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Materiais de Construção 3
1. Esforços Mecânicos As propriedades mecânicas dos materiais devem ser, portanto, objeto de
atenção do projetista para a escolha dos materiais que se enquadram
Todos os materiais que compõem elementos do projeto, sejam eles não melhor no projeto a ser desenvolvido, uma vez que conhecendo
suas diversas propriedades físicas e mecânicas é possível realizar o
estruturais, como as tubulações plásticas ou de liga metálica, esquadrias
dimensionamento dos elementos de acordo com as características
e materiais de revestimento, ou com função estrutural, como as vigas e
esperadas para certo material.
pilares de concreto, madeira ou aço, devem ter suas propriedades físicas
e mecânicas conhecidas para que possam ser executados seguindo os Dentre as propriedades que se destacam do ponto de vista do cálculo
processos de dimensionamento específicos e desempenharem suas estrutural estão a resistência mecânica e o comportamento do material
funções na construção de forma prevista. Contudo, quando consideramos em relação aos principais esforços atuantes (compressão, tração,
a ação de esforços mecânicos em projetos de Engenharia Civil, nossa cisalhamento e flexão), deformação, além da relação entre a tensão e
atenção se volta para os elementos estruturais, que são os responsáveis deformação observada para os materiais por meio dos ensaios mecânicos.
por suportar os carregamentos atuantes sobre a estrutura e conduzir Dessa forma, podemos descrever de forma simplificada os processos
essas cargas de forma segura mantendo sua própria sustentação e/ou de envolvidos na escolha e verificação dos materiais seguindo os processos
outro componente. abaixo:
usos.
Figura 1: Os processos envolvidos na escolha e verificação dos materiais. Fonte: elaborado pela
autora.
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Para a obtenção dos esforços mecânicos resistidos pelos materiais
e também analisar o seu comportamento, do momento de início de
aplicação da carga até o seu momento de ruptura, são realizados ensaios
mecânicos de tração e/ou compressão.
Esses dois tipos de ensaios são os mais empregados e permitem uma fácil
análise dos resultados e percepção do comportamento dos materiais.
Porém, também podem ser aplicados outros tipos de ensaio, como de
flexão, torção, de carga de impacto, fadiga etc. Ou seja, dependendo
das propriedades que se deseja realizar devem ser escolhidos ensaios
adequados.
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1.1 Tensão Dessa forma, para um elemento constituído de um determinado material,
quanto maior for a área, ou seja, quanto mais material existir em uma
Tensão pode ser definida como um esforço gerado através da atuação seção deste objeto, mais distribuída estará a força e a tensão que atua
de uma carga ou força sobre uma determinada área. Caso a área de será menor. Cada material possui uma tensão admissível (σadm), que
aplicação seja perpendicular à direção de aplicação da força, essa tensão é a tensão máxima que consideremos que pode atuar no material e o
é chamada de Tensão Normal, como a compressão e tração. Caso essa mesmo resistir em segurança.
força atue paralelamente à área, é chamada de Tensão Tangencial, sendo
um dos principais esforços desse tipo o cisalhamento. Portanto, um elemento de determinado material consequentemente
será mais resistente, suportando maiores cargas ao aumentar sua área
A tensão pode ser descrita portanto pela equação: transversal. Caso fosse a mesma carga atuante, a tensão gerada seria
menor que a anterior, se mantendo mais longe da tensão admissível.
Sendo assim, para atingir ou estar próximo da sua tensão admissível
(se mantém pois é o mesmo material!), maiores cargas poderiam ser
aplicadas.
Em que P representa a força em N ou kN atuante e a área da seção
transversal do elemento é expressa comumente em mm² ou m². Dessa Vamos analisar a seguir os esforços provocados pelas tensões:
forma, é expressa normalmente em N/mm² (MPa) ou em kN/m².
