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MAQUETE ESTRUTURAL

Dandara de Oliveira Souza, Filipe Cardoso Dias da Cruz, Giovanna Sena Silva Cerqueira,
Nathalia Santana Barbosa, Renata Oliveira Gomes Moura, Solanna de Oliveira Silva.
(oliveiradandara12@gmail.com, cardosofilipe1011@gmail.com, sena.silvacerqueira@gmail.com,
nathaliasantana2387@gmail.com, ogmrenata@gmail.com, solannaoliveira@gmail.com).

Professores orientadores: Tarcísio de Santana Costa e Sheila Leal Oliveira Loureiro.

Engenharia Civil.

1. INTRODUÇÃO:
As deformações e os deslocamentos são parâmetros críticos em um projeto e a análise de
estruturas, pois estão diretamente relacionados à integridade estrutural e à segurança. A
distinção entre estruturas isostáticas e hiperestáticas tem um impacto significativo nas
deformações e deslocamentos resultantes, diante esse viés é inevitável analisar como essas
deformações e deslocamentos ocorrem, e investigando os mesmos.

A compreensão das deformações e deslocamentos é essencial para o projeto de estruturas


que atendam aos critérios de segurança e desempenho. Estruturas isostáticas são
frequentemente empregadas em projetos convencionais, como edifícios de pequeno e médio
porte, onde as deformações e deslocamentos são relativamente previsíveis. Em contraste,
estruturas hiperestáticas são usadas em aplicações complexas, como pontes estaiadas e
sistemas mecânicos de alta precisão, onde a redistribuição de carga e a complexidade das
deformações são críticas.

A investigação das deformações e deslocamentos em estruturas isostáticas e hiperestáticas é


crucial para a estabilidade, eficiência e desempenho adequado das estruturas. Ela
desempenha um papel fundamental no projeto, análise e manutenção de uma ampla
variedade de construções, desde edifícios e pontes até máquinas e equipamentos industriais.

Portanto, deformações e deslocamentos em estruturas isostáticas e hiperestáticas são


influenciados pela natureza da estrutura e têm implicações significativas no projeto e análise.
A escolha entre esses tipos de estruturas depende da complexidade do projeto e das
demandas de carga. Uma compreensão aprofundada desses parâmetros é essencial para
garantir o desempenho e a segurança de estruturas em uma variedade de aplicações de
engenharia.

2. DESENVOLVIMENTO:

Realizando uma análise em meio as estruturas, foi observado maior interesse para
aprofundamento em estruturas hiperestáticas. Essa estrutura possui um número maior de
reações de apoio quando comparada as demais, sendo assim considerado um sistema
indeterminado, já que suas reações ultrapassam a quantidade de equações de equílibrio
disponíveis.

Esse tipo de apoio carrega consigo muitas características ímpares, como por exemplo,
proporciona coeficientes de segurança maiores, já que ela possui a capacidade de
redistribuição de cargas quando submetida a tensões acima do seu limite, redistribuindo parte
dessa tensão para áreas menos demandadas. Além disso, estruturas hiperestáticas possuem
maior rigidez e apresenta menores deslocamentos transversais, devido a sua continuidade,
elas são mais espessas e possuem maior estabilidade em relação aos tipos de cargas, sejam
elas horizontais, verticais ou móveis.

Por outro lado, esse tipo de estrutura também apresenta algumas desvantagens a serem
analisadas com cautela durante um projeto. Sendo uma delas, as forças em estruturas
estaticamente indeterminadas não dependem apenas de suas dimensões, mas também das
propriedades elásticas e geométricas de sua seção transversal, o que pode ser uma dificuldade
de projeto.

Ainda assim, a estrutura analisada para a produção da maquete firmou-se na estrutura


hiperestática, sendo visualizada em diversas áreas do cotidiano. O objetivo dessa construção
é a releitura das reações presentes no arranjo dos apoios, para que obtenhamos uma
visualização autêntica e aproximada de uma estrutura real. Sendo trabalhado também os
cálculos dessas reações e a confecção dos diagramas de corpo livre.

A elaboração da maquete representando tal estrutura explora também a intuição durante o


processo, firmando a ideia de que antes de qualquer execução de obras há a necessidade de
planejamento e criação simultânea da estrutura a ser realizada, podendo ser feita em
softwares específicos para tal serviço, acrescentando também a relevância do
comportamento estrutural das peças utilizadas no projeto.
Para o estudo e a construção da maquete representativa foi abordado as estruturas de
galpões pré moldados de concreto. Esse tipo de sistema vem ganhando espaço e mostrando
que atendem de forma satisfatória e eficiente às exigências a qualidade técnica de edificações
destinadas a várias funções e também a economia. Geralmente, esse tipo de estrutura está
destinada a depósitos comerciais, almoxarifados, oficinas, entre outros tipos de
funcionalidade.

Ao estudarmos mais afundo sobre a tal estrutura, podemos verificar que os sistemas de
elementos pré moldados podem ser considerados pórticos, necessitando de uma análise
estrutural mais clara e o esclarecimento dos fabricantes e usuários sobre os cuidados a serem
tomados no projeto, na execução, no uso e também na manutenção dessa construção.

