são reações de
apoio.
‐ Cada Solução Básica ISOLA um determinado efeito ou parâmetro: o
efeito da solicitação externa (carregamento) é isolado no caso (0), o
efeito do Hiperestático MA é isolado no caso (1), e o efeito do
Hiperestático HB é isolado no caso (2).
‐ A metodologia de análise pelo Método das Forças determina os
valores que os hiperestáticos devem ter para recompor os vínculos
eliminados (restrição à rotação no apoio da esquerda e restrição ao
deslocamento horizontal no apoio da direita). Dessa forma, a
solução do problema fica parametrizada (discretizada) pelos
Hiperestáticos MA e HB.
Modelo Discreto
Por outro lado, a solução discreta pelo Método dos Deslocamentos
para estruturas reticuladas é representada por valores de
deslocamentos e rotações nos nós (pontos de encontro das barras
ou extremidades de barras). Esses parâmetros são denominados
deslocabilidades. No exemplo as deslocabilidades são os
deslocamentos horizontais dos nós superiores, os deslocamentos
verticais desses nós e as rotações dos nós livres ao giro.
Modelo Discreto
A Figura mostra a discretização utilizada na solução desse pórtico
pelo Método dos Deslocamentos. A solução contínua em
deslocamentos da estrutura é obtida pela Superposição de
configurações deformadas elementares das soluções básicas. Cada
solução básica isola os efeitos das cargas externas e de cada uma das
deslocabilidades.
Modelo Discreto
- Em geral, para Estruturas Reticuladas com barras prismáticas (a
seção transversal não varia ao longo do comprimento da barra), a
solução obtida por interpolação é igual à solução analítica do
modelo estrutural.

‐ Isso ocorre porque as funções de interpolação que definem a


configuração deformada contínua são compatíveis com a idealização
matemática do comportamento das barras feita pela mecânica dos
sólidos.
Modelo Discreto
‐ No caso de Estruturas Contínuas (que não são compostas por
barras), comumente é utilizado na análise estrutural o Método dos
Elementos Finitos com uma formulação em deslocamentos. O
modelo discreto é obtido pela subdivisão do domínio da estrutura
em subdomínios, chamados de Elementos Finitos, com formas
simples (em modelos planos, usualmente triângulos ou
quadriláteros). Essa subdivisão é denominada malha de elementos
finitos, e os parâmetros que representam a solução discreta são
valores de deslocamentos nos nós (vértices) da malha.
Modelo Computacional
- Livros-texto sobre o método dos Elementos Finitos, como os
citados na seção anterior, abordam de certa maneira a implementação
computacional do Método da Rigidez Direta (que é uma
formalização do Método dos Deslocamentos direcionada a uma
implementação computacional) e do Método dos Elementos Finitos.

- O Método das Forças emprega uma metodologia que é menos


propícia para ser implementada computacionalmente e, por isso, é
pouco utilizado em programas de computador.

- Entretanto, diversos outros aspectos estão envolvidos no


desenvolvimento de um programa de computador para executar uma
análise estrutural.
Classificação de estruturas
Uma estrutura refere-se a um sistema de partes conectadas usadas
para suportar uma carga.
 Edifícios.
 Pontes.
 Torres.
 Estruturas de navios e aeronaves, tanques, vasos de pressão.
 Sistemas mecânicos.
 Estruturas de apoio de sistemas elétricos.
Classificação de estruturas
 Elementos estruturais – Alguns dos elementos mais comuns dos
quais as estruturas são compostas são os seguintes:
 Tirantes – Força de tração
Elementos delgados – Barras de contraventamento.
Classificação de estruturas
 Vigas – Membros horizontais retos, fundamentados para cargas
verticais. Podem ter seções variáveis ou seções com reforços por
chapas. Projetadas para resistir Momento Fletor.
Classificação de estruturas
Classificação de estruturas
Classificação de estruturas
Classificação de estruturas
Classificação de estruturas
Classificação de estruturas
Classificação de estruturas
Classificação de estruturas
 Colunas – Membros geralmente verticais e resistem cargas axiais.
Tubos ou seções transversais de abas largas.
Classificação de estruturas
Classificação de estruturas
Classificação de estruturas
Classificação de estruturas
Classificação de estruturas
Classificação de estruturas
 Tipos de estrutura - A combinação de elementos estruturais e os
materiais dos quais eles são compostos é conhecida como um
Sistema Estrutural.
 Cada sistema é construído de um ou mais de quatro tipos básicos
de estruturas:
 Treliças - Indicado para grandes vãos. Elementos delgados,
normalmente dispostos de forma triangular.
Comp. - B.S - ?
Tração - B.I - ?
Classificação de estruturas
Classificação de estruturas
Classificação de estruturas
Classificação de estruturas
Classificação de estruturas
Classificação de estruturas
Classificação de estruturas
 Cabos - Usados para cobrir grandes Vãos. Flexíveis e suportam
cargas de tração. Usados para suportar Pontes com vantagens
sobre a treliça. Limitações com Flechas, peso e ancoragem.
 Arcos - Atuam sob compressão. Usados em pontes, tetos.
Classificação de estruturas
 Pórticos - Usados em Edifícios, formados por vigas e colunas. A
resistência depende da interação entre os momentos das vigas e
as colunas.
Classificação de estruturas
Classificação de estruturas
Classificação de estruturas
Classificação de estruturas
Classificação de estruturas
Classificação de estruturas
Classificação de estruturas
Classificação de estruturas
Classificação de estruturas
Classificação de estruturas
Classificação de estruturas
 Estruturas de superfície - Uma estrutura de superfície é feita de
um material com Espessura muito pequena comparada com suas
outras dimensões.