A Tensão Normal de Compressão ocorre quando a força aplicada atua
perpendicularmente à área de interesse comprimindo o elemento e
gerando um encurtamento (redução do comprimento) da peça, ou seja,
Essa equação descreve que uma carga (P) ao ser aplicada no elemento na direção da força aplicada. Já no caso de Tensão Normal de Tração, a
estrutural age sobre a área da seção transversal (A) do elemento, gerando carga aplicada tende a tracionar o corpo, gerando um alongamento da
uma distribuição uniforme da tensão. peça no sentido da aplicação da força.
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A representação de esforço de tração e compressão respectivamente são
observadas na figura a seguir extraída do livro Callister (2021):
Sabemos que:
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1.2 Deformação
Quando uma força é aplicada, há a tendência de o corpo mudar sua
forma e tamanho, podendo essa variação ser visível ou praticamente
imperceptível. Desse modo, ao se aplicar os carregamentos, além das
tensões geradas, ocorre também como consequência uma mudança da
Já uma tensão tangencial de cisalhamento ocorre a partir da presença dimensão do elemento na direção de aplicação da carga no decorrer do
de forças que ocorrem no plano da área seccionada do elemento, ou período em que é aplicada.
seja, paralelas à superfície da seção do elemento. As cargas tendem a Essa alteração é denominada deformação. Portanto, podemos definir
provocar o deslizamento entre duas partes do corpo, uma em relação a deformação como sendo a alteração de tamanho por unidade de
outra gerando tensão de cisalhamento, como ilustrado na figura abaixo. comprimento em comparação com o comprimento original do corpo de
prova.
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A atuação de esforços de tração e compressão irão gerar deformações no Caso se deseje a obtenção do percentual (%) de deformação ocorrida,
elemento, provocando o alongamento e encurtamento respectivamente basta multiplicar por 100%. A equação pode ser reescrita como:
do corpo:
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1. Deformação Elástica → Comportamento Elástico Portanto, essa equação da Lei de Hooke demonstra, de forma simplificada,
que ao se aumentar a tensão aplicada, consequentemente a deformação
O comportamento do material é considerado elástico se após o início
cresce de forma proporcional entre tensão e deformação.
de aplicação da força e começo da deformação a carga for removida
e o corpo de prova volta à sua forma original, ou seja, a deformação Em alguns materiais essa variação ocorre de forma linear, sendo possível
permanecerá enquanto a tensão estiver presente e desaparecerá assim facilmente a definição da inclinação da reta e cálculo do módulo de
que a tensão for removida. elasticidade. Porém outros materiais não possuem essa correlação entre
tensão e deformação ocorrendo de maneira linear, sendo necessária
Na região elástica a deformação ocorre linearmente e é proporcional às
a definição do módulo de elasticidade com base em alguns cálculos
tensões. Dessa forma, quando são aplicados carregamentos mais baixos
específicos (módulo tangente e módulo secante).
e/ou nas etapas iniciais dos ensaios é observado para muitos materiais
essa região elástica em que a tensão e deformação são proporcionais Além disso, o módulo de Elasticidade (E) está associado com a rigidez
entre si. Essa relação é conhecida como lei de Hooke: do material, ou seja, uma resistência a sofrer deformações. Quanto mais
verticalizado (maior é o ângulo) do módulo de elasticidade, maior é a
rigidez do material e menor será a deformação elástica sofrida.
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correlação entre as deformações verticais (axiais) e laterais é definida vestígios de alongamento ou encurtamento sofridos. Essa deformação é
como coeficiente de Poisson (v). chamada dessa forma de Deformação Plástica.
