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RESUMO
O estudo contextualizado apresenta por finalidade, que, diante dos principais agentes
patológicos atuantes às mais comuns estruturas de concreto armado tem-se como elemento
desencadeador o componente metálico. Tendo em vista os fatos, abordar-se-á no presente a
análise desde o primeiro indício patológico, à conclusão de estudo e por fim aplicação de medida
corretiva. O caso em questão ocorrera em cidade do interior de São Paulo, em edificação antiga
realizada por construtora que ao momento dos indícios patológicos já não era mais responsável
legalmente em garantias, sendo então, contratada empresa especializada para confecção de
laudo dos fatos e apresentação de técnica corretiva.
Sumário
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 4
1.1 PILARES E VIGAS DE CONCRETO ARMADO ........................................................... 4
2 PROPOSIÇÃO ....................................................................................................................... 11
3 DESENVOLVIMENTO ......................................................................................................... 12
3.1 DO LOCAL E DOS FATOS ............................................................................................ 12
4 CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 17
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1. INTRODUÇÃO
Diante da própria nomenclatura, entende-se que uma estrutura armada integra em si material
que age como armadura em seu entorno. Presente aos fatos, a composição do concreto armado
em formato inerente ao emprego como viga ou coluna, constitui-se de concreto e aço (Figura
1), aplicados em normatização às regras dimensionais de carga aplicada. Em sua confecção, faz-
se a mistura composta de cimento, areia, pedra e água em proporção à conformidade do traço
exigido e carga estrutural prevista (em mPa), junto destes, eventualmente utilizam-se aditivos
visando ação catalítica, ou de alteração em sua microestrutura através de influência química.
Toda esta composição é feita ao conforme de moldes à obtenção de formato desejado.
Ao passo que no momento da confecção adicionamos o elemento metálico cujo qual visa
aumentar a capacidade de sustentação deste pilar perante esforços exercidos, condições
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meteorológicas que agem à estrutura em sua exposição ao ambiente externo e que também se
fará alvo principal do presente estudo.
Fonte 1: https://engenharia360.com/pilares-de-concreto-na-engenharia-e-arquitetura
Ao sofrer ações de intempéries e eventuais choques mecânicos ao longo dos anos, o concreto
pode ter exposição de sua armadura metálica por sofrer perda de camada de cobrimento (Figura
2), além do supracitado fato de falha dimensional durante a concepção do cálculo de projeto.
Fonte 2 - https://www.amigoconstrutor.com.br/conteudos/a-importancia-do-cobrimento-da-armadura.html
Presente na estrutura armada, quando exposto à ação do tempo, o material metálico sofre ação
oxidativa, e por reação química cria matéria, logo, a interação entre o carbono presente no aço
oriundo da ligação ferro + carbono e o oxigênio, compõe a vulgarmente conhecida “ferrugem”
cuja qual é ligação entre carbono + oxigênio.
Fatores expositores da armadura metálica são em sua maioria decorrentes de camadas de
cobrimento ineficientes por erro dimensional ou de execução, ou até mesmo em se tratando de
choques mecânicos ocorridos à estrutura.
Em vista da condição de suporte estrutural provida pela junção técnica do concreto ao aço,
observou-se ao longo do histórico desenvolvimento construtivo que, maiores cargas seriam
suportadas com maior resistência à esforços vetoriais distintos aos de compressão, trazendo
vasta aplicabilidade do concreto armado. Sendo então compreendido o uso da armadura como
ferramenta fundamental às movimentações exercidas pela força-peso.
Trata da norma a destinação correta dos aços às armaduras de concreto armado. Definindo
diâmetro nominal, massa linear nominal e área nominal. Sendo, portanto:
a. Diâmetro nominal: valor que representa o diâmetro equivalente da seção transversal
típica da barra, expresso em milímetros.
b. Massa linear nominal: valor que representa a massa por unidade de comprimento da
barra de diâmetro nominal específico, expresso em Kg/m.
c. Área nominal: – valor que representa a área da seção transversal da barra de diâmetro
nominal específico, expresso em mm².
A classificação sob tensão de escoamento se dá pelas categorias CA-25, CA-50 para barras e
aos fios de aço CA-60.
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Fonte 3 - https://www.fec.unicamp.br/~almeida/au405/AU405_2007/acos.pdf
Produzidos de acordo com as especificações da norma 7480/96, são fornecidos nas categorias
CA-50, com superfície nervurada e CA-25, com superfície lisa. Os vergalhões são encontrados
sob a forma de rolos para bitolas até 12,5 mm e em barras retas ou dobradas de 12m, em feixes
de 1.000 e 2.000Kg. Geralmente, quando se faz referência a estes tipos de aço, costuma-se
chamá-los de barras de aço.
Fonte 4 - https://www.fec.unicamp.br/~almeida/au405/AU405_2007/acos.pdf
O aço CA-60 apresenta capacidade de soldabilidade com ótimo dobramento e alta resistência.
É indicado para a produção de vigotas de lajes pré-fabricadas, treliças, armações para tubos,
pré-moldados e outras aplicações. O vergalhão CA-60 está disponível em rolos de
aproximadamente 170 Kg, estocadores para uso industrial e feixes de barras retas ou dobradas
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de 12 metros com 1000 Kg. Geralmente, quando se faz referência a este tipo de aço, costuma-
se chamá-lo de fios de aço, por serem mais delgados que os aços CA-25 e CA-50.
