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LYDER

SEGURANÇA DO TRABALHO E TREINAMENTOS

APOSTILA DE PONTE
ROLANTE

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Sumário

Análise estrutural de pórticos planos de elementos pré-fabricados de concreto


considerando a deformabilidade das ligações............................................................1
Introduçăo .....................................................................................................................2
Sistema estrutural de pórticos para telhado de duas águas......................................3
Responsabilidades.........................................................................................................4
Pórticos...........................................................................................................................5
Semi-pórticos.................................................................................................................6
Diretrizes .......................................................................................................................7
Do responsável pela equipe...........................................................................................8
Do empregado.................................................................................................................9
Segurança durante manobras......................................................................................10
Funcionamento básicos dos principais sistemas........................................................11
Freios..............................................................................................................................12
Cabos de aço..................................................................................................................13
Caixa de guincho ..........................................................................................................14
Boas práticas de operação
Parada e partida progressivas.....................................................................................15
Acionamento..................................................................................................................16
Proteções elétricas………………………………………………………………….....17
Chave geral....................................................................................................................18
Técnicas de transporte e amarração de carga............................................................19
Amarração de carga......................................................................................................20
Sinalização convencional...............................................................................................21
Bibliografia.....................................................................................................................22

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1 - ANÁLISE ESTRUTURAL DE PONTE ROLANTE PLANOS DE
ELEMENTOS PRÉ-FABRICADOS DE CONCRETO CONSIDERANDO A
DEFORMABILIDADE DAS LIGAÇÕES

Os sistemas pré-fabricados vêm conquistando espaço em todo o Brasil. Dentre eles, os


pórticos planos de elementos pré-fabricados de concreto com sistema estrutural para
telhado de duas águas, comumente denominados de galpões, tem sido amplamente
aplicados. Os galpões, como a maioria das estruturas pré-moldadas de concreto,
apresentam suas ligações, em maior ou menor grau, deformáveis. Portanto, este artigo
refere-se ao estudo da deformabilidade à flexão de uma de suas ligações: a ligação viga-
pilar executada através de consolo e chumbador, e da sua influência na distribuição dos
esforços solicitantes destas estruturas. Neste sentido, foram realizadas simulações
numéricas, com o emprego do Método dos Elementos Finitos e ensaios
físicos. Através do ensaio físico realizado no modelo da ligação viga-pilar foi possível
determinar sua deformabilidade à flexão e observar seu modo de ruptura. As simulações
numéricas foram realizadas tanto para obter teoricamente o valor da deformabilidade à
flexão da ligação em análise, como para avaliar sua influência no comportamento
estrutural dos galpões pré-moldados.

2 - INTRODUÇĂO

No Brasil, os sistemas pré-fabricados vêm conquistando espaço. Este avanço consolida


o consenso de que sistemas de componentes (fundações, pilares, vigas, lajes, cobertura,
fechamento lateral, etc.) atendem, de modo satisfatório e eficiente, às exigências de
economia, prazo e qualidade técnica requeridas por edificações destinadas a várias
funções, em especial as que contemplam amplos espaços, como no caso de edifícios
industriais. Os galpões de elementos pré-fabricados de concreto, com sistema estrutural
de pórticos para telhado de duas águas (Figura 1), têm sido amplamente aplicados em
todo o Brasil, apresentando muito boa funcionalidade e competitividade econômica.
Normalmente são destinados a indústrias, depósitos comerciais, almoxarifados, oficinas,
construções rurais, etc. Estas construções caracterizam-se por serem edificações térreas,
com grandes dimensões em planta, sem apoios intermediários. Tais características
facilitam a modulação e a tipificação destas construções, justificando a grande parcela
que elas representam no universo das construções pré-fabricadas.
O sistema construtivo tem sido disseminado enormemente, sobretudo entre os
fabricantes que já produziam elementos leves, como elementos pré-fabricados para lajes
de forro e piso.

Dada a grande responsabilidade que se passa a assumir em estruturas que podem atingir
até 30 m de vão, há necessidade de uma definição mais clara dos métodos de análise
estrutural e o esclarecimento dos fabricantes e usuários sobre os cuidados
imprescindíveis a serem tomados no projeto, na execução, no uso e na manutenção
dessas construções.