Dessa forma, esse coeficiente associa a deformação elástica longitudinal À medida em que a força é aplicada e o material é deformado se ultrapassa
produzida por uma tensão de tração ou compressão com a deformação o limite elástico. A partir desse ponto, a tensão não é mais proporcional
transversal que ocorre simultaneamente no elemento. Os diversos à deformação (não é mais válida a lei de Hooke) e a deformação ocorrida
tipos de materiais possuem diferentes propriedades mecânicas e, a partir desse momento não é mais recuperável (deformação plástica).
consequentemente, valores distintos desses coeficientes de Elasticidade Um exemplo clássico para entender esse comportamento é pensar em
e coeficiente de Poisson. uma mola: ao se aplicar uma tração que gere um pequeno alongamento
e soltar a mola, ela irá retornar ao formato original → deformação
Em decorrência do seu amplo uso e inúmeros ensaios já realizados,
elástica. Porém, caso se eleve esse alongamento e estique bastante a
valores para esses coeficientes já são tabelados e conhecidos
mola, essa deformação será cada vez maior; o formato da mola irá sofrer
previamente, e podem ser obtidos diretamente por tabelas. No entanto,
alteração e, ao interromper a tração, haverá deformações permanentes
são valores possíveis de serem calculados a partir dos valores obtidos
na mola → deformação plástica.
por ensaios mecânicos e observação do gráfico de tensão vs. Deformação
obtida a partir da realização dos ensaios. A figura a seguir na esquerda, que ilustra de forma representativa o
comportamento de um corpo de prova de aço submetido a um ensaio
1. Deformação Plástica → Comportamento Plástico
de tração, mostra a deformação elástica e plástica do material além de
Caso a deformação não ocorra mais de forma proporcional em relação tensões características do seu comportamento.
a tensão e se ao retirar a carga deformações permanentes ocorrem no
Na figura da direita é demonstrado como é realizado esse ensaio de
material, é dito que o material está na região de comportamento plástico.
tração.
Ou seja, é uma deformação que ocorre após o regime elástico
(ultrapassou a região de comportamento elástico) e o elemento não
consegue mais retornar totalmente à sua forma original, deixando
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σ’rup
σ tensão de ruptura real Para obtenção desse valor é adotado geralmente a deformação de 0,002
para, a partir deste ponto, traçar uma reta paralela a curva da região
limite de
σr
limite de proporcionalidade
resistência tensão
de ruptura elástica, sendo o ponto de interseção a tensão de escoamento.
σrup
limite de elasticidade
σE limite de escoamento
σlp
ꞓ
região escoamento endurecimento estricção
elástica por deformação
comportamento comportamento plástico
elástico
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do elemento sofre uma redução (estricção no caso das ligas metálicas ou do início do comportamento plástico ou o material sofrer maiores
fissuras no caso de materiais cimentícios) e, consequentemente, como o deformações antes de colapsar. Assim sendo, dependendo das
cálculo da tensão para engenharia leva em conta a área original, há uma suas características de tensão-deformação, os materiais podem ser
redução no valor da tensão obtida. classificados como dúcteis ou frágeis.
Por fim, o material irá continuar a se deformar até que ocorra a sua
ruptura. Essa tensão associada ao colapso do material e fim do ensaio é
chamada de tensão de ruptura.
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porém são menos dúcteis. Já aços com menos carbono são mais dúcteis,
contudo, apresentam uma menor resistência.
Materiais Dúcteis: São materiais que suportam grandes deformações
antes de ocorrer a ruptura.
Materiais Frágeis: Materiais que apresentam nenhum ou pouco
escoamento, ou seja, suportam uma pequena deformação plástica e, em
sequência, sofrem a ruptura.
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específica e peso específico são parâmetros que possuem diferenças
entre seus conceitos. No cálculo da massa é verificado puramente o valor
A escolha dos materiais construtivos a serem empregados e, assim, o correspondente para aquele volume de material (carga), sem considerar
peso próprio gerado, afetam diretamente os carregamentos impostos na a influência da ação da gravidade sob aquele material, sendo assim um
edificação e, consequentemente, o processo de dimensionamento.
valor obtido em gramas (g) quilogramas (kg) ou mesmo toneladas (ton.).