Esta Norma fixa os requisitos básicos exigíveis para projeto de estruturas de concreto simples,
armado e protendido, excluídas aquelas em que se empregam concreto leve, pesado ou outros
especiais.
As barras nervuradas e fios nervurados devem ser identificados através de marcas de laminação
em relevo, indicando de forma legível o nome e/ou a marca do produtor, a categoria do material
e o respectivo diâmetro nominal. Além destes itens, o aço CA-50 pode ser comercializado como
soldável, com a identificação adicional “S” (CA-50-S). O aço CA-50 soldável consiste,
basicamente, do resfriamento controlado da barra, utilizando água, durante a laminação, da
superfície do material, enquanto no processo de fabricação do CA- 50 não soldável é aplicado
o processo de resfriamento ao ar. O Carbono equivalente, característica que define a
soldabilidade de um aço do CA-50 soldável é aproximadamente 2/3 do Carbono equivalente do
CA-50 convencional. A composição química típica de um aço soldável é formada por C (0,35%),
Mn (1,50%), Si (0,50%), P (0,050%) e S (0,050%). Assim, apresentam Carbono Equivalente
(CE) de cerca de 0,55%. Toda a produção de aços é feita utilizando-se aços de baixo carbono,
com plena garantia de atendimento do teor de Carbono equivalente máximo exigido por norma.
A obtenção de alta resistência mecânica em um aço baixo carbono, como no caso do CA-60, é
possível via deformação a frio: trefilação ou laminação a frio.
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As barras e os fios de aço destinados a armaduras de concreto armado devem ser isentos de
defeitos prejudiciais, tais como: esfoliação (escamas), corrosão, manchas de óleo, redução de
seção e fissuras transversais. Uma oxidação do produto pode ser admitida quando for superficial,
sem comprometimento de sua conformação geométrica. O acondicionamento adequado é
fundamental para evitar a degradação das armaduras. Assim, deve-se evitar manter o aço
exposto a intempéries (salitre, chuva, contato com solo, etc.) e adversidades ambientais (urbano,
marinho, industrial e rural). Em caso de dúvida quanto à gravidade dos defeitos observados, o
material deve ser submetido a ensaios para a comprovação de suas propriedades.
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2 PROPOSIÇÃO
3 DESENVOLVIMENTO
3.1 DO LOCAL E DOS FATOS
Posteriormente, será escarificado o concreto degradado até ser encontrado concreto isento de
patologias, ainda em tempo, será escarificado o concreto para exposição completa das armaduras
corroídas e oxidadas, estando estas totalmente isentas de concreto em sua superfície, sempre
através de ação mecânica manual, jamais munido de maquinário que gere vibrações e/ou
impactos que possam prover danos estruturais ao conjunto já ora fragilizado.
Escarificadas as superfícies, realizar-se-á ensaio pull-of de arrancamento, sendo exigido no
mínimo o esforço de 1kG/cM².
Será realizada limpeza de todas as oxidações em barras de aço por processo mecânico de
lixamento manual ou com escovas rotativas até a obtenção de aço limpo sem contaminações por
óleos, gorduras ou agentes diversos. Sendo necessário, deverá se fazer ancoragem de arranque
para recomposição das barras de aço corroídas em complemento à armadura, através de furos
na estrutura com brocas de vídea em direção perpendicular a superfície de ancoragem, com
profundidade mínima de 100mm, com furos de diâmetro igual ao diâmetro da barra mais 5mm,
esta fixação dos elementos deverá ser feita com adesivo epóxi de consistência fluida.
Será então aplicado às barras de aço um inibidor de corrosão catódico de base mineral através
de duas demãos com pincel ou trincha tendo base de consumo 120gr/demão a cada metro linear
de barra, em intervalos mínimos de 3 horas entre estas.
Feita a limpeza do local, deverá ser realizada a hidratação do local por 24 horas seguidas e
interrompê-la 2 horas antes da aplicação de argamassa cimentícia monocomponente para reparos
estruturais com consumo de 1,85kG/m² para recomposição da espessura original.
Dada sua cura inicial, se fará o acabamento com argamassa polimérica de reparo e o acabamento
com desempenadeira trazendo acabamento feltrado. Seguido disto, a cura com agente químico
de alto desempenho ao fator de eficiência de 88% formando membrana de impermeabilidade a
reter grandes teores hídricos evitando o aparecimento de fissuras retrativas hidráulicas.
4 CONCLUSÃO
Através desta metodologia de trabalho aplicado a pilares acometidos por patologia ora
apresentada, temos que a eficiência do método de reparo traz consigo diversidade de itens
vantajosos a sua aplicação, entre eles a ausência de necessidade de desocupação do imóvel, risco
baixo de colapso estrutural e agilidade na execução desde o início do trabalho até o final.
Atrelado aos fatos, tem-se a baixa demanda de recursos financeiros ao tratar-se de pouca
demanda de pessoal e maquinário isento.
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Referências bibliográficas