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3 - Sistema estrutural de ponte rolante para telhado de duas águas.
As Pontes Rolantes, juntamente com os elementos importantes secundários, formam o
esqueleto resistente do sistema construtivo, no qual são fixados os elementos de
cobertura e fechamento lateral. Decompondo-se o pórtico pelos nós, tem-se elementos
retos – vigas e pilares. A união destes elementos normalmente é considerada pelos
projetistas na forma de ligações perfeitamente rígidas ou de ligações perfeitamente
articuladas. No entanto, normalmente, as ligações entre elementos pré-moldados de
concreto se comportam de um modo mais realista, como sendo ligações deformáveis,
cujo comportamento é diferente para cada forma ou mecanismo de ligação. A
consideração da deformabilidade das ligações é muito importante para que a análise
estrutural esteja o mais próximo possível do comportamento real da estrutura .

4 - Responsabilidades
A operação de Pontes Rolantes só pode ser realizada por funcionário devidamente
treinado e credenciado pela empresa. Neste manual iremos nos referir a este pessoal
como “operadores”.
Tanto o operador quanto a pessoa que realiza a amarração da carga são responsáveis
pela escolha dos equipamentos utilizados para o içamento da carga. Para esta escolha,
deve-se levar em consideração o peso da carga, os recursos existentes para amarração e
o percurso a ser realizado durante o transporte da carga.

5 – Pontes Rolantes
As Pontes rolantes são estruturas para suporte de placas compostas de duas colunas e
uma viga instalada sobre o vão da faixa de rolamento e acostamento, fixadas com
blocos de fundação. As colunas das pontes devem ser providas de chumbadores
apropriados para fixação nos blocos de fundação.
Uma das grandes necessidades da indústria, é o manuseio e a movimentação de peças de
grande porte em grandes áreas, sem prejudicar o trânsito de veículos, estocagem de
materiais e posicionamento de máquinas e equipamentos. Isto coloca em destaque a
Ponte Rolante, pois ela permite o aproveitamento de toda área útil para transporte, com
rapidez, segurança e versatilidade.

6 – Estrutura
As pontes são estruturas de suporte de placas compostas de uma coluna e uma ou duas
vigas em balanço, também conhecidas como bandeiras. As colunas das pontes devem
ser providas de chumbadores apropriados para fixação aos blocos de fundação. Os
acessórios dos aparelhos de elevação devem ser de boa construção, de materiais
apropriados e resistentes, e ser mantidos em bom estado de conservação e
funcionamento.
É um equipamento de elevação e transporte de carga que se move sobre trilhos
suspenso, sendo que sua movimentação se faz através de um ou dois motores elétricos
que aciona um redutor de velocidade. Este, por sua vez transmite o torque para as rodas
motrizes localizado no truque da ponte.
Aponte permite deslocamentos verticais, longitudinais e transversais independentes.

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ESTRUTURA

6.1- Vigas de Rolantes


São vigas metálicas ou de concreto pré-moldado disposta no sentido longitudinal de
fabrica ou oficina, onde são posicionados os trilhos, formando o caminho de rolamento
no qual a ponte rolante se movimenta.

6.2- Truques
São formados pelas suas estruturas, pelas rodas motrizes e rodas guias, em cada uma
das laterais da ponte.

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6.3- Carros ou Trolley
É a parte da estrutura que suporta o mecanismo de
levantamento de carga e se move no sentido transversal ao
sentido da ponte.

Do mesmo que a ponte, o trolley também se movimenta,


alguns possuindo chaves-limites e batentes nas
extremidades dos trilhos usados como dispositivos de
segurança.

No carro ou trolley está um componente


motorizado que também pode ser chamado de
mecanismo de levantamento (guincho). Sua
função é elevar ou abaixar a carga até os limites
de segurança previstos.
Este mecanismo é composto de: motor, freio,
redutor, eixo, tambor, cabos de aço, polias,
suportes, mancais e moitão.

Os cabos de aço podem ser combinados com polias de modo a proporcionar várias
capacidades de carga de içamento, utilizando o mesmo motor. Além disso, o
enrolamento do cabo no tambor pode ser simples ou duplo. Veja, em seguida, alguns
exemplos:
Enrolamento simples no tambor

Enrolamento duplo no tambor

6.4- Cabine

É o local destinado ao operador, de onde ele comanda a


ponte através de chaves, alavancas, botões e pedais.

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Nota: Nem todas as pontes rolantes são dotadas de
cabines. Algumas possuem comandos no piso, através
de uma botoeira.

Outras pontes são acionadas através de controle


remoto.