Os pórticos, juntamente com os elementos portantes secudários, formam o esqueleto


resistente do sistema construtivo, no qual são fixados os elementos de cobertura e
fechamento lateral. Com base no artigo de Análise Estrutural de Pórticos Planos de Elementos
Pré-fabricados de Concreto Considerando a Deformabilidade das Ligações, da autora
Anamaria Malachini de 1998, a união destes elementos normalmente é considerada por
projetistas na forma de ligações perfeitamente rígidas ou de ligações perfeitamente
articuladas.

No entanto, as ligações entre elementos pré-moldados de concreto se comportam como


sendo ligações deformáveis, cujo comportamento é diferente para cada forma ou mecanismo
de ligação. Com isso, a deformabilidade de uma ligação provoca a liberação dos
deslocamentos nas extremidades das barras, promovendo perda de rigidez à estrutura,
redistribuição de esforços e modificação nos deslocamentos da estrutura.

Verificamos em outros estudos também que possuem vários tipos de galpões pré-moldados
em concreto, dependendo dos vãos e espaços existentes para sua instalação. Essas estruturas
são projetadas para atender dimensões específicas de vãos livres, pé direito e distância entre
colunas. Além disso, a cobertura pode variar da telha metálica a telha de concreto. Podem ser
construídos também com estruturas de concreto ou estruturas metálicas.

Alguns tipos de galpões são:

Galpão de lona piramidal: Sendo ideal para espaços pequenos, é feito com chapas de ferros,
dispensa fundações, mas apesar da rápida montagem é considerado frágil.
Galpão de lona duas águas: Cobre grandes extensões de espaço fechado em um único
pavimento, estrutura formada por alpendres com distaciamento regulares e sustentada por
sistema de vigas, terças ou tesouras.

Galpão em arco: Modelo recomendado para regiões chuvosas ou com precipitações


atmosféricas, pois reduz o risco de infiltrações, possibilitando o escoamento do excesso de
água para as lateriais.

Galpão em shed: Apresentam vãos simples ou múltiplos. Sua cobertura é instalada em


formato de degraus para iluminar e ventilar naturalmente a área interna do galpão. Consegue
cobrir grandes espaços.

3. METODOLOGIA E MATERIAIS:

O presente trabalho possui como tema principal a verificação das reações de estruturas
hiperestáticas por meio da representação elaborada em maquete de um galpão pré-moldado.

Na introdução, tópico 1, foi abordado a importância das deformações e deslocamentos em


um projeto e na análise da estrutura, apontando também uma diferença entre estruturas
isostáticas e hiperestáticas.

No desenvolvimento, tópico 2, foi apresentada, com maior magnitude, informações sobre


apoios hiperestáticos e também algumas informações sobre a construção de sistemas com
elementos pré moldados, contando com alguns modelos de galpões.

Neste tópico, metodologia e materiais, será apresentado os materiais utilizados para criação
da maquete. Foi discutido em grupo sobre quais ferramentas poderiam ser utilizados na
elaboração da maquete. Inicialmente, foi pensado em gesso ou vergalhões de aço para
construção dos pilares e vigas, mas devido a dificuldade do manuseio desses materiais, vimos
que não seria viável a manipulação e não teríamos aparelhos suficientes para o uso. Com isso,
foi cogitado o uso de palitos de churrasco enroscados com fita isolante ou palito de picolé,
conforme analisado em outras maquetes estruturais. Ao analisarmos melhor, vimos que seria
ideal o uso de palitos de picolé devido ao seu formato e a facilidade de unir um ao outro,
formando uma estrutura mais espessa e mais resistente quando comparado ao palito de
churrasco.
Iniciamos a construção da maquete com os palitos de picolé, mas ao completarmos o trabalho,
verificamos que a estrutura não ficou como desejavámos e não conseguiriamos reproduzir as
deformações com clareza. Por isso, fomos para uma segunda tentativa e tivemos sucesso. A
maquete foi novamente elaborada com madeira de palet, tiras de madeira de pinus e alguns
palitos de churrasco para realizar os encaixes entre as peças, formando os pilares e as vigas.

Para o telhado, utilizamos elásticos de costura como vigas de apoio e cobrimos com E.V.A
simulando a cobertura da estrutura.

Para a base da maquete, utilizamos duas folhas de isopor, unimos ambas para aumentar a
altura da base e revestimos com papel cartão cinza, somente como representação do piso.

Nos resultados, tópico 4, será apresentado os resultados da criação, como os cálculos e as


reações da estrutura.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES:

Com o uso do Ftool iniciamos a modulação da estrutura realizando a partir de um corte.


Geramos a seção abaixo:

- Para a laje definimos um carregamento uniforme de 10 KN/ m, a viga intermediária do galpão


foi considerada apoiada, dessa forma, a representamos com a rótula. Os pilares foram
definidos como engastados na fundação.
Para que os diagramas de esforço normal, cortante e momento fletor fossem gerados, o
programa solicita que seja definido o material que iremos trabalhar. Como optamos por
galpões em concreto pré moldado, o material já estava definido desde o inicio. A resistencia
adotada foi de 25 Mpa.

Posteriormente, foi preciso definir as medidas das seções da estrutura, como a nossa viga e
pilar era de seção quadrada, adotamos em escala, a partir da nossa maquete, as medidas de
14 x 14.

Após definirmos essas entradas, o software, solicita o salvamento e está habilitada a


possibilidade de gerar os diagramas listados abaixo:

Diagrama de esforço normal


Diagrama de cortante

Momento Fletor

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