 Às vezes esse material é muito flexível e pode assumir a forma


de uma tenda ou estrutura inflada de ar.

 Estruturas de superfície também podem ser feitas de materiais


rígidos como o concreto armado.

 Elas podem ser produzidas na forma de chapas dobradas,


cilindros, ou paraboloides hiperbólicos, e são conhecidas como
chapas finas ou cascas.
Estrutura idealizada
 Devido as estimativas em relação as cargas e pontos de aplicação,
é importante que o Engenheiro Estrutural desenvolva a capacidade
de Modelar ou Idealizar uma estrutura de maneira que possa
realizar uma análise de força prática dos membros.
 Membros estruturais estão conectados de várias maneiras
dependendo da intenção do projetista.
 Os três tipos de apoios mais especificados são:
1. Conectado por pino – permitem alguma liberdade de rotação
1. De rolo (Apoio Simples)
1. Fixo – Sem rotação
Estrutura idealizada

 Exemplos desses apoios, produzidos em aço:


Estrutura idealizada

 Exemplos desses apoios, produzidas em concreto:


Estrutura idealizada
Estrutura idealizada
Como dito anteriormente, são tipos ideais, pois na prática é muito difícil
conseguir que uma ligação seja perfeitamente rígida ou perfeitamente
rotulada. Porém, é possível obter soluções que se aproximam bastante
destes comportamentos idealizados e que são utilizados na análise
estrutural.

Na Figura 2.23, a ligação rígida é aquela cuja rotação relativa θ entre as barras
é igual a zero, ou seja, o ângulo de 90º que existia entre a viga e o pilar na
sua configuração indeformada (antes da aplicação dos carregamentos)
permanece o mesmo. Na ligação rígida há transferência de momento fletor,
esforços normais e de cisalhamento entre a viga e o pilar.
Estrutura idealizada
Estrutura idealizada
Estrutura idealizada
Na ligação rotulada (Figura 2.23) a rotação relativa θ,
entre a viga e o pilar, é diferente de zero. Também não
há transferência de momentos fletores da viga para o
pilar, apenas esforços normais e de cisalhamento.
Estrutura idealizada
Estrutura idealizada
Estrutura idealizada
Estrutura idealizada
Estrutura idealizada
Na viga parafusada junto à alma do
pilar (Figura 2.26), os parafusos são
solicitados somente a esforços de
cisalhamento.

Os parafusos na alma são


dimensionados para resistir a
esforços normais e de cisalhamento
da viga e os parafusos das mesas,
ao momento fletor.
Estrutura idealizada
 Modelos idealizados usados em análise estrutural que representam
apoios por pinos, apoios fixos, nós fixos e nós ligados por pinos:
Estrutura idealizada
Estrutura idealizada
Estrutura idealizada
Estrutura idealizada
 Outros tipos de apoios mais comumente encontrados em
estruturas planas são:
Estrutura idealizada
 Outros tipos de apoios mais comumente encontrados em
estruturas planas são:
Estrutura idealizada
 É importante ser capaz de conceber de maneira apropriada o
sistema como uma série de modelos.
Estrutura idealizada
 Cargas Tributárias: Quando superfícies planas como paredes,
pisos ou tetos são suportadas por um quadro estrutural, é
necessário determinar como a carga sobre essas superfícies é
transmitida para os vários elementos estruturais usados para seu
suporte.