6.5 – Cabos de aço

Os cabos de aço estão entre os componentes mais


solicitados e, por isso, suscetíveis ao desgaste
durante a operação normal dos pórticos e pontes
rolantes, por isso, o operador deve estar atento a
qualquer sinal de anormalidade que possa aparecer.

Basicamente, um cabo de
aço é formado por um
conjunto de pernas torcidas
ao redor de um outro cabo
de aço ou cânhamo,
denominado “alma”. As
pernas são formadas por
arames especiais.
Os cabos usados em pontes e
pórticos possuem alma de
fibra, o que garante maior flexibilidade e lubrificação entre seus arames.

Ao perceber qualquer anormalidade nos cabos de


aço, o operador deve interromper a manobra e
solicitar a equipe de manutenção para que avalie a
situação. Algumas vezes a ocorrência de alguns
desses defeitos não compromete imediatamente a
operacionalidade do equipamento, podendo
programar a troca dos cabos em um período de maior
disponibilidade.

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7 – Equipamentos de Proteção da Ponte Rolante

Devido ao alto custo do equipamento e dos altos riscos existentes, a ponte rolante é
dotada de alguns componentes que permitem uma maior segurança de operação e
prevenção de acidentes físicos.

7.1 – Freio
O freio é um componente da ponte que funciona automaticamente, ao se soltar as
alavancas ou botões de comando.
 Proteção Elétrica : O correto aterramento elimina os riscos de choque elétrico
caso ocorra falha na isolação de motores e demais equipamentos energizados.
A proteção contra descarrilamento. Consiste em uma chave micro cuja atuação ocorre
quando alguma das rodas afasta-se do trilho de rolamento. Isso pode acontecer quando
existem esforços laterais atuando no pórtico, seja por desbalanceamento da carga, vento
ou outro fator externo. Esta proteção desliga todo o comando do pórtico e faz com que
os freios estacionários atraquem. O equipamento só será energizado novamente se os
micros voltarem para a posição original.
Aqui vemos o detalhe dos micros de proteção de cabo frouxo, dispositivo essencial
para equipamentos que trabalham com viga pescadora. Esta proteção desliga o comando
do sistema de suspensão, permitindo apenas funcionamento do comando de subida.
 Boas práticas de uso : Parada e partida progressivas – Todos os sistemas de
freio de uma ponte rolante são projetados para atuarem sob qualquer condição de
marcha. Porém, a prática nos mostra que alguns cuidados tomados na operação
cotidiana dos equipamentos podem prolongar significativamente a vida útil das lonas de
freio, dos tambores e discos.
Tomemos como exemplo as movimentações de suspensão e direção, cuja frenagem
acontece automaticamente quando o manete é colocado na posição central (zero). Se o
operador diminui progressivamente a posição do manete durante a aproximação, isso
faz com que o freio atraque numa condição bem mais suave do que quando passamos
diretamente do 3º ou 4º ponto ao zero do manete. Com o conjunto girando em baixa
rotação, o atrito dos elementos do freio na hora da frenagem gera menos calor, o que
aumenta a vida útil das lonas.
Portanto, o operador deve estar atento para estes detalhes e fazer alguns testes antes de
amarrar a carga, com o objetivo de se familiarizar com o equipamento e assim descobrir
os melhores meios para realizar uma aproximação suave quando estiver com carga.

Existem basicamente três tipos de freios usados em pontes rolantes:

 Freios de sapatas com eldro;


 Freios eletromagnéticos;
 Freios a disco.

O freio de sapatas com eldro é acionado através do


eldro que estica ou retrai uma haste eletricamente, a
qual por meio de articulações aplicam ou aliviam as
sapatas que atuam no eixo do motor do dispositivo de
levantamento ou no redutor do motor.

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O freio eletromagnético atua do seguinte
modo: quando o motor elétrico de
elevação está desligado, o freio está
acionado pelo deslocamento do rotor
cônico através de uma mola de
compressão. Quando o motor é ligado, há
um deslocamento do eixo contra a pressão
da mola, desaplicando o freio.

O freio a disco é usado para capacidades menores, geralmente para


talhas. Pode ser montado na ponta do eixo do motor ou no próprio
redutor.

7.2 – Amortecedores

Dispositivos de proteção localizados na extremidade dos


truques (em número de 4), sendo alguns dotados de molas para
proteger as extremidades das estruturas, ou outra ponte que
esteja nas mesmas vigas de rolamento.