Uma vez que, conhecendo esses valores e tendo as dimensões, ou mesmo Esse resultado é obtido em outra unidade, Newton (N) ou mesmo Kilo-
a estimativa das dimensões, necessárias para cada elemento estrutural, Newton (kN).
é possível conhecer o volume de material necessário e realizar o cálculo Sendo que 1 kN = 1000 N.
do peso próprio esperado, da mesma forma que auxilia na escolha de
materiais não estruturais, como os revestimentos. Dessa forma, como descrito no livro de Bauer, Massa é a quantidade de
matéria e é constante para o mesmo corpo, esteja onde estiver. Já o Peso
Em uma situação hipotética é analisada a possibilidade da troca do piso é a força com que a massa é atraída para o centro da Terra, sofrendo
de um elevador de um prédio residencial. Caso seja selecionado um novo assim variações de local para local.
piso cujo material possui peso específico mais elevado que o anterior,
isso representaria um aumento da carga no elevador e, se esse acréscimo Quando queremos expressar esse parâmetro de massa e peso por
for considerável, poderia até mesmo afetar o correto funcionamento unidade de volume, temos o conceito de massa específica e peso
do elevador caso não fossem realizados os ajustes necessários nos específico, por exemplo kg/m³ e kN/m³ respectivamente.
equipamentos mecânicos responsáveis pela sua operação.
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2.1 Cálculo do peso próprio de
elementos a partir do valor do
peso específico dos materiais.
A Norma Técnica NBR 6120
– Ações para o cálculo de
estruturas de edificações
disponibiliza valores padrão de
pesos específicos (kN/m³) para
variados materiais de construção.
Esses valores característicos sugeridos
devem ser aplicados para o cálculo do peso
próprio dos elementos ao se realizar um projeto.
Tabela 1: A Norma Técnica NBR 6120 com sugestão de faixas de valores a serem utilizados para
cada material. Fonte: Adaptado de Total Construção, 2020.
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Ao analisar esses valores é possível observar que os metais possuem Calculando o volume dos elementos estruturais e aplicando o peso
um peso específico bastante elevado ao se comparar com as madeiras próprio específico tabelado pela NBR 6120 para cada material, podemos
ou mesmo o concreto. Contudo, pelo fato das ligas metálicas serem calcular o peso próprio total de cada alternativa como demonstrado a
um material com maior resistência do que o concreto e madeira, na seguir:
elaboração de elementos estruturais como vigas e pilares as seções
podem ser mais esbeltas. ▪ Aço
São utilizados comumente perfis do tipo I ou H formados por chapas, Área transversal do perfil em cm²: 2x(25 x 0,95) + (23,1 x 0,8)
resultando em uma redução do volume de material e consequentemente Área transversal do perfil igual a 66 cm² → 6,6 x 10-3 m²
do peso próprio da estrutura em comparação à construção em concreto Altura igual a 3 metros
armado e madeira que utilizam seções mais robustas para alcançarem a Volume total do perfil → 6,6 x 10-3 m² x 3 m = 0,0198 m³
mesma resistência.
Peso específico do Aço: 78,5 kN/m³
Observe o exemplo abaixo: Peso próprio do perfil empregado: 0,0198 m³ x 78,5 kN/m³
Para a construção de um pilar de 3 metros de altura, sob ação de Peso próprio do perfil empregado: 1,55 kN
uma carga de valor específico, seria necessário a construção ou um ▪ Concreto Armado
perfil metálico ou um pilar de concreto armado com as dimensões
especificadas, sendo que ambos têm capacidade de resistir aos esforços Área transversal do pilar igual a 900 cm² → 0,09 m²
previstos de forma similar. Altura igual a 3 metros
Volume total do pilar → 0,09 m² x 3 m = 0,27 m³
Peso específico do Concreto Armado: 25 kN/m³
Peso próprio do pilar: 0,27 m³ x 25 kN/m³
Peso próprio do pilar: 6,75 kN
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carga mais de 4 vezes superior ao perfil metálico, contribuindo assim
para a redução do peso total da estrutura e consequentemente dos
esforços gerados. Nesse aspecto o aço possui vantagem sobre o concreto. Quando falamos de massa específica nos referenciamos a uma substância
única, sem levar em conta os espaços existentes que pode haver no corpo.