 A escolha depende da Geometria do Sistema Estrutural.


Estrutura idealizada
 Uma laje ou piso que é suportada de maneira tal que ela transmita
sua carga aos membros de suporte pela ação unidirecional é com
frequência referida como uma laje unidirecional.
 Se é presumido que a carga seja transmitida para as vigas e vigas
mestras de suporte em duas direções, a laje é referida como uma
laje bidirecional.
 De acordo com o ACI (American Concrete Institute):
Se L2>L1, onde L2/L1 > 2, Unidirecional
Se L2>L1, onde L2/L1 < ou = 2, Bidirecional
Estrutura idealizada
Se L2>L1, onde L2/L1 > 2, Unidirecional
Se L2>L1, onde L2/L1 < ou = 2, Bidirecional
Estrutura idealizada
Se L2>L1, onde L2/L1 > 2, Unidirecional
Se L2>L1, onde L2/L1 < ou = 2, Bidirecional
Estrutura idealizada
Se L2>L1, onde L2/L1 > 2, Unidirecional
Se L2>L1, onde L2/L1 < ou = 2, Bidirecional
Estrutura idealizada
Se L2>L1, onde L2/L1 > 2, Unidirecional
Se L2>L1, onde L2/L1 < ou = 2, Bidirecional
Conceitos Básicos de Análise Estrutural
- Agora vamos resumir alguns conceitos básicos de análise estrutural
para estruturas que são compostas por barras. Esses conceitos foram
selecionados de forma a permitir a compreensão dos demais
assuntos.

- São considerados como pré-requisitos para os assuntos tratados


aqui a definição de Tensões, Deformações e Esforços Internos
(esforços normais e cortantes e momentos fletores e torçores) em
barras e a análise de estruturas estaticamente determinadas
(estruturas isostáticas).
Classificação de modelos de estruturas reticuladas
A Figura a seguir mostra um exemplo de um quadro ou pórtico
plano. Um quadro plano é um modelo estrutural plano de uma
estrutura tridimensional.

Modelo: Portico1
Classificação de modelos de estruturas reticuladas
A Figura a seguir mostra um exemplo de um quadro ou pórtico
plano. Um quadro plano é um modelo estrutural plano de uma
estrutura tridimensional.

Modelo: Portico1
Classificação de modelos de estruturas reticuladas
- Este modelo pode corresponder a uma “fatia” da estrutura, ou pode
representar uma simplificação para o comportamento tridimensional.
- Estruturas deste tipo estão contidas em um Plano e as Cargas
também estão contidas no mesmo Plano.
- O quadro plano da Figura tem um solicitação externa
(carregamento) composta por uma força horizontal P e uma carga
uniformemente distribuída vertical q.
- Também estão indicados na figura as reações de apoio, que são
compostas de forças horizontais e verticais, e por um momento..
Conceitos Básicos de Análise Estrutural
- A Figura anterior também indica a configuração Deformada da
Estrutura (amplificada de forma exagerada) com as componentes de
Deslocamentos e Rotações do nos (pontos extremos das barras).
- A simplificação adotada para modelos estruturais de quadros planos
é que não existem deslocamentos na direção transversal ao plano
(direção Z) e rotações em torno de eixos do plano da estrutura.
Portanto, um quadro plano apresenta somente as seguintes
componentes de deslocamentos e rotação:

∆x → deslocamento na direção do eixo global X;


∆y →deslocamento na direção do eixo global Y;
θz → rotação em torno do eixo global Z.
Conceitos Básicos de Análise Estrutural
- As Ligações entre as barras de um pórtico plano são consideradas
perfeitas (ligações rígidas), a menos que algum tipo de liberação, tal
como uma articulação, seja indicado. Isto significa que duas barras
que se ligam em um nó tem deslocamentos e rotação compatíveis na
ligação. Ligações rígidas caracterizam o comportamento de pórticos
e provocam a deformação por flexão de suas barras.