7.3 – Chave-Geral

Componente que permite a paralisação total da ponte


rolante quando desliga, evitando acionamento
indesejável da mesma. Geralmente está localizada na
cabine ou na parte superior da ponte, em quadros
disjuntores.
7.4 – Limitador Automático (Chave-limite)

Dispositivo localizado no guincho, que permite sua paralisação na posição de elevação


máxima.

7.5 - Batentes

Dispositivos de segurança fixados no final dos trilhos das vigas


de rolamento da ponte e do trolley, funcionando como limite
aos seus movimentos.

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7.6 – Alarme

É obrigatória a existência de alarme audiovisual na ponte rolante, sendo


recomendável que sua instalação seja feita de forma que seu
acionamento se faça automaticamente quando a ponte entra em
movimento.

8 – Operação da Ponte Rolante

 Antes de inicia seu trabalho um procedimento de extrema importância dentro de


um processo produtivo é a informação. Logo, ao se efetuar a troca de turno,
informe, ou receba do seu parceiro da ponte, toda informação sobre o
funcionamento do equipamento durante o turno anterior.

Este procedimento certamente contribuirá para que não haja paradas indesejáveis
e improdutivas do seu equipamento!

 Inspecione a ponte, verificando visualmente as condições de funcionamento da


ponte, do trolei e do mecanismo de elevação.

Verifique:
 Se os controles da ponte estão em neutro e se a chave geral está desligada;
 O estado dos cabos de aço e moitão;
 O gancho da ponte;
 Se a área especificada para a operação está limpa e desobstruída, inclusive se
não há objetos estranhos sobre a ponte.

 Ligue a energia elétrica na ponte.


 Certifique-se de que nenhum objeto impede os movimentos da ponte e não
existe nenhuma pessoa sobre a ponte ou no caminho de rolamento.
 Siga rigorosamente as orientações do seu supervisor, do manobreiro e,
principalmente, não se esquece de utilizar seu senso de responsabilidade e
segurança.

8.1 – Recomendações Adicionais

 É importante saber que os calos nas rodas da ponte são causadas por patinações
e freadas bruscas e desnecessárias.
 Não se deve operar a ponte a longas distâncias pelas vigas de rolamento, com o
comando mal ajustado entre as posições neutra e toda força. Isto não só resulta
em desperdício de energia como aquece o controle.
 Opere sempre com velocidade segura e uniforme. Não seja uma “tartaruga” nem
tão pouco um “Airton Sena”.

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8.2 – Advertência ( De forma alguma deverá operar a ponte rolante):

 Menores de 18 anos;
 Quem não for alfabetizado;
 Quem tiver visão e/ou audição deficientes, sem a devida correção indicada por
um médico credenciado pela firma;
 Quem possuir doença cardíaca;
 Quem estiver fazendo uso de medicamentos controlados (temporariamente ou
não);
 O operador que estiver física ou mentalmente indisposto.

8.3 – Atenção

 Seu ouvido é importante para você e para a ponte rolante. Todo barulho
diferente deve ser verificado.
 Ao perceber ruídos diferentes, pare a ponte, volte os controles para o ponto
“neutro”, verifique e informe ao seu supervisor.
 Se for necessário parar o transporte por qualquer motivo, não deixe a carga
suspensa. É muito mais seguro coloca-la no chão.
 Nunca discuta com o pessoal do piso. Seu trabalho como operador exige um
bom relacionamento e entendimento, principalmente com o sinaleiro e o
amarrador de cargas.
 Opere os controles de forma ordenada e suave.
 Siga os sinais do sinaleiro.
 Evite balançar a carga para depositá-la a uma distância fora do alcance da ponte.
 Ao levantar uma carga é preciso que ela esteja equilibrada, do contrário, ela
causará altas tensões nas eslingas ou estropos, além de poder cair ou mesmo
danificá-la.
 Em alguns casos a carga pode ter uma distribuição de peso bem irregular. Então
é prudente que se faça experimentalmente uma amarração da mesma e que ela
seja elevada ligeiramente do chão (não mais que 20cm). Dependendo do
comportamento da carga ao ser feita esta elevação, vai-se ajustando
gradativamente a amarração, até que se tenha um equilíbrio adequado.
 Em caso de içamento de peças com quinas vivas, é necessário o uso de proteções
para o cabo de aço para evitar ruptura do mesmo. Esses dispositivos podem ser:
madeira, borracha ou meia-cana de tubo.
 Em caso de executar içamento e transporte de peças grandes em alturas fora do
alcance das mãos , é necessário amarrar uma corda auxiliar a peça, para que o
funcionário possa conduzi-la com segurança.
 Quando o cabo de aço está sendo esticado, devido estar suportando um peso
excessivo em hipótese alguma tentar segurar no cabo com as mãos, que poderão
se enrolar juntamente com o cabo.
 Na execução da operação de içamento, o funcionário nunca deve permanecer
entre duas peças, ou seja, a peça que está sendo içada e uma segunda, isso
porque se a peça sofrer um balanço, ele poderá ser prensado entre ambas.