Mas atenção! Não há uma resposta padrão sobre qual material é mais Já quando falamos da densidade, analisamos o objeto como um todo, que
vantajoso para um projeto, seja ele concreto, aço, madeira ou outra pode possuir pontos com maior volume de material em um ponto do que
técnica construtiva. Essa definição e escolha pelo projetista de qual ou em outro ou mesmo espaços vazios (poros, furos etc.).
quais materiais serão empregados deve passar pela análise completa de
vários critérios, como por exemplo o custo total, tempo de execução e
até mesmo conceitos estéticos desejados para o projeto. A massa específica e a densidade só possuem o mesmo valor quando
o corpo analisado for maciço, por exemplo, um cubo maciço de cobre,
pois nessa configuração não há espaços internos vazios no objeto.
3. Densidade Pense agora em um cubo formado por paredes de cobre com pequena
espessura, sendo oco na parte interna. Suponha que o cubo maciço e o
Complementando sobre massa específica e peso específico, existe oco possuam as mesmas dimensões (lados do mesmo tamanho), logo,
um outro termo muito utilizado na engenharia quando analisamos os eles possuem o mesmo volume especial.
materiais de construção, que é a densidade. A densidade é definida como
Porém o valor da massa deles (gramas ou quilogramas) será distinto,
sendo a relação entre a massa de um determinado corpo e o volume por
sendo o cubo maciço mais pesado que o oco. Vamos supor que o cubo
ele ocupado, sendo empregado geralmente como unidade de medida
maciço seja 5 kg e do cubo oco 1 kg e ambos possuem o volume espacial
kg/m³. Dessa forma, a massa específica e a densidade possuem a mesma
de 1 m³.
unidade, porém o conceito entre elas é diferente.
Vamos refletir? Você acha que a densidade entre eles é a mesma?
Não, a densidade do cubo oco será inferior uma vez que sua massa é
mais baixa que a do cubo maciço e ambos ocupam o mesmo volume. O
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cubo oco teria densidade de 1 kg/m³ e o maciço de 5 kg/m³. Portanto, quanto mais compactado estiver o material, maior será a
densidade obtida, pois há uma maior concentração de material por
Se fossem realizados ensaios para a definição da massa específica do
volume. Isso significa mais material naquele elemento para resistir aos
material, ambos apresentariam a mesma, pois ao se calcular a massa
esforços e, por consequência, haveria um ganho de resistência.
específica do cubo oco, deveria ser desconsiderado o espaço vazio,
levando em conta apenas o volume ocupado pelo material chumbo. Desta forma, o estudo da densidade dos elementos, como por exemplo,
de uma argamassa, certo traço de concreto ou mesmo de um bloco
de madeira, são fundamentais para determinar características desses
materiais.
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fundamentais para o cálculo de carregamentos gerados pela própria NBR 6120 – Resumo, Atualizada e Comentada. Total Construção, 2020.
estrutura. Disponível em: https://www.totalconstrucao.com.br/nbr-6120/. Acesso
em: 17 jan. 2023.
Afinal, a análise dessas propriedades, tanto mecânicas como físicas, nos
permitem interpretar quais materiais gostaríamos de utilizar seguindo SMITH, W. F.; HASHEMI, J. Fundamentos de engenharia e ciências dos
as características requeridas em projeto. materiais. 5. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012.
Referências
ASKELAND, D. R.; WRIGHT, W. J. Ciência e engenharia dos materiais. São
Paulo: Cengage Learning, 2019.
HIBBELER, R.C. Resistência dos Materiais. 5. ed. São Paulo: Pearson, 2005.
Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Loader/314/pdf
Acesso em: 16 jan. 2023.
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