Modelo: Portico1
Conceitos Básicos de Análise Estrutural
- Os Esforços Internos de um quadro plano também estão
associados ao comportamento plano da estrutura. Neste tipo de
estrutura, existem apenas Três esforços internos em um barra de um
pórtico plano, definidos nas direções dos eixos locais da barra, tal
como indicado na Figura abaixo:
N → esforço normal (esforço interno axial)
na direção do eixo local x;
Q = Qy → esforço cortante (esforço interno
transversal) na direção do eixo local y;
M = Mz → momento fletor (esforço interno
de flexão) em torno do eixo local z.
Conceitos Básicos de Análise Estrutural
- Uma treliça é uma estrutura reticulada que tem todas as ligações
entre barras articuladas (as barras podem girar independentemente
nas ligações). A Figura abaixo mostra uma treliça plana com suas
cargas e reações. Na analise de uma treliça as cargas atuantes são
transferidas para os seus nós. A consequência disso, em conjunto
com a hipótese de ligações articuladas, é que uma treliça apresenta
apenas esforços internos axiais (esforços normais de Tração ou
Compressão).
Conceitos Básicos de Análise Estrutural
Um outro tipo de estrutura reticulada é a Grelha. Grelhas são
estruturas planas com cargas na direção perpendicular ao plano,
incluindo momentos em torno de eixos do plano. A Figura abaixo
mostra uma grelha com uma carga uniformemente distribuída
transversal ao seu plano. Os apoios de uma grelha apresentam apenas
uma componente de força, que é na direção vertical Z, e duas
componentes de momento.
Conceitos Básicos de Análise Estrutural
- Por hipótese, uma grelha não apresenta deslocamentos no seu
plano. A Figura indica a configuração deformada da grelha (de forma
exagerada), que apresenta as seguintes componentes de
deslocamento e rotações:
∆z → deslocamento na direção do eixo global Z;
θx →rotação em torno do eixo global X;
θy →rotação em torno do eixo global Y.

- Em geral, as ligações entre as barras de uma grelha são rígidas, mas


é possível que ocorram articulações. Uma ligação articulada de
barras de grelha pode liberar apenas uma componente de rotação, ou
pode liberar as duas componentes.
Conceitos Básicos de Análise Estrutural
- Os esforços internos de uma barra de grelha estão mostrados
abaixo, juntamente com a convenção adotada para os eixos locais de
uma barra de grelha. São três os esforços internos:

Q = Qz → esforço cortante (esforço interno transversal) na direção do eixo local z;


M=My → momento fletor (esforço interno de flexão) em torno do eixo local y;
T = Tx → momento torçor (esforço interno de torção) em torno do eixo local x.
Conceitos Básicos de Análise Estrutural
- Finalmente, o caso mais geral de estruturas reticuladas é o de
quadros ou pórticos espaciais. Cada ponto de um quadro espacial
pode ter três componentes de deslocamento (∆x , ∆y , e ∆z ) e três
componentes de rotação (θx , θy , e θz ) . Existem seis esforços
internos em uma barra de pórtico espacial:
Esforço normal N = Nx (x local),
Esforço cortante Qy (y local),
Esforço cortante Qz (z local),
Momento fletor My (y local),
Momento fletor Mz (z local),
Momento torçor T = Tx (x local).
Cargas
 Frequentemente, é a previsão das várias cargas que serão
impostas sobre a superfície que indica o tipo básico de estrutura a
ser escolhido para o projeto.

 A carga de projeto para uma estrutura é comumente especificada


em códigos.

 Em geral, o Engenheiro Estrutural trabalha com dois tipos de


códigos:
• códigos de construção gerais e
• códigos de projeto.
Cargas
 Cargas permanentes – consistem dos pesos dos vários membros
estruturais e os pesos de quaisquer objetos que sejam
permanentemente ligados à estrutura.
 Para um edifício, as cargas permanentes incluem os pesos das
colunas, vigas e vigas mestras, lajes de piso, cobertura, paredes,
janelas, instalações hidráulicas e elétricas e outros acessórios
diversos.
 As densidades de materiais típicos usados na construção são
listados na tabela a seguir.
 Uma parte de uma tabela listando os pesos de componentes de
construção típicos é dada na tabela seguinte.
Cargas
 Densidades mínimas para cargas de projeto de materiais
Cargas
 Cargas permanentes mínimas de projeto
Cargas
 Sobrecargas – podem variar tanto na sua magnitude quanto na
sua localização.
 Cargas de edifícios
 Cargas de pontes rodoviárias
 Cargas de ponte ferroviária
 Cargas de impacto
 Cargas de vento
 Cargas de neve
 Cargas de terremoto
 Pressão hidrostática e do solo
 Outras cargas naturais como o efeito de rajada, mudanças de
temperatura e assentamento diferencial da fundação.
Projeto estrutural
 Sempre que uma estrutura é projetada, é importante levar em
consideração incertezas quanto aos materiais e aos
carregamentos.