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 Os sinais deverão ser dados, por uma só pessoa, com clareza, de um lugar onde o
operador da ponte possa vê-lo, antes dos sinais serem dados, o sinaleiro deverá
olhar ao seu redor verificando a existência de pessoal e equipamentos.

 Sempre que encerrar uma operação, os cabos, as garras e dispositivos de


proteção deverão ser guardados em seu devido lugar.
 Evitar que o cabo tenha contato direto com a peça. Para isso, introduzir calços
como proteção.
 Após terminada a movimentação e for descer a carga, não tentar retirar o cabo de
aço com a própria ponte. Colocar os calços para facilitar a retirada dos cabos
manualmente.
 Ao transportar peças cilíndricas e for apoiá-las sobre outra peça ou no piso, fazer
uso de cunha como calço.

9 – Segurança

Toda operação de equipamentos exige do profissional muita atenção, competência e


cuidado, a fim de que o serviço corra bem, dentro dos princípios de segurança. Em
pontes rolantes, além dos cuidados com o equipamento, o bom profissional deverá
preocupar-se também com os que trabalham na área de serviços dela.

É importante que o operador leia com muito cuidado este capítulo do manual para evitar
situações danosas de operação da ponte. É claro que não se pode prever todas as
situações de risco, porém o operador deve estar consciente que ele é responsável por
antecipar e evitar quaisquer condições inseguras não cobertas em detalhes, por este
manual.

Fatores importantes para a prevenção de acidentes:

Estar Alerta:
 Verifique se os sinais do sinaleiro são coerentes e estão relacionados com a
operação realizada.
 Preocupe-se com a boa fixação da carga a ser transportada, evitando desta
maneira as quedas.

Dominar a situação:
 Antes de executar o transporte, inspecione visualmente toda a seção, prevendo
situações que possam fazê-lo frear repentinamente, ou até mesmo impedi-lo de
concluir a tarefa.

Teste todos os equipamentos de comando e controle antes do início de cada turno:


 Qualquer anormalidade deve ser imediatamente relatada ao seu chefe. As partes
do equipamento que não estejam operando corretamente devem se reguladas ou
substituídas antes do início de operação da ponte;
 Todas as chaves fim de curso devem ser verificadas manualmente antes do início
de cada turno de trabalho;
 Antes de qualquer trabalho com a ponte rolante, verifique a eficiência dos freios;

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 Manter a elevação correta do material durante o transporte;
 Laços de cabos ou correntes, usados para o levantamento, devem ser
inspecionados continuamente quando há defeito ou desgaste que possam torná-
los inseguros para operação;
 Não passar com cargas sobre pessoas;
 Devem ser tomados os cuidados necessários para que a carga não bata ou
enrosque em qualquer obstáculo durante o levantamento ou deslocamento;
 O cabo de elevação deve ser somente desenrolado do tambor até ficarem ainda
duas voltas do cabo em cada lado do tambor. O fim de curso de elevação deve
ser regulado para esta posição.

Não se precipitar:

 Um trabalho seguro é muito mais produtivo e nos dá continuidade do fluxo de


produção. Aguarde a autorização do sinaleiro através dos sinais convencionais.

É proibida a movimentação com as pontes rolantes, veículos ou vagões ferroviários ou


outros tipos de veículos.

Se for estacionar:

 Pare no local determinado;


 Desligue os controles (todos eles em posição neutra);
 Corte a energia;
 Verifique se tudo está em ordem.

10 – Lei do Nunca – 12 Mandamentos de Segurança

1. Nunca transporte pessoas na ponte ou com a mesma;


2. Nunca abandone ou deixe a ponte funcionando com carga suspensa;
3. Nunca permita a presença de pessoas estranhas ou alheias ao seu serviço na
cabine ou em qualquer parte da ponte;
4. Nunca modifique ou deixe que pessoas não especializadas ou não credenciadas
pela empresa alterem ou mexam nas regulagens eletro-mecânicas dos
dispositivos existentes na ponte;
5. Nunca faça arrastamento de carga;
6. Nunca suspenda uma carga com peso acima da capacidade nominal da ponte;
7. Nunca utilize os sistemas de fim de curso como chave de comando automática.
Estes sistemas foram previstos somente para interromper o movimento quando a
posição limite for atingida sem que o operador tenha desligado o equipamento;
8. Nunca deixe que sua atenção seja retirada da carga e da área de trabalho
enquanto você estiver operando a ponte;
9. Nunca levante uma carga fora do prumo;
10. Nunca aperte ou acione mais de um botão ao mesmo tempo quando estiver no
comando de uma botoeira;

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11. Nunca comande um guincho de ponte para descer, quando a carga já estiver no
chão. Este procedimento faz com que o cabo de aço fique bambo, podendo
desenrolar por cima do tambor, saindo das ranhuras.
12. Nunca deixe seu posto de controle de botoeira de uma ponte enquanto a carga
estiver suspensa.

11 - Diretrizes
a) Não são permitidas improvisações de qualquer natureza em máquinas, ferramentas,
b) Todo serviço executado, acima de 2 metros do nível do solo deverá ter seu risco de
queda sob controle através da utilização de equipamento adequado;

12 – Do Responsável pela Equipe

a) Certificar-se de que os empregados estão devidamente instruídos com relação aos


itens das normas de segurança aplicáveis aos serviços que serão executados;
b) Advertir pronta e adequadamente os empregados sob sua responsabilidade, quando
deixarem de cumprir as normas de segurança do trabalho;
c) Proibir que os integrantes de sua equipe utilizem ferramentas e equipamentos
inadequados ou defeituosos

13 – Do Empregado

a) Interromper suas tarefas exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem


evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outra pessoa
e comunicar imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as
medidas cabíveis;
b) Zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por
suas ações ou omissões no trabalho;
c) Responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições legais e
regulamentares, inclusive quanto aos procedimentos de segurança e saúde; f) Alertar os
companheiros de trabalho quando estes executarem os serviços de maneira incorreta ou
atos que possam gerar acidentes;
d) Comunicar imediatamente ao seu superior e aos companheiros de trabalho, qualquer
acidente ou incidente, por mais insignificante que seja, ocorrido consigo próprio ou
terceiros, para que sejam tomadas as providências cabíveis;

14 – Segurança durante Manobras

a) O empregado que manda executar determinada manobra ou trabalho torna-se


automaticamente responsável pela ordem dada, devendo tomar as precauções
necessárias para eliminar ou reduzir ao mínimo a possibilidade de risco de acidentes, o
que não exclui a necessidade de uma execução consciente por parte de quem efetua a
manobra ou trabalho;
b) Manobra não deve ser feita precipitadamente, mesmo em caso de emergência

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15 - Técnicas de transporte e amarração de carga
A segurança de qualquer manobra de transporte de carga com pontes rolantes depende
diretamente da adequação dos equipamentos utilizados para a amarração da carga. Os
bons projetos contemplam o dimensionamento dos pontos de amarração de modo a
facilitar o transporte adequado dos equipamentos.
A pessoa responsável pela amarração deve primeiramente conhecer o peso da carga,
pois só assim conseguirá escolher o material adequado.
Deve – se optar sempre pela matéria mais robusta possível adequada com o ponto de
fixação existente na peça a ser transportada.
Uma carga amarrada em mais de um ponto tem seu peso distribuído de acordo com as
forças resultantes que interagem no conjunto.
Repare que para uma mesma carga, temos uma distribuição diferente do peso em cada
perna dos cabos, dependendo exclusivamente do ângulo formado entre a carga e a perna
do cabo. As cintas, correias e eslingas costumam possuir um selo indicando a variação
de sua capacidade em função do tipo de amarração Vantagens do Trabalho com Cintas e
Eslingas de Poliéster. Observe a tabela abaixo:

Fatores Cintas/Extingas de poliéster Extingas de cabo de aço


Aproximadamente 1/3 do peso do laço de cabo de
Peso aço com a mesma carga de ruptura. Menor peso Devido ao maior peso, dificulta a instalação
proporciona facilidade no manuseio e na e manuseio das eslingas. Cabos de bitolas
preparação do material a ser içado. Result ado:
Mayor rapidest e produtividade e nas operações maiores podem causar maiores problemas
de içamento ergonômicos ex.: (dores nas costas)