 ASD – Métodos de projeto de tensão admissível (Allowable-


stress design – ASD) incluem tanto incertezas de material como
de cargas em um único fator de segurança.

 Combinações de carga típicas como especificadas pela norma


ASCE 7-10 incluem:
 carga morta
 0,6 (carga morta) + 0,6 (carga de vento)
 0,6 (carga morta) + 0,7 (carga de terremoto)
Projeto estrutural
 LFRD - Separa a incerteza do material da incerteza de carga.

 Este método é chamado de projeto de resistência ou projeto de


estado limite último (LFRD – load and resistance factor design).

 De acordo com a norma ASCE 7-10, alguns dos fatores de carga


e combinações são
 1,4 (carga permanente)
 1,2 (carga permanente) + 1,6 (sobrecarga) + 0,5 (carga da neve)
 0,9 (carga permanente) + 1,0 (carga do vento)
 0,9 (carga permanente) + 1,0 (carga do terremoto)
Princípio da superposição
 O deslocamento total ou cargas internas (tensão) em um ponto em
uma estrutura sujeita a várias cargas externas pode ser
determinado somando os deslocamentos ou cargas internas
(tensão) causados por cada uma das cargas externas atuando
separadamente.(Considerando uma relação Elástica-Linear)

Equações de equilíbrio
 Podemos relembrar da estática que uma estrutura ou um dos seus
membros está em equilíbrio quando ela mantém um equilíbrio de
força e momento.
Equações de equilíbrio
 As exigências anteriores para equilíbrio reduzem-se a

 Sempre que estas equações são aplicadas, primeiro é necessário


traçar um diagrama de corpo livre da estrutura ou de seus
membros.
 Se as cargas internas em um ponto especificado em um membro
devem ser determinadas, o método de seções tem de ser usado.
Determinação e estabilidade
 Determinação. Quando todas as reações em uma estrutura podem
ser determinadas estritamente a partir das equações da estática, a
estrutura é conhecida como estaticamente determinada. O
número de incógnitas é igual ao número de equações.

 Estruturas com número de incógnitas maior do que o número de


equações de equilíbrio disponíveis são chamadas de estaticamente
indeterminadas.

 Em uma estrutura plana há no máximo três equações de


equilíbrio para cada parte, de maneira que, se há um total de n
partes, e r componentes de reação de força e momento, temos:
Determinação e estabilidade
Determinação e estabilidade
Determinação e estabilidade
Determinação e estabilidade

 Estabilidade. Duas situações podem ocorrer em que as condições


para a restrição apropriada não foram atendidas.
 Restrições parciais. Em alguns casos, uma estrutura ou um dos
seus membros pode ter menos forças reativas do que equações de
equilíbrio que precisam ser satisfeitas.
 Restrições impróprias. Em alguns casos pode haver tantas forças
desconhecidas quanto existem equações de equilíbrio; entretanto,
a instabilidade ou movimento de uma estrutura ou seus membros
pode desenvolver-se em razão da restrição imprópria por seus
apoios.
Determinação e estabilidade
Restrições parciais Restrições impróprias
Determinação e estabilidade
 Tendo em vista que três equações de equilíbrio estão disponíveis
para cada membro ou componente, temos

 Se a estrutura é instável, não importa se ela é estaticamente


determinada ou indeterminada.
 Em todos os casos esses tipos de estruturas têm de ser evitados na
prática.
Aplicação das equações de equilíbrio
 Se uma estrutura é suportada adequadamente, a estrutura torna-se
estaticamente determinada. Assim as forças desconhecidas nos
apoios e ligações podem ser determinadas das equações de
equilíbrio aplicadas a cada membro.
 Se a estrutura permanece rígida quando os apoios são removidos,
todas as três reações de apoio podem ser determinadas aplicando
as três equações de equilíbrio para toda a estrutura.
 Se a estrutura parece ser não rígida após remover os apoios, ela
precisa ser desmembrada e o equilíbrio dos membros individuais
tem de ser considerado a fim de obter equações suficientes para
determinar todas as reações de apoio.

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