Estabilidade Não danifica a superfície do material a ser içado. Pode danificar o material a ser içado.
O posicionamento das eslingas é fácil e rápido. Posicionamento lento e complicado. Exige
Pode ainda ajudar na conformação do material o uso de luvas para manuseio seguro.
durante o içamento devido à maior área de
contato. Resultado: Içamento mains practice e
saguaro.
Facilmente oxidável em exposição a ácidos,
Durabilidade Durável Contra ataque químico menor raia de alcalinos e até umidade excessiva. Devido á
dobramento devido á maior flexibilidade. baixa flexibilidade, pode ocorrer fadiga e
conseqüente ruptura.
Resultado: maior durabilidade

Pequeno espaço necessário para


Armazenagem Armazenagem devida á alta flexibilidade e baixo É necessário grande espaço para
peso específico. Resultado: menor custo de armazenagem, totalmente livre de umidade.
armazenamento.

Inspeção fácil e simples, podendo ser realizada


pelo próprio usuário ao içar o material. Devido à Inspeção difícil e complexa. Exige técnico
Segurança elasticidade, o poliéster estica antes de romper altamente especializado. Em caso de
quando sobrecarregado. Resultado: Içamento mais sobrecarga, pode romper bruscamente.
seguro em todos os aspectos.

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Inspetor

 Inspecionar as cintas antes de cada uso (observando se há danos) e assegurar que


a identificação e especificação estão corretas (etiqueta do produto)

 Caso haja dúvida quanto a adequação para o uso, ou se quaisquer marcações


forem perdidas ou se tornarem ilegíveis, deve-se retirar a cinta de serviço e
enviá-la à uma pessoa treinada para análise.

 Proteger as cintas de bordas cortantes, fricção e abrasão, utilizando-se reforços


e proteções complementares, de modo a garantir a segurança e vida útil da cinta.

 Verificar a existência de cantos vivos e preparar proteções para evitar danos à


cinta. Não utilizar em arestas sem as devidas proteções ou arrastar a carga com a
cinta.
 Nunca utilizar cintas danificadas (gastas por abrasão, cortes no sentido
transversal ou longitudinal, rachaduras na superfície, ataque químico ou danos
por aquecimento ou fricção).

24 - Sinalização Convencional

PARADA

Com o braço estendido e a palma da mão voltada para baixo, manter a postura
rigidamente.

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DESCER

Mover a mão com o indicador estendido para baixo, mantendo o braço caído.

SUBIR

Com o antebraço na vertical e o dedo indicador apontado para cima, mover a mão
em pequeno círculo horizontal

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PARADA

Com o braço estendido e a palma da mão voltada para baixo, manter a postura
rigidamente.

PARADA DE EMERGÊNCIA

Braço estendido, palma da mão voltada para baixo, mover a mão rapidamente para
a direita e a esquerda.

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PARADA TOTAL

Estender os braços na vertical, com os dedos voltados para cima, e se colocar


imóvel.

DESLOCAMENTO DA PONTE/PÓRTICO

Com o braço estendido e a mão aberta e um pouco levantada, fazer movimento de


empurrar, direção do deslocamento

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DESLOCAMENTO DO TROLE

Com o corpo lateral ao operador, frente para o gancho, com a palma da mão para
cima, braço estendido, dedos fechados e o polegar em direção ao deslocamento,
sacudir a mão na horizontal

MOVIMENTOS CURTOS

Com o braço estendido na vertical dedos unidos com a mão fechada abri los e
fechá-los simultaneamente

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MOVER LENTAMENTE

Dar sinal de movimento com uma das mãos e colocar outra parada adiante.

ENCERRAR

Cruzar e descruzar os braços rapidamente, mantendo o braço na vertical e o


antebraço na horizontal e as palmas das mãos para baixo.

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25 - Bibliografia

MTE – Ministério do Trabalho e Emprego 08 de junho de 1978

Norma Regulamentadora - NR 18. Programa de Condições e Meio Ambiente de


Trabalho na Indústria da Construção

NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais

ABNT NBR 15466


Associação Brasileira de Normas Técnicas
http://www.mte.gov.br.

Haroldo Rezende
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